quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

FÉRIAS ATÉ 04/01/2017

Um grande abraço a todos, muita paz e saúde ! Boas festas!

A GAZETA DO AVESSO- Papa convida Satanás Ferreira para porta-voz do Vaticano

THE NOVA HARTZ POST- Hyundai paralisa fabricação de elevadores em São Leopoldo. A fábrica fechou por tempo indeterminado

FOLHA DO GUAIPECA DE GUARULHOS- Planos de Saúde pagaram R$ 100 milhões para corromper Palocci e membros da Câmara

Os Planos de Saúde gastaram R$ 100 milhões para corromper o governo Lula, no caso o ex-ministro Antonio Palocci, e também os deputados arrebanhados por ele para votar duas MPs. O ex-ministro do PT levou R$ 40 milhões. Marco Maia e Eduardo Cunha, além dos colegas envolvidos na trama, ficaram com R$ 60 milhões. As MPs investigadas são 627 (perdão de dívidas de planos de saúde com o SUS) e 656 (permitiu a entrada de capital estrangeiro). A suspeita se estende também à CPI dos Planos de Saúde que acabou abortada.

PB

CORREIO DO TENEBROSO DE NOVA ARAÇÁ- Justiça condena Lindbergh Farias por outra patifaria no Rio

Pela segunda vez esta semana, a Justiça do Rio suspendeu os direitos políticos de Lindbergh Farias, PT, conhecido como Lindinho pela Odebrecht. Ele foi condenado hoje por nomear 11 pessoas para a Prefeitura de Nova Iguaçu. Na primeira ocorrência, foi suspenso por quatro anos, devido ao uso promocional de sua imagem em caixas de leite distribuídas pela prefeitura.

PB

PÉS SUJOS

Fazia tempo que Noar não esfregava os pés. Preparou uma enorme bacia, sabão, água quentinha e uma boa esponja vegetal. Então Noar foi esfregando, esfregando e a sujeira saindo, saindo. Mais água quentinha, mais sabão, e esfrega, esfrega, e a sujeira saindo, saindo. Sem exagero, com o barro que saiu dos pés desse vivente, a Olaria do Zé Arnaldo fez dois mil tijolos, e o homem ficou tão leve que parecia um astronauta pulando na lua.

SUSYLAND

Hermes sofria bullying na escola por causa dos seus braços compridos, sendo que os cotovelos davam nos joelhos. Então no Dia dos Namorados, tremendamente aborrecido com todos os seus colegas da escola e outros, subiu no telhado de casa, tendo nas mãos um pano escuro, esticou os braços até que pode e cobriu a lua. Foi o Dia dos Namorados mais sem graça em toda história de Susyland.

O PADRE NU

O padre Renato inovou de vez. No domingo apareceu no altar para rezar a missa completamente nu. Pediu a todos que fizessem o mesmo. A igreja ficou vazia. Reclamações chegaram ao bispado. “Interpelado pelo bispo disse:” Eu só queria inovar; imagine as manchetes-Padre Renato realiza a primeira missa de nudistas do Brasil! Não seria um estouro?” O bispo deve ter achado também um estouro, tanto que mandou o padre inovar em Angola.

OFERECIMENTO

Mui longevo na vida, com expressão maltratadas pelo tempo, seguia Renato pela estrada poeirenta e vazia no final de uma tarde de verão. Na encosta do mato surgiu uma moçoila desconhecida na flor dos seus dezoito anos, que erguendo o vestido mostrou a entrada da gruta e todo o oferecimento do mundo, dizendo estar mais do que necessitada de um acasalamento. Renato parou, analisou e disse-lhe: “Vejo que és linda mulher, tanto de face como de corpo. Observo também tua educação e fineza pelas palavras bem pronunciadas que dizes, além da bondade de oferecer tanto tesouro a um bode velho. Mas te aconselho a seguir em frente, sendo das opções a atitude mais sábia, antes de acabar se enraivecendo com nós dois por causa de um brinquedo murcho”.

TAL PAI, TAL FILHO

Toni, sempre bêbado, caiu no poço, já era começo da noite. Na queda arrastou o balde junto. Teve sorte em não se machucar, mas estava quase metido n’água até o pescoço. Gritou por socorro pela noite até se cansar, ninguém apareceu para socorrê-lo. Tentou até subir pelos tijolos, mas após alguns fracassos desistiu. Quando amanheceu o dia a mulher e a mãe dele surgiram na boca. Cuspiram para baixo. Seguravam firme o pai de Toni, que tentava se desvencilhar das duas mulheres. Jogaram o homem para dentro, sobre o filho. E falaram em uníssono: “Tal pai, tal filho.” Após o feito pregaram tábuas cobrindo a boca do poço e pintaram uma tabuleta: Cuidado! Poço envenenado! Feito o serviço foram à delegacia informar o desaparecimento dos dois.

TEMPESTADE

O manto da noite cobriu a cidade dos que não voltam e trouxe junto vento, chuva e granizo. Flores mortas que cobriam as casas seguiram o vento; as que ficaram foram despedaçadas. Depois a lua surgiu e iluminou os destroços de metal, plástico, madeira e cimento espalhados pelos estreitos corredores e becos. Um pássaro tardio na fuga jazia sobre o brilho do mármore no berço de um ilustre filho da terra. A cruz mestre tombou sobre velas apagadas e pequenos vasos que estavam sob seus pés. Sobrou apenas um miseravelzinho do qual o limo já tomava conta. Dois mendigos que dormiam num jazigo-hotel conseguiram sair ilesos, pois o dito fora construído com material de primeira e obrado por mãos de quem sabia o que estava fazendo, sendo que não havia goteiras tampouco corrente de vento. Estiveram bem seguros durante o evento da tempestade. Já pequenas árvores também foram vítimas e se deitaram sobre túmulos com que num abraço. Logo ao lado na cidade vida, na cidade barulho, na cidade luz, nada, nem mesmo um ventinho soprou naquela noite. Muitos tentaram explicar, mas ninguém convenceu. Alguns mentirosos criativos dizem ter visto a figura do demônio soprando sobre o cemitério as nuvens da tempestade. Dizem...

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

MALFEITORES

Há malfeitores de toda ordem que transitam no mundo para prejudicar outros e tentar viver na boa vida, embora às vezes percam anos da existência nos Spas dos governos. O caso é que na Rua das Américas mora a família dos Ribas Salustianos, larápios desde o ventre da santa mãe, onde irmãos gêmeos se roubavam entre si; dito então que ladrões do qual nada escapa, pavor de vizinhos e mesmo de alguns parentes. Pois conto que o vagalume Teodoro foi passear no quintal dos tais na tarefa de embelezar mais o mundo das noites junto da lua e das estrelas, porém teve o desprazer de sair de lá sem a sua lanterna na bunda. Os Ribas Salustianos são elementos da ralé e não perdoam nem mesmo bunda de vagalume. Barbaridade!

O PINTINHO DOUGLAS

O pintinho Douglas saiu do ovo e foi direto ao PROCON. Segundo ele os pais haviam prometido para ele uma existência como cisne, não como um reles pinto. Não desejava viver como um comum, queria ser admirado como cisne. Porém na instituição não teve como provar tal promessa, e foi obrigado a viver como pinto. Pinto murcho, por sinal.

METAMORFOSE

De férias escolares, Gustavo há dois não dias não saía do quarto, nem para comer. A mãe preocupada chamou que chamou e nada. O pai arrombou a porta, e sobre a cama lá estava ele jogado sobre o travesseiro, iluminado e colorido. Gustavo havia se transformado num smartphone.

BAFO

O ébrio de todo dia
Exala um vapor azedo
Que inibe o abraço afetuoso
E coloca nos lábios do bem o medo
De conceder um beijo molhado
Ou mesmo seco
Pois ninguém gosta de beijar carniça
Nem mesmo seu arremedo.

FOLHA VERDE

O vento tirou da árvore encorpada uma folha verdinha
Que ficou voando pra lá e pra cá ao seu sabor
Não sabia o vento
Que no canto da calçada do colégio municipal
Um grupo de formigas aguardava por ela
Fazendo  coro no nham nham nham!

PODEM CHOVER MARRETAS DO CÉU

Podem chover marretas do céu
Que não abrirão as cabeças contaminadas pelo estatismo que atrofia o crescimento
O estado provedor é para eles vida e mote
Não sabem viver fora disso
Desconhecem o trabalho para montar uma empresa
E pagar o aluguel
Os funcionários
Fornecedores
Os impostos em cascata
Sofrer o custo imenso da legislação trabalhista obsoleta
Aturar muitos fiscais frustrados querendo tirar uma casquinha em qualquer detalhe
Por certo não sabem o que perder noites de sono porque as vendas caíram
E não há dinheiro em caixa para honrar os compromissos
Títulos protestados
Ficar sem crédito na praça
Os estatistas de esquerda não sabem nada disso
Pois  nunca arriscaram nada
Nem mesmo um pum por conta e risco
Sabem que mamam em teta gorda
E querem continuar assim vivendo no estado monstro
Matando quem produz aos poucos
Tudo para manter seus empregos bem pagos
Se possível eternizando-se no poder
Fazendo do assistencialismo sem contrapartida um grande curral eleitoral.

“Encontrei a mulher da minha vida. Eu encontrei. Mas ela não achou a menor graça em mim.” (Chico Melancia)

CORONEL OLIVEIRO

Oito horas da manhã. O suicida subiu na torre da igreja e de lá ameaçava se jogar. O povo foi chegando, se aglomerando e comentando. Uns diziam “se jogue!” outros gritavam “Não faça isso!” O tempo foi passando e que diante da grande dificuldade ninguém conseguia subir na torre para tirar o homem. Havia risco para os policiais. Onze e meia da manhã e o homem por um fio, agarrado nos braços de Santo Antônio. O Coronel Oliveiro ia passando e foi saber a causa da balbúrdia. Inteirado dos fatos, sacou do revólver e derrubou o potencial suicida, que a chumbo foi para o outro lado. Coronel Oliveiro olhou o corpo estirado na calçada e disse- “Aí está um homem que conseguiu o que queria. Queria morrer, pois está morto!” E foi para o almoço, pois a barriga já estava roncando.

O SUPER-HOMEM

Teodoro acordou naquele dia sentindo-se o Super-Homem. Meteu os pés nos chinelos, bateu no peito, respirou fundo e falou –‘vamos lá dia!” Aí foi pegar o pinico que estava sob a cama e se descadeirou todo. Não saiu do lugar sem ajuda. Teve que chamar a Super-Girl dona Jurema para colocar nele um emplasto Sabiá.

QUE FAÇA DE TUDO

Desde que ele era jovem Madalena, mãe de José, dizia: “Quando for para casar, arrume uma mulher prendada, que saiba fazer de tudo, de tudo!.” A vida foi passando e José procurando a tal mulher para ser sua companheira, sempre se lembrando dos conselhos da mãe. A verdade que falar é fácil, encontrar tal mulher muito difícil. Foram várias e nada. Pois José já tinha completado quarenta anos na solteirice quando na boate da Iracema Vesga conheceu Maricota Perna-Grossa, a dita cuja que sabia fazer de tudo e mais um pouco, mas não exatamente o tudo que pensava sua sogra. E quem pensava que não daria, enganou-se, pois deu casamento na igreja, de véu e grinalda, Iracema Vesga de madrinha, Madalena bicuda e o putedo de folga comemorando o casamento da colega.

“Se Deus é por nós imagine então o diabo.” (Pócrates)

OS PÉS

“Há tipos que pensam que pensam ter o mundo a seus pés. Quando dão por conta estão é com os pés atolados no barro ou em coisa pior.” (Pócrates)

A FÉ

“Para alguns líderes religiosos a fé remove montanhas de dívidas e ainda sobra algum extra.” (Pócrates)

CACHORRO

“Fiquei sabendo que muçulmano não gosta de cachorro. Melhor para o cachorro.” (Pócrates)

CALOS

“Não corto calos... Leonardo Boff não fala com árvores? Eu falo com meus calos; são de estimação.” (Pócrates, o filósofo dos pés sujos)

MENTIROSO

“É muito fácil descobrir um mentiroso. A primeira coisa que ele fala é que nunca mentiu. Nesse pode colocar o carimbo.” (Pócrates)

“Do céu só espero sol, chuva e cocô de passarinho.” (Pócrates)

“A evolução não cessa nunca. Dentro de alguns milhões de anos até as lesmas terão suas plantações de alface.” (Pócrates)

“Nós leões não beijamos muito. Nosso bafo não motiva.” (Leão Bob)

“Temos em nosso bando um judeu. Ele não come carne de porco.” (Leão Bob)

DESILUSÃO

“A vida no convento foi para mim pura desilusão. Não tinha nem mesmo um padre para me oferecer balas de menta.”(Josefina Prestes)

Lula, entre a fuga e a prisão



Por Ricardo Noblat

Se achasse necessário prender Lula, o juiz Sérgio Moro já o teria feito. Se não o fez até agora foi porque Lula não representa nenhuma ameaça às investigações dos seus supostos crimes. Nem à ordem pública. Uma prisão dele que parecesse precipitada, isto sim, poderia pôr a ordem pública em risco.

Moro caminha na direção prevista por oito de cada dez advogados que acompanham de perto a Lava-Jato: condenará Lula ao fim de vários processos, mas não o prenderá. Lula só será preso se a segunda instância da Justiça, o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) confirmar a decisão de Moro e mandar prendê-lo.

Dos 28 réus que já tiveram recurso julgado na segunda instância, nove viram suas penas aumentadas. Outros onze terão que cumprir a mesma pena decidida originalmente por Moro, segundo levantamento feito pelos repórteres Mateus Coutinho, Rodrigo Burgarelli e Valmar Hupsel Filho, do jornal O Estado de S. Paulo.

Isso significa que o tribunal confirmou ou aumentou as penas de 71% dos réus condenados por Moro – praticamente três em cada quatro. Só quatro dos réus que recorreram ao tribunal tiveram suas penas reduzidas, e outros quatro acabaram absolvidos. Para desespero de Lula, a situação dele só tem se agravado.

Ontem, e pela quinta vez em três operações diferentes (Lava Jato, Zelotes e Janus), comandadas por juízes diferentes, Lula tornou-se réu. E não somente ele, mas também Roberto Teixeira, o advogado e compadre de Lula que comanda a sua defesa em todos os processos. Teixeira é acusado de lavagem de dinheiro, assim como Lula.

O Ministério Público Federal também denunciou Lula por corrupção passiva no caso de contratos firmados pela construtora Odebrecht com a Petrobras. Ele foi apontado como o “responsável por comandar uma sofisticada estrutura ilícita para captação de apoio parlamentar, assentada na distribuição de cargos públicos da administração federal”.

É provável que Lula se torne réu em outros processos. Para que ele fique impedido de disputar as eleições de 2018, basta que seja condenado uma única vez. E que a condenação seja confirmada pela segunda instância da Justiça. Os advogados dele estão certos de que isso ocorrerá até o final do próximo ano. Lula está entre a fuga e a prisão.



“Fiz análise por alguns anos. Parei quando o meu analista ficou biruta.” (Chico Melancia)

"Ando mais só que vigia de cemitério." (Chico Melancia)

“Quando o professor perguntou quem é o presidente da Romênia eu não vacilei: Conde Drácula. Zero!” (Chico Melancia)

“Melhor que sexo só mesmo pudim de pão.” (Chico Melancia)

“A bebida estava interferindo no meu trabalho. Larguei do trabalho.” (Chico Melancia)

“Quem não está comigo está contra mim. E faz muito bem.” (Chico Melancia)

“Não tenho amigos ricos. Deve ser por essa minha cara de pedinte.” (Chico Melancia)

“Minha Biz é uma cabrita. Econômica e pouco poluente.” (Chico Melancia)

“Faz um bom tempo que não prego uma mentira. Acho que 15 segundos.” (Chico Melancia)

“Já fui desprezado até por dragão. E olha que ela cheirava a enxofre.” (Climério)

“Sempre confiei demais. Só acreditei que tinha chifres quando derrubei uma rede elétrica.” (Climério)

“Se os sapos soubessem ler por certo não comeriam moscas.” (Climério)

“Tenho pena de algumas mulheres pelos maridos que têm. Começando pela minha.” (Climério)

“Os únicos sujeitos seguros no Brasil são os bandidos em prisões de segurança máxima.” (Climério)

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

TEMEI

Líquido temerário saboroso
Que absorve quem não o teme
Destruindo a vontade
De viver senão para ele
Faz do cérebro um visionário
De geniais soluções momentâneas
Destruindo a cada dia
A vida familiar
A vida profissional
Os sonhos do porvir
Transformando a realidade
Num imenso mar de desculpas.

DIOMEDES

As irmãs Ana e Anita brigavam pelo mesmo homem, o galã Diomedes. Ele avisou, elas não ouviram e continuaram brigando. Então no Dia de Finados ele fugiu com a sogra.

CAÇADOR

Ronaldo foi caçar na África e seu sonho era comer carne de antílope. O azar dele foi cruzar antes com um leão que tinha o sonho de comer carne humana.

TONTO

Dos tontos existentes Jessé sempre fora o mais tonto. Criador de homéricas tontices, sempre andando na corda bamba da vida, acabou um dia de tão tonto caindo fora do planeta. Vaga agora pelo espaço infinito Jessé, o tonto insuperável.

JOÃO BABA

Jurunupanu, nordeste seco. Poeira dos infernos. Árvores secas, animais mortos de sede e água para o povo somente de caminhão pipa. Então o prefeito ouviu falar de tal João Baba que morava na região dos lagos, um desperdício. Trouxe o homem com um emprego bem remunerado na prefeitura para o setor de recursos hídricos. Pois deu certo. Em seis meses João Baba babou tanto que se formaram três rios em Jurunupanu, ninguém mais passou sede e os moradores até uma praia de água doce ganharam. Quando houve ameaça de enchente compararam um babador para o João e tudo se resolveu.

OBSERVANDO

O canteiro central
Dois bancos com os pés no barro sob árvore robusta
O negro asfalto riscado de faixas brancas
Na sarjeta um copo descartável
Uma carteira de cigarros vazia
O poste de metal sem pintura que suspende o semáforo
O amarelo
O verde
O vermelho
Uma moça fofa atravessa a faixa com uma pasta verde nas mãos
Atenta ao perigo dos doidos e distraídos
Tantas coisas a se observar
Para sentir o todo vivo ou estático que compõe a paisagem do nosso lugar.

INGÊNUO

Navega nas nuvens do pensar
O ingênuo salvador do mundo de soluções simplistas
Crê ele ser possível mudar o homem apenas com boa vontade
Como também erguer fogueiras na floresta sem queimar madeira.

JULGAMENTOS

Via eu o mundo com os olhos da experiência daquilo que vivera
Tirando conclusões da percepção da minha janela
Então às vezes julgava  quem me é estranho
E era julgado também por quem não me conhecia
Tantos enganos e erros danosos
Acabaram por ensinar-me
Que se mesmo quem olha de perto pouco vê
O melhor que faz quem distante está é travar a língua.

“Há momentos para reflexões e flexões. Reflito bem, mas flexões é dor nas juntas.” (Nono Ambrósio)

“Estou beirando os oitenta. Minhas paixões agora são os analgésicos.” (Nono Ambrósio)

PERPÉTUA NÃO!

Não desejo para Lula prisão perpétua, mas  o tempo necessário no xilindró para que sua língua sofra encolhimento.

LULA

Lula já ultrapassou todos os limites fora da cadeia. Está na hora de dar discursos mentirosos atrás das grades.

Artigo, Carlos Brickmann - O barulho dos inocentes


Um fato há que reconhecer: tanto o presidente da República quanto o líder da oposição, mesmo vivendo no meio de toda essa sujeira que tanto nos assusta, mantêm intacta sua pureza. Lula conviveu dezenas de anos com José Dirceu, Delúbio, Marcelo Odebrecht, todos já condenados por corrupção, e proclama que é inocente, aliás nem sabia de nada; Temer presidiu o PMDB de Eduardo Cunha por quinze anos, teve convívio próximo com os seis ministros que se afastaram por problemas judiciais, admite ter recebido um empresário do ramo de doações ilícitas (que, na delação premiada, citou seu nome como captador de recursos) mas garante que não tratou disso com ele. É inocente, diz. Não mexia com essas coisas.

 É bonito saber que o ambiente depravado em que circularam com tanto êxito, sem saber que era depravado, não afetou sua inocência. Lula sustenta que o apartamento triplex e o sítio de Atibaia não são dele, que a propósito nem imaginava que os voos em jatinhos fossem algo mais que uma gentileza. Temer ofereceu um jantar ao empresário Marcelo Odebrecht em sua residência oficial de vice-presidente da República, o Palácio do Jaburu, após o qual a Odebrecht ficou R$ 10 milhões mais pobre. O delator Cláudio Melo Filho diz que o dinheiro foi para o caixa 2 (o que é confirmado por Marcelo Odebrecht). Temer explica que não, que todas as doações recebidas foram legais, nada de caixa 2.

 Aliás, o que é Caixa 2?

 Fique tranquilo

Estiveram no jantar do Jaburu o então vice-presidente Temer, o deputado Eliseu Padilha, Odebrecht, Cláudio Melo Filho. Como a conta foi paga pelo caro leitor, esta coluna informa que pode ficar tranquilo: Temer é pessoa cultivada, de fino trato, e com certeza comida e vinhos foram bons.

SPONHOLZ


MILLÔR- VOZES INAUDÍVEIS DO UNIVERSO

CORTINA DE FUMAÇA: REPORTAGENS SOBRE MENTIRAS NAS REDES SOCIAIS ESCONDEM A MAIOR MENTIRA DE TODAS

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 comentei aqui que esse papo de “pós-verdade” não passa de desespero da esquerda por ter perdido o monopólio da mentira. Ou alguém acha mesmo que Trump mente para vencer enquanto Obama falava a verdade? Ou alguém acha que Hillary Clinton, logo ela, é uma pessoa confiável e honesta?
Logo, todo esse bafafá sobre “pós-verdade” não passa de uma desculpa para atacar a direita, que vem crescendo no mundo. A esquerda, mentirosa até o último fio de cabelo, precisa criar a ideia de que “algo” mudou, e que está perdendo espaço porque vivemos na era das mentiras, ou da “pós-verdade”, como se antes, quando essa mesma esquerda mentirosa chegara ao poder, a política fosse um ambiente de muita honestidade.
Como desdobramento dessa conversa fiada, a grande imprensa tem feito reportagens sobre a disseminação crescente de mentiras nas redes sociais, e o Facebook, do democrata Mark Zuckerberg, entrou na onda, criando mecanismos (suspeitos) de filtro para apontar as supostas mentiras. Tudo balela, claro.
Eis o que esse esforço todo pretende esconder: o fato de que a mais mentirosa de todas é a própria grande imprensa, cuja cobertura das eleições americanas foi lamentável, patética, absurda, pois faltou análise e sobrou muita torcida. Leandro Ruschel coloca o dedo na ferida:
A grande mídia americana lançou a campanha sobre “noticias falsas” como uma cortina de fumaça. Eles fizeram a cobertura jornalística mais fraudulenta e desonesta da história dos EUA, demonizando Trump e tratando a criminosa Hillary como uma grande líder. Mais que isso, o Wikileaks revelou que 68 jornalistas dessa grande imprensa trabalhavam ativamente na campanha da democrata, chegando ao ponto de deixar o próprio comitê democrata editar matérias e passando perguntas de debates para Hillary com antecedência. Com as revelações do embuste e derrota completa, acusam os seus adversários de fazer exatamente o que eles fizeram. Lênin continua vivo e forte.
Nunca antes na história deste planeta a grande imprensa teve credibilidade tão frágil. E ela está chamuscada por culpa da própria mídia, desses “jornalistas” que mais parecem cheerleaders dos “progressistas”, que vivem numa bolha confundindo suas crenças pessoais com a realidade.
Ninguém vai negar que há muita porcaria nas redes sociais, claro. É ambiente livre em que qualquer um pode falar o que quiser, e por isso circula um monte de “notícia” falsa, de opinião radical, pura baboseira. Mas eis o ponto: em meio a essa enorme quantidade de lixo, há também muita análise séria, muita informação válida, e muita opinião corajosa, independente, realista.
Coisas que, infelizmente, vemos cada vez menos na grande imprensa. Por isso mesmo mais e mais gente migra para as redes sociais em busca de opiniões alternativas, para fugir de uma imprensa torcedora, enviesada, esquerdista. A mídia mainstream tem cavado sua própria cova. Se não mudar de postura, vai afundar.
E aproveito para perguntar: onde está a Fox News do Brasil?
Rodrigo Constantino

POR QUE É PREOCUPANTE A DEVOÇÃO DA DIREITA LIBERAL-CONSERVADORA A ENÉIAS CARNEIRO?

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Por Lucas Berlanza, publicado pelo Instituto Liberal
“(…) defende um Estado forte, técnico e intervencionista, um Estado que se preocupe realmente com a nação e que não seja propriedade de um grupo de políticos.”
“(….) que o presidente da República não seja um títere, não seja um boneco levado de um lado para o outro na dependência de quem está à sua direita ou à sua esquerda.”
Outra coisa (diferente da liberdade de imprensa) é a absoluta falta de responsabilidade com que a imprensa se comporta atualmente. Por exemplo, cito de modo claro: na capa de uma revista aparecem as três figuras magnas do país – Sua Excelência, o presidente da República; Sua Excelência, o presidente do Congresso; Sua Excelência, o presidente do Supremo Tribunal Federal – vestidos como pessoas do sexo feminino em uma dança. A revista se chama ‘Revista Veja’. Eu não entendo que lucro, que vantagem a nação tem com isso. (…)”
“(…) o modelo de natureza macroeconômica que foi utilizado lá (no Peru) repete os ecos da ventania neoliberal que assola o continente sul-americano.
“A sua Excelência o senhor Fernando Henrique é o representante legítimo das multinacionais no país. (…) É um homem que defende um processo neoliberal que estraçalhou a Argentina – e temos outros exemplos, muitos.”
“As empresas, todas estão perdendo, só as muito grandes que não perdem. As empresas médias, pequenas, todas estão perdendo. Não há estímulo nenhum para o investimento, em produção nenhuma. Então, quando eu digo ‘intervencionista’, eu digo isso com firmeza querendo dizer o seguinte: vai intervir mesmo, contra esse monstro cuja cabeça está lá fora, no G7. Não sei qual deles, é um conjunto, o senhor sabe, harmônico, que funciona ali no Norte, na pax borealis, e os tentáculos estão aqui dentro, com os vendilhões da pátria aqui dentro.”
Sobre Fidel Castro, “Perguntaram-me quem eu admirava no exterior. Eu disse, pela personalidade forte, pelacoragem de enfrentar o monstro.”
“O senhor Getúlio Vargas era um homem preocupado com a nação, sem dúvida. Estou elogiando um aqui. (…) Se para o senhor é extremamente elogiável um presidente que é um boneco, se o senhor gosta disso, eu respeito sua tese, o que está nos seus esquemas. Eu não penso assim.”
“Vamos para homens de personalidade forte que me impressionaram. (…) Meiji (1852-1912), imperador do Japão de 1967 a 1912, em cujo governo o país conheceu grandes transformações. (…)” Questionado sobre Meiji ter sido um absolutista, respondeu: “Sim, isso é irrelevante. Getúlio Vargas foi ditador e depois foi eleito, o que provou que o povo ou queria ou desejava.
“Eu sou totalmente – eu não, o nosso partido é totalmente favorável ao monopólio do petróleo, das telecomunicações, e seria também ao do aço, só que o aço não adianta mais, já venderam.”
Creio que essa lista de citações já seja o suficiente. Elogio a ditadores – particularmente Getúlio Vargas, o que eu, como lacerdista tardio, tenho arrepios intragáveis em constatar – e menosprezo do fato de que não são constitucionalmente legítimos, monopólio de petróleo e telecomunicações, Estado intervencionista, tecnocracia, incômodo com sátiras na imprensa (lembramos que, na época do Império, mesmo as coisas mais horrendas ditas sobre o imperador D. Pedro II não eram censuradas), ataque ao “neoliberalismo” destrutivo e às “grandes potências” do G7 (só faltou falar em imperialismo)… Um pacote de ideias que sempre combati, ao lado do qual jamais estive e, por coerência, jamais poderia estar, independentemente do nome que as ostentasse.
Mas não foi um petista ou um comunista quem disse essas coisas. Foi o médico cardiologista e sargento na Escola de Saúde do Exército, presidente do hoje extinto Partido de Reedificação da Ordem Nacional, Enéas Carneiro (1938-2007), em sua entrevista para o programa Roda Viva, em 1994, como candidato à presidência da República. Usuário eficaz da norma culta do Português, pessoa de formação muito respeitável no campo médico-científico, Enéas conquistou popularidade no Brasil do final do século passado pelo seu discurso de defesa do orgulho nacional, pela ordem, pelo progresso, pelos valores, com promessas grandiosas como a bomba atômica, e pela sua fala histriônica, repetindo “Meu nome é Enéas” nos poucos minutos de que dispunha na propaganda eleitoral.
Deixo algumas premissas claríssimas diante do que falo – ou mais ainda, do que acabo de DEMONSTRAR: não tenho nenhum questionamento moral à pessoa do já falecido Enéas Carneiro. Muito ao contrário. Respeito sumamente as suas intenções, que reputo como sérias e honestas; o PRONA ocupava o último lugar em casos de corrupção e, tal como seu líder e ícone maior, era um partido autêntico, transparente quanto à sua ideologia e à sua agenda.
O que eu questiono é assumir Enéas como ícone, por parte da recente onda de redespertar de movimentos liberais e conservadores (de inspiração burkeana, enfocada na prudência e no gradualismo de transformações). Parece-me evidente que tal atitude resulta de uma incongruência de princípios desprezada em função da carência de referências amplamente reconhecidas. Carlos Lacerda, o grande tribuno udenista, governador da Guanabara, pontuou que, guardadas as devidas proporções, o lacerdismo poderia ser visto como uma projeção, no tempo, da pregação democrática e civilista de Rui Barbosa. Por analogia, o liberalismo e o conservadorismo, no Brasil, poderiam ser trabalhados, em diálogo com suas raízes nacionais, como projeções, no tempo, das mesmas correntes que vicejavam no período monárquico, chegaram a ter algum espaço na República Velha (com Campos Sales e Rodrigues Alves, por exemplo) e que atravessaram o país na oposição através de alas importantes da UDN.
Mas Enéas? A agenda do presidente do PRONA não tem correspondência com o que defendemos. Seu apreço pela centralização de poder, pelo incremento do Estado e das prerrogativas do presidente da República, o faz hostil até às reformas saudáveis e privatistas – com todas as incongruências que sabemos que tiveram – dos governos do PSDB com Fernando Henrique Cardoso. Nem mesmo à privatização das telecomunicações ele seria favorável. Como poderia um liberal aplaudir isso? Não poderia tal agenda, assumindo o poder, ser muito mais destrutiva economicamente que a dos tucanos? A corrupção que ele combatia, com toda a justiça, não é facilitada pelo incremento estatal que ele também defendia? Enéas e o PRONA poderiam ser vistos, com muito mais coerência, pelo mesmo raciocínio que empreendemos acima, como uma projeção do Positivismo republicano, do Varguismo (enaltecido por ele próprio aqui) ou do Integralismo; em suma, como uma manifestação do Nacionalismo altamente pronunciado, muito mais do que do Patriotismo equilibrado.
Por experiência, já que já insinuei estas críticas em um dos meus primeiros artigos, sei que haverá os fãs de Enéas que se chatearão com textos como esse. Só posso dizer que eu os respeito, como respeitaria o próprio Enéas, como proponentes de uma corrente de pensamento dentro do jogo de discussão democrática. Só vejo com preocupação que, na falta de uma representatividade estabelecida, a direita liberal-conservadora dissemine a devoção a certos ícones que não se casam com seus fundamentos gerais. Apenas, por uma questão de coerência, é preciso deixar claro que Enéas repudiaria uma grande parcela das nossas teses. Nada mais justo, e nem um pouco agressivo ou desproporcional, que manifestemos, também nós, as nossas discordâncias, e firmemos a nossa posição.
Nota: Publicado originalmente no site Sentinela Lacerdista com o título:  Por que tenho minhas diferenças com Enéas Carneiro?

NA FARMÁCIA

Na juventude quando a gente entrava na farmácia com aquela cara de anteontem, franzindo a testa e arqueando as sobrancelhas para o farmacêutico, ele já sabia:

“Então teu tio pegou gonorreia novamente? Venha aqui atrás que vamos dar uma injeção nele!” 

“Não sou um bom ouvinte. Não consigo desabafar nem mesmo comigo. “(Climério)

“Na juventude fui sacristão. Gostava de comer hóstias com ketchup.” (Fofucho)

UNICÓRNIO

Num sonho Dilma encontrou um unicórnio que feliz se alimentava. Inicialmente surpresa disse: Saia do meu sonho, você não existe! Não acredito em lendas! O unicórnio replicou: E você Dilma, existe?

ESCURIDÃO

Rildo abriu uma porta dentro de um barracão abandonado na região do porto de Santos e caiu num lugar escuro abarrotado de entulhos, onde transitavam fantasmas, espíritos maus, pensamentos torpes e anacrônicos, superstições das mais diversas, milagres, astrólogos e videntes. Estar naquele lugar dava a impressão de carregar um peso fardo nas costas, além da visão prejudicada e da mente confusa. Conseguiu achar o celular que havia perdido na queda e iluminando o ambiente observou uma placa que dizia: HABITAT DA MAMA IGNORÂNCIA. Ágil como um gato Rildo saiu depressa daquele lugar para a luz do sol.

O SONO DO SONSO

O sono do eleitor sonso
É um sono pesado
E quase sempre quando o sonso acorda do seu sono
A vaca já foi para o brejo.

BRASIL, CASO DE POLÍCIA por Percival Puggina. Artigo publicado em 15.12.2016



Há poucas semanas, li sobre achados do INSS através do pente-fino que vem passando nos auxílios-doença que paga. Há falecidos que todo mês removem suas lápides para comparecer ao caixa. Há licenças de 15 dias que se prolongam por anos. Há gravidez de risco que persiste quando o nascituro já está alfabetizado. Mas esses são casos extravagantes. Contemplando todo o cenário, já recaem suspeitas sobre 80% dos benefícios de auxílio-doença previdenciário e auxílio-doença acidentário que vêm sendo pagos!

É mais ou menos dessa época, também, a notícia de que o MPF, cruzando dados de diversas fontes oficiais mediante ferramentas de inteligência, encontrou "perfis suspeitos" de irregularidades em mais de 870 mil beneficiários do Bolsa Família que teriam recebido indevidamente um valor total estimado de R$ 3,3 bilhões.

Nem o ambiente acadêmico, onde os recursos da mente sobressaem os reclamos do corpo, escapa às tentações da corrupção se o risco for baixo, a pena incerta e o processo criminal ardilosamente longo. Recentemente, a Operação PHD da Polícia Federal prendeu professores universitários e servidores ligados a um programa de pós-graduação em Saúde Coletiva na UFRGS.

Além de quantos se dedicam ao crime organizado nas suas expressões mais "profissionalizadas" - tráfico de drogas, roubo de automóveis e de cargas, contrabando, descaminho, abigeato, entre outras - existem na vida social milhões de pessoas dedicadas a ganhar o pão, o bolo e, melhor ainda, a charlotte française, com o suor do rosto alheio. A vitrine das corrupções possíveis atende as mais variadas expectativas. Do Bolsa Família supérfluo, ao pixuleco milionário. São operações relativamente fáceis porque o governo é meticuloso na receita e negligente no gasto.

As melhores notícias destes anos de cofres saqueados e raspados nos vêm de Curitiba, onde uma força-tarefa que opera junto à 13ª Vara da Justiça Federal, sem padrinhos e sem compadres, mostra denodo incomum no combate à corrupção dos hierarcas da República.

Falta-nos, agora, uma força-tarefa para, com igual vigor, agir contra as fraudes praticadas por multidões. Ali estão os eleitores que, por serem dados a desonestidades de pouca monta, não se importam de eleger e reeleger corruptos notórios e notáveis. Pessoas condenadas por tais práticas deveriam ter direitos políticos suspensos, tanto quanto é determinado em lei para políticos sentenciados. Quanto menor o número de eleitores corruptos, menor será, por certo, o número de criminosos eleitos.

________________________________
* Percival Puggina (71), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

GAZETA DO CHUCRUTE DE MONDAÍ- Odebrecht diz que deu R$ 30 milhões de propina para chapa Dilma-Temer

INVASORES DESENHISTAS

Surgiram desenhos nos trigais e milharais em Tongoland. Apressados determinaram que fossem extraterrestres que vieram a brincar. Especialistas chegaram da capital do estado para dar seu parecer. Jornais estampavam manchetes, havia até gente que dizia ter vistos homenzinhos verdes nos campos. Rádios fizeram alarde; talvez uma possível invasão alienígena se aproximava? Beatas acenderam velas e realizaram novenas, crianças desenharam monstrinhos de mil tipos dando cara aos visitantes. Um tarado afirmou ter feito sexo com uma alienígena no próprio milharal, coisa de louco. O comércio faturava em cima dos motivos desenhistas invasores. Enquanto isso tudo acontecia, Anselmo e Jonas, dois velhos bem humorados e espertos, caíam na gargalhada já planejando onde iriam aprontar com seus desenhos.

“Posso não ser lá muito inteligente. Mas ninguém me engana duas vezes.” (Climério)

IGREJAS DE NEGÓCIOS

Igrejas de negócios. Elas proliferam como ratos, a cada dia novas surgem com nomes esdrúxulos. Fiéis contribuintes, ordeiros, uma benção. O povo ingênuo caia na lábia, lavagem feita, bolso abarrotado. Igrejas de negócios, no lugar do altar um caixa eletrônico.

“Fossem trigais os esquerdistas imbecis o Brasil não precisaria importar farinha.” (Mim)

E AÍ ACONTECE

O pai está em fuga
A mãe dança animada no bailão
O bebê chora solitário na cama
O cão ladra pela madrugada
Enquanto a responsabilidade se ausenta.

“De tanto a velha encher o saco resolvi cortar a grama do quintal. Sobrou para o SAMU.” (Nono Ambrósio)

“É horrível. Eu sofro de depressão pós-prato.” (Fofucho)

“Mãe normalmente não acha filho feio. Mas a minha votou que sim duas vezes.” (Assombração)

COMUNISMO

Estado de direito torto morto
Melhor dormir no relento
No gramado mato adentro
Não ficar em casa esperando pela visita desgraçada
Dos mandados do tirano
Que te trazem algemas de presente pela madrugada.

ADAMASTOR

Metido ele sempre fora, não pedia licença para ninguém. Então Adamastor chegou ao bar na tarde de sexta-feira e bebeu todas. Quando quis beber também a dos outros tomou um tiro.

“Quer saber quem sou eu? Pois consulte o Serasa e saberá”. (Climério)

“Tenho todos os defeitos do mundo. E não satisfeito ainda pego alguns dos vizinhos.” (Climério)

“Meu atual emprego é de maquinista de trem fantasma. Assustar os outros é muito divertido.” (Assombração)

“Sou tão feio que só ando de costas.” (Assombração)

“Sou muito emotivo. Quando uma mulher bonita me joga um beijo eu desmaio.” (Assombração)

domingo, 18 de dezembro de 2016

“Não sou lá um grande exemplo. Mas votar no Renan Calheiros? Nem a mão dele eu aperto com medo de ser contaminado!” (Deputado Arnaldo Comissão)

“Quem faz muita propaganda de si tem, na verdade o ego maior que a sua real capacidade.” (Filosofeno)


“Para sustentar o grande rebanho atrelado ao estado quem come capim é o povo.” (Eriatlov)

GAZETA DO MACANUDO DE SÃO SEPÉ- Nicolás Maduro surta por não ter sua ração diária de alfafa e fecha fronteira com o Brasil

ASNO VERMELHO ATACA NOVAMENTE!- Venezuela fecha a fronteira e impede que brasileiros deixem o país

Entrevista Pedro Simon- "Temer poderia negociar eleições antecipadas"

Prioridade de Temer deveria ser pacificar o país, segundo o ex-senador Pedro Simon

Por Márcio Juliboni

Uma das vozes mais respeitadas no Senado entre 1991 e 2015, Pedro Simon avalia que os chefes dos três poderes são culpados pela atual crise política que exaspera o país.

Por isso, acredita que apenas um grande acordo entre as principais forças conseguiria pacificar o cenário. A iniciativa teria de partir do presidente Michel Temer e nada deveria ser descartado: inclusive antecipar a eleição de seu sucessor.

Leia os principais trechos da entrevista a O Antagonista:

O Antagonista: Vivemos uma crise política ou uma crise institucional?

Pedro Simon: Não chega a ser uma crise institucional, mas é mais que uma crise política. Essa briga entre o Congresso e o Judiciário é muito ruim. Primeiro, veio a decisão monocrática de um juiz do STF para afastar o presidente do Senado – algo que cabe apenas ao plenário da corte. Depois, outra decisão mandando os parlamentares reverem matérias já votadas. É, realmente, uma interferência muito grave.

O Antagonista: O Judiciário se defende, alegando que apenas julga aquilo que lhe é encaminhado. O STF diz que os políticos não se entendem e a corte é chama a arbitrar...

Simon: Os recursos parlamentares são normais, pois há sempre alguém se desentendendo no Congresso. Mas a Justiça precisa avaliar também as intenções por trás de cada recurso. O Judiciário não deve ser favorável a uma matéria, só porque um parlamentar o acionou.

O Antagonista: Como o senhor avalia a Lava Jato?

Simon: A Lava Jato está realmente indo fundo; está mexendo em tudo. O Brasil não é mais o país da impunidade. Pela primeira vez, há políticos de grandes partidos sendo punidos: do PT, do PMDB, do PSDB. A Lava Jato está cumprindo muito bem seu importante papel.

O Antagonista: Como o senhor avalia a situação de Temer?

Simon: Temer está numa posição muito delicada. Seu maior problema foi montar um ministério com gente comprometida com o que se investiga. Com o Itamar foi a mesma coisa. Quando estourou o escândalo dos anões do orçamento, o chefe da Casa Civil se demitiu...

O Antagonista: Mas a diferença é que Itamar não foi citado em uma delação premiada...

Simon: A Lava Jato está mexendo na política inteira. Ainda acho que o maior equívoco de Temer foi montar um ministério com pessoas que já se sabia que poderiam dar problema. Agora, mesmo que ele não monte um gabinete de notáveis, precisa encontrar nomes que estejam acima disso, mesmo que sejam indicados pelos partidos.

O Antagonista: Objetivamente, o senhor acredita que Temer chegará a 2018?

Simon: Acho que não será um ato de violência que o tirará do poder. Mas é preciso discutir uma forma de apaziguar o país. Essa conversa tem de ser uma iniciativa dele, com as demais lideranças políticas. E, se ele concordar, pode-se discutir até a antecipação das eleições.

O Antagonista
 

“Pedro,estou preocupado, pois esse argentino sem noção é bem capaz de canonizar o Stédile e o Morales.” (Deus)

“Pedro,temos um Papa comunista... Só falta agora o capeta se dizer católico.” (Deus)

“Eu não quero ir para o céu. Eu quero é ser governado pela Ângela Merkel.” (Eriatlov)

BRUXONILDA E DILMA

Bruxonilda se olha no espelho e diz: eu sou linda! Dilma se olha no espelho e diz: eu sou competente!

GAZETA DO MARCENEIRO DE CORREIA PINTO- Justiça do Rio suspende direitos políticos de Lindbergh

Senador foi condenado pelo uso promocional da própria imagem quando era prefeito de Nova Iguaçu e se candidatava à reeleição.

FOLHA DO BODE DE ARAPIRACA- Planalto dará presente bilionário às teles

Um escândalo silencioso: governo e Congresso articulam perdão de multas e a transferência de milhares de bens dos contribuintes a empresas de telefonia.

O país tem jeito?

TUDO SE TRANSFORMA

Nada se perde tudo se transforma. Dilma, por exemplo, a cada dia que passa se transforma numa coisinha ridícula.

PERGUNTA DO VELHO EREMITA

Um chupim sindical encara seus filhos com cara de mortadela?

PERGUNTA DO VELHO EREMITA

Povo quanto mais roubado, mais acomodado e feliz?

OS NOSSOS IGUAIS

O Brasil é mesmo diferente. Todos são iguais perante a lei, dizem. Pois eu acho que iguais como os nossos não encontraremos em nenhum lugar.

CUBRO-ME DE VERGONHA!


Cabral é festa!

Brasil 17.12.16 18:45

A Veja.com registra que Sérgio Cabral foi recebido com festa no retorno a Bangu: "Grupo de bombeiros militares, usando toucas de Papai Noel, estourou fogos e brindou com espumante o retorno do ex-governador".
DE O ANTAGONISTA

LULA TRABALHADOR

“Faz anos que o trabalho anda procurando por Lula. Mas o sujeito é muçum no óleo e ainda conta com o apoio da imprensa guarda- vagabundo.” (Eriatlov)

NÃO SE CRESCE SEM DOR

O tempo nos marca a ferro
E descobrimos que convicções são inegociáveis
Renego toda tutela
Antes morrer que ficar dependente
Do estado ou ser físico
Sei que nada consistente é feito sem sacrifício
A experiência ensina
Que não se faz omelete sem quebrar ovos.

ABANDONADO

Fui abandonado
Agora estou só no meu apartamento
Enjoando de torradas e ovos cozidos
Diariamente dançando valsa com uma vassoura
E numa relação conflituosa com a máquina de lavar roupa.

SEM MISTÉRIO

Se sua casa tem fantasmas escondidos
Não existe mistério
Basta agir      
Casas abertas
Cores não agressivas
Muita luz e ventilação
Atraem bons fluidos
E colocam para correr assombrações.

VENTO

Vento que corre o mundo
Que derruba fruta e chapéu
É o mesmo vento que baila em redemoinho
Levando folhas caídas para o céu.

sábado, 17 de dezembro de 2016

A REPÚBLICA DOS PANGARÉS

Politica
A República dos Pangarés
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Sem apoio da Nação nem do destino, governo só se manterá com ajuda do Judiciário

A “delação do fim do mundo”, de 77 executivos da Odebrecht, da qual foram divulgadas três propostas no fim de semana, não mudou apenas o xadrez da política nacional, como era de esperar. Ao relatarem pedidos de propina feitos pelos chefes do governo federal e do Congresso e dirigentes de 11 partidos, os funcionários Cláudio Melo Filho, Paulo Cesena e Leandro Azevedo ofereceram de lambujem informações como a autoria de 14 leis, entre elas a da leniência, da qual a autora viria a ser beneficiária. Na prática, a República não tem sido governada nos últimos 13 anos, 11 meses e 12 dias por Lula, Dilma e Temer, mas, sim, pelo cartel de empreiteiros acusados na Lava Jato. Desde o notório Marcelo Odebrecht até os ocultos Sérgio Andrade e César Mata Pires, donos da Andrade Gutierrez e da OAS, entre alguns poucos outros.

A informação acima só será entendida em sua inteireza pelo leitor destas linhas se ele perceber que a consequência desse tsunami institucional implica as evidências de que o feroz debate ideológico entre coxinhas e mortadelas, a aparente luta dos partidos pelo poder e as intrigas palacianas não têm sentido. As três primeiras propostas de leniência da empresa e de delação premiada dos dirigentes da maior empreiteira do Brasil, entre eles seu dono, Emílio, e seu herdeiro, Marcelo, evidenciam que as caríssimas campanhas eleitorais, nas quais esgrimem os mais bem pagos publicitários do País, não passam de exercícios de ficção de gosto suspeito. Assim como os debates de policiais, advogados, juízes e promotores em torno das leis que imperam em nossa democracia não passam de torneios retóricos.

Nesta República de faz de conta, patrões são os pagadores de propinas, remuneração parcial dos mandatários a serviço deles, resultante das sobras do superfaturamento generalizado que levou a maior estatal brasileira à beira da insolvência e a Nação, à matroca. Desse golpe oculto resultam as empresas quebradas, os 12 milhões de desempregados e a miséria das contas públicas.

O povão, espoliado, recorre ao que tem à mão: as pesquisas de opinião pública. Com sua pré-racionalidade emergente, a população revela aos pesquisadores dos institutos seu desencanto com os gestores de ocasião, que fingem que administram a fétida massa falida. Domingo, o Datafolha revelou que a popularidade do chefe do Executivo, alcunhado de MT pelo “Departamento de Operações Estruturadas” da Odebrecht, caiu de 14% em julho para 10% cinco meses depois. Assim, ele empatou tecnicamente com os 9% da titular de sua chapa vencedora na eleição de 2014, constatados às vésperas do afastamento dela, em maio. E 17 pontos porcentuais medem o desencanto com Temer: de 34% para 51%.

Esta é a crônica do desabamento anunciado: em sete meses de desgoverno, o ex-vice de Dilma nunca foi mais do que o ex-vice de Dilma. Falsamente acusado de ter usurpado o trono da madama, ele assume a ilegitimidade como um ônus. Negou-se a relatar em pormenores as culpas da antecessora nas crises moral, econômica e política sem precedentes. E perdeu a chance de conquistar o cidadão para a dura batalha da ascensão do fundo do poço de pré-sal que atingimos. Antes da divulgação das narrativas do trio de pré-delatores da Odebrecht, poder-se-ia (usando uma mesóclise, do seu gosto) imaginar que ele pretende com isso deixar no ar a hipótese de que nada tinha que ver com aquele legado maldito.

Mas diante das revelações de que os corruptores ocuparam, na prática, o poder, deixando para os corruptos o papel de encenadores da farsa de luta democrática para que, enfim, todos se dessem bem, já é possível concluir que, dessa forma, ele se poupou a si e aos seus. Pois, afinal, os íntimos dele e ele próprio participavam ativamente do escambo. A ponto de o atual líder de seu governo no Congresso, Romero Jucá, vulgo Caju, ser promovido a “resolvedor-geral”.

Meteu-se, pois, num embaraço de que só sairá se obtiver o beneplácito total de quem, na cúpula do Poder Judiciário, acreditar em que mais vale uma “governabilidade” à mão do que uma Constituição em voo. A lei garante ao presidente um passado que não o condena, se não delinquir durante o mandato presidencial. As 44 citações de suas iniciais na eventual delação divulgada dizem respeito a suspeitas que não o incriminarão. Resta saber quanto resistirá seu prestígio em agonia. A ponto de ceder a chiliques da patota de Rogério Rosso, eminência parda desta República de pangarés.

Cabe ao Ministério Público Federal ou ao relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal ou conceder-lhe a indulgência plena de suspender, no primeiro caso, ou não homologar a delação, no segundo, mantendo no tambor a bala de prata pronta para ser disparada no coração combalido de seu curto mandato. Seria um escárnio (no dizer da presidente Cármen Lúcia) usar de novo algum delito menor para poupar de pena maior (no caso, capital) o maganão a ser apenado. Cujo malfeito (em seu linguajar imitado da tatibitate madama Rousseff) já é de conhecimento de todos, inclusive dos gatos-pingados que acreditam em seus dons de milagreiro.

Restar-lhe-á também a “escolha de Sofia”, da protagonista de William Styron, a de qual dos dois filhos salvar da morte. Para manter o fiapo de República, que lhe cabe conduzir ao cadafalso das incertezas ou ao malogro manifesto dos vizinhos Argentina e Venezuela, poderá jogar sua bagagem favorita ao mar (os valiosos baús Angorá, Primo, Kafta e Justiça). Será doloroso, mas um já foi: Babel não afundou?

Seu jato, em plena pane seca, poderá até planar e pousar, desde que lidere um projeto de pôr fim a todas as injustiças: das prerrogativas de foro e aposentadorias de políticos, militares, bombeiros e marajás até os benefícios fiscais que ainda forram as burras dos patrões da empreita e do mercado. Caso contrário, nosso avião se chocará com a montanha.

Publicado no Estadão do dia 14/11/2016 – Auto: José Nêumanne- Jornalista, poeta e escritor

O ANTAGONISTA- Os temores de Janot



O Estadão diz que, "em conversa reservada no Palácio do Planalto, Rodrigo Janot demonstrou a Michel Temer preocupação com as manifestações. Há receio de que a população se volte contra o Judiciário".

É uma notícia bizarra.

A população apoia em massa o Judiciário.

Rodrigo Janot só pode se referir a duas coisas: ou ele tem medo de protestos contra o STF, ou ele quer prevenir o governo para os atos de vandalismo dos milicianos petistas em caso de prisão de Lula.

Tanto num caso quanto no outro, a população vai defender a Lava Jato.

O ANTAGONISTA-Caiado reafirma defesa de "antecipação de eleições"



Ronaldo Caiado, líder do DEM no Senado -- que ainda não sabe se tentará o governo de Goiás ou a presidência da República em 2018 --, repetiu em artigo publicado hoje na Folha o que defendeu nos últimos dias:

"Só com a renovação do ambiente político, por meio da participação direta da sociedade, será possível engajá-la num projeto de reformas profundas e de longo prazo. É hora de um gesto maior do presidente, convocando um recall, por meio de uma proposta de emenda à Constituição, antecipando as eleições."


Os caciques do DEM continuam dizendo que essa é uma opinião estritamente pessoal do senador, não do partido.

*Não há credibilidade. Pelo bem do país devem ser antecipadas as eleições. Embora se o povo continuar votando em Lula, Marina e Aécio. Putz!
“Não se preocupem com comunistas e afins. A primeira coisa que fazemos com comunas aqui no inferno é decapitar suas línguas ou injetar nos seus cérebros novos neurônios.” (Satanás Ferreira)

JUREMA CABELEIRA

Jurema Cabeleira nunca havia lavado os cabelos até completar quarenta anos de idade.  Das suas melenas retiraram:
12 bobys;
84 ramonas;
13 alfinetes;
15 borrachinhas;
1 bilhete da telesena;
1 poster do Jerry Adriani;
280 piolhos;
1 sabugo de milho;
4 folhas de fícus;
6 quilos de caspa e 2 quilos de sebo.
Para lavar tal sujidade usaram 13 volumes de shampoo.
Dizem que  ficou muito feliz.

O COMUM E O ESTADO

O comum deseja que o estado lhe forneça uma árvore de boa sombra e que os frutos sejam moedas fortes. Já o estado paternalista espera em troca o voto, e que a esperança de receber os frutos desta árvore não morra jamais. Ou seja, o comum deseja tudo do estado e vida boa, e o estado ladrão quer mais poder e servidão total.

O Brasil anda num caminho de muita luz. Luz de velas, pois.

Tivemos um analfabeto safado, presunçoso e uma anta diplomada. E ainda fazemos piada dos portugueses.

Dilma foi presidente. E querem mentir para nós que o Brasil está evoluindo?

HOMEM VERDE

Paulo ouviu uns barulhos estranhos vindo quarto da sua irmã e resolveu olhar pelo buraco da fechadura. Viu lá dentro ela amassando e beijando de língua um homem verde. Correu chamar os pais para ver. Quando eles chegaram os amassos continuavam, mas agora num homem amarelo. O sujeito havia amadurecido e a família não achou nenhuma graça.

“Se Lula da Silva fosse colocado numa panela para ser reduzido, após horas de cozimento sobraria no utensílio uma enorme língua sem serventia.” (Eriatlov)

“Todo papa-tudo se acha muito esperto e por isso não repara na sutileza das aspas que carrega na testa.” (Climério)

“Ter duas mulheres é um risco. O risco é receber chifres em dose dupla.” (Climério)

REGRESSÃO

Naquele terrível dia 15 julho de 2017 uma escuridão total cobriu completamente o planeta no mesmo instante. Emergiram então de dentro dos bueiros e templos trilhões de espécimes do animalis ignorare, espalhando entre os humanos o vírus da superstição retroativa ao tempo das cavernas e da letal bactéria do ouvidizereacrediteisem pestanejar. Foi assim meus queridos alunos que em poucas horas a humanidade regrediu milhares de anos.

“Nicolás Maburro está tomando óleo de rícino. Diz ele que é para limpar a mente. Putz!” (Cubaninho)

“Nem só de pão vive o homem, mas de banana e ovo também.” (Pócrates)

RAIVA

Eu percebi que eu tenho um problema sério de raiva na estrada quando meu filho de cinco anos de idade, gritou: "Pegue a porra de uma pista, seu idiota!" ao sentar-se no meu carrinho de supermercado.

 Courtesy of Sickipedia.org: http://www.sickipedia.org/hot#ixzz3mmY5sS6j

O QUE IMPORTA

“Eu nasci aqui, mas podia ter nascido acolá. Importa é ter a mente aberta, o sentimento de justiça enraizado, a liberdade como ponto inegociável. “ (Mim)

A GAZETA DO AVESSO- Lula bebe água e passa mal.

A GAZETA DO AVESSO- Zé Dirceu recebe de presente na prisão o livro MEU LUGAR PREFERIDO.

”Não fosse pelos olhinhos fechados seriam os chineses ainda comunistas?” (Eriatlov)

“Deus precisa continuar existindo para que muitos continuem na moleza e ficando ricos.” (Eriatlov)

TONTOS

“Um comunista moderno é um imbecil muito maior que um comunista contemporâneo da velha União Soviética. Sim, porque esse moderninho já conhece a história e não aprendeu nada.” (Eriatlov)

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- domingo, fevereiro 19, 2006 CIVILIZAÇÃO É RIR

Tenho em meus arquivos a execução do jornalista americano Daniel Pearl, no Paquistão. É vídeo que não repassei a ninguém, para não perturbar estômagos fracos. Correspondente do Wall Street Journal no Sul da Ásia, Pearl foi morto não tanto por ser americano, mas principalmente por ser judeu. A execução, filmada em close, mostra a faca penetrando aos poucos a garganta do jornalista, o sangue jorrando e ouve-se inclusive um regougo de voz entrecortada pelos esguichos. Não contentes com a brutalidade da degola, os muçulmanos enviaram o vídeo para o Ocidente, à guisa de escarmento. Foi entregue na véspera do feriado da Aid el-Kebir, quando milhões de cabras e carneiros são degolados no mundo muçulmano. Se a morte horrenda de Pearl teve grande repercussão nos Estados Unidos e Europa, foi quase ignorada no Brasil.

De qualquer forma, não vimos judeus nem americanos ou europeus atacando embaixadas nem queimando bandeiras de países muçulmanos no Ocidente. Queimar embaixadas e bandeiras de países europeus foi a resposta muçulmana à publicação de inócuas charges de um obscuro jornal da pequena Dinamarca. Estratégia de jerico, comentei em crônica passada. As notícias a confirmam: até hoje, já morreram 35 pessoas de países muçulmanos nos protestos. Em Bengasi, na Líbia, na sexta-feira passada, dez pessoas morreram e 55 ficaram feridas, em uma manifestação frente ao edifício do consulado italiano. Neste sábado, morreram mais 15, em Maiduguri, norte da Nigéria. Enfim, enquanto eles se matarem entre eles mesmos, nada contra.

As ameaças muçulmanas já vinham surtindo efeito, bem antes das atuais manifestações. Em entrevista para o Der Spiegel, a deputada somali de nacionalidade holandesa, Ayaan Hirsi Ali, nos conta poucas e boas. Em 1980, uma rede de televisão privada britânica exibiu um documentário sobre o apedrejamento de uma princesa saudita que cometera adultério. O governo de Riad interveio e o governo britânico pediu desculpas. Em 1987, foi a vez de o governo alemão pedir desculpas, quando o holandês Rudi Carrell ridicularizou o aiatolá Khomeiny em uma peça, apresentada na TV alemã. Em 2000, uma peça sobre Aisha, a menina deflorada por Maomé aos nove anos, foi cancelada antes de estrear em Roterdã. Ou seja, antes de protestar contra charges, os muçulmanos já exerciam pressão sobre os meios de comunicação ocidentais, no sentido de proibir até mesmo fatos ocorridos no universo islâmico, fossem fatos atuais ou da época do profeta.

Ayaan está trabalhando na seqüência do filme Submission (tradução de Islã em inglês), de Theo Van Gogh, o cineasta holandês assassinado a tiros por um muçulmano de origem marroquina. O novo filme está sendo feito em completo anonimato e todos os envolvidos na filmagem serão irreconhecíveis. Pela primeira vez no Ocidente, um filme é feito na clandestinidade. Resta saber se algum cinema terá coragem de exibi-lo.

A arrogância muçulmana parece estar despertando ocultos e supostamente extintos vulcões no seio do velho continente. É o que nos conta o primeiro-ministro libanês, Fuad Saniora. Recebido quinta-feira passada por sua Santidade o papa Bento XVI, no Vaticano, o premiê libanês contou que o pontífice apoiou os protestos pacíficos realizados contra a publicação das charges. A posição do Vaticano é que os desenhos, alguns dos quais associam a imagem de Maomé - que a Folha de São Paulo grafa Muhammad, temendo ferir suscetibilidades - ao terrorismo, são uma "provocação inaceitável".

Segundo Saniora, o papa disse que "a liberdade não pode de maneira nenhuma ultrapassar a liberdade dos outros". Foi mais ou menos o que escreveu o sedizente jornal liberal Estado de São Paulo, em editorial, há poucos dias. Logo este jornal que se orgulha de ter lutado bravamente contra a censura nos idos de 64. O editorial coincide com a opinião do presidente americano, George Bush, que reclama "uma atitude responsável dos países europeus", como se na Europa algum Estado fosse responsável pela opinião de seus jornais. Ao proferir tamanho despautério, Bush assume a mesma atitude dos fanáticos orientais, que responsabilizam os Estados europeus pelas opiniões de suas mídias. No fundo, o Estadão defende proibir a liberdade de expressão, particularmente quando se trata de criticar religiões. Estadão, Vaticano e Bush, o mesmo combate. Fundamentalismo é altamente contagiante.

Navegando na esteira muçulmana de protestos, o Opus Dei espera que a edição final de O Código da Vinci seja alterada para não ofender os fiéis. A organização católica, com raízes na Espanha, disse em Roma que a Sony Pictures ainda tem tempo para fazer mudanças que seriam apreciadas pelos católicos, "principalmente nesses dias em que todos têm percebido as conseqüências dolorosas da intolerância". O filme, baseado no best-seller de Dan Brown, tem estréia mundial marcada no próximo Festival de Cannes - o que, aliás, constitui uma desmoralização para o festival. É um conto de fadas para adultos, uma ficção boba sem maiores fundamentos históricos, que só pode ser vista como fútil entretenimento. O Vaticano e membros da hierarquia católica, que têm protestado contra o livro, portam-se como criançolas ao não perceber que os protestos só servem para divulgar uma obra medíocre. 

No rastro dos sarracenos, o Ocidente católico aproveita para tirar sua casquinha. Já que não se pode criticar Maomé, que não se possa criticar Jeová. Nem em contos de fada. E muito menos a Opus Dei, que é vista na ficção de Brown como uma seita sedenta de poder. Um pouco de fundamentalismo - ainda que muçulmano - sempre vem bem para dogmáticos do Ocidente.

Está na hora de rever A Vida de Brian, dos Monty Python, filme de 1979, antes que seja proibido. Se você, leitor, é mais jovem e ainda não o viu, corra até uma locadora e delicie-se com uma das mais sarcásticas e inteligentes comédias do século passado. O filme mostra a vida paralela de um messias que não deu certo, mas as referências são todas ao Cristo. O deus encarnado do Ocidente é mostrado como um mosca-tonta que jamais percebe o que está ocorrendo em torno a si. Apesar da contundência da sátira, o filme foi exibido em todo o Ocidente. Foi proibido apenas na Noruega. Mesmo no Brasil, onde o anódino Je vous salue, Marie, do Godard, foi proibido (ou seja, foi promovido) por obra e graça de José Sarney, o filme dos Monty Python não teve censura alguma. Pessoalmente, acho que só deixei de rir quando o vi pela quinta vez, aí já conhecia de cor e salteado todos os episódios. Nada mais salutar para as nações do que rir dos próprios deuses.

Os deuses gregos morreram, dizia Nietzsche. Morreram de rir ao saber que no Ocidente havia um que se pretendia único. No dia em que os muçulmanos conseguirem rir de seu deus e seus profetas, terão chegado ao que convencionamos chamar de civilização.