terça-feira, 9 de maio de 2017

“Eu sempre soube perder. O que eu nunca soube foi ganhar.” (Climério)

“Quando o sexo era pecado a tentação era maior. Rezei e penitenciei mais que qualquer freira enclausurada.” (Climério)
“Os últimos serão os primeiros. Isso só acontece  na lista de demissões.” (Climério)


“Hoje eu tive certeza: só me ama mesmo quem não me conhece.” (Climério)

“Meu pai fui músico de cabaré. Eu tentei ser inquilino.” (Climério)

“Alguns homens são muito bons. Não é o meu caso.” (Climério)

A GAZETA DO AVESSO- Nicolás Maburro está febril e pela primeira  vez a medicina veterinária  detecta febre aftosa  num asno. 
A GAZETA DO AVESSO-  A língua de Lula pede asilo em Cuba.
A GAZETA DO AVESSO- Dilma pegou segunda época no curso de crochê e bordado.
A GAZETA DO AVESSO - Estudo revela que mulheres de semblante sério são as que mais pensam em sexo
"Devemos buscar a perfeição na criação, na vocação, no amor, no prazer. Mas tudo isso no campo individual. No coletivo, não devemos tentar trazer a felicidade para toda a sociedade. O paraíso não é igual para todos." (Mario Vargas Llosa)

SOBRAL PINTO

Apenas vivendo do nome estamos com sobra de excelências. Mas achar um Sobral Pinto está cada vez mais difícil.

TERNEIROS

Os que querem teta são maioria, mas ninguém se preocupa em saber quem irá alimentar a vaca.

GENTE DEMAIS

Só de grandes salafrários a população nacional é maior que a população do Uruguai. Como construir presídios para tanta gente?

CÃO BRAVO

Naquela casa havia uma placa
Dizendo para ter cuidado com o cão bravo
Mas depois algumas desavenças entre vizinhos
Descobriu-se que o cão não era de nada
E que quem mordia mesmo era o seu dono.

H.L. MENCKEN- TIPOS DE HOMENS- O CIENTISTA



O valor dado pelo mundo sobre os motivos que levam os cientistas a fazer isto

ou aquilo é freqüentemente e grosseiramente injusto e inexato. Considere, por

exemplo, dois motivos: uma mera curiosidade insaciável e o desejo de fazer o bem.

O último é considerado muito mais importante que o primeiro e, no entanto, é o

primeiro que aciona um dos homens mais úteis que a raça humana produziu até

hoje: o pesquisador científico O que realmente o desperta não é a idéia de prestar

um serviço de araque, mas uma sede ilimitada e quase patológica de penetrar o

desconhecido, de descobrir o segredo, de chegar aonde nunca se tinha chegado.

Seu protótipo não é o de benfeitor que liberta seus escravos, nem o do bem

samaritano que levanta os caídos, mas o de um sabujo farejando furiosamente em

busca de infinitos buracos de ratos.

1919

O SUPER-HOMEM

Teodoro acordou naquele dia sentindo-se o Super-Homem. Meteu os pés nos chinelos, bateu no peito, respirou fundo e falou –‘vamos lá dia!” Aí foi pegar o pinico que estava sob a cama e se descadeirou todo. Não saiu do lugar sem ajuda. Teve que chamar a Super-Girl dona Jurema para colocar nele um emplasto Sabiá.

ROMARINHO

Romarinho, seis anos, era um menininho frágil, porém ninguém imaginava que fosse exageradamente frágil. Pois no seu primeiro dia na escolinha um coleguinha berrou no seu ouvido e ele explodiu. Juntaram os caquinhos, como se de porcelana fosse, o Romarinho.

VIZINHO DO VAMPIRO

Mateus, sujeito calado vivia sozinho e não saía de casa durante o dia, somente quando escurecia. Já sussurravam pela vizinhança que ele era um vampiro, motivo pelo qual não podia se expor ao sol. Uma vizinha garantiu que havia um caixão no quarto. Certa noite um vizinho resolveu seguir Mateus quando ele saiu de casa e se encaminhou para o cemitério. Pensou: “deve ser no cemitério que ele encontra suas escravas para mais uma noite de orgias de sexo e sangue”. Precipitação e julgamento apressado. Mateus simplesmente era vigia noturno do cemitério e albino.

ANITA, A FLORISTA

Anita era uma florista de muito sucesso. Simpática, atenciosa, bons preços, uma fada! Não havia ser vivo naquela avenida que não amasse Anita. Porém tudo acabou para ela quando o povo descobriu que o seu principal fornecedor era o cemitério.

GREMLINS

No Deserto do Atacama protegidos por uma enorme parede de pedra encontraram-se os últimos gremlins malvados do planeta. O velho chefe mordendo a cabeça de um lagarto recém-abatido disse aos demais: “Pensei que caminhávamos para o fim da espécie, mas descobri novos elementos da nossa raça no Brasil. Ainda estão disfarçados, mas já cometem suas maldades com astúcia. O povo de lá vai se danar!” -Quem são eles chefe?- perguntou o mais afobadinho. -Não Posso dizer os nomes para não atrapalhar suas artes. Só digo que estão instalados num tal de STF.

NOS CONFINS

Casinha de sapê nos confins.
-Toc!Toc!
-Quem bate?
-Dias Toffoli.
-Valha-me Deus! Antes fosse a morte!

O PLANETA DOS MALANDROS por Ives Gandra da Silva Martins. Artigo publicado em 09.05.2017



(Publicado originalmente na Folha de São Paulo)

Charge da página 2 da Folha, no dia 28 de abril, intitulada "Planeta dos malandros", mostrava um grupo de pessoas, carregando placas favoráveis à greve, indo em direção a uma carteira de trabalho gigantesca, em parte afundada na areia.

Não fosse pelo título, a charge de Claudio Mor poderia assemelhar-se ao final do filme "O Planeta dos Macacos" (1968), quando Charlton Heston vê a Estátua da Liberdade semienterrada na areia.

Analisando o movimento das centrais de sindicatos que levou um pequeno número de pessoas às ruas -a maior parte delas com atitudes antidemocráticas ou de vandalismo, o que impediu a esmagadora maioria da população de exercer o sagrado direito de ir e vir livremente, assegurado pela Constituição-, a greve não foi o sucesso que esperavam seus organizadores, que escolheram a véspera de um feriado para estimular adesão daqueles que gostariam de desfrutá-lo mais prolongadamente.

Fosse um sucesso, como foram as manifestações públicas de 2015 e 2016, em que o povo rebelou-se contra os governantes e não precisou de violência para se impor, teriam adotado a mesma atitude democrática de protesto daqueles milhões de pessoas que foram às ruas.

As cenas de TV mostraram tais aspirantes de ditadores, mascarados, como quaisquer facínoras, queimando pneus para impedir empregados de trabalharem, destruindo bens alheios, depredando ônibus, numa demonstração de que todos esses cidadãos não estão preparados para viver num país democrático. São apenas baderneiros ou defensores de privilégios próprios, mais do que de direitos de terceiros.

Creio que a grande maioria dos poucos que participaram das manifestações nem sequer conhece o que estava defendendo. É difícil acreditar que alguém apoie aposentadoria para pessoas com pouco mais de 50 anos, uma vez que não há como fechar as contas previdenciárias com os deficits bilionários que o sistema atual gera.

É de se lembrar a elevada carga tributária do Brasil, sem contrapartida em serviços, que supera a da maior parte dos países desenvolvidos e emergentes, como Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul, Suíça e México.

Defende-se o indefensável, embora os líderes grevistas não ignorem que somente com mais tributos, mais juros, maior endividamento, mais desemprego -além de poucos investimentos e nenhum desenvolvimento- pode-se manter tão esdrúxulo sistema.

Sempre tenho dito que a ignorância é a homenagem que a estupidez presta ao populismo.

O fracasso real dos governos anteriores mostra a necessidade de duas reformas essenciais, as trabalhista e previdenciária, como primeiro passo para o Brasil sair da crise. Caso contrário, estaremos a caminho do mesmo desastre protagonizado pelo governo Nicolás Maduro na Venezuela, tão prestigiado pelos governos anteriores.

"Alea jacta esto". Creio seja esta a melhor forma, pois do imperativo deve ter Júlio César se utilizado ao dizer a famosa frase; não do indicativo "alea jacta est".

"Lançada a sorte", vejamos se o Brasil está realmente a caminho da democracia que todos desejamos ou se Roberto Campos, cujo centenário comemorou-se em 17 de abril deste ano, tinha razão ao dizer que, com esta mentalidade, o Brasil não corre nenhum risco de melhorar.

SEM SOMBRA

Ele tinha certa dificuldade em fazer amigos. Para dizer a verdade não tinha nenhuma facilidade em se aproximar de alguém. Para uns era um grande chato, para outros apenas um jovem profundamente melancólico. Algo que Joel não sabia era sorrir, sempre taciturno, vivia para si. Naquela cidade não havia por certo pessoa mais solitária e triste, sua única amiga era uma televisão de 20 polegadas que dele não podia fugir. Do trabalho no banco para casa e nada mais. Não tinha empregada em casa nem bichos para cuidar. Pensou num cachorro, mas logo desistiu, não queria ter o trabalho de limpar sua sujeira. Teve sua tragédia pessoal quando sua noiva o trocou por outra. Não reagiu, não lutou nem um pouquinho para sair da tristeza, apenas entrou no baú dos solitários. E foi assim que um dia sua própria sombra resolveu deixá-lo, abandonando um corpo quase já sem vida. E quando o sol mostrava seu brilho e calor Joel caminhava pelas ruas sem ter sequer a própria sombra por companhia.

O VELHO JOSÉ

O velho José já na casa dos setenta ficava em frente da casa vendo o movimento da rua. Viúvo e sem filhos, ali ficava para passar o tempo. E os dias foram se passando, os meses, os anos, e o velho José ali olhando o movimento sentado na sua cadeira de palha. Os vizinhos foram morrendo de velhice, casas demolidas e o seu José por ali observando o movimento. Com os anos chegaram os edifícios e novos vizinhos que desconheciam o idoso seu José, coisa de cidade grande e correria. Talvez por isso foi que demorou alguns anos para descobrirem o esqueleto do seu José sentado na sua cadeira, cigarro entre os dentes de sua caveira, ainda contando os automóveis que passavam pela rua.

Qualquer idade é boa para aprender. Por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa

Artigo publicado originalmente no Blog de Ricardo Noblat, 5 de maio/ 2017

Tiro o título destas linhas de uma frase de José Saramago: "Qualquer idade é boa para aprender. Muito do que sei aprendi-o já na idade madura e hoje, com 86 anos, continuo a aprender com o mesmo apetite".

Tenho ainda muito o que aprender, sobre muitos assuntos. Mas o que mais está a açular minha mente, nestes dias, é tentar compreender porque o STF, para minha infinita tristeza, resolveu perseguir a Operação Lava Jato.

A dívida que temos com o Ministério Público e com a Polícia Federal é fantástica. Se o Brasil está na situação em que está, pare um segundo, Leitor, e pense na penúria em que estaríamos se a Operação Lava Jato, sob o comando do juiz Sergio Moro, não tivesse agido como vem agindo desde 17 de março de 2014.

Ou algum de vocês acha que sem os mandados de busca e apreensão, de prisão temporária, de prisão preventiva e de condução coercitiva, o esquema que movimentou bilhões em propina teria estancado como num passe de mágica?

O Supremo, e talvez o mal tenha começado com a escolha do nome dado a essa instituição, Supremo, anda numa arrogância espantosa. Talvez se tivesse recebido outro nome, tipo Mais Alta Corte, ou Corte Constitucional, ou semelhante, os onze advogados sob togas tão majestosas não impressionassem e assustassem tanto quanto assustam. Chegamos até a esquecer que eles são apenas onze advogados escolhidos por diversos presidentes da República e não figuras Supremas!

Pois essas figuras andam tomando decisões estranhíssimas. Exemplo gritante: o habeas corpus para o goleiro Bruno, um dos mais cruéis e frios assassinos de que se tem notícia! Decisão que já foi revogada, graças a Deus.

Mas anteontem uma nova decisão espantosa foi tomada por três desses advogados togados: foi revogada a prisão temporária do ex-ministro José Dirceu, homem sem freios que não se furta em dizer que "Na prisão ou em liberdade, sou um militante político e sempre serei". Está aí uma verdade verdadeira: ele é um animal político que não se furtou a continuar a fazer política mesmo detido.

A carta que escreveu da prisão 14 dias antes de ser libertado, e que foi publicada no Estadão, é um documento de uma agressividade e de uma audácia inacreditáveis! Copio do Estadão: "Comparou os delatores que o acusam a "cachorros da ditadura", defendeu uma virada à esquerda do PT, criticou o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e a ação do juiz Sérgio Moro. Qualificou como golpistas o governo Temer e a mídia. § E, diante do risco do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não ser candidato em 2018, em razão dos processos em que é réu na Operação Lava Jato, o petista escreveu: "Darão outro golpe, condenarão e prenderão Lula? Serão capazes dessa violência e ilegalidade? Veremos".

Agora ele está como quer: em liberdade condicional, com uma bela tornozeleira, vivendo na capital da República. E minhas dúvidas só crescem:

1) quem o sustentará? Brasília é uma cidade cara...;

2) ele está proibido de sair de casa? Não li sobre essa proibição em parte alguma. Se vai poder sair normalmente, ir a restaurantes, cafés, teatros, padarias, farmácias, casa de amigos e parentes, como impedir que ele se encontre ou troque palavras com os companheiros de sempre?;

3) por que, no caso de Dirceu, não houve a mesma proibição feita a Adriana Ancelmo, de usar celular ou Internet?;

4) sair do país é a menor das preocupações do Dirceu: ele agora vai se dedicar a reencaminhar o PT e os petistas para a esquerda.

Fica a dúvida que alfineta o coração: pode, uma decisão dessa gravidade, ser tomada por apenas três dos onze togados? Será que essa é a Suprema Justiça?

Encerro com uma lição do historiador inglês, Lord Acton (1834/1902): "Lembrem-se, onde o poder está concentrado em poucas mãos, frequentemente homens com mentalidade ditatorial tomam o leme para si. Como a História nos vem provando à farta".

É preciso muito cuidado.

LULA IMBECIL

“Lula é apenas um imbecil que é bajulado. Tem o dom da oratória que inflama os idiotas.” (Filosofeno)
“Enquanto os bons ficarem calados em suas casas os maus continuarão fazendo discursos.” (Filosofeno)