sábado, 3 de dezembro de 2016

“Meu irmão rezou todos os dias por trinta anos. Agora parou. Diz ele que Deus é surdo.” (Limão)

André Luís Callegari: obrigado, Colômbia

André Luís Callegari: obrigado, Colômbia
Advogado


O desastre aéreo que vitimou os jogadores da Chapecoense, juntamente com todos os que os acompanhavam, demonstrou para o mundo a maior prova de solidariedade e carinho que um povo pode dar.

As rivalidades do futebol foram deixadas de lado. O que importou para os colombianos foi, em primeiro lugar, pensar na dor e no sofrimento alheio. A cidade de Medellín se converteu numa cadeia de união e força que transmitiu uma energia jamais vista.

Desde a notícia do desastre aéreo, o que se viu foi um povo que, antes de pensar em si mesmo, pensou na dor dos outros, no sofrimento de famílias e de outra nação, pouco importando o que significa um título, pois, acima dele, estavam vidas humanas. Vidas essas que mexiam com o coração de uma cidade, que uniam os moradores de Chapecó numa cor só: o verde da esperança e da alegria da Chapecoense.

Que povo bonito, o da Colômbia. Se olharmos o exemplo de profissionais envolvidos e de toda a população, veremos que há valores muito acima de títulos. De todas as imagens que foram reproduzidas, via-se um povo envolto num manto de dor e solidariedade, querendo, de todas as formas, expressar o seu carinho para quem estava distante. Cânticos entoados num portunhol proclamando um time que não mais existe como campeão. Voluntários dispostos para prestar ajuda. Vimos uma união voltada para uma só direção: minimizar a dor de uma cidade dizimada pela dor e sofrimento.

À noite, para coroar a bondade humana, o povo de Medellín lotou o seu estádio onde seria o palco da decisão, demonstrando, mais uma vez, que a solidariedade não tem limites. As pessoas, que antes iriam para uma decisão, tomaram outra, decidiram emprestar toda a energia para aplaudir o adversário, que, de adversário, se transformou em amigo e que, dessa amizade, com certeza, nasceu uma relação de carinho para sempre.

Em momentos tão duros como esse, só podemos dizer ao povo colombiano: muito obrigado.

Amigão e laranja de Lula é expulso de restaurante no Rio

Amigão e laranja de Lula é expulso de restaurante no Rio

A coluna Radar, Veja, contga neste sábado que o empresário Jonas Suassuna, amigão de Lula, foi expulso outro dia do restaurante Ettore, no Rio. Ele recebeu um bilhete de um cliente dizendo que faria um escândalo, se ele não deixasse o local. 

Suassuna foi embora na hora.

Jonas Suassuna é apontado pelo MPF, na Lava Jato, como laranja de Lula nos casos do sítio de Atibaia e do apartamento de R$ 4 milhões de Lulinha.

Ele já prestou depoimento na Polícia Federal.

Suas histórias fantasiosas são inaceitáveis.

Políbio Braga
“Ontem devorei um canibal. Sujeitinho macio.” (Leão Bob)

O PROBLEMA DE CUBA

Ou seja, antes de 1959, o problema de Cuba era a presença de relações econômicas com os Estados Unidos. Depois o problema se tornou a ausência de relações econômicas com os Estados Unidos. A esquerda diz que praticar livre comércio com os EUA causaria miséria para o Brasil. A mesma esquerda diz que a ausência de livre comércio com os EUA é a causa da miséria de Cuba. Sensacional!

Alberto (Comentário em Mises Brasil)

MISES BRASIL- Governo indiano proíbe a circulação de dinheiro vivo; pessoas morrem e perdem sua poupança



Na segunda semana de novembro, o primeiro-ministro da Índia Narendra Modi anunciou que as cédulas de 500 rúpias (US$ 7,50 ou R$ 25) e de 1.000 rúpias (US$ 15 ou R$ 50) estavam banidas. Ou seja, tornava-se proibido qualquer pessoa utilizá-las na economia.
A surpreendente e traumática medida — mantida em segredo até o último momento e adotada literalmente da noite para o dia — tinha o intuito, segundo o governo, de atacar os integrantes do mercado negro (que utilizam exclusivamente dinheiro vivo de alto valor nominal), acabar com a corrupção que atualmente permeia todos os níveis do governo e reduzir a sonegação.
Essas duas cédulas abolidas representavam quase 80% de todo o dinheiro vivo em circulação, e, segundo o governo, eram utilizadas majoritariamente para sonegar impostos e pagar propinas.
No entanto, a medida serviu apenas para criar caos e desespero para milhões de cidadãos indianos. Da noite para o dia, eles se viram em posse de um dinheiro que não mais tinha uso. Não apenas toda a sua poupança na forma de dinheiro vivo havia sido subitamente aniquilada, como ainda havia se torna impossível comprar itens básicos.
Consequentemente, as pessoas correram para os caixas automáticos dos bancos para tentar sacar cédulas de menor denominação (ainda permitidas). Como era de se esperar, os caixas rapidamente ficaram sem dinheiro. Outras correram para os bancos, o que gerou enormes filas, as quais se degeneraram em brigas físicas e tumultos generalizados. Várias pessoas foram pisoteadas. Também, como era de se esperar, os bancos não tinham dinheiro vivo suficiente para atender a todas as demandas.
Repentinamente, boa parte da população não tinha dinheiro para comprar comida e itens básicos. Uma menina de 8 anos morreu porque seu pai não conseguiu levá-la ao hospital, já que o posto de gasolina estava proibido pelo governo de aceitar a cédula de 1.000 rúpias oferecida pelo pai. Sem gasolina, o homem teve de ver a filha morrer.
Essas são apenas uma pequena fração das histórias de horror vivenciadas pelos indianos. Em meio a tamanho caos, o governo decidiu reintroduzir essas cédulas abolidas, mas agora com um novo desenho. Mais: ele também criou uma nova cédula de 2.000 rúpias — o que, na prática, revoga todos os seus objetivos declarados.
Aturando e arcando com tudo
O fato é que vários indianos estão tão fartos da rotineira corrupção que assola o país, que eles estão dispostos, ainda que contrariados, a arcar com estes fardos se tais medidas realmente acabarem com a corrupção. Mal sabem eles que isso não fará nem cócegas: todo esse confisco do dinheiro gerou apenas uma inconveniência temporária para os sonegadores e lavadores de dinheiro, os quais já encontraram brechas que não apenas permitiram que eles minimizassem as perdas como ainda lucrassem com a medida.
E isso — o fato de a tentativa de proibir o dinheiro ter gerado efeitos não-premeditados e ter beneficiado aqueles a quem o governo queria punir — é ótimo: novas tentativas asininas serão agora menos prováveis.
Outros, mais sensatos, já perceberam que "o verdadeiro dinheiro da corrupção e do mercado negro... já está guardado em contas bancárias na Suíça", de modo que são as pessoas comuns e os pequenos comerciantes e empreendedores os realmente afetados pela medida.
A Índia possui uma das populações menos bancarizadas do mundo (apenas 35% da população utiliza bancos). Isso significa que mais de 800 milhões de pessoas não têm conta bancária e, consequentemente, mantinham toda a sua poupança em dinheiro vivo. Todas estas pessoas não apenas tiveram, repentinamente, sua poupança aniquilada, como agora terão de ir aos bancos para trocar as cédulas inutilizadas pelas cédulas novas.
Mas há um problema: pelas regras impostas pelo governo, os bancos só podem trocar 4.000 rúpias por dia (o equivalente a R$ 200). Consequentemente, aqueles que têm mais do que isso terão de abrir conta em banco e depositar todo o dinheiro. Quem depositar mais de 250 mil rúpias (R$ 12 mil) será investigado e interrogado pelo governo. E se o governo decidir que esse indivíduo sonegou impostos, seu dinheiro será confiscado e uma multa de 200% será imposta.
O prazo final para se trocar todo o dinheiro nos bancos é 30 de dezembro.
Ou seja, ao fim e ao cabo, são estes indivíduos — pequenos poupadores, pequenos empreendedores e pequenos comerciantes — que ficarão em posse de um grande volume de cédulas sem valor tão logo os bancos pararem de trocar as cédulas antigas pelas novas.
A luta pela liberdade
Mas é sempre interessante ver as maneiras como alguns indianos estão mantendo sua liberdade e protegendo sua privacidade, além de evitarem o confisco dos impostos gerados por esse evento.
A primeira alternativa foi recorrer ao Bitcoin. A cripto-moeda ajuda a conduzir transações anonimamente; o governo não consegue monitorar. Como resultado da medida do governo, o preço do Bitcoin pulou de 46.963 rúpias para 48.665 em apenas 12 horas. As pessoas estão comprando Bitcoinspara lidar com essa situação. Mas essas são uma ínfima minoria, sofisticada o bastante para isso.
E quanto às pessoas de baixa renda que não possuem smartphones e acesso à internet? Elas estão recorrendo a um método interessante, que valeria um artigo próprio: elas estão utilizando vouchers da Sodexo. Várias pequenas empresas pagam seus empregados parcialmente com estes cupons, os quais podem ser usados para comprar alimentos, pagar refeições e outras coisas. Os comerciantes que recebem esses vouchers podem trocá-los por dinheiro no final do ano.
Quando os indianos se viram sem dinheiro, eles utilizaram os vouchers para conseguir comida nos supermercados e mercearias. Consequentemente, o comerciante agora paga seus fornecedores também com vouchers em vez de dinheiro vivo. O fornecedor, por sua vez, utiliza esses vouchers em outras áreas. Isso porque os vouchers valem por um ano. Empreendedores utilizam esses vouchers em suas transações diárias porque essas transações não precisam ser declaradas para fins de coleta de impostos. Impostos sobre vendas, impostos sobre serviços, e vários outros impostos são evitados desta maneira. É um tipo de moeda paralela sendo utilizada nas cidades indianas.
Se toda essa guerra ao dinheiro vivo continuar, empreendedores irão descobrir e criar novas maneiras de ajudar as pessoas a fugir dos impostos. E isso não seria nada mal.
Não é um crime arranjar seus empreendimentos de maneira a pagar a menor quantidade de impostos possível. Com efeito, é dever sagrado de cada indivíduo garantir que o governo e sua máfia recebam a menor quantia possível de dinheiro, de modo que cada indivíduo trabalhador e sua família fiquem com o máximo possível. Dinheiro nas mãos de pessoas trabalhadoras e empreendedoras é muito mais bem utilizado do que na mão de políticos e burocratas. Quanto mais dinheiro vai para o governo, mais o governo gasta, mais ele cresce, e mais a economia privada (a que realmente cria riqueza) definha. Quanto maior a participação do governo na economia, menor a participação do setor privado.
Consequentemente, quanto mais o governo for privado do dinheiro dos cidadãos, melhor para a economia privada, que é quem cria riqueza. Dar menos dinheiro para o governo é a única maneira de se preservar a liberdade e garantir uma vida melhor para todos, principalmente para a sua própria família.
Frequentemente, a lição mais difícil de ser entendida é que a melhor e única maneira de se acabar com esses tipos de autoritarismo é esfaimando o governo que os cria.
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Jairaj Devadiga é um economista que olha para os menos óbvios, porém mais devastadores efeitos das políticas estatais. É também apaixonado por medicina, computadores, astronomia, direito e outras coisas.
Carmen Dorobat é pós-doutoranda em economia na Universidade de Angers e professora na Bucharest Academy of Economic Studies.

"Não posso ficar sem carboidratos. Sem eles sinto um enorme vazio." (Fofucho)
“É quase impossível ser feliz todos os dias. Mas não custa tentar.” (Filosofeno)

“Quando o silêncio impera é o momento de nos ouvirmos.” (Filosofeno)

“A instrução leva aos diplomas. Educação é algo mais amplo.” (Filosofeno)
“É preciso ter uma audição sensível para ouvi-los. Os desesperados com a vida gritam para dentro.” (Filosofeno)
“De sexo a Nona não quer saber faz tempo. Tenho comigo uma caixa de preservativos adquirida em 1986.” (Nono Ambrósio)
“Terceira idade é o cão. Escondi uns trocados e agora não consigo lembrar onde.” (Nono Ambrósio)

“Feio serei até morrer. Quero ver se livro-me da pecha de burro.” (Assombração)

MADRUGADA

Gosto da madrugada
A madrugada nos subúrbios
Quase silenciosa
Não fosse pelos cães
Gatos
Galos
E alguns bêbados voltando para casa
A madrugada é o sono profundo da noite
E paradoxalmente é a companheira dos insones.

NA NOITE DE LUA CHEIA

Noite de lua cheia
Luz de prata abraçando o todo
Pirilampos brincam
Violeiros tocam na varanda
Sonhadoras suspiram
Sapos coaxam
Meteoritos caem
Corujas caçam
Morcegos acordam
E lobisomens namoram.

CUIDADO


O que se fez?
O que se faz?
Aonde iremos?
Só digo que devemos caminhar com cuidado
Pois a tampa do poço está aberta.

MARK TWAIN VETADO EM VIRGÍNIA POR CONTER “INSULTOS RACIAIS”

blog

Acabei de escrever um texto com base na coluna de JP Coutinho, sobre a covardia dos adultos que querem “proteger” seus filhos de tudo, da própria realidade, e me deparo com essa notícia: querem banir literatura clássica em escolas americanas por conta de “insultos raciais”.
Os pais de alguns alunos estão reclamando da linguagem de livros clássicos, como The Adventures of Huckleberry Finn, de Mark Twain. Não importa que o livro tenha uma mensagem de superação, de lidar com o problema do racismo, de reconciliação. Tampouco vem ao caso ser literatura clássica. Há muitas “palavras-N”, e isso é inaceitável. Já nem se pode falar mais negros, pois seria “ofensivo”…
Esses pais querem que outra literatura seja utilizada. Uma mais… higienizada, mais limpinha, mais neutra, de forma a proteger seus filhos do racismo. Claro, se ele for ignorado, ele não vai mais existir. Assim ao menos parecem pensar esses adultos covardes. É o mundo encantado dos românticos, que ficaram presos nos tempos de contos de fadas.
Haverá uma audiência para julgar o caso, mas é importante notar que, felizmente, nem todos estão de acordo, pois temem as consequências nefastas desse tipo de inquisição:
The “request for reconsideration of learning resources” will ultimately be heard in front of a board made up of a principal, a librarian, a teacher, a parent and potentially others. After a consensus is reached, the recommendation will be given to the superintendent.
It is important to note that some Accomack residents were not in favor of the ban, saying such a policy presents a dangerous slippery slope when it comes to literature in education.
“I don’t want to see it happen because if you start with one racial word in a book and have to go on and on and on and pretty soon you’ll be burning books left and right,” R. Kellam told WAVY.
Sim, se aceitarmos essa premissa de que todos têm o “direito” de não se sentir “ofendido”, então o céu – ou o inferno – é o limite. Vamos ter que cortar muitas palavras, várias passagens, banir inúmeros livros. Criemos logo um Index Librorum Prohibitorum do politicamente correto, que é para “proteger” todo mundo, todas as “minorias”.
A cultura ocidental precisa, afinal, ser retratada como apenas um acúmulo de opressão, racismo, imperialismo e violência, como explica Roger Scruton em Como ser um conservador:
Um tema único perpassa as Humanidades do modo como são, com frequência, ensinadas nas universidades americanas e europeias: a ilegitimidade da civilização ocidental. Todas as distinções são “culturais”, portanto “construídas”, portanto “ideológicas”, no sentido utilizado por Marx – formuladas pelos grupos ou classes dominantes para servir aos próprios interesses para reforçar o próprio poder.
[…]
As pessoas não são mais queimadas na fogueira por suas opiniões: hoje, simplesmente perdem o emprego ou, se forem alunos, são reprovados nos exames do curso. O efeito, porém, é similar, isto é, reforçar uma ortodoxia em que ninguém, de fato, acredita.
Não vamos mais queimar pessoas. Vamos queimar – ou banir – livros. Tudo em nome do politicamente correto. Mark Twain como um clássico da literatura universal? Esquece! Isso é coisa de elite branca opressora, dissimulando seus reais interesses de poder. Tudo não passa de racismo disfarçado, e há coisa bem melhor para oferecer aos alunos, como, por exemplo, livros de autores engajados nos movimentos raciais para resgatar o orgulho de raça – e demonizar os brancos opressores no processo. Black Lives Matter! Já a literatura ou a vida dos brancos, nem tanto…
Rodrigo Constantino

Instituto Liberal- Como os bancos digitais estão nos libertando das máfias sindicais?

Mateus Menezes do Nascimento*
O Brasil tem um setor bancário muito regulado, caro, ineficiente e burocrático imposto pelo Estado para blindar os grandes bancos brasileiros de possíveis concorrentes nacionais ou estrangeiros. O cenário mudou nos últimos tempos no mercado bancário com o avanço dos processos tecnológicos digitais. Empreendedores inovadores, como David Vélez, CEO e fundador do Nubank, viram como boa oportunidade desafiar o poderoso oligopólio bancário do país, romper com estas estruturas arcaicas e democratizar os serviços bancários, especialmente para os consumidores de menor renda.
A ideia inicial foi lançar um serviço financeiro de cartão de crédito, sem anuidade, inexistência de taxa de administração, com juros mais acessíveis, operações mais simplificadas e transparentes através de um aplicativo onde o usuário acompanha em tempo real seus gastos através do smartphone, tablet e PC.
Para eliminar todos os custos onerosos aos consumidores e a empresa ter seu objetivo de conquistar o mercado, o Nubank optou por uma estrutura empresarial enxuta, sem a rede complexa de agências bancárias que é a modalidade mais comum feita por outros concorrentes.
A greve dos bancários de 2016 marcou uma forte oposição da categoria contra os bancos digitais que acabaram de entrar no mercado bancário e caiu no gosto do brasileiro pela sua praticidade. É natural a resistência dos bancários, porque agora o consumidor não se encontra mais O. Agora conta com os serviços digitais para atender suas necessidades e forçam os grandes bancos saírem de sua zona de conforto.
O automóvel, o computador, a luz elétrica, a internet e a mecanização substituíram diversos tipos de empregos ultrapassados. Não será diferente com o setor bancário. Ao contrário que afirma os supostos defensores dos trabalhadores, estas invenções não tornaram a humanidade mais miserável. As novas tecnologias possibilitaram o surgimento de novos negócios para ganhar a vida e criaram novos tipos de empregos para outros setores da economia que tendem a mudar naturalmente.
O ilustre economista escocês, Adam Smith, notou que investimentos e os empregos são criados de acordo com a direção da economia, e não de forma planificada nas mãos de burocratas em seus confortáveis gabinetes, como imaginam sindicalistas, populistas e marxistas.
Infelizmente, o setor bancário do Brasil é amarrado pelo governo. O Estado brasileiro, embora esteja longe de ser um Estado liberal, precisa caminhar no combate ao oligopólio, revogar toda a legislação mercantilista prejudicial para entrada de novos competidores no mercado bancário, garantir o direito de propriedade privada, a segurança jurídica e gerar a harmonia no mercado. Caso contrário, os consumidores estarão condenados aos péssimos serviços oferecidos pelas instituições financeiras tradicionais.
Sobre o autor: Mateus Menezes do Nascimento é Graduado em História pela Universidade de Franca, Especialista pelo Centro Universitário “Barão de Mauá” e Bacharelando em Direito pela mesma instituição de ensino superior. Suas pesquisas se concentram na área de Gestão Pública, instituições políticas brasileiras, concepções econômicas da Escola Austríaca, pensamento conservador, liberal e mentalidade revolucionária.

Como superar as 48 horas mais longas do ano? Por Lucas Berlanza

O ano histórico de 2016 – que representou tantos pontos de inflexão no mundo e, particularmente, no Brasil – tem sido um ano de polarização. Ninguém acreditava que alguma coisa poderia, ainda que não gerar a unanimidade absoluta, efetivamente gerar uma significativa união nacional (mesmo que o “outro lado” da contenda seja franca minoria). Pois, no desfecho de novembro, antes do apagar das luzes do ano, o destino nos reservou os dias 29 e 30 como aqueles que produziriam essa união. Todos os brasileiros se uniram nessas 48 horas. Infelizmente, se uniram na tristeza, no luto, na raiva e na vergonha. Todos esses sentimentos desagradáveis, de uma só vez, nesse curto intervalo, preencheram os corações de quase todos os nossos compatriotas.
Em primeiro lugar, e provavelmente o mais impactante de todos os motivos, pela tragédia que ceifou as vidas de jornalistas esportivos e da delegação da Associação Atlética Chapecoense, que viajava para a Colômbia a fim de começar a disputa da decisão da Copa Sul-Americana. Difícil imaginar um brasileiro que não tenha, como eu, despertado em choque, ao, nas primeiras luzes do dia, ter que lidar com essa dolorosa verdade. Aqueles que acompanham futebol, particularmente; a equipe da Chapecoense, bem como seus dirigentes, vinha impressionando pela valentia com que encarava adversários grandes, pelo seu destemor, pelos resultados fantásticos que catapultaram o clube da quarta divisão para a decisão do segundo mais importante torneio continental da América, e pelo respeito com todos os oponentes. Por isso, particularmente para nós, o fato impacta mais pela juventude das vítimas, pelo inusitado disso tudo, mas também pelo desfecho difícil de engolir de uma linda história de superação desportiva.
Nessa dor, quase todos os tipos de brasileiros – e até estrangeiros – se uniram. A partir daí, as razões divergiram. No mesmo dia em que as luzes do avião se apagaram e a linda história daquele time da Chapecoense se encerrou, Brasília assistia à barbárie de vândalos que protestavam contra a votação da PEC que estabelece o teto geral dos gastos públicos por 20 anos. Para nós, uma das melhores medidas do governo Temer. Para eles, os esquerdistas e os militantes adestrados, o Apocalipse, capaz de justificar a depredação do MEC e enfrentar até a polícia. A PEC foi aprovada no Senado em primeiro turno. Para nós, o único motivo de celebração do dia; para eles, o problema. Para nós, ficou o lamento pelas cenas degradantes, que nos mostram o quanto ainda teremos que trabalhar para sanear as referências deste país. Para eles, a tristeza por ter sido levada adiante uma das reformas mais razoáveis dos últimos tempos – afinal, o razoável é o maior pesadelo deles.
Já à noite, quando ainda derramávamos nossas lágrimas e tardávamos a acreditar, a primeira turma do STF – mais uma vez ele! – decidiu pela soltura de cinco médicos e funcionários de uma clínica clandestina, presos em Duque de Caxias, entendendo não ser crime a interrupção voluntária da gravidez até o terceiro mês. A decisão se aplicou apenas àquele caso específico, mas está aberto o precedente para que o Brasil acolha o aborto. Para que acolha, portanto, o assassinato. Uma mancha moral repugnante para uma civilização que procura ir ao encontro de um destino de grandeza. A Câmara dos Deputados se movimentou para iniciar um processo de reação a esse caminho espúrio adotado pelos nossos desafetos de toga.
Porém, a Câmara, também ela, tratou de dar a sua contribuição e estender pela madrugada o rubor dos brasileiros. Com direito a vaias para destratar o relator das 10 medidas contra a corrupção, o deputado Onyx Lorenzoni, quando a maioria da população não os acompanhava, os parlamentares resolveram desfigurar o documento, deturpando o que deveria ser uma resposta à sociedade. Longe de dizermos que o Poder Judiciário é santo, longe de dizermos que a proposta original das 10 medidas era integralmente factível; mas o diálogo na Comissão em que Onyx foi relator já havia podado seus excessos. Os parlamentares, entre outras coisas, anexaram o que Onyx chamou de “vendeta”: dispositivos para processar e acuar os investigadores, até mesmo sob alegações abstratas como “exercer atividade político-partidária”.
No dia seguinte, e eis porque falamos em 48 horas, esse último drama de escárnio ao povo teve novos capítulos: a ameaça dos procuradores de se desligarem da Lava Jato, e a manobra espúria de Renan Calheiros, querendo votar as dez medidas no Senado em regime de urgência, logo no dia seguinte ao resultado na Câmara, sem qualquer tempo para os senadores as estudarem e debaterem. A pressa de quem se reconhece em dívida, acuado pela Lava Jato, e anseia por achacá-la. Felizmente, o requerimento foi derrotado; mas o espetáculo patético permanecerá.
Tudo isso torna os dois dias finais deste novembro de 2016 difíceis de esquecer – por mais que desejemos. O peso dos fatos ainda se abate sobre nós, em nossa própria efemeridade e mortalidade, como se esses dias ainda não quisessem acabar. Nossa pátria se uniu na tristeza e no sabor amargo da interrupção brusca de uma história desportiva que simbolizava um frescor de esperança e reforçava a crença na possibilidade de as coisas darem certo; se uniu também na vergonha e no temor pelo seu futuro, ainda que por motivos diferentes. Oxalá possamos estar unidos, no futuro, em torno de razões e de ocasiões mais felizes.
Nota: Publicado originalmente com o título “Estertores de novembro: as 48 horas mais longas do ano” em sentinelalacerdista.com.br

A TERRA DE CONDÁ DANDO O ÚLTIMO ADEUS AOS FILHOS

Navegamos aqui num rio de lágrimas
Usando o barco da dor e remos feitos de saudade
É Chapecó neste sábado dando adeus para seus filhos naturais e adotados
Tendo o coração do povo marcado com o ferro em brasa da tristeza
Cientes de que a lembrança deles será eterna
Mas que a luta continua.


INTERPRETAÇÃO

“Questão de interpretação. Algumas construtoras brasileiras não entenderam que era para adotar menores abandonados e não maiores corruptos.” (Eriatlov)

"Já tive um patrão tão bom que pagava para que eu não fosse trabalhar." (Climério)

“O veneno da jararaca perto da saliva da minha sogra é suco de uva.” (Climério)

"A minha primeira mulher era muito feia. Tão feia que fomos pra lua-de-mel num carro funerário." (Climério)

“Minha mãe mandou um bilhete para Jesus pedindo para que eu fosse padre. Jesus já meio cego leu ‘podre’. Cá estou.” (Climério)

“Uma esposa ou marido nunca vem só. Sogra é um acessório obrigatório.” (Climério)

“Quer saber quem sou eu? Pois consulte o Serasa e saberá”. (Climério)

O PT PERDEU VOTOS, MAS AINDA TEM MUITOS ÔNIBUS por Cedê Silva. Artigo publicado em 02.12.2016

(Publicado originalmente em www.implicante.org)
Diz a lenda que Stalin certa vez zombou da força do Papa: “O Papa? Quantas divisões ele tem?”. Não tenho a resposta para essa pergunta, mas sei que o PT ainda tem algumas dezenas de ônibus.
Massacrado nas eleições municipais e derrotado na votação da PEC 55, o PT não tem votos nem nas urnas nem no Senado. Com efeito, como já mostrou este Implicante, o PT perdeu votos no Senado em relação à votação do impeachment de Dilma – de 20 para 14. Mas como o partido nunca foi afeito ao jogo democrático, não está disposto a perder de graça. Nesta terça (29), em Brasília, vândalos realizaram mais um “protesto pacífico” típico da turma, virando um carro de reportagem, ateando fogo em outro, e depredando caixas de correio, bancos e os prédios de vários ministérios – tudo em nome do respeito ao patrimônio público, claro. Esses vândalos absolutamente apartidários foram entusiasticamente defendidos por deputados federais petistas e por lideranças dos seus AstroTurfs* de sempre.
Na noite de terça, no Twitter, vi algumas das mais absurdas justificações para a violência, incluindo dizerem que haviam virado um carro para se defender (o fulano é o Hulk?) e que num momento de luto nacional não se deveria fazer política (e fazer protesto, especialmente violento, é o quê?).
Nenhum veículo de imprensa fez a pauta mais óbvia: relacionar a violência de terça com as longuíssimas invasões de escolas, todas elas com pichações “Fora Temer”. A imagem acima mostra que pichadores deixaram registradas no prédio do MEC algumas das suas escolas de origem. Quem pagou os ônibus que levaram os estudantes a Brasília? Onde se hospedam e quem paga? Ninguém da imprensa está interessado em fazer essa reportagem, mas já tivemos que ler da pena de alguns colunistas perguntas do tipo “quem financia os panelaços?”.
A violência de terça-feira mostra (mais uma vez) que o núcleo de poder do PT não está em Brasília, mas nas escolas de todo o Brasil. Muitos professores, diretores, reitores etc. são agentes diretos da quebradeira, ao desenvolverem um ambiente na escola no qual alunos viram militantes, crentes de que estão numa revolução e que em nome dela tudo se justifica – afinal, “não reconheço governo golpista”. Naturalmente, esses próprios professores não vão lá dar a cara a tapa, mas têm muito orgulho dos seus jovens rebeldes que obedecem rigorosamente suas cartilhas.
A turma que vai protestar neste domingo (4) deve comparecer às ruas não apenas em defesa da Lava Jato, mas para marcar, mais uma vez, que nossa diferença é não apenas de pauta, mas de método. Sem um só ato de depredação, derrubamos uma presidente. A Lava Jato, que nós apoiamos e eles nunca, pôs na cadeia Eduardo Cunha, que, se dependesse deles, estaria no poder desde que não ameaçasse Dilma (com Lula ministro). Eles seguem quebrando e seguem perdendo votos. Mas ainda têm as escolas e os ônibus.
*AstroTurf, uma famosa marca de grama sintética, é termo utilizado para designar os “laranjas” políticos de um partido; ex. “Frente Brasil Popular” e “Frente Povo Sem Medo” são nomes diferentes do PT, que também é comercializado sob as marcas “PSOL”, “Rede”, “professor universitário”, “colunista da Folha” e muitas outras.
Cedê Silva é jornalista. Escreve muito poucas vezes no medium.com/@CedeSilva e pouco muitas vezes no twitter.com/CedeSilva. Escreve no Implicante às sextas-feiras.

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