quinta-feira, 9 de março de 2017

EFEITO COLATERAL

“É o chamado efeito colateral. Quando o banco cortou o meu talão de cheques também perdi alguns amigos. Acho que eles eram mais amigos do meu talão. ” (Climério)

TONINHO EXTREMA-UNÇÃO

“Antigamente os dominadores de mentes ingênuas eram poucos. A Católica e mais uma meia dúzia. Hoje são centenas de entidades. O dízimo é perseguido por bocas grandes.” (Toninho extrema-unção)

A GAZETA DO AVESSO –MINAS GERAIS- Vibrador com pilhas novas salta da bolsa de cliente e corre atrás de gerente de banco em Juiz de Fora.

A GAZETA DO AVESSO – RIO- Mulher-Inflável processa seu dono por estupro.

GENTIL COVEIRO

”À noite os mortos aqui do  cemitério têm bastante companhia. É tanta fumaça que até os defuntos ficam emaconhados.” (Gentil, o coveiro)

HUMOR ATEU

Jesus na cruz falando para seus colegas:

-Cara, meteram prego na gente. Será que esses romanos dos infernos não conhecem as fitas da 3M?

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- domingo, dezembro 25, 2005 POBRES ALMAS!

Leio, na última sexta-feira, no MSM, artigo intitulado "PROTESTO - sobre um artigo do Mídia Sem Máscara (A Cruz e a Toga)", de autoria de Dom Lourenço Fleichman, em resposta a artigo meu publicado dia 10 de setembro. Ora, o artigo do prelado já foi duas vezes publicado. Uma vez em site que já não lembro, e outra neste blog, em postagem de 14 de outubro. Eu o respondi, no MSM, em 24 de outubro. Como curta é a memória das gentes, segue de novo a resposta.

------------

Dom Lourenço Fleichman, OSB, em duas frases comete uma série de equívocos: Cristaldo "só pensa em Deus, só fala de Deus, mas sempre com o sinal negativo. Onde esse mesmo Deus fala de Amor, Cristaldo distila (sic!) o ódio. Onde Deus fala da Verdade, Cristaldo prefere a duplicidade religiosa. Hoje, Cristaldo cospe na Cruz de Nosso Senhor e enaltece outras religiões para contrapor ao catolicismo. Mas não deixa de dormir por ontem ter cuspido nessas mesmas religiões que hoje utiliza contra Cristo". Ora, raras vezes escrevo sobre Deus, e se desta vez escrevi, foi para comentar a polêmica em torno à cruz. Mais uma vez, o frei empunha o argumento do ódio, esse argumento tão ao gosto do PT quando se sente criticado. Diz ainda o frei que enalteço outras religiões para contrapor ao catolicismo. Pelo jeito, o frei não costuma ler meus artigos. Nunca enalteci religião alguma. Abomino-as todas.

"Porque não cita os documentos papais ordenando a tortura, a fogueira? - pergunta Dom Lourenço. - "Porque não cita algum livro, alguma frase tirada da boca dos santos católicos determinando que se mate para espalhar o cristianismo?" Ora, já os citei sobejamente em crônicas anteriores. A começar pela Bíblia, onde Jeová, além de exterminar a vida na terra - salvando Noé e seu zoo - incita a todo momento o povo eleito a exterminar seus inimigos. As passagens do Livro ordenando o massacre e o genocídio são inúmeras e citá-las seria monótono. A Inquisição é criada pela bula Licet ad Capiendos, do Papa Gregório IX, em 20 de abril de 1233. Com a bula Ad Extirpanda, em 1252, o Papa Inocêncio IV institucionaliza o Tribunal da Inquisição e autoriza o uso da tortura. Irá persistir até o século XIX, na Espanha.

Com o Directorium Inquisitorum ou Manual dos Inquisidores, em bom português, de 1578, do frei dominicano Nicolau Eymerich e ampliado pelo também frei dominicano Francisco de la Peña, são definidas juridicamente as circunstâncias da tortura. Tal defesa da tortura, feita em documento escrito, nem nazistas ou comunistas ousaram produzir. Isso sem falar no Malleus Maleficarum, dos monges dominicanos Jacobus Sprenger e Heinrich Kramer, de 1486, que se tornou o manual indispensável e autoridade final da Inquisição, para todos os juízes, magistrados e sacerdotes, católicos e protestantes, na luta contra a bruxaria na Europa. Os documentos são muitos. Se Dom Lourenço quiser mais detalhes, eu o remeto à Historia Criminal del Cristianismo, de Karlheinz Deschner, 10 volumes, Barcelona, Ediciones Martinez Roca, S.A.

"O aborto, o divórcio, o casamento de homossexuais não é proibido pela Igreja, como pensa Cristaldo. É proibido pela natureza do homem e da sociedade humana", prossegue Dom Lourenço. Pelo que me consta, a tal de natureza humana até hoje não baixou bula proibindo tais práticas. Quanto à sociedade humana, esta desde há muito vem produzindo leis que descriminalizam o aborto, o divórcio e o casamento de homossexuais. Aliás, homossexualismo é a busca de puro prazer, não maculado pelos acidentes da concepção. Ou alguém pretende que não haja prazer no homossexualismo? Se é bom e não prejudica ninguém, que mal tem? (...)

"Rezo a Deus para que no dia da sua morte ele já não deseje mais, como escreveu, um triste velório sem Deus, sem Cristo, sem a Santa Esperança" - me deseja Dom Lourenço. Vamos devagar, caríssimo. Ou você pretende impedir um homem de morrer como lhe agrada? Desde meus verdes anos, dispensei Deus, Cristo e a tal de Santa Esperança. Foi um renascer. Desde então, tenho vivido meus dias em plena paz, comigo e com meus sentidos.

--------

Esta foi minha resposta, publicada há dois meses, ao artigo republicado há três dias. Deixa pra lá. Vamos a assuntos mais importantes, aqueles que realmente dizem respeito à humanidade e seu futuro. Na dia 01 de dezembro, o jornal espanhol El País parece ter sido o único a dar espaço a uma notícia de vital importância para o gênero humano.

Os bebês não batizados irão do limbo ao céu

Depois de 700 anos, teólogos do Vaticano recomendarão nesta sexta-feira ao papa Benedito XVI dar formalmente um fim à idéia de limbo, o lugar para o qual vão, segundo as crenças católicas, as almas das crianças que morreram sem serem batizadas. Conforme a proposta, essas crianças irão direto ao paraíso graças à "infinita misericórdia de Deus".

Segundo a doutrina do pecado original, todo ser humano nasce com folha corrida. Sem batismo, nada de paraíso. Santo Agostinho considerava que os bebês não batizados iam direto ao inferno, embora tenha ressalvado que seu sofrimento seria de alguma forma mitigado. O Concílio de Cartago, do ano 418, negou a estes bebês a felicidade eterna. A Comissão Teológica Internacional (CTI) - colegiado composto de uma trintena de teólogos católicos - por sua vez, recomenda abolir a noção de limbo de todo o ensino do catecismo católico. Já em outubro de 2004, Sua Santidade o papa João Paulo II considerava o tema de "máxima importância" e pedira à CTI que elaborasse "uma maneira mais coerente e ilustrada" de descrever, dentro da ortodoxia católica, o destino dos bebês mortos em inocência.

Mas o problema não é assim tão simples. Para os teólogos, existe um duplo limbo. Primeiro, existe o limbus patrum, para onde vão os justos, como Abraão e Moisés, que viveram antes do Cristo. Segundo, o limbus parvulorum ou limbus infantium, onde ficam os bebês mortos sem batismo. Como carregam a culpa do pecado original mas não cometeram pecados pessoais, não podem ser premiados com o céu nem castigados com o inferno. Se a CTI liberar o paraíso para os ocupantes do limbus parvulorum, resta a decidir-se qual será o destino dos milhões de almas do limbus patrum. Assim sendo, todos os justos que precederam Cristo passam a constituir um considerável contingente de sem-paraíso.

Pobres almas! Que Sua Santidade delas se apiade!

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- ASTRÓLOGO LOUVA MALAFAIAS

Do leitor Darke Mayer Goulart recebo:


Janer, essa eu precisava compartilhar, no melhor espírito cristão. Não sei se tu conheces um pastor televisivo chamados Silas Malafaias. Acho que ele é da Assembléia de Deus, pelo que achei via Google (portanto, concorrente do Edir Macedo e do R.R. Soares, os outros "chefões" do evangelho televisivo no Brasil). Ele segue a agenda evangelica tradicional: pedir dinheiro, orar, pedir dinheiro, condenar o homossexualismo, pedir dinheiro, exorcizar o Diabo, pedir dinheiro e, quando volta do intervalo, pedir mais dinheiro. Aleluia.

Pues não é que o nosso amigo Astrólogo e Arauto do Foro de São Paulo é um admirador do "trabalho" do bom Silas? Ele o confessou num dos seus talk shows (acho que de janeiro), que por falar nisso é uma das coisas mais engraçadas atualmente disponíveis na internet. Uma mistura de aula esotérica, análises políticas e aula de catequese, tudo regado a palavrões a la Alborghetti. Ele disse que conhecia o trabalho do Malafaias e o achava "muito importante", "um trabalho belíssimo". Pelo visto, o Walter Mercado de Bananópolis já anda estudando como garantir a aposentadoria através do trabalho "muito importante" de extorquir dinheiro abusando da fé popular em cadeia nacional. Sei lá, daqui a pouco ele começa a pedir doações em nome de Jesus no talk show dele... aguardemos para ver.

PS: Olavo é mesmo uma figura. Ele acha que as pessoas têm preconceito contra a "maneira de falar" dele, que se ele fosse mais educadinho iriam dar ouvidos às bobagens dele. Ora, ele diz: "não tenha a menor dúvida de que o Diabo é uma figura real e presente no nosso mundo", e ainda quer que alguém o leve a sério? Para ele não ter a menor dúvida de que o Diabo é uma entidade real e presente no nosso mundo, ele deveria ter "arquievidências" disso, mas até hoje tudo o que ele apresentou foram as teorias conspiratórias de sempre, que são melhor explicadas pela boa e velha estupidez humana do que por entidades cósmicas malignas. Acho que é "arquievidente" que o Olavo andou lendo Eric Voegelin demais e acreditou em cada palavra do paranóico germano-americano.


sexta-feira, fevereiro 29, 2008

PERGUNTA UM IMPOTENTE

Um comprimido para disfunção erétil pode ser companheiro num ato solitário?

O COMUM E O ESTADO

O comum deseja que o estado lhe forneça uma árvore de boa sombra e que os frutos sejam moedas fortes. Já o estado paternalista espera em troca o voto, e que a esperança de receber os frutos desta árvore não morra jamais. Ou seja, o comum deseja tudo do estado e vida boa, e o estado ladrão quer mais poder e servidão total.

ORAÇÃO DO ATEU

“Pai nosso que estais no céu levai todos os cristão até aí e deixai para esse pobre ateu todo o dinheiro do Vaticano. Amém.”

CAVALGADURAS

“A história do mundo está repleta de cavalgaduras que foram populares. O Brasil contemporâneo está a contribuir com mais algumas.” (Limão)

IMPOSTOS

“O governo arrecada impostos pela boca de um tubarão e nos devolve em serviços pelo ânus de um lambari.” (Limão)

CONSULTOR

“Num litígio religioso é bom ouvir o conselho do diabo, pois ele trabalha tanto para evangélicos quanto para católicos e protestantes.” (Limão)

NA PRIVADA

“Pelo que vejo o meu lugar no mundo é na privada.” (Limão)

ÚNICO

“Não verei um país melhor, não verei. Matusalém foi único.” (Limão)

NÃO HÁ FUGA

Caio,
E quando me levanto
Sinto que cresci.
Pois não há crescimento
Sem dificuldade e dor.
E muito se engana quem pensa em fazer voltas,
Pois é sabido que podemos fugir de todos,
Menos de nós mesmos.

EU SABIA

Nada disso me espanta,
Tudo o que está acontecendo eu já esperava,
Pois disso tudo já falava há alguns anos,
Mas ninguém ouvia.
O errado agora é o certo,
O vácuo é o preenchido,
O covarde é o destemido.
A pulha encampou o estado,
Então temo pelos nossos filhos
Vivendo num país de valores trocados,
Onde o pífio é homenageado
E o homem de bem desprezado.

DAS CERTEZAS

O nosso mundo particular certo,
De certo nada tem.
Às vezes quando tudo maravilhoso
Ele dá uma guinada de 360 graus,
E todos os nossos sonhos se evaporam,
Pois a vida resolveu mostrar sua face mais horrenda.


GUMERCINDO

Mocorongo feito que, solitário e abandonado pela mulher além de extremamente endividado, Gumercindo estava tão para baixo que andava feito louco procurando pelos bolsos e gavetas dos velhos armários o próprio atestado de óbito. Não encontrou nenhum atestado, mas achou mais dívidas deixadas pela ex- mulher sem-vergonha. A cada dia que se passava a cabeça mais ficava na lua que aqui na terra. E foi assim zanzando para lá e para cá até findar sua existência como um morto vivo sem eira nem beira, terminando por ser enterrado sob uma touceira de guanxuma.

OS VELHOS E A VELA

O velho e velha Antiok resolveram sair de casa para visitar o grande amigo Sirtuk que estava acamado. Quando tinham dados poucos passos na rua a velha se lembrou que havia deixado a vela por apagar. Voltaram os velhos para apagar a vela e saíram. Novamente eram alguns passos porta afora e o velho disse que precisava voltar para pegar seu isqueiro. Voltaram. Sem precisar da vela o velho achou seu isqueiro. Nisso a velha percebeu que estava sem calcinha e acendeu a vela para procurá-la. O velho segurava a vela enquanto a velha procurava por sua calcinha. Achada e posta a calcinha o velho apagou a vela sem não antes tropeçar e derrubar a velha e a vela. De pé os velhos saíram deixando a vela no escuro. Mais tarde quando retornaram para casa os velhos perceberam que a porta havia ficado aberta. O velho disse que entraria sozinho por segurança, a velha ficaria na porta aguardando. O velho então entrou, mas não encontrou a vela para verificar como tudo estava. A velha ansiosa resolveu entrar para procurar pela vela também. A vela não foi encontrada, e não havia outra na casa. O caso é que a vela fora roubada, e o velho e a velha dormiram no escuro com saudade da prestimosa vela.

OS RATOS

Os ratos foram aos poucos chegando, conhecendo o terreno e invadindo a casa vazia. Magrelos, vinham da casa de um aposentado da iniciativa privada. Encontraram as prateleiras da despensa abarrotadas de queijos e outras guloseimas. Quando viram àquela abundância chamaram também os tios e primos que estavam nos arredores. O proprietário fora generoso: havia saído de férias, mas deixou um bom rancho para eles. Naquele mês os ratinhos encheram seus buchinhos e ficaram gordos como patos. Festança todos os dias, alegria geral. Quando o dono da casa retornou seu gato ficou encantado com tantos ratos fofinhos. Em todos os cantos da casa estavam eles arrotando sem cerimônia. Os roedores de tão obesos não conseguiam mais correr e o bichano foi então papando todos com paciência. Eram tantos que até reservou alguns para comer no natal. Moral da história: Quem precisa correr para sobreviver não deve engordar.

ADAMASTOR

Metido ele sempre fora, não pedia licença para ninguém. Então Adamastor chegou ao bar na tarde de sexta-feira e bebeu todas. Quando quis beber também a dos outros tomou um tiro.

Chegou a hora do Estatuto do Armamento

Chegou a hora do Estatuto do Armamento

Em sintonia com o que sentem na carne os cidadãos gaúchos, abandonados à própria sorte por uma polícia ostensiva que fugiu das ruas, o deputado Onyx Lorenzoni acha que chegou a hora de acabar com o Estatuto do Desarmamento.

O editor também acha que chegou a hora do Estatuto do Armamento.

Domingo, em Porto Alegre, ocorrerá manifestação pública pelo direito à legítima defesa.

O editor estará no ato.

Do blog Políbio Braga

TEORIA DA “COISA JULGADA” INVIABILIZA O SUPREMO COM MILHARES DE CAUSAS BANAIS por Francisco Feitosa. Artigo publicado em 06.03.2017

(Publicado originalmente na Tribuna da Internet)

O novo ministro do STF, Alexandre de Moraes, está herdando um arquivo com mais de 7,2 mil ações. Mas Brasil inteiro não deveria possuir 200 ações supremas, embora o estoque já seja de quase 60 mil processos. Evidente que esses processos não são supremos; só alguns, poucos, talvez uns 30 ou 40 sejam realmente supremos, isto é, que cuidem do interesse de todo o Brasil-brasileiros.
A historinha da “coisa julgada” – outra inconstitucionalidade que ainda abordarei noutro dia – leva a isto e o Supremo se torna desaguadouro de tudo o mais que se julga de Brasil afora. Negar mínima valia a coisa ainda-não-julgada reduz as instâncias – 1ª (juiz), 2ª (tribunal) e 3ª (STJ) – a valor zero com este fruto: o acusado, “inocente” a praticar novos crimes, em vez de afastado do convívio social. E, pior: o exemplo aos circunstantes de que ninguém será jamais preso.
Nos States, o médico que empanturrou Michel Jacskson de porcarias saiu do juri algemado, preso, e já cumpriu a pena. Aqui uma decisão singular (inconstitucional porque singular não é da corte suprema) manda soltar o goleiro Bruno condenado pela morte da mulher. De que valeu aquele juri? (o gato enterrou) Não é assim em nenhum lugar do mundo; nem era assim no Brasil: o valor zero à coisa-ainda-não-julgada é a Lei Fleury transposta para a Constituição Federal. Os professores não sabem disto ou, de má-fé, fazem que não sabem. Então, quanto mais demorar nessas instâncias que não produzem a coisa julgada, melhor.
O grande advogado não é aquele que comprova o bom direito do seu cliente – rapidez à inocência -, mas o aquele o mantém solto até a morte; morrem ambos, advogado e acusado e ninguém conclui a “coisa julgada”. Devíamos extinguir todos esses tribunais e foros e dar entrada direto no supremo (que não é, na prática, um tribunal supremo), mas, pelo menos em tese, produz a coisa julgada… no dia de São Nunca.
Podemos concluir, do jeito que está, que o STF é o tribunal do foro privilegiado e da coisa-julgada? Sim, com certeza! Não percebemos que o rei está nu? Está bom assim? Do ponto de vista da proteção ao pacto social não está não. Renan livre, leve e solto com doze processos e inquéritos no rabo e não lhe sai uma cautelar para dar um basta. Renan? Desculpe-me ele; e todo o resto, não apenas ele, mas um balaio imenso, o congresso quase inteiro.
O Brasil é inconstitucional. A CF/88 é inconstitucional, com violação do pacto social que impõe seja o perturbador afastado, em prol da sociedade justa. O mais engraçado, em termos de foro especial, é o roteiro da audiências: o juiz de 1º grau tapa os ouvidos, amordaça a boca do réu e paralisa a mão do escrivão quando este menciona um medalhão do foro especial; o TSE faz o mesmo, vide ministro Herman Benjamin, recente, quando um depoente mencionou outro crime de um medalhão do STF.
O Supremo, o que faz? Todos esperamos que o presumidamente inocente morra ou o suposto crime prescreva. Enquanto isto, ó! Trump não tem foro privilegiado. Aqui, Sarney e mais não sei quantos mil, sim. Claro que o modelo – intencional ou não – é feito para jamais produzir a sociedade justa que pactuamos no artigo 3º da própria Constituição.
 

Jorge Maranhão- IMPRENSA LIVRE E CORRUPÇÃO

INSTITUTO MILLENIUM


“Se coubesse a mim decidir se precisamos de um governo sem imprensa ou de uma imprensa sem governo, eu não hesitaria um momento em escolher a segunda alternativa”. – Thomas Jefferson


O Brasil apresenta hoje alguns vetores que mostram claramente que a luta contra o nosso crônico déficit de cidadania política está em xeque: seguidas ameaças à instabilidade das instituições democráticas, a exemplo do que vem acontecendo com alguns de nossos países vizinhos; degradação ampla e visível dos costumes políticos, alavancada pela impunidade proporcionada por códigos de processo civil e penal totalmente defasados, além de estapafúrdios privilégios como foro especial e o quase ilimitado número de recursos possíveis em um processo judicial; déficit de entendimento e prática de cidadania justamente pelo segmento social que deveria dar o exemplo, que ainda confunde lei com limitação de liberdade, vida com “condições” de vida, Estado com governos, justiça com justiça “social”, igualdade social com igualdade perante a lei, público com privado etc.

Mas a questão não é apenas discernir as diferentes naturezas do público e do privado, por exemplo. Sabemos perfeitamente o que é o privado, seja como o ganho entre agentes econômicos no mercado, seja por simples exclusão de tudo aquilo que não é público. A questão fundamental para a nossa cultura de cidadania, enquanto educação política, é entender a complexa natureza do bem público. E isso implica o discernimento entre Estado – enquanto conjunto de instituições dedicadas à garantia e defesa do interesse público – e governos – enquanto atores/condutores temporários de políticas públicas.

Cidadania é, portanto, o controle social de governos pelos cidadãos – exatamente para que aqueles não usem as instituições públicas em seu proveito próprio, sempre parcial por definição – e jamais controle social de governos sobre os direitos fundamentais dos cidadãos, que são tão mais cidadãos quanto se obrigam a disputar com os governantes o controle social das instituições do estado democrático de direito.

Em recente seminário sobre o tema da corrupção, realizado em Brasília em dezembro último, e com ampla participação de empresários e entidades dedicadas ao controle social de governos, uma das moções aprovadas foi a luta pela realização de uma Conferência Nacional de Combate à Corrupção. Embora a entidade que organizou o seminário, a Abracci – Articulação Brasileira pelo Combate à Corrupção e Impunidade – represente hoje mais de 400 empresas e entidades nacionais que trabalham com o tema da corrupção, a divulgação do seminário foi prejudicada pelos eventos simultâneos do Confecom e do COP-15.

Hoje, começamos a esboçar um consenso entre os formadores de opinião de que o país precisa urgentemente desenvolver sua cultura de cidadania política, que nos desperte para a responsabilidade dos mais favorecidos em exercer controle social de governos, mandatos e orçamentos públicos. Qualquer outra concepção de cidadania enquanto solidariedade, civilidade ou caridade, ainda muito presentes na mídia, se torna hoje em dia um luxo esvaziado de sentido estratégico. Parece que nos tem “caído a ficha” de que devemos também promover o discernimento de que as instituições do estado democrático de direito existem mais para servir aos cidadãos pagadores de impostos do que para serem aparelhadas por governantes que delas se servem.

Urge, portanto, convergir ações da sociedade civil organizada, sobretudo entre associações civis de profissionais e empresariais, para disputá-las com os governantes. Na outra ponta, cabe ao empresariado de comunicação mais consciente a tarefa de apoiar continuamente, através de ampla estratégia de alocação de espaços na mídia, as entidades que buscam o resgate dos valores da tradição humanista e do estado democrático de direito no Brasil e na América Latina, como no modelo do crime doesn’t pay americano.
Jorge Maranhãome-liberdade-de-expressao

O fundo pró-leitura

As promessas do porqueiro



JORGE MARANHÃO

É publicitário, consultor, escritor, mestre em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), fundador e diretor de criação da Propaganda Professa e especialista em comunicação corporativa. É autor dos livros “A arte da publicidade” (Papirus, 1988), “Mídia e cidadania” (Topbooks, 1993) e “A voz do cidadão” (Contra Capa, 1995). Colabora com artigos de opinião sobre mídia, cidadania, arte, cultura, política e comunicação nos principais jornais do país. Produz e apresenta os boletins “A voz do cidadão” nas rádios Globo e CBN.

RETRATO 3X4

Borlulário trabalha no SEF (Sindicato dos Ensacadores de Fumaça), lê Emir Sader, Frei Betto e Chauí, está sempre pronto para passeata e mortadela, para ser contra tudo que não sai das cabeças iluminadas da esquerda, inclusive a Lei de Responsabilidade Fiscal quando foi votada; é amplamente favorável ao roubo cometido contra o trabalhador pela Contribuição Compulsória, enfim, é um homem pronto para mudar o mundo como estudantes de certo país que ocupam escolas com um discurso pífio e mentiroso, pois onde é que já viu querer mudar o que é uma bela porcaria, basta ver a nossa colocação no ranking mundial, quando na verdade o que desejam é gazetear e na vida ter uma boa teta estatal para mamar. O verme apoia toda arruaça, pois protestar é com ele, já trabalhar e estudar é muito duro, então o furo é mais embaixo. Crê piamente que bandido só é bandido porque é pobre, ofendendo os milhões de pobres que trabalham honestamente. Bordulário não sabe a diferença entre magarefe e mequetrefe; conjuga o verbo colorir começando com “eu coloro”,; recebe Bolsa-Família para comprar ração para cachorro; fala presidenta; acredita que Lula não é dono do sítio de Atibaia; pensa que Rose Noronha é uma freira e que Guido Mantega é apto ao Nobel de Economia. Eis aí o retrato 3x4 de um marxista imbecil.

LULA FOI O PRIMEIRO BRASILEIRO A TOCAR O SOLO MARCIANO

Lula foi o primeiro brasileiro a tocar o solo marciano. Bastou para ele espichar a língua.

OUTRO

“Um corrupto quase sempre tem outro por dentro. Outro bolso.” (Mim)

HRX, O ET VIAJANTE

“Os sujeitos desse planetinha ficam de joelhos para um ser nunca viram e nem sabem se existe. Há promessa de pós morte morarem eternamente num paraíso regido por esse tal criador. Ainda bem que os mortos não se decepcionam.” (HRX, o ET viajante)

BRASIL: A alternância no poder acontece para que tudo fique um pouco pior. Isso acontece desde 1889.

JUMENTOS

“Nem só os jumentos governam o país. Mas também eles.” (Limão)

AVÓ NOVELEIRA

“ Nossos políticos são todos mal inflacionados.”

LULA NERVOSO

Lula está extremamente nervoso. Alguns amigos convidaram ele para participar do Clube do Xadrez de Curitiba.

ENJOANDO

“Comi muita hóstia. Com o tempo fui ficando enjoado dela e do sermão do padre.” (Pócrates)

QUESTÃO DE FÉ

“Para alguns líderes religiosos a fé remove montanhas de dívidas e ainda sobra algum extra.” (Pócrates)

SEMPRE ELES

Quando surge uma luz no fim do nosso túnel,
Eles entram pelas urnas
Para roubar a nossa esperança.
Enfim, eles nos cansam.