sexta-feira, 25 de julho de 2014

Celso Arnaldo volta em esplêndida forma: ‘O AUTO DE DILMA, A COMPADECIDA’

CELSO ARNALDO ARAÚJO
Eu diria que o nome de Suassuna, no Twitter de Dilma, foi “assassuanado”. Dilma não perdoa: é serial killer, feroz e implacável, de palavras, nomes, termos, ditados, ditos, máximas, aforismos – enfim de tudo o que se chama, se diz, se fala e se escreve. Aliás, repare na tuitada: para ela, Auto da Compadecida é livro – não uma peça de teatro.
É uma Dilma que não falha nunca: a Dilma Compadecida.
Assim como Quarta-feira de Cinzas se segue à terça-feira de Carnaval, Dilma Compadecida sobrevoa áreas inundadas em qualquer parte do Brasil, com ar compungido, captado, na janelinha, pelos cinegrafistas do Planalto – louca para voltar à secura de Brasília, onde absolutamente nada será feito para minorar o sofrimento das vítimas e evitar outra tragédia na próxima enchente. Além das promessas encharcadas de sempre.
E essa previsibilidade de falsos compadecimentos se materializa numa segunda frente: o obituário de personalidades, na forma de notas de pesar sistemáticas assinadas pela presidente.
Não faz isso por desejo dela, é claro, mas instruída pela marquetagem do Palácio, que conhece bem o impacto popular causado por uma presidente solidária na morte e na vida, e severa – não Severina.
Dilma, por certo, não conhece ou mal conhece a maior parte dos pranteados nas notas oficiais. Mas finge conhecê-los com intimidade quase familiar, nas mensagens escritas por assessores que ela avaliza com a chancela da Presidência.
Quando morreu Dominguinhos, escreveram para ela assinar:
“O Brasil perdeu ontem José Domingos de Moraes, o Dominguinhos”.
Nem o mais apaixonado fã da música de Dominguinhos jamais ouviu ou leu seu nome de batismo citado na íntegra – muito menos Dilma. Mas o obituarista do Planalto, por um instante, se transformou em escrivão de cartório de registro.
Não é de Dilma, mas tudo parece ter um toque de Dilma, em seu desprezo pela lógica e pelo sentido das coisas, mesmo a sete palmos do chão.
O mais famoso obituarista da imprensa brasileira, Antônio Carvalho Mendes, o Toninho Boa Morte, escreveu necrológios para o Estadão por quase 40 anos ─ até que um colega escrevesse o dele, na mesma seção. Apesar da rotina mortal, tinha recursos estilísticos para, de vez em quando, sair do terreno raso das platitudes necrológicas. Num intervalo de meses, faleceram Julio de Mesquita Filho e seu filho, Luiz Carlos Mesquita. Toninho começa assim o obituário deste: “Mais uma vez, a morte entrou-nos porta adentro”.
A criatividade, mesmo parnasiana, não é um auto de Dilma Compadecida. Ela assina notas fúnebres feitas à sua imagem e semelhança, enterrando, de cara, qualquer chance de inteligência, sinceridade e oportunidade.
Começa sempre com um clichê terminal – que, em alguns casos, afronta o próprio talento do falecido, como no mais recente, antes de “Suassuana”.
“A literatura brasileira perde um grande nome com a morte de João Ubaldo Ribeiro”.
Outras aberturas de mensagens de pesar atribuídas a Dilma, extraídas da seção “Notas Oficiais” do Portal do Planalto:
“O Brasil sofre uma profunda perda com a morte de João Filgueiras Lima, o Lelé, um dos nossos mais brilhantes arquitetos”.
“É com sentimento de profunda tristeza que recebo a notícia da morte do cantor Jair Rodrigues”.
“Foi com tristeza que soube da morte de dom Tomás Balduíno, incansável lutador das causas populares”.
“Foi com tristeza que soube da morte do escritor colombiano Gabriel García Márquez”.
“Foi com tristeza que tomei conhecimento da morte de José Wilker”.
“Foi com tristeza que tomei conhecimento da morte do senador João Ribeiro”.
“Foi com tristeza que recebi a notícia da morte do amigo e companheiro Jacob Gorender”.
“Foi com pesar que soube da morte de Norma Bengell, uma das principais atrizes do cinema brasileiro”.
Por sorte, não escreveram Benguel – como era costume em parte da imprensa.
Mas Ariano, acredito, ficará uma onça com o Suassuana de Dilma.

“Se o sexo não nos salva pelo menos nos diverte.” (Mim)

Carta de uma brasileira que mora em Israel para a presidente Dilma

Está circulando na internet uma carta assinada por Rita Cohen Wolf. Reproduzo aqui, com algumas pequenas edições apenas na forma, pois o conteúdo é importante:
Sra Presidente Dilma Roussef.
Na minha carteira de identidade de número XXXXXXXXXXX expedida pelo Instituto Felix Pacheco no Rio de Janeiro, ao lado do item nacionalidade está escrito “brasileira”.
Sim, sou brasileira e “carioca da gema”. Filha de pais brasileiros e mãe de filhas brasileiras. Gosto de empadinha de palmito, água de coco , feijão e farofa. Ouço Marisa Monte, Cartola, Caetano e Cazuza. Visto a camisa seja qual for o placar e posso mesmo declarar que tenho sangue verde e amarelo.
Sou dos “Anos rebeldes”, aqueles em que muitas vezes o máximo da rebeldia era cantar “Afasta de mim este cálice” enquanto ficávamos de olho se algum colega de escola “era sumido”. Aqueles anos em que Chico Buarque só podia ser Julinho da Adelaide. Saí às ruas pelas “Diretas Já” e, emocionada, vi o Gabeira e o Betinho finalmente voltarem do exílio arbitrário.
Nos anos 90, com mestrado em Psicologia e em Educação, fui honrosamente convidada a assessorar a Secretaria Municipal de Educacao do Rio de Janeiro. Cheia de entusiasmo, fazia parte de uma equipe profissional de primeira linha. À nossa frente, uma Secretaria de Educacao indicada pelo Prefeito não por suas ligações políticas, mas por sua competência profissional e comprometimento por uma Escola de qualidade para as nossas crianças.
E foi aí que comecei a perceber que algo de muito errado acontecia na minha cidade e no meu país. Mesmo ocupando um cargo de onde poderia “fazer acontecer”, percebi que apenas vontade política, profissionalismo e amor pelas crianças do Rio de Janeiro não eram suficientes para mudar a antiga engrenagem: emperrada, viciada, corrompida e perversa.
Foi depois de ter sido assaltada 8 vezes, uma delas com um revolver apontado para a minha cabeça… foi aí que a ficha caiu e percebi que nao poderia mais criar minhas filhas no meio da corrupção, suborno, mão-armada e com medo da própria sombra. Tinha que me despedir do meu País.
Com muita dor no coração eu resolvi fazer as malas. Por livre escolha, assim como tantos e tantos brasileiros. Meu País não podia me oferecer condições dignas de vida. Não se preocupava ou não agia com eficiência em nome do bem-estar de seus cidadãos. Fiz minhas malas e vim para o Oriente Médio.
Apesar de na minha carteira de identidade não constar o item “religião”, eu posso lhe contar. Sou judia.
“Judeu”, palavra que para muitos está diretamente associada a Judas, o traidor de Jesus Cristo (ele mesmo judeu) e também a Freud, Einstein, Bill Gates e Mark Zuckerberg e mais vários ganhadores de Prêmio Nobel.
Optei por viver em Israel. Tornei-me israelense. Quanta contradição, sair do Brasil por medo de assaltos e sequestros e vir para Israel…
Aqui, Sra Presidente, quando estamos em perigo, soam sirenes para que entremos em abrigos anti-bombas. Nunca mais estive a ponto de ser pega por uma bala perdida, assim como nunca mais tive que sentir a dor no peito ao ver famílias inteiras à beira da rua mendigando. Nunca mais tive que me pegar na dúvida do que sentir diante de um pivete: medo ou pena. Por que aqui não existem pivetes. A educação e a saúde são um direito de fato de todos os cidadãos, independentemente de cor, raça ou credo.
Sou uma dos cerca de 10 mil brasileiros que vivem hoje em Israel e que, hoje de manhã ao acordarem, deram-se conta de que o Governo brasileiro chamou o embaixador brasileiro em Israel para uma “consulta em protesto pela operacao do exército de Israel na Faixa de Gaza”. Pergunto-me se também foram chamados o embaixador na Síria, onde na última semana morreram mais de 700 pessoas. Ou talvez o embaixador no Iraque, onde está sendo feita uma “purificação étnica”. O próximo passo já bate na porta: cortar as relações diplomáticas do Brasil com Israel.

Dilma, muito preocupado com os “direitos humanos”…
Escrevo para lhe contar, Sra. Presidente, que tenho vergonha.
Num momento tão delicado para tantos de nós brasileiros que vivem em Israel, no momento em que Israel recebe a visita e o franco apoio da Primeira-ministra da Alemanha, do Ministro do Exterior da Inglaterra, do Ministro do Exterior dos Estados Unidos e da Ministra do Exterior da Itália… um dia depois que o Secretário Geral da ONU visita Israel e declara que o país tem todo o direito de se defender e a seus cidadãos do ataque de um grupo terrorista… depois disso, recebemos a notícia da chamada do Embaixador brasileiro.
A televisão anuncia a decisão brasileira e tenho vergonha.
A vergonha não é só pelo alinhamento do Brasil com os países islâmicos extremistas ao invés de se alinhar com a Democracia. Tenho vergonha também dos meios de comunicação tendenciosos do Brasil, que só enxergam ou só querem enxergar um lado da história. Mas isso já é outra conversa…
Hoje, junto com a notícia da chamada do embaixador brasileiro, vi também na televisão que o governo de Israel está enviando vários aviões para os quatro cantos do planeta para resgatarem israelenses que, por conta do embargo aéreo temporário das companias de aviação estrangeiras, não conseguem voltar para Israel. Uma verdadeira operação resgate. Por quê? Pois aqui a vida do cidadão tem valor.
Eu vivo num país em que a vida de um soldado foi trocada pela de mil terroristas presos por crime de sangue.
Na minha ingenuidade, cheguei a pensar que o Brasil tentaria verificar a situação de seus cidadãos em Israel nesse momento de guerra, se é que algum cidadão brasileiro estaria com alguma necessidade que pudesse ser atendida pela representação do Brasil em Israel. Que bobinha…
Mais fácil talvez seja mesmo vir a cortar as relações diplomáticas, pois não sei mais qual o valor do meu passaporte brasileiro.
Vergonha e desgosto por comprovar que mesmo depois de tantos anos, o brasileiro ainda vale muito pouco, para não dizer quase nada, para o seu próprio país.
E o verde-amarelo do meu sangue cada vez mais vai perdendo sua cor.


Rodrigo Constantino

ENTREVISTA: “Desde a queda da União Soviética, não se via uma repressão tão grande como a imposta por Putin na Rússia”

Ricardo Setti


"Putin quer exportar a ideia de que a soberania nacional prevalece sobre a universalidade dos direitos humanos", diz Tanya Lokshina (Foto: Luiz Maximiano)
“Putin quer exportar a ideia de que a soberania nacional prevalece sobre a universalidade dos direitos humanos”, diz Tanya Lokshina (Foto: Luiz Maximiano)
AS MARIONETES DE PUTIN
A diretora da Human Rights Watch em Moscou diz que o presidente russo usa o americano Edward Snowden como instrumento de propaganda e agora faz o mesmo com os Brics
Entrevista a Duda Teixeira publicada em edição impressa de VEJA
O escritório de Moscou da ONG Human Rights Watch (HRW), que defende os direitos humanos no mundo, tem sido constantemente atacado nos últimos dois anos. Uma suás­tica já foi pintada na sua fachada, telefones foram grampeados e funcionários receberam ligações ameaçadoras.
Quem está por trás disso é o serviço secreto russo, segundo a diretora da ONG na Rússia Tanya Lokshina, de 41 anos e um filho de 18 meses. Na semana passada, ela esteve em São Paulo enquanto o presidente russo Vladimir Putin se reuniu com os chefes de Estado na VI Cúpula dos Brics, em Fortaleza e Brasília.
Na nota divulgada pela Cúpula dos Brics aparece o conceito de “inclusão social”. Putin pode se gabar disso?
O que ele tem feito na Rússia é a “exclusão social”. Após protestos contra o seu governo em 2012, o presidente dividiu a sociedade em dois grupos: os que estão com ele e os que estão contra ele. Quem vive quieto, não participa de manifestações e não o critica pode fazer muita coisa. Muito mais do que era permitido na União Soviética. Viajar, ler os livros que quiser e ir a eventos.
Mas, se um indivíduo expõe seu descontentamento com o Kremlin em público, então se põe imediatamente em perigo. É como se a União Sovié­tica caísse em cima dele. Desde a volta da democracia não se via uma repressão tão grande contra a liberdade de expressão e contra as organizações da sociedade civil.
Não há canais de televisão independentes, pessoas são presas apenas por protestar, blogueiros são obrigados a se registrar no Ministério das Comunicações e sites têm sido fechados sem nenhuma justificativa decente.
Em meados do ano passado, a Rússia concedeu asilo ao americano Edward Snowden, que revelou documentos secretos do governo americano. Não seria isso uma prova de que Putin valoriza os direitos humanos e a liberdade de expressão?
Eu encontrei Snowden no Aeroporto Sheremetyevo, de Moscou. Um dia antes, recebi o convite por e-mail, assinado por ele. Apesar de a minha área de pesquisa ser outra, já sabia de quem se tratava.
Pouco antes eu ajudei a redigir uma declaração da HRW em que dizíamos ser importante existir uma proteção aos whistleblowers (dedos-duros, em inglês), como Snowden. Achávamos que, se ele fosse extraditado, seria muito provável que acabasse sendo exposto a um tratamento desumano. Mas eu não dei muita bola para aquele convite estranho e fui para casa.
No dia seguinte, meus telefones começaram a tocar sem parar. Então, descobri que tinha sido incluída em uma lista de convidados, de várias organizações, para participar de um encontro com o americano.
Snowden organizou isso de dentro do aeroporto?
Certamente, não. Foi então que comecei a suspeitar do envolvimento do serviço secreto russo. O anúncio da tal reunião foi feito por um advogado de alto perfil e muito leal ao Krem­lin. Ao olhar os nomes dos convidados, ficava claro que a lista tinha sido feita pelas autoridades russas. » Clique para continuar lendo e deixe seu comentário

"Não fosse pelas vítimas o comunismo seria uma eterna piada." (Cubaninho)

Fuga do Campo 14-Correia do Norte

Fragmento
...Shin não ousava se queixar. O professor o advertira que teria que trabalhar arduamente para purgar os pecados da mãe e do irmão.
Na escola e durante os trabalhos no campo, todos os alunos tinham que pedir permissão para urinar e defecar. Quando Shin fez seu primeiro pedido para ir ao banheiro após ser liberado da prisão. o professor negou.Ele tentava segurar-se durante o dia na escola, mas acabava urinando nas calças umas duas vezes por semana, em geral quando trabalhava ao ar livre com outros estudantes. Como era inverno e fazia muito frio, tinha que trabalhar com as calças enrijecidas de urina.

Blaine Harden- Editora Intrínseca (Página 86)

Reynaldo-BH: ‘Não há limites pra quem jamais os teve’



REYNALDO ROCHA
Depois de um período sabático no qual o que efetivamente assusta se faz presente, é hora de voltar a enfrentar os anões que perdem o chão a cada dia que passa. O alvo – surpresa! – é Aécio Neves.
Creio ser este apenas o começo. Desde 2011, o Ministério Público analisa o caso da construção da pista de pouso na fazenda que pertencia a um irmão da avó materna do ex-governador mineiro e sequer convocou alguém para depor. Seria o MP tucano? Foi errado comprar por R$ 1 milhão a terra pela qual o dono exigia R$ 9 milhões – e que foi à Justiça em busca do ressarcimento que considera justo? Ou seja, Aécio pagou 1 em vez de 9. O oposto da refinaria Abreu e Lima e da sucata de Pasadena.
Quando serão publicadas notas ainda mais pesadas e voltadas também para a vida privada do candidato à Presidência? Afinal, não há limites pra quem jamais os teve.
Nós, por aqui, pedimos há mais de um ano que Lula explique ao menos o caso da amante mantida com o NOSSO dinheiro. Mas não ouvimos sequer uma palavra. Há quanto tempo aguardamos esclarecimentos sobre Lulinha, o “ronaldinho das finanças”, alçado do cargo de tratador de elefantes no zoológico para sócio da OI? E Erenice Guerra e família? Esta terna senhora, ex-ministra da Casa Vil, que hoje insiste em ser lobista em Brasília e é atendida pelo governo em suas demandas?
Quantos aeroportos em Cláudio custou a reforma da Base Naval que Dilma Rousseff requisita uma semana por ano para curtir o verão baiano ao lado de parentes? E a parada do AeroDilma em Lisboa para um jantar?
Hipocrisia, seu nome é PT. Que debatam ideias e propostas. Que se faça um balanço da economia em frangalhos, da inflação elevada, da importação de gasolina, do roubo na Petrobras, do Rio São Francisco sem transposição, das ferrovias iniciadas e abandonadas, do legado imaginário da Copa, do Minha Casa, Minha Vida que desaba, dos médicos escravos que recebem 20% do que valem e são proibidos de sair de casa até para conversar com vizinhos, do governo fatiado entre Paulo Maluf, Jader Barbalho, Newton Cardoso, José Sarney, Renan Calheiros e outras ratazanas de menor porte.
Vamos passar o Brasil a limpo amparados em números e DADOS. Vamos discutir o IDH, a nossa colocação no campo educacional, a inexistência de uma política social e o planejamento econômico e industrial. Vamos discutir os aportes financeiros que beneficiaram Cuba e Venezuela com dinheiro público via BNDES enquanto continuamos morrendo nas estradas e arcando com um custo Brasil que impede exportações.
Mas, caso queiram discutir ÉTICA – o que muito me agrada –, estamos prontos. Desde a figura abjeta de Rosemary e seus encantos recompensados com o MEU DINHEIRO, até o Lulinha e seus milhões, passando pelo uso de jatos executivos de empreiteiras para fazer lobby mundo afora. A ética que faz com que Maluf seja endeusado e Sarney, eternizado. Que entrega ministérios a quem não tem competência sequer para ser garçom de botequim, que tem como vice-presidente um André Vargas e como deputado um ex-presidiário que se reúne com integrantes de uma facção criminosa.
Não nos assusta comparar fatos, pessoas, biografias. O que assusta é que, passados quase doze anos, o PT insista em MENTIR e tentar reescrever a história – onde está condenado a figurar como nota de rodapé ou estudo acadêmico sobre ramificações do caudilhismo latino-americano – e finja não enxergar o índice de rejeição de 50% que atinge Dilma Rousseff.
Esse número define nosso futuro. Até lá, precisamos suportar os argumentos infantis e a baba que escorre da boca dos esquerdistas nos bairros nobres das capitais, sonhando com uma boquinha em algum gulag imoral.
E suportaremos. Falta pouco.

Rezei muito na minha juventude. E de tanto beijar crucifixo fiquei com um gravado na língua.

TUM-TUM

Roncam os motores
Parados no semáforo
Cérebros gelatinosos
Tum Tum Tum
São sete da manhã
E o silêncio já foi expulso do dia.

Já fui muito cristão e cagão.Tão cristão que ia ao cinema ver filme de vampiro com um crucifixo no bolso.

Vida longa às vezes não quer dizer nada. Vejam só o Sarney,quase duzentos anos fazendo merda. Putz!

A primeira vez que vi uma bunda numa revistinha tive um desmaio. Quando vi a parte da frente, outro.

Os religiosos incutiram em minha mente o medo do diabo. Sonhei tantas vezes com ele que acabamos amigos.

ESCOLA PRIMÁRIA- Um padre disse na sala de aula que menino que mexia no pinto poderia morrer. Foi aí que perdi o medo da morte.

Fiz meu ensino primário num colégio administrado por freiras. E saí este anjinho de roupa alva e língua salva de impropérios. Putz!

"Os cães estão com tudo nesta Era Cachorrona. Só falta agora ter velório no PET." (Mim)

“Tive uma infância simples e legal, apesar de repetidas dores nos dentes. Eu tinha mais cáries que cabelos.” (Mim)

NÃO FIQUE NO MURO- Contra o bolivarianismo não vote branco ou nulo. A democracia agradece.

“Quem está ao volante deve conter tanto a ira quanto a demasiada euforia, pois são motivos que fazem deixar de lado a necessária prudência.” (Filosofeno)

“Parei de beber depois que durante um porre beijei uma vaca pensando ser uma vizinha minha.” (Climério)

“Os quebrados quase sempre morrem na solidão. Muita companhia existe para quem sempre paga a festa. Os chupins são uma praga.” (Filosofeno)

Meu coração já foi de Jesus. Agora é das garotas de programa.

A Argentina esperou pelo papa, deu no que deu. Já os protestantes...

“Meus joelhos estão arrebentados. Hoje só rezo deitada.” (Josefina Prestes)

E como disse minha avó noveleira assistindo Itália e Costa Rica pela Copa 2014: “Sou fã do Bagotelli, mas hoje ele foi mal.”

O governo da Venezuela informa: Conforme aprendemos com o nosso Guru Lula não há falta de alimentos em nosso país. O problema é que o povo anda comendo demais.

Alguém,além de petistas e beneficiados por algum tipo de bolsa e terneiros em bocas do estado acha relevante o que Dilma diz?

“Quando jovem eu tomava quatro banhos por dia. Hoje espero quatro dias para tomar um banho.” (Climério)

“Normalmente os políticos brasileiros só fazem bem à população quando juntam as mãos e param de respirar.” (Eriatlov)

“Falando em arte. Será a serenidade criativa? Ou a criação grandiosa se dá dentro de um caldeirão de indignação e inconformismo?” (Filosofeno, o filósofo que dorme sobre o capim)

Dilma por certo entrará à história como 'A DESPREPARADA'. E olha que já tivemos Sarney, Collor e Lula.

POR AQUI NEM ELA ESCAPA- Auditoria comprova desvio de doações à Cruz Vermelha

Auditoria encomendada pela Cruz Vermelha para apurar os desvios milionários de recursos da instituição no Brasil reforça oficialmente o que revelou reportagem de VEJA em 2012: os recursos doados à entidade no país não foram aplicados como pensam os incautos beneméritos. O resultado da auditoria consta em reportagem desta sexta-feira do jornal Folha de S. Paulo. Como VEJA informou há dois anos, nas três campanhas nacionais de arrecadação organizadas em 2011 pela Cruz Vermelha Brasileira — uma para as vítimas dos deslizamentos na região serrana fluminense, que deixaram 35.000 desabrigados; outra para a Somália, país africano faminto e devastado por guerras civis; e mais uma para a tragédia do terremoto seguido de tsunami no norte do Japão — os recursos arrecadados não foram aplicados em nenhum dos locais.
Leia mais: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/auditoria-comprova-desvio-de-doacoes-a-cruz-vermelha-no-brasil

Eleitor catarinense: Não vote em Raimundo Colombo. Colombo traiu seus eleitores,pois apoia Dilma.

SOPÃO DE MÁGOAS

O rio segue seu curso entre calmarias e corredeiras
Intrépidos o navegam enfrentando toda sorte de obstáculos
Dores psíquicas e físicas fazem parte da jornada
Às vezes eles caem
Mas retornam para navegar
Enquanto isso na margem do rio da vida
Os abocanhadores de facilidades
Atiram pedras
E cozinham num caldeirão de inveja
Todas as mágoas possíveis
Aos vencedores.


Se os governos gastassem menos em verbas publicitárias não seriam tapados mais rapidamente os buracos existentes nas estradas?

CORETO TOMBADO

Coreto tombadoA história é muito conhecida nas rodas políticas de Minas. Certa vez, na década de 50, a prefeitura de Muzambinho recebeu uma advertência por escrito do órgão estadual de defesa e preservação do patrimônio histórico. Na mensagem, diante de murmúrios chegados a Belo Horizonte, a municipalidade foi avisada de que o antigo coreto da praça da cidade era considerado “de interesse histórico”, e que uma comissão iria até lá para tombá-lo. O prefeito reagiu com um telegrama urgente:- Desnecessária vinda da comissão. Já que era para tombar, mandei derrubar o coreto.
DP

SPONHOLZ


Caio Blinder-Dilma circula com o fantasma de Oswaldo Aranha






Foto do diplomata brasileiro Oswaldo Aranha

Há quase três anos (19 de setembro de 2011), eu publiquei o texto abaixo, um texto didático, explicando os motivos para o Brasil estar no centro do palanque das Nações Unidas. O texto também apresentava um quadro desolador da crise entre Israel e palestinos. Em julho de 2014, está patente como as coisas afundaram ainda mais no poço do Oriente Médio e da diplomacia brasileira. Está ainda mais difícil  enxergar o anão diplomático brasileiro devido a mais este vexame oportunista de condenar Israel por suas ações em Gaza, enquanto o governo (este e o anterior) é pródigo para ser cúmplice de gigantes ditatoriais pelo mundo afora, ser complacente com grupos terroristas como o Hamas e atuar de forma venal no seu próprio quintal latino-americano. O fantasma de Oswaldo Aranha deve estar mais assustado do que nunca.
***
Nesta quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff será a primeira mulher a abrir a assembléia-geral das Nações Unidas, em Nova York. Bacana! Ela deve o privilégio não por ser mulher, mas por ser brasileira. Deve ao então chefe da delegação brasileira, Oswaldo Aranha, que foi o primeiro orador na assembléia especial de 1947. A tradição de outorgar a primeira palavra ao Brasil foi mantida. Dilma dará o apoio explícito ao lance do presidente palestino Mahmoud Abbas de pedir o reconhecimento do estado palestino nas Nações Unidas. A questão palestina dará o tom explosivo desta assembléia-geral.
Quem sabe toda esta confusão palestina (e toda esta discurseira) poderia ter sido evitado. Mais bacana foi o que fez Oswaldo Aranha na presidência da assembléia especial de 1947. Aranha conduziu a assembléia com maestria para que fosse aprovada a resolução 181, em 29 de novembro, por 33 votos a favor (inclusive o do Brasil,), 13 contra (com todos os países islâmicos e árabes que votavam na ocasião) e 10 abstenções. A expressão-chave da resolução 181 é PARTILHA do território que estava sob mandato britânico em um estado judeu e um estado árabe. Os sionistas aceitaram. E os árabes, num erro estratégico (mais um), rechaçaram.
Os judeus tinham representatividade através da Agência Judaica que já forjara as instituições de um estado. Os árabes sintomaticamente optaram por não criar um órgão governamental palestino de caráter autônomo. Os palestinos eram representados pelo Alto Comitê Árabe que rejeitou a partilha junto com os países árabes com a promessa de afogar o estado judeu “nos rios de sangue”. Nada de partilha, nada de judeus naquelas terras. Os árabes, por outro lado, no mesmo 1947, não tiveram problemas para aceitar a partilha do subcontinente indiano entre a Índia e o Paquistão muçulmano.
Em 14 de maio de 1948, David Ben-Gurion proclamou a independência de Israel e os árabes foram à guerra. Guerra é guerra e os palestinos perderam parte do território original do estado alocado pelo plano de partilha das Nações Unidas. Qualquer acordo diplomático terá por base as linhas pós-armistício de 1949 ou pré-guerra de 1967. Aliás, cuidado, se o presidente palestino Mahmoud Abbas, como fez dias atrás, denunciar no seu discurso na ONU nesta sexta-feira os 63 anos de ocupação israelense. Neste caso, o pecado original é a própria criação de Israel em 1948.
Alguns podem perguntar o motivo de toda esta lenga-lenga histórica. Mais importante, afinal, é discutir o presente e o futuro. Mas é vital ver de onde os palestinos (e os árabes, por extensão) vieram e sua história de fracassos. Eles não derrotaram Israel pela guerra ou pelo terror. Na diplomacia, foram os erros estratégicos. Além da recusa da partilha em 1947, houve a perda de mais territórios, em 1967. São décadas de recusa de aceitação da fórmula de troca de paz por terra.
Sim, o estado de Israel é mal servido pela atual coalizão de governo, chefiada por Benjamin Netanyahu. Dá para aceitar em certa medida a exasperação palestina e árabe com o obstrucionismo israelense. Mas a enrolação de Netanyhau (que no processo de paz prefere o processo à paz), no final das contas, é a desculpa para árabes e palestinos não aceitaram o que é possível fazer em termos de partilha territorial.
Vamos além: ainda não aceitaram que Israel e os judeus pertencem ao Oriente Médio, apesar de acordos como os firmados pelo Egito e Jordânia. Antecessores de Netanyahu, como Ehud Barak e Ehud Olmert, um trabalhista e o outro de direita, foram até onde era possível nas concessões israelenses. Yasser Arafat e Mahmoud Abbas rejeitaram os planos. Aliás, nem se quisesse, Abbas, acantonado na Cisjordânia, poderia cumprir qualquer acordo enquanto os terroristas do Hamas controlarem Gaza.
Agora é esta jogada desesperada de Abbas nas Nações Unidas. Ela altera a dinâmica diplomática. Para quem é muito otimista, o solavanco poderá romper o imobilismo nas negociações. Mas nunca subestime o potencial de desastres no Oriente Médio. Ideal seria alguma costura ao longo da semana envolvendo europeus e americanos para impedir um estrago incalculável do tecido diplomático. Saudades da habilidade de Oswaldo Aranha. Difícil partilhar hoje o sentimento dos otimistas.
***

Lagartixas em satélite russo ficam à deriva no espaço

Pobrezinhas! Por que não mandaram o Putin?

DIÁRIO DA FUTILIDADE- Estudo comprova que cachorros sentem ciúme do dono

Dilma reage ao 'Aezão' no Rio e pede voto contra o 'pessimismo'

A gente tenta ,mas o PIB minúsculo, a inflação alta, a industria estagnada e certos projetos suspeitam não deixam. Estamos com cheiro de Venezuela...

“A ignorância e a canalhice fazem do homem um ser servil a qualquer causa, por mais estúpida que seja.” (Filosofeno)