quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

NOITE SOB O COMUNISMO

Estado de direito torto morto
Melhor dormir no relento
No gramado mato adentro
Não ficar em casa esperando pela visita desgraçada
Dos mandados do tirano
Que te trazem algemas de presente pela madrugada.

ALEXANDRE GARCIA- Estatocracia

Qual é o regime do estado brasileiro? Democracia? No primeiro artigo da Constituição, está escrito que o Brasil é um estado democrático de direito. Mas na prática não é. E até fica difícil saber o que é. O artigo 5º da Constituição, que trata dos direitos, começa afirmando que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. Você acha que isso é verdade, ou apenas belas intenções impossíveis de serem aplicadas numa cultura como a nossa? Dispensa demonstração o fato de que isso não é verdade. Imagine que até a própria lei que fica abaixo da Constituição contraria a lei maior. A criação de cotas por cor da pele, por exemplo. Ou o foro privilegiado. A lei estabelece distinção entre os supostos iguais. 

Mas na verdade, isso é menos forte que a grande diferença entre dois brasis: o oficial e o não-oficial. O Brasil estatal e o Brasil não-estatal. Um apartheid que também nega a bonita frase de “governo do povo, para o povo e pelo povo”. Conversa fiada. Não é o povo o dono do estado brasileiro, mas a casta formada pelos governantes, os legisladores e os empresários ligados aos governantes e legisladores - presidente, governadores, prefeitos, deputados, senadores, vereadores. É o que a Lava-jato demonstra e comprova. E, também gravitando essa casta, 13 milhões de brasileiros, 6% da população, que recebem 15% do PIB e 46% dos tributos, com salário médio de 9.676 reais e aposentadoria média de 8.419 reais. São os que têm estabilidade, direitos adquiridos e são empregados do estado brasileiro. 

Os outros, a maioria, são os cidadãos de segunda-classe. Têm o salário médio de 1.174 reais, pagam impostos em tudo que compram, não têm segurança pública, sofrem com o péssimo sistema público de saúde, com educação pública muito ruim e são submetidos a humilhações de filas e burocracia, tudo por causa do rombo nas contas públicas cometido pelos que administram o estado, pelos que corrompem e são corrompidos, pelos que desperdiçam e não são servidores do público mas de si próprios e de seus patrimônios. Na hora de votar, os cidadãos de segunda classe ainda são enganados pela propaganda dos que querem continuar, pelo voto, a serem titulares do estado brasileiro. Há uma outra mentira na Constituição.

 Diz que o limite máximo de salário do serviço público é o que ganha um ministro do Supremo. Seriam 34.700 reais. Mas, com a adição de penduricalhos, há milhares de brasileiros da classe especial, a oficial, recebendo mais de 100 mil reais por mês, inclusive aposentados. Gente que recebe “benefícios” atrasados, como “auxílio-moradia”, que chegam a milhões de reais. São fatos que escandalizariam qualquer autoridade de país rico. Se a Constituição fosse levada a sério, impostos equivalentes a 10 bilhões de reais sairiam dos super-salários para serem aplicados em serviços públicos para os brasileiros de segunda classe. 

FERREIRA GULLAR



Faleceu no dia(04) no Rio de Janeiro o poeta, crítico de arte, biógrafo e tradutor José Ribamar Ferreira, também conhecido como Ferreira Gullar. Nascido no dia 10 de setembro de 1930 em São Luis – MA, fez parte de um movimento literário que lançou o pós-modernismo no Maranhão e é um dos criadores da poesia concreta, basicamente visual, que procura estruturar o texto poético a partir do espaço do seu suporte, sendo ele a página de um livro ou não.

Ferreira Gullar foi militante do Partido Comunista Brasileiro e, exilado durante a ditadura militar, viveu na União Soviética, na Argentina e Chile. Gullar dizia que "bacharelou em subversão" em Moscou durante o seu exílio, mas que devido à uma maior reflexão e experiência de vida se desiludiu com o socialismo.
Em homenagem a esse grande poeta brasileiro, resgatamos a visão de Ferreira Gullar sobre o capitalismo, o socialismo, o governo e o mundo em que vivemos por meio de 10 frases ditas por Gullar em entrevistas e artigos.

Sobre a esquerda

"Quando ser de esquerda dava cadeia, ninguém era. Agora que dá prêmio, todo mundo é."

Sobre o capitalismo

"O capitalismo não é uma teoria. Ele nasceu da necessidade real da sociedade e dos instintos do ser humano. Por isso ele é invencível. A força que torna o capitalismo invencível vem dessa origem natural indiscutível. Agora mesmo, enquanto falamos, há milhões de pessoas inventando maneiras novas de ganhar dinheiro. É óbvio que um governo central com seis burocratas dirigindo um país não vai ter a capacidade de ditar rumos a esses milhões de pessoas. Não tem cabimento."

Sobre a "exploração" capitalista
"A luta dos trabalhadores, o movimento sindical, a tomada de consciência dos direitos, tudo isso fez melhorar a relação capital-trabalho. O que está errado é achar, como Marx diz, que quem produz a riqueza é o trabalhador, e o capitalista só o explora. É bobagem. Sem a empresa, não existe riqueza. Um depende do outro. O empresário é um intelectual que, em vez de escrever poesias, monta empresas. É um criador, um indivíduo que faz coisas novas. A visão de que só um lado produz riqueza e o outro só explora é radical, sectária, primária. A partir dessa miopia, tudo o mais deu errado para o campo socialista."

Sobre a desigualdade social

"A própria natureza é injusta e desigual. A justiça é uma invenção humana. Um nasce inteligente e o outro burro. Um nasce inteligente, o outro aleijado. Quem quer corrigir essa injustiça somos nós. A capacidade criativa do capitalismo é fundamental para a sociedade se desenvolver, para a solução da desigualdade, porque é só a produção da riqueza que resolve isso."

Sobre a militância no Partido Comunista durante a ditadura militar

"Eu fui do Partido Comunista, mas era moderado. Nunca defendi a luta armada. A luta armada só ajudou mesmo a justificar a ação da linha dura militar, que queria aniquilar seus oponentes. (As pessoas do partido Comunista) não lutavam por democracia, mas pela ideologia Comunista, e estavam sinceramente equivocadas. Você tem de ter uma visão crítica das coisas, não pode ficar eternamente se deixando levar por revolta, por ressentimentos. A melhor coisa para o inimigo é o outro perder a cabeça. Lutar contra quem está lúcido é mais difícil do que lutar contra um desvairado."

Sobre o socialismo

"O socialismo fracassou. Quando o Muro de Berlim caiu, minha visão já era bastante crítica. A derrocada do socialismo não se deu ao cabo de alguma grande guerra. O fracasso do sistema foi interno. Voltei a Moscou há alguns anos. O túmulo do Lênin está ali na Praça Vermelha, mas, pelo resto da cidade, só se veem anúncios da Coca-Cola. Não tenho dúvida nenhuma de que o socialismo acabou, só alguns malucos insistem no contrário. Se o socialismo entrou em colapso quando ainda tinha a União Soviética como segunda força econômica e militar do mundo, não vai ser agora que esse sistema vai vencer.

O socialismo acabou, estabeleceu ditaduras, não criou democracia em lugar algum e matou gente em quantidade."

Sobre a ideologia marxista

"Frequentemente me pergunto por que certas pessoas indiscutivelmente inteligentes insistem em manter atitudes políticas indefensáveis, já que, na realidade, não existem mais. Estou evidentemente me referindo aos que adotaram a ideologia marxista, que, de uma maneira ou de outra, militaram em partidos de esquerda, fosse no Partido Comunista, fosse em organizações surgidas por inspiração da Revolução Cubana."

Sobre Cuba

"Não posso defender um regime sob o qual eu não gostaria de viver. Não posso admirar um país do qual eu não possa sair na hora que quiser. Não dá para defender um regime em que não se possa publicar um livro sem pedir permissão ao governo.Apesar disso, há uma porção de intelectuais brasileiros que defendem Cuba, mas, obviamente, não querem viver lá de jeito nenhum. É difícil para as pessoas reconhecer que estavam erradas, que passaram a vida toda pregando uma coisa que nunca deu certo."

Sobre a política de "psiquiatria democrática" adotada pelo governo (Ferreira Gullar teve dois filhos com esquizofrenia)

"Existe uma política que o governo adotou, chamada 'psiquiatria democrática', que é um absurdo. Impede a internação. Eles acabaram com mais de quatro mil leitos. Por que chama "psiquiatria democrática"? Porque não interna. Mas é uma bobagem, ideológica, cretina, que não tem nada a ver com essa doença real. Eu, que lidei com essa doença, sei muito bem que não tem nada disso. Quando uma médica veio com essa conversa, perguntei: 'É a sociedade que adoece o doente mental? A doença mental não existe? É a sociedade que faz ficar doente? O fígado adoece e o cérebro não adoece? Por quê? É o único órgão divino?'"

Sobre o mundo atual e a poesia

"O mundo aparentemente está explicado, mas não está. Viver em um mundo sem explicação alguma ia deixar todo mundo louco. Mas nenhuma explicação explica tudo, nem poderia. Então de vez em quando o não explicado se revela, e é isso que faz nascer a poesia. Só aquilo que não se sabe pode ser poesia."

BAGAÇA

Vivemos na era da mediocridade
Da política rasteira
Quase ninguém escapa
Desta pasmaceira
Quando o vivente votado não é asno
É inteligente
Porém bagaceira.

GALHOS

O velho de bolso cheio
Com brotinho faceiro desfila
Pelas noites da vida
Se ciente que é apenas um momento de ilusão
Que o dinheiro pode comprar
Não deixa de ser um feliz
Porém acreditando em paixão
E no amor desinteressado da jovem
Será espoliado sem dó
Enquanto os chifres crescem.

O TEMPO QUE TEMOS

O tempo que temos
Na jornada da vida é finito
É preciso aproveitar o tempo que temos
Para deixar um recado
E dizer porque viemos.

INFÂNCIA NO PECADO

Já rezei de pé
Deitado e ajoelhado
Perdi noites sem conta pensando no pecado
Sofrendo sem cessar pela salvação
Hoje sou feliz e não rezo
Nem mesmo deitado
E se é para perder minhas noites
Perco praticando o que diziam outrora ser pecado.

QUE SONO!

Não duvido
Que a ideia desse horário de verão
Veio da mente do cão
Pois mexendo no relógio
Mexeu também com o meu biológico
Que meio biruta ficou.

NO PRINCÍPIO ERA O VERBO

“No principio era o verbo, depois os substantivos, adjetivos, pronomes e toda uma ordem de normas gramaticais. Depois de tudo colocado pelo professor veio um zero, enorme e colorido zero. “ (Chico Melancia)

DIÁRIO DO GUAPO DE SOLEDADE- Caem os diretores nomeados pelo PT para a diretoria do Trensurb em Porto Alegre

Agorinha no Blog do Políbio Braga:

Direção do Trensurb livra-se dos diretores do PT.


Finalmente caíram, hoje, o diretor de Administração e Finanças, Francisco Jorge Vicente, substituído por Maria Cecília da Silva Brum e o diretor de Operações e Finanças Antonio Giovani, substituído por Eurico de Castro Faria.



Os substitutos são empregados da Trensurb. A mudança é provisória.


Com esta nomeações, a nomenklatura do PT perde força na empresa, mas em parte, pois alguns ex-diretores petistas ainda assessoram o presidente Francisco Horbe, como Ernani da Silva Fagundes.


Currículo de Maria Cecília
- Graduada em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, 2006).
- Mestre em Ciências Contábeis pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS),


Currículo de Eurico de Castro Faria



- Graduado em Engenharia Civil.
“Estou criando barriga e papo. Tenho comido muitos javalis, preciso urgentemente fazer uma dieta de gazelas.” (Leão Bob)
“Todo jogo é de azar, menos para o banqueiro.” (Climério)
"Já fui fulano, sicrano e beltrano. Hoje sou um rato." (Climério)
“Sempre confiei demais. Só acreditei que tinha chifres quando derrubei uma rede elétrica.” (Climério)
“Dinheiro? Posso dizer que sempre tive dinheiro insuficiente para viver.” (Climério)
“Apesar de feio tenho milhares de horas de beijos no meu currículo.” (Assombração)
“Isso eu já aprendi. As beldades só fogem de feio pobre.” (Assombração)
“Você era belo quando criança? Sorte sua, pois eu já era feio. “ (Assombração)
“Sou tão feio que só ando de costas.” (Assombração)

IDIOTA

Depois de tudo o mal que fez Dilma ainda dá palpites na política nacional. Diria Nelson Rodrigues: "Antigamente os idiotas cientes da sua idiotice ficavam calados; hoje dão discursos."
“Minha calvície não é hereditária. O roçar entre virilhas balzaquianas causou-me este mal precoce.” (Climério)
“O socialismo poda os criativos e faz crescer os inaptos camaradas.” (Eriatlov)

JUÍZO FINAL


Tocam as trombetas
Um clarão risca os céus
Quando Deus em sua carruagem
Entre nuvens
Fogos e purpurina
Chega para o Dia do Juízo Final
Porém o todo poderoso tromba com um urubu
Num encontro inesperado
E morre entre nuvens
Salpicado por penas
Então a verdade para os trouxas aparece
Que Deus é uma mistura de Xuxa com Justin Bieber
Um produto fajuto 
Apenas falsidade e fantasia
A serviço de alguns espertos.

O TEMPO


Se eu pudesse voltar no tempo
Teria menos pressa para tudo
Para decisões e resoluções
Para respostas positivas ou negativas
Teria o tempo como um químico benéfico
Que tornaria mais doce o fruto das minhas decisões.

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- terça-feira, maio 30, 2006 NOTÍCIAS DA IDADE MÉDIA

Era uma bela tarde do ano da graça de 1385. Sua Santidade o papa Urbano VI passeava inquieto pelos jardins do castelo de Nocera, na Itália. Por mais que aguçasse os ouvidos, não ouvia a música que gostaria de ouvir.

Naquele ano, seis cardeais foram acusados de conspirar contra Sua Santidade. Que, incontinenti, os jogou numa cisterna do castelo em que habitava. A cisterna era tão estreita que o cardeal di Sangro, grande e corpulento, não podia nem mesmo se espichar. Foram aplicados a estes infortunados todos os métodos postos em honra pela Inquisição.

Quando se tratou do cardeal de Veneza, Sua Santidade confiou o trabalho sujo a um antigo pirata, que ele havia nomeado prior da Ordem de São João, na Sicília, com a ordem de aplicar a tortura à vítima até que o papa ouvisse seus berros. O suplício durou desde a manhã até a hora da janta. Durante este tempo, Sua Santidade passeava no jardim, sobre a janela da câmara de tortura, lendo seu breviário em alta voz, de maneira que o som de sua voz lembrasse ao executor as ordens que ele lhe havia dado. Mas foi em vão que o pirata apelou aos recursos da polé e do cavalete. Embora a vítima fosse idosa e enferma, só foi possível extrair dela um único grito: "Cristo sofreu por nós".
“Dilma já tem seu filme também: A COISA.” (Mim)
“Santo é o sujeito que fez tantas ou mais malandragens que você, só que ninguém ficou sabendo.” (Mim)
“O diabo serve para dar o susto. O sujeito ergue as mãos e os religiosos ficam livres para meter a mão no bolso.” (Mim)
“O pior amigo do homem é gerente de banco. Quando você não precisa dele, ele te abraça e sorri. Quando você precisa, ele fecha a cara e corre.” (Mim)
“O Brasil é um belo país com uma barriga enorme. Vermes, só pode ser.” (Mim)
“Faço sexo pensando na reprodução das pílulas.” (Mim)
“Se o sexo não nos salva pelo menos diverte.” (Mim)
“O ateísmo é um clube no qual não se entra por convite.” (Mim)
“Faltam presídios em nosso país. Que tal murar Brasília?” (Mim)