quarta-feira, 7 de outubro de 2015
Instituto Liberal- Frase do dia
“Ou você trata os homens como auto-responsáveis, suportando seus próprios fardos e comandando suas próprias vidas, sendo livres em pensamentos, palavras e ações, ou você os trata como questão política, protegendo-os, contendo-os e moldando-os de acordo com os interesses do governo eleito.” Auberon Herbert
LUGAR ESTRANHO
LUGAR
ESTRANHO
Hoje
despertei num lugar estranho; cama e móveis desconhecidos, quarto sufocante. O
galo não cantou. Quando terminei de abrir os olhos, ouvi uma sirene e alguém
bateu à porta: entrou por ela um jovem com aparência aborrecida, fala rouca e baixa.
-Antes que o
senhor pergunte onde está eu lhe digo; no inferno! Aqui neste papel estão
descritas as regras gerais do Reino do Capeta e todos os horários e
compromissos. E caso falhe em alguma das obrigações o castigo será em dobro e
assim por diante. E não ouse falar alguma coisa!
Fui lendo a
bula do inferno:
6h- Café da
manhã acompanhado de pães de aranhas secas;
7h- Momento
chibata;
8h- Banho de
salmoura;
9h- Gargarejo
com pimenta malagueta;
10h- Vômitos
induzidos ao som de Ravel;
11h- Massagem
especial com urtiga;
12h- Almoço
servido dentro de um cão morto;
13h- Pequena
siesta no refrigerador, 10 graus negativos;
14h- Corrida
de uma hora pelo deserto, 70 graus centígrados;
15h- Passeio
pelo inferno no ônibus da comunidade. O guia será o patrão;
16h- Recepção
aos recém-chegados, com direito aos novatos tomarem pedradas e choques da
galera mais antiga, não mui diferente de certos trotes de universitários;
17h- Sauna;
18h- Culto
com os padres e pastores residentes;
19h-
Churrasco de bago de touro;
20h- Discurso
do mais velho capeta;
23h-
Recolhimento
Muito bem,
com a lista em mãos fui para o café da manhã com aranhas secas. Era enorme o
refeitório; apanhei minha bandeja e entrei na fila. Nela tinha café, manteiga e
os tais pães de aranhas secas. Mas não eram aranhas secas e sim castanhas
secas. O comprador do inferno era cego e comprou por engano toneladas de
castanhas, quando o certo seriam aranhas indianas. Saciada a fome, dirigi-me ao
salão da chibata para receber meu castigo. Fui jogado numa mesa fria de latão, amarrado
de bruços e de boca tapada.Mas tive sorte,o cara da chibata deu apenas duas e
desistiu:sofria de bursite e sentia mais dor do que eu. Fiquei de papo até
terminar meu horário e saí. Com o lombo são, saltei na banheira de
salmoura,tomando cuidado para não entrar água nos olhos.Foi tranqüilo.No
Departamento Gargarejo com Pimenta foi até bom.Após dois minutos de gargarejo a
gente recebia uma cerveja gelada pra acompanhar. Ali o diabo não era bem um
diabo. Deu 10h e lá estava eu para vomitar ao som de Ravel.Mas a especialista
não compareceu pois estava com a gripe suína.Fiz um tempo e me apresentei para
a tal massagem com urtiga.Mas urtiga mesmo era um por cento,o resto era creme
hidratante.Até gostei.Meio-dia,hora do almoço servido dentro de um cão
morto.Entrei na fila com meu bandejão, antevendo a catinga que iria ter que
aturar.E não podia reclamar.Como não vi nada de cão morto,perguntei ao
cozinheiro que fumava na ala própria:
-E o cão
morto?
-Está no
pastel, respondeu ele.
Não comi o
pastel, então almocei tranqüilo. Fiz uma pequena pausa e segui para o freezer, o
tal de 10 graus negativos. Um pouco antes havia lido num pequeno quiosque:
Alugam-se Casacos. Encostei-me no balcão e pedi o preço do aluguel por uma
hora.
-Dez tabefes
nas bochechas e um puxão de orelhas - sou viciado nisso, falou para mim o
diabinho que ali atendia. E tem bônus de meias de lã!
Bem, tomei
meus bofetes, apanhei meu casaco e entrei no freezer. Como estava bem
agasalhado não foi difícil suportar o frio por uma hora, ajudado por alguns exercícios.
Ao sair do gelo fiquei sabendo que a corrida pela deserto estava cancelada; uma
chuva providencial chegou para poupar o meu corpo de tão estafante
esforço.Descansei até a chegada do ônibus que faria o tour infernal.
O capeta de
guia estava todo posudo de terno e gravata, livro negro debaixo do braço, barba
feita e perfumado tal qual quarto de puta. Conheci todos os fornos movidos a
carvão e os modernos já aparelhados com energia nuclear. Os prédios principais
do recinto infernal estavam em bom estado,pelo jeito receberam uma pintura
recente.Achei muito interessante o campo de treinamento para novos
diabinhos.Como apanhavam e batiam! Cursos de graduação para linguarudas. Estava
lotada a arena onde seriam recepcionados os recém-chegados ao inferno. Atirei
apenas uma pedrinha de nada,pois tinha diabo de olho em mim.Mas vi gente
arremessar pedra de quilo e pilhas Raiovac.Quando peguei os apetrechos para ir
à sauna fui chamado pelo diabinho da recepção,que apavorado,analisando um
formulário amarelo, me disse: “o senhor pode retornar ao mundo terreno.Foi um
grande engano.Aqui no inferno,os diabos também erram.” Quando quis pedir como
seria a transição,apaguei.No momento,estou no hospital me recuperando de um
infarto.Mas não sei se conto essa história para alguém.
Comunistas
O orador
começa a enumerar as conquistas do "Plano Qüinqüenal":
-- Na
cidade X foi construída uma usina elétrica...
Uma voz da
sala:
-- Acabei
de vir de lá. Não existe por lá nenhuma usina elétrica!
O orador
continua:
-- Na
cidade Y foi construída uma indústria química...
A mesma
voz: -- Estive lá a semana passada. Não havia nenhuma fábrica!
O orador
não se conteve:
-- E o
Senhor, camarada, deveria ler mais jornais e parar de bater pernas por aí!
Fonte-An-Polit1
O VOO
O VOO
Tomas
dormia durante o voo. A aeronave estava em velocidade de cruzeiro quando ele
acordou. Após olhar detalhadamente em volta percebeu algo estranho. Naquele voo
pareciam estar reunidas inúmeras pessoas famosas já falecidas. Ao seu lado, por
exemplo, estava um passageiro que era sósia do Mahatma Ghandi. Do outro lado do
corredor viu com clareza Airton Senna gargalhando ao brincar com amigos. Alguma
coisa diferente acontecia. Quando foi ao banheiro deu de frente com uma pessoa
muito conhecida aos católicos, o Papa João Paulo II, que pelo dizeres do crachá
era o co-piloto do avião. Quando Madre Tereza de Calcutá, uniformizada de
aeromoça passou com o carrinho de lanche pelo corredor, Tomas ficou pálido e
perguntou ao senhor ao lado o que estava acontecendo naquele avião. O ancião
olhou rindo para ele e respondeu:
-
Acorde tonto, você está sonhando.
Múmia disléxica
Para Dilmasoca tudo é artimanha e golpe, não reconhecendo o quanto errou e cometeu barbaridades. O Collor também foi eleito nas urnas e foi apeado do poder legitimamente. Ela acha que não pode. O que ela não fala é que os golpistas são comandados por um dos fundadores do PT, Hélio Bicudo. Que o povo não suporta mais ver sua carantonha vil. Ela é hipócrita, burra, não tem senso crítico, é uma verdadeira múmia disléxica.
Renato Janine contra o PT
Renato Janine Ribeiro, demitido por Dilma Rousseff, passou a disparar contra o PT.
Ele disse a O Globo:
"O PT cometeu erros políticos sérios. Um deles foi o de apostar mais no consumo do que na ética. O PT na oposição tinha duas bandeiras éticas muito fortes: contra a corrupção e a miséria. No governo, enfrentou a miséria. Por outro lado, tem a corrupção, que está longe de ser uma invenção do PT, mas o PT deixou de ter o vigor que tinha contra a corrupção".
Se o PT apostou mais no consumo do que na ética, Renato Janine Ribeiro apostou mais no emprego do que na ética. E perdeu os dois.
O Antagonista
JUSTIÇA MANDA MINO CARTA PAGAR MEIO MILHÃO A GILMAR MENDES. ELE CALUNIOU O MINISTRO DO STF.
Chegou ao fim, ao menos por enquanto, o litígio entre o ministro Gilmar Mendes, a revista Carta Capital e os jornalistas Mino Carta e Leandro Fortes. No mês passado, as partes chegaram a um acordo para pagar mais de R$ 500 mil ao ministro ofendido em uma série de reportagens da revista. Gilmar Mendes afirma que destinará o dinheiro ao financiamento de bolsas de estudos.
A informação é do site Conjur de hoje.
Leia tudo:
Representado pelos advogados Alexandre Fidalgo e Michael Gleidson Araujo Cunha, o ministro Gilmar Mendes entrou na Justiça para reclamar de cinco reportagens publicadas pela revista que disse depreciarem sua imagem. Ele afirma que foi apontado como contraventor e réu e que, além disso, teve sua imagem ligada a comportamentos nunca adotados.
O ministro foi colocado como um dos beneficiários da já famosa "lista de Furnas", um rol sabidamente falso de beneficiários de um esquema de pagamento. O fato de o nome do ministro Gilmar Mendes constar dela fez a lista ser noticiada pela Carta Capital. O título de uma das notícias baseadas no documento inventado era: "Juiz? Não, réu".
Na decisão de primeiro grau, o juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, da 21ª Vara Cível de Brasília, reconheceu que a jurisprudência do STF entende que o direito à informação se sobrepõe a outros direitos constitucionais. Mas o juiz também lembrou que as reportagens devem se pautar por princípios éticos, como ser fiel à informação e dar oportunidade de os envolvidos se pronunciarem.
Para Raposo Filho, esses princípios não foram observados em três ocasiões. Segundo o juiz, ao dizer que Gilmar Mendes é réu, o jornalista Leandro Fortes insinuou que ele está sendo processado pelos fatos narrados nas reportagens, o que não é verdade.
A sentença afirma que as reportagens deram à lista o caráter de prova irrefutável, sem ouvir os envolvidos. "O autor [Gilmar Mendes], na verdade, foi 'acusado, julgado e condenado' pelas matérias e viu sua imagem pública manchada pela pecha de beneficiário de uma suposta organização criminosa, sem que haja notícia até hoje de seu indiciamento ou denúncia criminal propriamente dita em seu desfavor, mostrando-se evidente a lesão de ordem moral como resultado da conduta imprópria dos réus", concluiu o juiz.
A editora responsável pela publicação e o diretor de redação foram condenados por um editorial publicado em 2012. De acordo com o juiz, a revista tomou o lugar do Judiciário e sentenciou o ministro como contraventor, sem sequer ouvi-lo. "Indiferente à necessidade de ponderar às várias fontes de informações disponíveis, alheio à recomendada oitiva da pessoa que acusa e desprovido até mesmo de algum espírito sarcástico ou irônico tão típico da atividade, o aturo da matéria tomou o lugar do poder competente e pôs, sem tergiversar, o autor [Gilmar Mendes] na posição de contraventor", registroa a sentença.
Ao analisar o caso, em recurso, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal manteve o valor das indenizações e ainda condenou a revista e os jornalistas por mais duas notícias que, em primeira instância, não haviam sido motivo da condenação. De acordo com o TJ-DF, "publicações que não se limitam a noticiar fatos ocorridos e que, com críticas ofensivas, utiliza expressões injuriosas e difamatórias, com imputação desabonadora à imagem, honra e dignidade da pessoa, causam danos morais".
Com o trânsito em julgado da condenação, as partes firmaram um acordo para o pagamento do valor devido, que, com correção monetária, chegou a R$ 507 mil — divididos em dez parcelas.
A informação é do site Conjur de hoje.
Leia tudo:
Representado pelos advogados Alexandre Fidalgo e Michael Gleidson Araujo Cunha, o ministro Gilmar Mendes entrou na Justiça para reclamar de cinco reportagens publicadas pela revista que disse depreciarem sua imagem. Ele afirma que foi apontado como contraventor e réu e que, além disso, teve sua imagem ligada a comportamentos nunca adotados.
O ministro foi colocado como um dos beneficiários da já famosa "lista de Furnas", um rol sabidamente falso de beneficiários de um esquema de pagamento. O fato de o nome do ministro Gilmar Mendes constar dela fez a lista ser noticiada pela Carta Capital. O título de uma das notícias baseadas no documento inventado era: "Juiz? Não, réu".
Na decisão de primeiro grau, o juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, da 21ª Vara Cível de Brasília, reconheceu que a jurisprudência do STF entende que o direito à informação se sobrepõe a outros direitos constitucionais. Mas o juiz também lembrou que as reportagens devem se pautar por princípios éticos, como ser fiel à informação e dar oportunidade de os envolvidos se pronunciarem.
Para Raposo Filho, esses princípios não foram observados em três ocasiões. Segundo o juiz, ao dizer que Gilmar Mendes é réu, o jornalista Leandro Fortes insinuou que ele está sendo processado pelos fatos narrados nas reportagens, o que não é verdade.
A sentença afirma que as reportagens deram à lista o caráter de prova irrefutável, sem ouvir os envolvidos. "O autor [Gilmar Mendes], na verdade, foi 'acusado, julgado e condenado' pelas matérias e viu sua imagem pública manchada pela pecha de beneficiário de uma suposta organização criminosa, sem que haja notícia até hoje de seu indiciamento ou denúncia criminal propriamente dita em seu desfavor, mostrando-se evidente a lesão de ordem moral como resultado da conduta imprópria dos réus", concluiu o juiz.
A editora responsável pela publicação e o diretor de redação foram condenados por um editorial publicado em 2012. De acordo com o juiz, a revista tomou o lugar do Judiciário e sentenciou o ministro como contraventor, sem sequer ouvi-lo. "Indiferente à necessidade de ponderar às várias fontes de informações disponíveis, alheio à recomendada oitiva da pessoa que acusa e desprovido até mesmo de algum espírito sarcástico ou irônico tão típico da atividade, o aturo da matéria tomou o lugar do poder competente e pôs, sem tergiversar, o autor [Gilmar Mendes] na posição de contraventor", registroa a sentença.
Ao analisar o caso, em recurso, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal manteve o valor das indenizações e ainda condenou a revista e os jornalistas por mais duas notícias que, em primeira instância, não haviam sido motivo da condenação. De acordo com o TJ-DF, "publicações que não se limitam a noticiar fatos ocorridos e que, com críticas ofensivas, utiliza expressões injuriosas e difamatórias, com imputação desabonadora à imagem, honra e dignidade da pessoa, causam danos morais".
Com o trânsito em julgado da condenação, as partes firmaram um acordo para o pagamento do valor devido, que, com correção monetária, chegou a R$ 507 mil — divididos em dez parcelas.
Do blog do Políbio Braga
Uma solução liberal para o problema da educação no Brasil Por Ivan Dauchas
Não existe relato de nenhum país no mundo que tenha se desenvolvido sem ter investido massivamente em educação. Se o Brasil conseguir realizar essa proeza, seremos os primeiros.
Periodicamente, a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) realiza levantamentos para verificar a qualidade da educação básica em diferentes países. E, ano após ano, o Brasil está sempre no fim da lista, entre os países com piores desempenhos. Como solucionar esse problema? Primeiramente, temos de entender que educação é algo de longo prazo: uma geração semeia e outra colhe. Se não houver um certo altruísmo intergeracional, as coisas não andam. E que fique bem entendido: nós ainda nem começamos a semear.
Educação pública é sempre ruim? Não necessariamente. Alguns países conseguiram desenvolver modelos de educação pública de qualidade. Isso é possível, mas acredito que existe uma maneira mais prática, simples e rápida de resolver essa questão. Vamos descomplicar os fatos. Educação é algo que se compra e vende. Existe, portanto, um mercado para a educação. Pais e alunos são consumidores, compram esse serviço. Professores e administradores são ofertantes, vendem.
Por que a educação no Brasil é tão precária? Por uma razão muito simples: ela sofre dos mesmos problemas dos serviços públicos de uma forma geral. Não existem incentivos para melhorar. Já que estamos falando de mercados, façamos uma breve comparação entre escolas e restaurantes. Bons restaurantes tendem a se expandir e criar filiais. Restaurantes ruins tendem a fechar as portas. Com relação a escolas, a lógica não é diferente. Pais e alunos querem estudo de qualidade. Boas escolas particulares tendem a crescer e a abrir filiais. Escolas particulares ruins fecham as portas. Essa é a lógica do mercado.
Por que a educação no Brasil é tão precária? Por uma razão muito simples: ela sofre dos mesmos problemas dos serviços públicos de uma forma geral. Não existem incentivos para melhorar. Já que estamos falando de mercados, façamos uma breve comparação entre escolas e restaurantes. Bons restaurantes tendem a se expandir e criar filiais. Restaurantes ruins tendem a fechar as portas. Com relação a escolas, a lógica não é diferente. Pais e alunos querem estudo de qualidade. Boas escolas particulares tendem a crescer e a abrir filiais. Escolas particulares ruins fecham as portas. Essa é a lógica do mercado.
A melhor saída para a educação no Brasil está na privatização. Mas e os pais que não têm recursos para pagar pelos estudos dos filhos? O que fazer? Penso que a melhor solução para esse caso é a proposta de Milton Friedman. Esse importante economista fez um estudo e concluiu que, em 1978, o governo norte-americano tinha um gasto anual em educação de aproximadamente dois mil dólares por criança. Façamos uma breve reflexão. Se alguns pais optam por manter seus filhos em uma escola privada e não usam esse serviço oferecido “gratuitamente” pelo governo, nada mais justo que serem reembolsados por isso. Friedman sugere então que os pais que matriculam seus filhos em escolas particulares deveriam receber um voucher de dois mil dólares. Esse voucher seria entregue na escola privada como forma de pagamento. O objetivo é aumentar a qualidade através da competição. Se as escolas públicas não oferecem uma boa educação, os pais podem requerer esse beneficio do governo e transferir seus filhos para escolas particulares. A concorrência entre escolas públicas e privadas faria com que as escolas mais eficientes permanecessem no mercado e as menos eficientes fechassem as portas.
Esse tipo de política certamente encontraria grande resistência por parte de alguns “educadores”. Não porque ela não seja boa ou viável, mas porque tende a reduzir privilégios de uma “aristocracia da educação”. Para esse grupo, quanto mais centralizada, burocrática e estatizada a educação, tanto melhor. O problema da educação é na realidade muito semelhante a muitos outros problemas do Brasil. Existe uma solução relativamente simples, mas grupos privilegiados pelo atual modelo tendem a defender seus interesses mesquinhos em detrimento do benefício social e vão tentar convencer a população de que a proposta liberal não é adequada.
Em relação ao ensino superior, a situação é também dramática. O Brasil está entre as dez maiores economias do mundo. Seria bastante razoável que nosso país tivesse pelo menos uma universidade entre as cinquenta ou cem melhores do mundo. Concordam? Mas não é bem assim. De acordo com o Times Higher Education, a nossa melhor universidade – a Universidade de São Paulo (USP) – não está nem entre as 250 melhores do mundo.
Além do fator qualidade, há outro talvez tão grave quanto. O ensino público superior gratuito é um instrumento brutal de concentração de renda. Jovens de classe média e alta têm seus estudos integralmente subsidiados pelo governo. Enquanto isso, jovens pobres têm de pagar para poder obter um diploma de nível superior. Vejam bem, o ensino superior aumenta a produtividade, mas isso não justifica que o governo deva oferecê-lo de forma gratuita. Em economia, “não existe almoço grátis”. Ensino superior gratuito? Ledo engano. O aluno não paga, mas alguém tem de assumir a conta e esse alguém é o contribuinte. Qual a vantagem que eu, contribuinte, tenho em subsidiar a educação superior de uma pessoa que eu não conheço e que não vai me dar nada em troca? Qual o sentido disso?
O mais correto do ponto de vista ético é que o ensino superior seja pago. Quem vai usufruir dos benefícios, que pague pelo serviço. Mas e os pobres? Em uma sociedade justa, o caminho deve estar aberto para todos. Qualquer pessoa, independente da cor, raça, sexo, condição social etc., tem o direito de cursar uma universidade, desde que pague por isso. Se esse jovem não dispõe de recursos financeiros, se sua família não tem como ajudar, deve haver algum mecanismo de financiamento que possibilite a essa pessoa estudar.
Façamos uma analogia bem simples. Se eu desejo possuir um carro, devo fazer uma poupança ou então um financiamento para poder adquiri-lo. Todos estão de acordo? Ou alguém acha justo que o governo cobre impostos e ofereça automóveis totalmente gratuitos às pessoas que se saírem melhor em um teste de volante? Pois é isso que o governo faz em relação ao ensino superior. E, por incrível que pareça, a imensa maioria dos brasileiros, inclusive aqueles que se sacrificam terrivelmente para pagar uma faculdade particular, entendem que isso está totalmente correto.
Se essas mudanças aqui expostas fossem colocadas em prática no Brasil, já seria um avanço e tanto. Porém não vemos políticos defendendo essas ideias. Privatizar a educação básica e acabar com o ensino superior gratuito são políticas que desagradariam grande parte da população. Em português bem claro: são antipopulares, não rendem votos. Muitos brasileiros não conseguem entender a lógica de uma economia de mercado e isso nos mantém atados à velha armadilha ideológica que impede o Brasil de avançar.
Ivan Dauchas
Ivan Dauchas é economista formado pela Universidade de São Paulo e professor de Economia Política e História Econômica.
Um novo escândalo em gestação: o seguro-defeso do pescador
Ricardo Noblat
Por seguro-defeso dos pescadores, entenda-se desde abril último o benefício de um salário-mínimo por mês pago ao pescador artesanal durante quatro meses por ano. Antes, pagava-se por mais tempo, e era permitido ao pescador receber dois benefícios.
Criado no primeiro dia de governo do primeiro governo de Lula, o seguro-defeso custa, hoje, algo como R$ 3,5 bilhões por ano para beneficiar cerca de um milhão de pescadores. Um milhão? Há tantos pescadores assim no país?
Deveria haver mais se a indústria pesqueira, por aqui, fosse de fato importante. Mas não é.
O litoral do Brasil tem 7.408 quilômetros de extensão. Ou 9.198 se consideradas as saliências e reentrâncias dele. Depois de uma década estagnada em 1 milhão de toneladas, a produção pesqueira aumentou para 1,5 milhão de toneladas/ano em 2013.
Baixíssima, levado em conta o tamanho do litoral. O do Peru, por exemplo, se estende por 3.080 quilômetros. A produção pesqueira, ali, só perde para a da China. O Brasil está em 22º lugar no ranking mundial da pesca.
Ocupado em cortar gastos devido à crise econômica que afeta o país, o governo começou a sentir um cheiro ruim ao comparar os números sobre pescadores contemplados com o seguro-defeso, o custo deles e o quanto a pesca rende ao Brasil.
Tem alguma coisa errada. Ou tem muita coisa errada. Por exemplo: nas contas do IBGE, o número de pescadores artesanais está longe de bater a casa de um milhão. Em Brasília, onde só há um lago, sete mil supostos pescadores recebem o salário-defeso.
Este é mais um caso para a Polícia Federal e o Ministério Público. Desconfia-se que há uma roubalheira imensa no pagamento do salário-defeso. Falsos pescadores são pagos para não pescar. E políticos saem no lucro com isso.
O Ministério da Pesca foi extinto na semana passada quando Dilma anunciou a reforma do seu governo. A estrutura do ministério acabou incorporada pelo Ministério da Agricultura. O último ministro da Pesca, Hélder Barbalho (PMDB-PA), foi o oitavo de 2003 para cá.
Deslocado para o Ministério dos Portos, Hélder, o versátil, está empenhado em convencer Dilma de que a Pesca na Agricultura merece o status de uma Secretaria. E que ele, apoiado pelo pai senador e a mãe deputada federal, deve indicar o secretário.
Por meio do vice-presidente da República Michel Temer, o PMDB reforça a pretensão de Hélder. Kátia Abreu (PMDB-TO), ministra da Agricultura, resiste à ideia. Dentro do governo, ela é quem está mais incomodada com o odor que o seguro-defeso exala.
Blog do Noblat
Outro PMDB
O PMDB-SC rompeu com a executiva nacional, exige que sejam devolvidos os cargos a Dilma e lembrou que tem a maior representação estadual do partido: um terço das prefeituras e metade dos deputados.
Cláudio Humberto
Cláudio Humberto
Que vergonha, Amorim
Diplomatas brasileiros estão envergonhados com o papelão de Celso Amorim, chanceler do governo Lula: documentos do Itamaraty revelados ontem mostram que ele e o aspone Marco Aurélio Garcia atuavam e eram tratados como ”office-boys de luxo” da Odebrecht.
Cláudio Humberto
Cláudio Humberto
Tamanho do problema
Eduardo da Fonte (PP-PI) pode liderar o novo blocão, que, com 84 deputados, é a maior bancada da Câmara.
Cláudio Humberto
Cláudio Humberto
Gula de Leonardo Picciani tira PMDB do blocão
Líderes dos partidos do blocão se reuniram na noite desta terça (6) e decidiram enxotar o PMDB do grupo, também formado pelo PP, PTB, PSC, PHS e PEN. Dissolveram o blocão para destituir o líder Leonardo Picciani (PMDB-RJ), aprofundando a crise no governo. Os caciques se revoltaram com a atitude de Picciani, que só levou em conta interesses pessoais e do PMDB para indicar nomes para o ministério.
Cláudio Humberto
Cláudio Humberto
CRIANDO BICHO PERIGOSO NO QUINTAL- Refugiado sírio no Uruguai agride funcionários do governo
Homem se irritou quando foi informado que não receberia visto de entrada para outro país; sírios acolhidos por iniciativa de José Mujica reclamam do alto custo de vida no Uruguai.
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