Sentou-se na
cadeira do barbeiro José um velho inimigo. Por certo não lembrava mais de José,
afinal se passaram quarenta anos. O barbeiro afiou bem a canalha, testou o
corte e chegando bem pertinho do rosto não se conteve e meteu um beijo na boca
do antigo desafeto. Já o cliente refeito do susto, apresentações e pazes
feitas, barba bem aparada, foram os dois até o Bar do Luiz para rir com velhas histórias de suas vidas.
domingo, 21 de maio de 2017
MOSCA NA SOPA
Um homem
taciturno entrou no restaurante e pediu uma sopa de cebolas. Logo que a sopa
foi servida uma mosca pousou na sopa ainda quente. O taciturno então chamou o
atendente e mandou levar a sopa embora. Disse que iria comer apenas a mosca,
mas que pagaria pelo prato todo. E passou a voltar todos os dias para pedir o
mesmo. E nada falava além do essencial. O que se sabe é que em poucos dias
todas as moscas que moravam no estabelecimento trataram de dar no pé, ou
melhor, bater asas para bem longe. O cliente na ausência delas deixou de
frequentar o estabelecimento.
A FILA
A fila
ultrapassava cinco quarteirões. O passante curioso perguntou para o último dos
esperançosos:
-Fila para
emprego?
-Não. Estamos
pegando senha para no futuro entrarmos no paraíso.
O passante
ficou atônito:
- É grátis?
-Não!
Duzentos reais.
-Bem caro-
falou o passante. - Acho que irei aguardar pela fila do purgatório.
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“Quando a fome é grande não tem jeito, precisamos apelar. Ontem peleei com um hipopótamo. Quase perdi o pelo.” (Leão Bob)