sábado, 16 de julho de 2016

O ocaso de Lula: desprestígio, abandono e suspeitas

Nesta reportagem assinada por Thiago Bronzatto e Daniel Pereira,  Veja de hoje conta que seis anos depois de deixar o poder, petista convive com o descrédito político, o sumiço dos amigos e os inquéritos da Lava Jato.

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Às 7h50 da última quarta-feira, um segurança do ex-presidente Lula chegou ao Aeroporto Oscar Laranjeira, em Caruaru, no agreste de Pernambuco. Diligente, comunicou que um Gulfstream G200, avião executivo de luxo e alta performance, estava a caminho da cidade. Minutos depois, dois representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o vice-prefeito Jorge Gomes (PSB) estacionaram seus carros no local. Estavam apreensivos, porque não havia militantes para oferecer uma recepção calorosa a Lula. “Eles vão chegar. Pode ficar tranquilo”, disse um dos líderes do MST ao segurança, tentando amenizar a tensão. Uma hora mais tarde, só oito pessoas aguardavam o ex-presidente. “Vamos partir para o plano B. Acho melhor receber o Lula no hotel. Manda o pessoal para lá”, ordenou o guarda-costas. Em seguida, ele trancou a porta de entrada do saguão do aeroporto, que é público, para evitar que alguém fotografasse o deserto que aguardava Lula, aquele que já foi um dos políticos mais populares do mundo. “O cara”, como disse o presidente americano Barack Obama, numa ocasião em que se encontraram.


Lula desembarcou às 9h13 acompanhado do senador Humberto Costa (PT-PE). Driblou as poucas pessoas curiosas que o aguardavam e deixou o aeroporto pelos fundos. “Pensei que ele fosse ao menos pegar na minha mão e me cumprimentar”, reclamou Augusto Feitosa, funcionário do aeroporto.

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Políbio Braga

Se lhe ensinassem que os elfos causam a chuva, toda vez que chovesse, você veria a prova dos elfos. — Ariex

Muito

“Quanto tempo a sociedade brasileira levará para se recuperar do atraso intelectual, econômico e moral perpetuado pelo PT seus micos amestrados?” (Eriatlov)

Du William

A verdade nunca perde em ser confirmada. — William Shakespeare

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- sexta-feira, agosto 27, 2004 MEMÓRIAS DE UM EX-ESCRITOR (XXVI)

Verdade que a Aids empanou os encantos do nobre ofício. Sou de uma geração que não se entende bem com a camisinha. Hoje, em parte por precaução, tenho mantido distância das meninas. Digo em parte, pois há outras razões. Cheguei àquela idade em que uma ópera ou um bom livro consegue me excitar mais do que muita mulher. Teve época em que, se a Kiri Te Kanawa viesse cantar em Porto Alegre e eu tivesse a perspectiva de uma noite com uma menina, a Kiri não contaria comigo para ouvir seus trinados. Era a época da estupidez juvenil. 

Há algum tempo - anos 90, ainda na época do fax - percorrendo os classificados que anunciam acompanhantes e massagistas na Folha de São Paulo, encontrei uma que dizia enviar sua foto por fax. Maravilha, pensei, a tecnologia contemporânea a serviço do mais antigo dos ofícios. Paguei para ver. Telefonei pra moça e dei-lhe meu número de modem. Ela foi entrando aos poucos na tela, seu corpo levou seis minutos para chegar todo. 

Por alguns dias a tive prisioneira na memória de meu disco rígido, em lingerie, "peitos durinhos e bumbum arrebitado", como anunciava. Telefonei para agradecer-lhe a cortesia, perguntei quanto custavam seus serviços. Cem dólares a hora, me respondeu. E aí a velha profissão perdeu para a tecnologia de ponta. Por cem dólares eu comprava uma enciclopédia em CD-ROM, que me oferecia centenas de horas de aprendizado ou lazer. Sem precisar usar camisinha. Verdade que o sexo sempre valeu mais que a cultura. Hoje, no mercado informal - para usarmos um neologismo - você consegue uma Britannica por 20 reais. Se for buscar naquilo que Marx chamava de Lumpenproletariat, certamente encontrará mulher pelo mesmo preço. Mas aí sexo não é alegria, e sim tristeza. O que está acabando com a prostituição - já disse alguém - é o amadorismo. 

Nos dias de Europa, pouco as freqüentei. Um primeiro problema, o abismo entre as tarifas tupiniquins e as de Primeiro Mundo. Como bolsista ou turista, pagaria excessivamente caro por algo que, afinal, no Brasil, é tão bom ou melhor que lá. Em uma passagem por Copenhague, em um sexklubb, uma menina de óculos, com perfil de universitária, me propôs durante um lifeshow algumas carícias orais. Topei. Ao pagá-la, senti-me na obrigação de pedir desculpas. Via-se que não era do ramo e fazia aquilo como bico. Enfim, revendo o episódio a partir destes dias, em que presidentes constrangem estagiárias a felações, não me sinto tão vil. Ainda em Copenhague, tentei uma profissional nas ruas do ofício. I speak a little english, fui avisando. It's enough, me disse a moça. No mundo do comércio, poucas palavras bastam. 

Jamais me entendi bem com elas no estrangeiro. A relação com a prostituta exige uma cumplicidade sociológica e até mesmo vernácula. Em Paris, mais para ver como era, visitei duas. A primeira anunciava várias modalidades, desde sexo à espanhola, à francesa, à sueca, à grega e à inglesa. Fiquei intrigado. Já havia vivido na Suécia e nada via de diferente na sexualidade aborígene. A oferta era tão cosmopolita que não resisti. Fui chez elle e perguntei por cada fórmula. À espanhola, sei lá porque, era entre os seios. À francesa, era oral. À sueca, manual, à grega anal. A cada parâmetro, o preço ia subindo. Bom, e à inglesa, como é que é? - quis saber. 

Era o mais caro dos menus. Na época, cerca de mil francos. Deveria ser o melhor. Em que consiste? "Eu te algemo na cama, sapateio em cima de você e depois uso um chicote". Merci bien, chérie, nesta altura sou mais um papai-mamãe. O ser humano é mistério profundo. Nunca entendi como sentir prazer na dor. Já os britânicos, parece que entendem. 

A segunda, Madame Brouillard, uma felliniana e circunspecta senhora de óculos que fazia ponto na entrada da rua Saint Denis. Em homenagem a Fellini - ou talvez a mim mesmo - contratei-a. Ela me lembra hoje a mais esteatopígica das personagens da Cidade das Mulheres. Em outro giro por Paris, revi Madame Brouillard no mesmo ponto, em um inverno ameno, envolta nas brumas que lhe davam o nome, eterna, hierática e com ar professoral. Claro que eu não ocupava espaço algum em sua memória. 

Que mais não fosse, eu não fora à Europa para pagar mulheres. Me sentiria o último dos homens se não as tivesse de graça. 

Fora Frei Betto!

“Quando menino li muitos livros do comunista Frei Betto, com loas à Fidel. Perda de tempo. Deveria ter lido Bocage.” (Pócrates, o filósofo dos pés sujos)

Qualidade

“A esquerda se preocupa em fazer propaganda. Ensino universitário? Quantidade e pouca qualidade. Basta ver o nível dos formandos.” (Pócrates)

Boas companhias

“Procuro por companhias inteligentes. Sempre existe a possibilidade de se aprender algo. Já entre os bovinos, é mugir e pastar.” (Pócrates)

Justo

“A religião me ensinou a ser uma ovelha. Mudei, preferi ser um justo.” (Eriatlov)

Muleta

“Deus é a muleta dos conformados” (Eriatlov)

Reuniões petistas

Você sabe por que os petistas fazem tantas reuniões? É para saber se algum deles conseguiu roubar uma boa ideia de alguém!

Maduro e Dilma

“A diferença entre Nicolas Maduro e Dilma? O sexo, pois a ignorância é a mesma.” (Mim)

Joga nas duas

“O pior amigo do homem é o gerente de banco. Quando você não precisa dele, ele te abraça e sorri. Quando você precisa, ele fecha a cara e corre.” (Mim)

Deus e Pedro

“Pedro,temos um Papa comunista... Só falta agora o capeta se dizer católico.” (Deus)

Humor ateu- Deus e Pedro

“Pedro, o povo pratica swing aqui no paraíso? Não? Então convoque as velhas e vamos nos divertir no inferno.” (Deus)

Langeri

Pergunta da minha avó noveleira: “ Langeri é a tal calcinha transparente com um fio que corre pela bunda?”

Amante latindo

E como diz a minha avó noveleira com uma tampa de caneta BIC mexendo nos ouvidos: “Eu adoro o Magal quando canta Amante Latindo.”

Bebidas

E como diz a minha avó noveleira mastigando um torresminho: “Nunca fui fã de bebidas alcoólatras.”