É preciso ter mingau na cabeça para acreditar em astrologia.” (Paulo Francis)
sexta-feira, 6 de abril de 2018
RACIOCINE
Busque
a clareza no pensar
Porque
não há fantasmas na estrada
Tampouco
existem demônios nela
Salvo
aqueles que estão nos púlpitos
Lavando
mentes
Prometendo
que dor e miséria garantem o paraíso
Ou que
o mal ronda quem fechar a mão para o dízimo.
ANSIEDADE
Ansiedade
é um monstro
Que
apavora o futuro
De um
feto chamado fato
Muito
antes de nascimento.
OS HORRÍVEIS por Percival Puggina. Artigo publicado em 05.04.2018
Foi por um triz. Se o voto da ministra Rosa Weber seguisse sua própria convicção, teria soado para corruptos e corruptores o “liberou geral” da roubalheira. E o Mecanismo teria recebido, da mais alta Corte do país, seu alvará de funcionamento. A esse ponto chegamos.
Trata-se, porém, de uma triste vitória, cuja validade vence ali adiante quando a questão de fundo for a exame do plenário. Nesse momento, o assunto será a constitucionalidade da pena de prisão aplicada antes do trânsito em julgado da sentença condenatória. Para essa deliberação, salvo nova interferência divina, os votos já estão contados e as consequências, bem conhecidas.
Foi repugnante testemunhar o vigor retórico com que os horríveis ministros Gilmar Mendes, Marco Aurélio, Toffoli e Lewandowski, alegando defender os pobres, votavam favoravelmente aos corruptos milionários, cujos interesses estavam indiretamente representados pelos dispendiosos advogados do abonado réu Lula. Aquela eloquência demagógica e populista dos quatro julgadores não era ouvida, porém, nas celas infectas e superlotadas dos nossos presídios. Quem não perdia uma palavra da sessão era a nata prisional do país e aqueles que, fora das prisões, só conseguem dormir quando soam as seis badaladas do sino da igreja sem que lhes batam à porta.
Horríveis, esses ministros contaminados pelo lulismo. Sua prática é a mesma do réu cujo nome estava na capa do processo em pauta, depois de furar a longa fila das precedências. Também o réu Lula, com uma das mãos servia generosamente os ricos enquanto, com a outra, jogava míseros farelos aos pobres.
Assim, estamos. Fenômenos análogos já foram descritos como círculos de ferro, referindo-se, por exemplo, às oligarquias, ou à burocracia. Nós vivemos sob o círculo de ferro da impunidade que envolve o topo dos três poderes de Estado. Jogam afinados. No Executivo, opera a matriz dos negócios. No Legislativo enquanto umas leis definem os crimes, outras protegem os criminosos, embaraçam os ritos e frustram a aplicação das penas. Do topo do Judiciário saem os comandos que se empenham em recobrir as indecências da impunidade com as vestes talares da justiça e o manto da mais fingida misericórdia. Ainda tenho diante dos olhos a figura de alguns ministros, na lamentável sessão do dia 23 de março, lavando os pés dos advogados de Lula e regurgitando admiração quando um deles falou francês.
Não consegui arregimentar em mim alegria suficiente para qualquer comemoração. Breve, muito em breve, salvo milagre, o talão de cheque dos criminosos endinheirados varrerá de seu caminho a desagradável obrigação de cumprir as penas a que forem condenados. O círculo de ferro da impunidade se fechará e a execução das sentenças de prisão ficará postergada para o Juízo Final, após a ressurreição dos mortos. Nessa ocasião, o horrível Celso de Mello falará por todos.
ALEATÓRIO
Na vida existe o aleatório
Tanto para o bem
Quanto para o mal
Estar no lugar certo na hora certa
Estar no lugar errado na hora errada
Mas todos entendem isso?
SUA DOR
Por que descontar nos outros a nossa infelicidade?
Será tão difícil seguir o próprio caminho e deixar
os demais em paz?
Os dias são muito diferentes
É preciso dar ao tempo a chance de nos transformar
pela dor.
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