domingo, 12 de outubro de 2014

Caio Blinder- A eleição brasileira e o rolo da Cubazuela

Política externa é periférica na corrida eleitoral brasileira, mas quem sabe agora na campanha do segundo turno e nos debates tenhamos algumas referências ao relacionamento do Brasil com regimes delinquentes na América Latina. Li no Radar, de VEJA.com, que a líder oposicionista venezuelana Maria Corina Machado, cujo mandato de deputada foi cassado pelo chavismo, se posicionou a favor de Aécio Neves. Como se dizia antigamente, notícia alvissareira.
Agora, vamos a algumas más notícias sobre regimes delinquentes na América Latina. A Comissão Cubana de Direitos Humanos documentou 411 prisões políticas pelo regime Castro apenas no mês de setembro. Com isto, o número total de prisões políticas nos primeiros nove meses de 2014 chegou a 7.599, superando de longe o total para os anos de 2010 (2.074), 2011 (4.123), 2012 (6.602) e 2013 (6.424).
Cuba por si é má notícia. E a Venezuela, que foi do podre Chávez para Maduro, também. O ex-embaixador da Venezuela nas Nações Unidas, Diego Arria, escreveu no Miami Herald ser uma vergonha, uma irresponsabilidade, que as democracias da América Latina e do Caribe estejam apoiando a meta da Venezuela por um assento rotativo no Conselho de Seguran ça em 2015-16.
Como escreve Arria, estes governos estão plenamente cientes do “infame prontuário” da Venezuela em direitos humanos. E estes governos também sabem que o “regime da Venezuela está sob a influência do governo cubano, o que significa que, dando à Venezuela a oportunidade de servir em seu nome, eles estão permitindo que Cuba tenha representação de facto no Conselho de Segurança”.
Arria questiona os motivos deste endosso latino-americano e caribenho ao delinquente regime chavista. E responde que alguns países estão pagando favores no esquema da petrodiplomacia venezuelana. Outros fazem média com grupos esquerdistas locais e há ainda aqueles que simplesmente querem desferir golpes contra os EUA no Conselho de Segurança através da Venezuela.
Arria considera dois casos bem ilustrativos: o governo conservador na Colômbia, de Juan Manuel Santos, que conhece muito bem as conexões do chavismo com o narcotráfico das FARC, e o governo esquerdista de Michelle Bachelet, no Chile, que embarcou na onda, embora muitos dos seus integrantes tenham sido resgatados da ditadura Pinochet por governos democráticos venezuelanos.
Arria lembra que a Venezuela já teve quatro vezes assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas. E ele foi o seu representante no último mandato, em 1992-93, nos tempos em que o país “se distinguia por ser um membro de confiança da comunidade internacional e um ativo promotor e defensor dos direitos humanos e do respeito à lei internacional”.
Que haja algum espaço para o debate dos temas alinhados acima na campanha eleitoral brasileira. Vamos debater menos médicos cubanos no Brasil e mais direitos humanos na ilha castrista; vamos debater os rolos do chavismo e a falta de papel higiênico naquele país; e vamos debater a necessidade de uma liderança diplomática do Brasil na América Latina com mais compasso moral e menos compasso de espera diante de barbaridades cometidas no mundo.
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“Sou um tosador. Tosador de otários.” (Helldir Macedo)

“Don Ignácio convive bem sem o álcool. Bem mal.”

“A ira é a mãe da desgraça.” (Eriatlov)

“Minha mãe queria que eu fosse padre. E eu saí um podre.” (Climério)

“Somente educação de qualidade e muita leitura extracurricular poderá salvar o mundo de se tornar um imenso jardim de imbecis.” (Filosofeno)

Nem o Chapolin Colorado salva Dilma. Foi!

Não como alfafa, logo não posso ter votado na Dilma. Arre!

“Deus existe? Se existe por que é que criou as moscas?” (Leão Bob)

“Na juventude vivi a fase do romantismo. Agora estou curtindo o momento do reumatismo.” (Nono Ambrósio)

"O PT é corrupto até no tutano." (Mim)

Não espere morrer para sorrir. Depois de empacotar, para rir, só sendo caveira de trem fantasma.

Nunca votei no PT. Esse remorso eu não carrego.

“Fui uma criança muito feia. O padre me batizou usando Ray-Ban.” (Assombração)

“Sempre fui um péssimo aluno em matemática. Quando conseguia tirar um 3 na prova lá em casa acontecia quase uma festa.” (Mim)

“Infinitos são os números naturais e minha burrice matemática.” (Mim)

“Gostaria de ver o mundo com outros olhos. Mas ninguém quer me emprestar os seus.” (Mim)

“Estou em conflito. Meu eu interior está pensando em me abandonar.” (Mim)

“Já que não posso ser bonito escolhi não ser ignorante.” (Assombração)

Frase que marcará os governos de Lula e Dilma: "Eu não sabia de nada."