domingo, 26 de fevereiro de 2017

RAIZ QUADRADA

“Sempre fui péssimo em matemática. Para aprender a tal raiz quadrada quem ficava quadrado era eu.” (Chico Melancia)

“Não tem jeito mesmo; peca demais. O Brasil quando morrer vai para o inferno.” (Mim)

“Eu procurando emprego e os caras só me oferecem trabalho. É ruim!” (Chico Melancia)

ESTUDANTE

“Estudar? Para você ter uma ideia, estudar estudei muito. Fiquei seis anos na quarta-série.” (Chico Melancia)

“Sapiência? Sapiência acredito ser a ciência dos sapos.” (Chico Melancia)

“Refletir? Eu reflito bem n’água.” (Chico Melancia)

SEM CARTAZ

“Estou sem cartaz até na terceira idade. Vou começar a pescar e a jogar dominó.” (Climério)

PRIMEIRO E ÚLTIMO

“Não me tornei fumante porque no primeiro cigarro que fumei fiz pose e acabei queimando a calça que estava estreando.” (Climério)

DOR

“Dor de corno é passageira. Duro mesmo é sofrer de enxaqueca.” (Climério)

“Antes morrer de indigestão que de fome.” (Fofucho)

“Sou o homem das massas, dos molhos e de toda família que engorda e satisfaz.” (Fofucho)

A GAZETA DO AVESSO-SP- Homem careca encontra tantos cabelos em risoto de camarão e obriga chef a implantá-los em sua cabeça sem cobrar nada por esse trabalho, digamos, artesanal.

PARDAL

Há um pardal na minha janela
Que não é o Professor Pardal.
Divirto-me com esse bichinho manso
Que me ensina coisas.
Mostrando-me, por exemplo,
O quanto pode ser belo na sua rotina
Esse animalzinho tão comum e singelo,
Que fica a ciscar aqui e ali
Para saciar seu estomagozinho.

ESTÃO CERTOS

“A solidão me fez dar razão aos meus inimigos; não é fácil me aturar.” (Climério)

TESTAMENTO

“Estou preparando o meu testamento. Para quem deixarei minhas sandálias havaianas?” (Climério)

SEM

“Há muito tempo estou sem inspiração e aumento de salário.” (Climério)

AVÓ NOVELEIRA

“ Langeri é a tal calcinha transparente com um fio que corre pela bunda?” 

“Quem irá  fazer hoje a salada de magnésia?”

A GAZETA DO AVESSO- Luta sofre um ataque de humildade e confessa que não é Deus.

A GAZETA DO AVESSO- Nicolás Maburro está febril e pela primeira vez a medicina veterinária detecta febre aftosa num asno.

O SACO

Um caminhão passou em disparada e deixou cair um saco. Era um saco de gatos. A meninada da rua ao abri-lo tirou de lá: cinco deputados; três senadores; doze empreiteiros; quinze sindicalistas ligados ao PT e por incrível que pareça uma licitação que ainda não havia sido fraudada.

O QUARTO

Genivaldo veio do interior do Ceará para morar em São Paulo. Arrumou um quarto para morar que na verdade não era nem um terço. Para conseguir abotoar a camisa ele precisava sair para o lado de fora ou nada feito. Dormir e sonhar nem pensar; o sonho ficava na rua em frente. Arranjou uma namorada, mas ele namorava dentro e ela no sereno ou na chuva. Genivaldo ficou um mês e se cansou daquele cubículo. Aborreceu-se e foi morar dentro de uma caixa de fósforos. De graça.

INVASORES

Surgiram desenhos nos trigais e milharais em Tongoland. Apressados determinaram que fossem extraterrestres que vieram a brincar. Especialistas chegaram da capital do estado para dar seu parecer. Jornais estampavam manchetes, havia até gente que dizia ter vistos homenzinhos verdes nos campos. Rádios fizeram alarde; talvez uma possível invasão alienígena se aproximasse? Beatas acenderam velas e realizaram novenas; crianças desenharam monstrinhos de mil tipos dando cara aos visitantes. Um tarado afirmou ter feito sexo com uma alienígena no próprio milharal enquanto ela devorava meio dúzia de espigas, coisa de louco. O comércio faturava em cima dos motivos desenhistas invasores. Enquanto isso tudo acontecia, Anselmo e Jonas esquentavam o corpo com uísque no Armand. Esses dois velhos bem humorados e espertos caíam na gargalhada planejando onde iriam agora aprontar com seus desenhos.

PREFERÊNCIAS

Dinorá era uma mulher madura que adorava garotinhos assados, fritos, ensopados, grelhados, de todo jeito enfim. Apesar de todos os crimes não foi pega pela polícia e sim por um garotinho que gostava de mulheres maduras fritas, assadas etc.

O ENVIADO

Quando ainda um ser amorfo no ventre da mãe o danadinho nasceu de repente e surpreendeu o mundo. Recém-saído da barriga da mãe num banco de coletivo pulou sobre uma poltrona e começou seu discurso falando da mediocridade geral, das crenças em verdades absolutas feitas para idiotas, do nada imperativo nos bilhões de mentes vãs. Explodiu de emoção falando da importância da ciência e não de futilidades mágicas. E já começando a ficar sem fôlego, ficou feliz quando viu um jovem gravando suas palavras num celular. Encerrando disse: “Eu vim por pouco tempo para dizer muito, sou luz que ilumina mentes encerradas nas trevas do saber, crentes de uma vida eterna paradisíaca ou infernal, ou seja, são bestas, porque eu sei daquilo que falo, vim de onde ninguém nunca foi, nasci no amanhã e voltei pelas mãos da ciência para dizer que Deus não existe e que tudo é propaganda barata.” E caiu morto.

ARES BORRADOS

Ricardo tinha muito medo de viajar de avião. Na verdade não podemos nem dizer que era medo, era pavor mesmo. Seu apelido entre colegas era “ares borrados.” Com o tempo seu corpo passou a reagir a esse medo e ele foi criando asas emplumadas, fortes asas com penas coloridas. Aconteceu que aos poucos seu medo sumiu, pois estava garantido. Voava sorrindo, acalmando os nervosos. Ainda dizia orgulhoso: “Se algo acontecer com esta aeronave, dou carona para quem quiser.”

FOLHA DO PREOCUPADO DE IRACEMINHA- Robôs podem os próximos 15 anos substituir 250 mil funcionários públicos no Reino Unido.

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- terça-feira, fevereiro 28, 2012 POR QUE LER BONS LIVROS, QUANDO SE PODE LER OS ÓTIMOS?

Não poucos leitores acharam que usei de mão pesada, ao comentar a reportagem da Veja sobre best-sellers. Que afinal não se lê para transformar o mundo mas pelo prazer de ler, que é melhor ler do que não ler nada ou assistir BBB. Vamos por partes.

Começo por minha parte. Só leio um livro ou assisto um filme se o livro ou filme me dão prazer. Sei, há leituras cujo fascínio está no texto e outras nem tanto. No Quixote, a meu ver, o que mais encanta é o texto de Cervantes, sua ironia constante, seu estilo. Claro que é prazeroso ler Cervantes. Como também ouvir a música de Fernando Pessoa ou José Hernández. Mas também sinto prazer em leituras pesadas como Dostoievski ou Ernest Renan. Se um livro me cansa ou não o entendo, desisto da leitura. Aconteceu por exemplo, com a Breve História do Tempo, de Stephen Hawking. Quando vi que me faltavam conhecimentos de física ou astronomia para entendê-lo, deixei-o de lado. Como também não consegui passar da página 100 de Ulisses ou Grandes Sertões: Veredas. Clarice Lispector, não consigo ler nem dez páginas.

Mas li – e reli – com muito prazer, os sete volumes da História do Cristianismo, de Renan. Li, de um sorvo só, as 1.458 páginas de L’ Histoire de l’Inquisition au Moyen Âge, de Henry Charles Lea. Mais as 1.400 de Un autre Moyen Âge, de Le Goff. Aliás, compro sem hesitar qualquer título assinado por Le Goff. Mas não consigo ler 70 ou 80 páginas do padre Marcelo ou do Paulo Coelho. Aliás, não consigo ler nem 50 linhas. Quando o assunto mexe conosco e o autor escreve bem, mil páginas nos deixam com sede.

Não sou desses que lêem para transformar o mundo. Já fui, é verdade. Aconteceu nos poucos anos de minha adolescência, quando fui contaminado pelo catolicismo e militei na JEC e JUC. Depois disso, veleidade nenhuma de transformar o mundo. O mundo que siga sua rota que eu vou tratar da minha.

Tampouco acho que um jovem deva começar pela grande literatura. Impor a leitura de clássicos a adolescentes é afastá-los da leitura. Certo, eu li o Quixote, pela primeira vez, aos quinze. Mas comecei com revistas em quadrinhos, tipo Zorro, Nyoka, Batman, Superman, Hopalong Cassidy, David Crocket. Tarzan, eu o li em quadrinhos e em livros. O texto de Edgar Rice Burroughs me fazia viajar bem mais longe que os quadrinhos.

Li também muito romance de capa-e-espada, de Michel Zevaco a Alexandre Dumas. Ou os Mistérios de Paris, de Eugène Sue. Mais Jules Verne, é claro. Ou Karl May. Quem lembra hoje de Winnetou ou Mão-de-ferro? Não diria hoje que tais livros constituam grande literatura. Mas fazem um adolescente sonhar e viajar por geografias distantes. Acho que há uma época para chegar-se a Nietzsche ou Dostoievski, e jamais me ocorreria recomendar a um adolescente Crime e Castigo ou Assim Falava Zaratustra.

Claro que é melhor ler qualquer coisa do que não ler nada. Mas se podemos ler boa literatura – ou pelo menos razoável – por que ler bobagens? Há quem vá mais longe. Era Stephan Zweig – se não me falha a memória – que se perguntava: por que ler bons livros, quando se pode ler os ótimos? O best-seller, na verdade, é um livro empurrado pela publicidade. O editor joga milhões na promoção do livro, compra jornais e jornalistas, críticos e resenhistas, e o leitor incauto cai na trapaça. O mesmo acontece com o cinema.

Outros leitores consideram que toda literatura é de auto-ajuda. Se pegamos a palavrinha em sua acepção lata, tenho de concordar. Lemos para entender o mundo e a nós mesmos. Em suma, para construir nossa personalidade, nossa visão de mundo. Quando busco os bons escritores, estou pedindo socorro. Lendo Platão, entendo melhor a Grécia antiga e a cultura ocidental. O mesmo diga-se da Bíblia, se a lemos com olhos de ateu. Lendo Cervantes, entendo melhor a Espanha. Lendo Orwell, entendo com mais acuidade a peste que grassou por todo o século passado.

São leituras que me ajudam, que me transformam. Mas o mesmo não podemos esperar de Jô Soares ou Zíbia Gasparetto. Por auto-ajuda, em sentido estrito, entende-se essa literatura que só ajuda mesmo o autor... a enriquecer. São enlatados repletos de lugares comuns e falsas esperanças. Servem como anestésico às grandes inquietações da existência. Você se sente um inútil? Leia algum desses livrinhos e erga a cabeça, afinal a vida é bela.

Há autores que libertam, e este autor varia de leitor para leitor. No meu caso, foi Nietzsche. Vou reproduzir texto que escrevi há umas três décadas. Meus professores de Filosofia não gostavam do alemão, ele demolia todas as filosofias. Cá e lá ele era citado, afinal não podia ser ignorado. Mas nunca tive professor que recomendasse Nietzsche em suas bibliografias. Para mim, foi autor decisivo em minha vida. É leitura, penso, que deve ser feita quando se é jovem. Não sei se adianta ler Nietzsche aos trinta anos. Também não sei se seria útil a um jovem contemporâneo. Em minha época de universitário, pensamento se demolia com pensamento. Hoje, os meios de comunicação se encarregam deste trabalho de demolição.

Aconteceu nos dias de Porto Alegre. Um colega um tanto inquieto, cujos interesses oscilavam do pugilismo às matemáticas, me abordou com o olhar desvairado. Empunhava um livro com verve. "Tens de ler este alemão. Urgente". Era o Ecce Homo - Como se chega a ser o que se é, de Nietzsche. Seriam umas dez da manhã. Acostumados àqueles humores repentinos, pensei dar uma vista de olhos no livro, para que meu instável amigo não mais me chateasse. Já no índice, comecei a irritar-me. Primeiro capítulo: porque sou tão sábio. Segundo: porque sou tão sagaz. Terceiro: porque escrevo bons livros. O último capítulo, uma pergunta: porque sou uma fatalidade?

É o tipo de introdução que convida o leitor desavisado a jogar o livro longe. Mas uma música qualquer, uma cantata de eremita que volta do deserto, emanava das páginas sublinhadas com fúria naquele livro ensebado. Deixei-me levar pela música, fui entrando na atmosfera rarefeita do pensador. "Ouvi-me!" - alerta Nietzsche já na introdução - "eu sou alguém e, sobretudo, não me confundais com qualquer outro".

Mergulhei com fúria na leitura. Sentia estar perto de algo vital. Este livro, no qual o alemão furibundo se apresenta aos pósteros com as palavras com que Pilatos entrega o Cristo às turbas - Eis o Homem - foi escrito pouco antes de seu mergulho na loucura. É certamente o pensador que com mais energia lutou contra a hipocrisia do cristianismo e contra o próprio Cristo, a ponto de assinar-se, em seus dias de insanidade, como o Anti-Cristo. Ao falar da morte dos deuses pagãos, completava: sim, os deuses gregos morreram. Morreram de rir, ao saber que no Ocidente havia um que se pretendia único.

A manhã se foi, entrei meio-dia adentro, esqueci de almoçar e, lá pelas três da tarde, tive de engolir esta: “Não me são desconhecidas as minhas qualidades de escritor; em determinados casos compreendi como se corrompia o gosto com o manuseio de minha obra. Acaba-se, simplesmente, por não suportar mais a leitura de outros livros, pelo menos os filósofos. (...) Disseram-me que é impossível interromper a leitura dos meus livros, porque eu perturbo até o repouso noturno. Não existem livros mais soberbos e, ao mesmo tempo tão refinados quanto os meus”. 

Vontade de jogar fora o livro. Mas já era tarde demais para voltar atrás. Procurei imediatamente as obras completas do autor. Primeira escala, Assim falava Zaratustra: "Exorto-vos, meus irmãos, a permanecer fiéis à terra e a não acreditar naqueles que vos falam de esperanças supraterrestres". Zaratustra é o eremita que, ao voltar da montanha, encontra um santo em uma cabana no bosque, que entoa cânticos para louvar a Deus. O eremita se espanta: "Será possível que este santo ancião ainda não tivesse ouvido no seu bosque que Deus já morreu?"

Para um jovem sufocado pela propaganda de Roma, sorver Nietzsche era como beber água límpida, não poluída pelos construtores de mitos. Passei inclusive a estudar alemão, para degustar no original seus ditirambos. Mas a vida tem outros projetos para os que nela entram, e acabei aprendendo sueco. De qualquer forma, Nietzsche foi decisivo para minha libertação.

Outros livros me ensinaram mais ainda sobre o homem, o mundo e sobre mim mesmo. Mas se hoje sou como sou, isto eu o devo ao pensador alemão. Ler qualquer coisa é melhor do que não ler? Até pode ser. Mas a boa literatura, mesmo minoritária, ainda exige mais que uma vida para ser consumida. 

No que me diz respeito, não tenho tempo nem de ler os bons livros que comprei em minhas viagens. Uma das coisas que lamentarei na viagem aquela da qual não se volta é não ter lido todos os livros de minha biblioteca. Boa literatura é o que não falta. Pode não estar nas bancas de jornais ou mesmo em livrarias, mas sempre está ao alcance da mão do leitor mais curioso. Ainda mais nestes dias de Internet.

BRENO

Solitário, Breno não gosta mesmo de companhia. Amigos, colegas, familiares, namoradas, nada. Ele só e só ele. Breno quando precisa se move na escuridão para não ter nem sombra.

VELHO

Epaminondas é muito velho. Tão velho que lhe tomaram até a carteira de identidade. Anda por aí com o atestado de óbito no bolso.

TCHÃ

Existia um menino que pela madrugada fazia tchum! O irmãozinho dele acordava e fazia tchã! O pai deles pegou a cinta e fez tchãtchãtchã!!!

OLHO DE VIDRO

Você sabe o que disse uma bolinha de gude para impressionar a nova turma?
“Eu já vi muita coisa nesse mundo. No passado eu trabalhei como olho de vidro.”

Nos supermercados em geral é proibida a entrada de animais,salvo alguns supervisores e gerentes.

FILHO DE BOLIVARIANO

-Papá, onde está Chávez?
-No céu, junto de Jesus.
-Mas o que foi que Jesus fez?

FILHO DE BOLIVARIANO

-Papá, não temos mais papel-higiênico em casa, nem revistas, nem jornais.
-Não vamos reclamar, é pelo bem da Venezuela.

-Poxa!  Eu não sabia que ficar de bunda suja seja sinal patriotismo!

PREGAÇÕES DO IVAN GELHO


O Senhor disse: “É mais fácil um rico passar pelo buraco de agulha que um camelo entrar no céu.”

Falou Jesus: “Vinde para mim às criancinhas que eu tenho lugar na creche.  Paga naturalmente.”

ZÉ BOCHECHA

Zé Bochecha fazia jus ao nome. Antes de completar a maioridade já conseguia carregar nelas uma maçã, dois pêssegos, três bananas, três picolés no palito e um quilo de açúcar. Merreca, o grande traficante da Vila Uru viu futuro no menino e colocou-o para fazer entregas de pó no centro da cidade. Ninguém imaginava que por dentro daquelas bochechas transitavam drogas em grande quantidade. Deu certo e tudo andou nos conformes. Depois Merreca o usou para trazer quilos de farinha da Bolívia todos os meses. Zé melhorou de vida, comprou carro, casa e conseguiu inúmeras namoradas. Estava num vidão que só. Aí outros traficantes souberam do Bochecha e passaram a fazer proposta para ele mudar de lado. Muito dinheiro, muito mesmo. O olho cresceu uma enormidade e não demorou em pular da barca. Mas ele sabia das consequências, Merreca não iria deixar barato e não deixou. Dentro de um mês foram três tentativas de assassinato. Escapou por pouco. Bochecha apavorou , vendeu tudo e se mandou para Manaus. Hoje é pescador no Rio Negro, e usa as enormes bochechas para carregar iscas e peixes menores de dois quilos.

FÓSFOROS

Naquela minúscula caixa havia um fósforo meio depressivo, sem cabeça. Não conversava com ninguém, abatido, triste, um inútil. Numa fria manhã ele surtou. Riscou um irmão contra o outro até a caixa explodir num fogo só. Não sobrou ninguém, até o esmalte da tampa do fogão ficou marcado. Uma vez mais ficou provado que quem não tem cabeça age por impulso e queima até mesmo os seus irmãos.

ROBÉRIO

Robério era taxado de louco porque rasgava todo e qualquer papel que lhe caía à mão. Certo dia para fazer troça uns rapazes deram-lhe duzentos reais esperando que fizesse picadinho das notas. Quando viram que Robério guardou as notas no bolso perguntaram-lhe: “Não vai rasgá-las? “Respondeu ele: “Não, estou curado.” – E seguiu seu caminho rindo até não poder mais.

A ILHA DIVIDIDA

Existia no Pacífico uma ilha dividida entre homens bons e homens maus. Volta e meia os maus matavam um homem bom e a vida seguia seu curso. Porém com o tempo os bons foram todos mortos e só restaram os maus. Passaram então os maus a se matarem entre si e no fim de tudo não sobrou ninguém para apagar a luz.

NOBEL

“Nem todos os velhos aprenderam algo de bom com a experiência de vida. Muitos merecem até ganhar o Nobel da Estupidez Extrema.” (Mim)

DUREZA

“A bater nos acostumamos fácil, já o aprendizado na arte de apanhar e bem mais demorado.” (Mim)

QUESTÃO DE PREÇO

“Rio, porque chorar sempre é mais caro.” (Mim)

TÉDIO

“Se o paraíso é contemplação duro será espantar o tédio.” (Mim)