sábado, 1 de outubro de 2016

JUSTO

JUSTO

Mentes estranhas que navegam no nada
Braços abertos para o firmamento
Esperando cair manjares de sultões
E tesouros intocados pelo suor
Do azul dia do céu
Dos confins das galáxias na noite
Minha mente se recusa
A participar dessa torpeza
Pois o que tomo sem esforço para mim
Amanhã fará falta a outrem.


ESPERTEZA

ESPERTEZA

A esperteza saiu a passear pelo mundo
Dando tombos nos incautos
Enganando homens de bem
Porém o tempo
Que é senhor da verdade
Avançou sobre ela
Tirando suas vestes
E mostrando para o mundo
Seu espírito imoral.

ASSIM É

Assim é

O tempo é senhor de tudo
De tirar à vestimenta da mentira
De expor à face da verdade.
Porém o que o tempo não faz
É trazer de volta os mortos
E desfazer as dores sentidas.

OVELHAS E PÁSSAROS

OVELHAS E PÁSSAROS

Aproximo-me do pasto em silêncio
E ouço o balir das ovelhas
Que como moças satisfeitas observam seu guardião
Ergo então os olhos para o azul do céu e vejo pássaros
Centenas deles na mais pura felicidade
Vivenciando o doce sabor da liberdade.

“Casei-me com uma mulher feia para não ter incômodos. Pois não adiantou, tornei-me um alce.” (Pócrates)

FILA

A FILA

A fila ultrapassava cinco quarteirões. O passante curioso perguntou para o último dos esperançosos:
-Fila para emprego?
-Não. Estamos pegando senha para no futuro entrarmos no paraíso.
O passante ficou atônito:
- É grátis?
-Não! Duzentos reais.
-Bem caro- falou o passante. - Acho que irei aguardar pela fila do purgatório. 

CANÁRIO DE ESTIMAÇÃO

CANÁRIO DE ESTIMAÇÃO 
 Seu João Maria tinha um canário, o Dodô, que trinava maravilhosamente, era a mais pura alegria da casa, podíamos dizer que pertencia à família. Num domingo em que João Maria foi à igreja, Renan o gato da mulher deu um jeito e pegou o Dodô. Penas, sobraram penas e nada mais. Seu João até pensou em matar o gato, mas não. Fechou ele na gaiola e disse: - Agora canta desgraçado! Você só irá sair daí quando cantar igual ao meu amado canarinho.
O gato até tentou por alguns meses, mas o máximo que conseguiu foi assoviar Besame Mucho. Morreu de velho, na gaiola.

A GAZETA DO AVESSO- Escassez de alfava na Venezuela causa anemia em Maduro.

FATO: Um petista nunca rouba sozinho.

A HONESTIDADE DISSE À SAFADEZA: “O Brasil está ficando pequeno demais para nós dois.”

“Depois da Pedagogia do Oprimido só resta aos discentes a Pedagogia dos Comprimidos.” (Eriatlov)

Diário do Poder- PODER SEM PUDOR

O PUXADINHO DE LACERDA
A alegação de Waldir Pires, ex-ministro da CGU no governo Lula, que dizia ocupar ilegalmente um apartamento da Câmara para “zelar” pelo imóvel, lembrou a justificativa do ex-governador do Rio, Carlos Lacerda, ao cineasta João Batista de Andrade, no documentário “Liberdade de Imprensa”. Acusado de ocupar irregularmente a cobertura de seu prédio, no Flamengo, Lacerda alegou:
- Isto aqui era uma sujeira danada, montes de tijolos velhos, madeira podre com pregos, um perigo. Limpei tudo e construí o salão. Não ficou bonito?
BARBEIRO CRUEL
Seis meses depois de assumir o cargo de ministro do Planejamento do governo FHC, Antônio Kandir percebeu que ganhara muitos cabelos brancos. Impressionado, foi ao barbeiro. Imaginou que após o corte os fios brancos diminuiriam. Ledo engano. No dia seguinte, o então secretário-executivo, seu amigo Martus Tavares, foi logo perguntando:
- Como é que seu barbeiro faz para cortar só os fios pretos?
O CEGUINHO DO SENADO
Como se não tivesse o que fazer, um grupo de senadores conversava certa vez sobre a notícia de que a cegueira pode ser um efeito colateral para cardiopatas que misturam seus remédios com Viagra – a alegria de homens com disfunções eréteis. O saudoso senador ACM brincou: 
- É por isso que já estou aprendendo braile...
SEVERINO VENCEDOR
Informado que os nomes “Severino” e “Juvenal” eram finalistas na votação para batizar o jumento que se tornaria mascote do “Rockgol”, programa da MTV, o então presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, não perdeu a esportiva:
- Nem essa eleição eu perco.
Acertou: os internautas da MTV deram ao jegue o seu nome.

Alexandrino Alencar para MO: "Presidenta do Sindicato dos Bancários de SP é nova paixão de Lula"

Alexandrino Alencar para MO: "Presidenta do Sindicato dos Bancários de SP é nova paixão de Lula"

Da coleção da qual fez parte Rosemary Noronha, a presidente do Sindicato dos Bancários de SP, que comanda a greve nacional, seria a mais nova amante de Lula.

O blog O Antagonista conta neste sábado que nos e-mails dos executivos da Odebrecht analisados pela Polícia Federal, há o registro de um jantar organizado por Marcelo Odebrecht com Lula e seletos convidados. A lista inclui grandes industriais e empresários.

Leia tudo:

De última hora, Clara Ant pede a Alexandrino Alencar que inclua no evento Juvandia Moreira Leite, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Em outra mensagem, Marcelo Odebrecht questiona Alexandrino sobre Juvandia. O executivo então responde: "Parece que é a nova paixão do amigo do seu pai."

Nos e-mails dos executivos da Odebrecht analisados pela Polícia Federal, há o registro de um jantar organizado por Marcelo Odebrecht com Lula e seletos convidados. A lista inclui grandes industriais e empresários.

. No documento, a PF aponta para a presença de Juvandia Leite e Sergio Aparecido Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.“Os dois sindicalistas convidados para o evento são também sócios da Editora Gráfica Atitude, empresa apontada pelo empresário Augusto Ribeiro de Mendonça Neto como intermediária de pagamentos de propina destinados ao Partido dos Trabalhadores”, registra a PF.

Juvandia Leite e Sergio Nobre são administradores da Editora Gráfica Atitude.

PB

Ministério vai punir servidores que concederam aposentadoria drive thru para Dilma Roussef

O Ministério do Desenvolvimento Social informou neste sábado que afastou o ex-ministro petista Carlos Gabas e outros dois servidores de carreira do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para investigar a conduta deles em um suspeito tratamento diferenciado para a aposentadoria da presidente cassada Dilma Rousseff pelo instituto.

Segundo reportagem da revista "Época" (leia abaixo na íntegra), Dilma se aposentou menos de 24 horas depois de ter assinado, em 31 de agosto, a notificação do Senado que oficializava que o impeachment tinha sido aprovado. Ela obteve a remuneração mensal de R$ 5.189,82, teto da Previdência. O tempo médio de espera para se aposentar no Brasil é de 74 dias, segundo o INSS. Em Brasília, onde o pedido de Dilma foi deferido, é de 115 dias.

O secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, Alberto Beltrame, determinou ao INSS, vinculado à Pasta, que abra sindicância interna para apurar a responsabilidade de Gabas e de Iramo da Costa Coelho e Fernanda Cristina Doerl dos Santos. Segundo a "Época", Gabas - que foi ministro de Dilma e é servidor de carreira do INSS - acompanhou uma mulher munida de procuração de Dilma para fazer o pedido da aposentadoria em uma agência do instituto em Brasília. O chefe da agência, Iracemo da Costa Coelho, foi responsável pelo atendimento.
Fernanda foi responsável, segundo a revista, por fazer 16 alterações no cadastro da ex-presidente em 10 de dezembro do ano passado, oito dias depois que o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou que havia aceitado o pedido de impeachment da presidente.

Políbio Braga

RECLAMANTES

RECLAMANTES

Faz frio o povo reclama
Faz calor estrila
Podemos dizer que reclamar
É coisa bem brasileira
Pois berra o sujeito no ambiente refrigerado
Como se estivesse ao sol namorando uma betoneira.


“Existem borrachos que bebem tanto que passado o trago saem procurando pelos bofes que acham que vomitaram.” (Climério)
“A vida não é feita só de merengue. Às vezes é preciso limpar um cascudo.” (Eriatlov)

“Alguns cobiçam a mulher do próximo. Outros, a propriedade.” (Eriatlov)

Graças aos comunistas é que nós sabemos o quando o capitalismo é bom.” (Eriatlov)
“A meta dos socialistas é deixar o povo todo igualmente na merda. E seus dirigentes bem longe dela.” (Eriatlov)
“A mãe de Hitler, Klara Hitler (o nome de solteira era Klara Polzl), era prima em segundo grau do seu pai. Aí está o risco de se morar perto de parentes.” (Eriatlov)



“Adolf Hitler cometeu suicídio no seu quartel-general (o Führerbunker), em Berlim, a 30 de abril de 1945. Deveria ter feito isso quarenta anos antes.” (Eriatlov)
“Hitler sobreviveu sem ferimentos graves a 42 atentados contra sua vida. Se o primeiro tivesse dado certo...” (Eriatlov)
“Lula, o filho do Brasil. Filho desnaturado, pois.” (Eriatlov)
“Questão de interpretação. Algumas construtoras brasileiras não entenderam que era para adotar menores abandonados e não maiores corruptos.” (Eriatlov)
“O comunismo é um regime que agrada pessoas menores que precisam de um estado controlador para nivelar as suas mediocridades.” (Eriatlov)
“Jamais capitular diante do mal vermelho. Sou um pássaro livre, pelo céu azul eu navego.” (Eriatlov)

O SUICIDA

O SUICIDA

Mateus,23,  não suportava mais viver. O abandono da noiva fora o final de um drama que se arrastava; idas e vindas, abraços e sopapos, sussurros e gritos. O revólver, a dose de veneno, a corda com o nó pronto estavam disponíveis.  Porém não era o tipo de morte que desejava.  O revólver pelo sangue, o veneno pelo mal-estar e a corda porque detestava ficar dependurado.  Decidiu procurar a borda do mundo e dela se atirar ao vazio. Passou por mais de sessenta países, convicto daquilo que queria.  Procurou, procurou e acabou morrendo  de velho procurando.

Politica O terceiro beijo do poderoso dom Paló



Um ex-ministro da Fazenda achacou no gabinete e outro vendeu influência sobre Lula e Dilma

Nunca antes na História deste país um ex-ministro da Fazenda havia sido preso na vigência do Estado Democrático de Direito. Agora foram dois numa semana. O primeiro, o economista Guido Mantega, foi acusado de haver achacado um grande empresário, Eike Batista, estrela do time dos privilegiados amigos do reizinho Lula entre os campeões mundiais no usufruto de benesses do BNDES. O outro, o sanitarista Antônio Palocci, dom Paló, é suspeito de ter beneficiado a maior empreiteira brasileira, a Odebrecht, para a qual trabalhou como despachante de luxo na mais alta cúpula do governo federal, que, na prática, foi posto por ele a serviço dela em negócios escusos em África, Zoropa e Bahia. Ambos, como é público e notório, foram ministros de Lula e Dilma. Mas, como é voz geral no território nacional e no planeta, Lula e Dilma são gente honrada.

A frase que abre o primeiro parágrafo deste texto é reconhecida como parte essencial da retórica grandiloquente, arrogante e fantasiosa com que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vendeu o sonho do consumo compartilhado, que virou pesadelo coletivo. Ao longo de 13 anos, 4 meses e 12 dias, ele e sua afilhada, protegida e sucessora, Dilma Vana Rousseff Linhares, assumiram o poder na República por três mandatos e quase a metade do quarto, todos abençoados pela vontade popular. A última frase parodia um dos mais brilhantes textos já produzidos por um poeta e dramaturgo, o britânico William Shakespeare. Na tragédia Júlio César, Marco Antônio, candidato a sucessor do conquistador e, como este, também um brilhante tribuno, carregando nos braços o cadáver esfaqueado do chefe político e militar que com tropas e leis erigiu a Europa, insistia o tempo todo que seu assassino, Brutus, era um homem honrado. Com a junção dessas frases, este autor pretende desmascarar a verdade dolosa e dolorosa que começa a emergir da ilusão gloriosa com um legado de miséria e dor de uma era de mentira e engodo.

Guido Mantega subiu com vagar os degraus do panteão petista até atingir o máximo que poderia alcançar, prestando os serviços que dele poderiam esperar seus manipuladores. Economista formado na USP, professor da Fundação Getúlio Vargas, virou espírito santo de orelha do grande líder popular quando o colega Aloizio Mercadante Oliva caiu em desgraça por ter soprado um palpite infeliz e fatal na primeira eleição disputada pelo chefe contra o sociólogo, também da USP, Fernando Henrique Cardoso. Filho do general Oliva, que fez carreira militar na ditadura, ocupando postos de comando à época da guerra suja contra a esquerda armada, Mercadante convenceu o candidato do PT à Presidência em 2002 a denunciar o Plano Real do adversário tucano como “estelionato eleitoral”. Mantega fora assessor de Paul Singer, figurão petista, quando o respeitado colega chefiara a Secretaria de Planejamento na gestão municipal de Luiza Erundina em São Paulo. Mantega publicou seu livro de estreia com prefácio do figurão tucano. Depois, com Palocci e Mercadante Oliva no ostracismo, foi ministro do Planejamento, presidente do BNDES e, enfim, ministro da Fazenda, após um escândalo ter derrubado o ex-guerrilheiro e ex-prefeito de Ribeirão Preto do alto posto no qual conspirava contra o chefe da Casa Civil de então, José Dirceu, pela ambicionada sucessão do chefão de todos no lugar mais alto da República.

Não dá para comparar Guido Mantega com Antônio Palocci Filho. Este passou pela prefeitura de Ribeirão Preto, onde, prestando um tributo ao passado de lutas, instalou um escritório de representação das Farc colombianas no município que governava. Lá deixaria um rastro de suspeitas da corrupção. Por elas, contudo, passou, incólume colosso, administrando com jeito, talento e sorte seu surfe na crista da onda do poder petista. Tudo começou quando Celso Daniel foi executado e Palocci ocupou o lugar do ex-prefeito de Santo André no comando da primeira campanha vitoriosa do chefão do PT à Presidência. Em seu governo tornou-se poderoso czar da economia, como antes haviam sido Delfim Netto na ditadura e Pedro Malan no duplo mandarinato do PSDB sob a égide do Real. Fiador do compromisso do ex-sindicalista com o mercado financeiro local e mundial, afugentou na campanha a ameaça do calote internacional e deu continuidade à gestão da política austera e bem-sucedida do antecessor. Tornou-se enfant gaté da burguesia cabocla, jogando por terra quaisquer desconfianças e construindo um sólido pacto com o capitalismo, de forma a dar a impressão de que nada mais deteria a prosperidade com conteúdo social, que parecia tornar possível um futuro sustentável de fartura e paz.

Mas Palocci protagonizou um dos espetáculos mais nefandos da História da República ao violar, para evitar a própria degola, o sigilo bancário do caseiro de uma mansão suspeita montada por amigos do interior de São Paulo, onde circulavam prostitutas de luxo e malas de dinheiro. Francenildo dos Santos Costa nunca mais se recuperou dos danos provocados pelo asqueroso episódio. Mas muito não tardou para o ex-guerrilheiro que virou jardineiro do fino canteiro de flores da plutocracia nacional voltar por cima do filé com champã. Coordenou a campanha da sucessora indicada pelo sindicalista, Dilma Rousseff. E dom Paló assumiu a Casa Civil, enquanto seu antigo rival José Dirceu enfrentava dissabores com a polícia e a Justiça no mensalão. Só que, uma vez mais, derrubaram-no seus métodos heterodoxos de usar os cargos de poder na República como vias ilícitas para lhe engordar as contas privadas. O instrumento da trajetória, uma consultoria, devolveu-o ao conforto do esquecimento. Mas não à pobreza. Em recente entrevista coletiva, auditores da Receita, procuradores da República e policiais federais contaram à imprensa detalhes de como ele continuou acumulando fortuna no oblívio.

Seu advogado, ex-presidente da OAB e também defensor de Mantega e Lula, José Roberto Batochio, apelou para uma comparação estapafúrdia com a ditadura de 1964 para livrá-lo de todo mal, amém. O criminalista também acusou o preconceito contra a origem peninsular de dois dos clientes e dele próprio de comprovar que a denominação da Operação Omertà (do dialeto napolitano humildade, que define o pacto de silêncio dos mafiosos) deve-se a preconceito contra oriundos da Itália. É compreensível. Que mais argumentar para enfrentar a lógica implacável e os detalhes inquestionáveis dos fatos arrolados pela acusação?

Uma semana antes, o sucessor de Palocci no comando da economia sob Lula, e que foi mantido por exigência deste no governo Dilma, já tinha sido preso para não destruir provas na Operação Arquivo X. Nela o outro ex-ministro da Fazenda fora acusado de achacar, como nunca antes tinha ocorrido, um empresário e beneficiário da “nova matriz da política econômica” que infelicita o povo pobre do Brasil. O jeito foi Batochio acusar o juiz federal que decretou a prisão, Sergio Moro, de desumanidade, pois a ordem de prisão foi cumprida no estacionamento do hospital, no qual acompanhava a dita mulher num procedimento de saúde.

Nossa tragédia bufa é um ex-ministro da Fazenda de dois ex-presidentes da República ser preso, sob a acusação de achacar no próprio gabinete e o juiz que manda prendê-lo, criticado, porque a mulher do dito cujo tem câncer. E, em seguida, outro, flagrado gerindo uma conta conjunta do partido dito operário com uma empreiteira, ser tratado como vítima de um novo Estado de exceção por seu ilustre causídico na semana em que, numa ironia da deusa da História, Clio, as Farc depunham as armas na Colômbia. O poderoso dom Paló é duro na queda e já sobreviveu a dois tropeções. Resta saber se, após este terceiro beijo mortal da justa, o cappo di famiglia sairá vivo. Assim como o chefe de todos os chefes e sua herdeira presuntiva.

Mas não tem nada, não: que importância tem isso, se o ilibado Lula de nada sabia e a imaculada Dilma nunca nada autorizou? E se sua melhor defesa é, ao ser pilhado, perguntar sempre com ar de espanto: cadê os outros?

Autor: José Nêumanne – Jornalista, poeta e escritor

“O vício sequestra o indivíduo e o faz refém às vezes para sempre.” (Filosofeno)

O RISCO DE NÃO ENTENDER O QUE FOI DITO

Almoço dominical da família siciliana de Don Trombose. Todos os membros da máfia local reunidos. O Don percebeu que Genaro o novato meio surdo não estava comendo ovelha. Don Trombose gritou: “Genaro, coma ovelha!” Genaro entendeu “coma a velha” e se atracou na mãe do chefe. Foi enforcado pelo saco ainda no domingo.

Pois sim

“Se não podemos eliminar os políticos ladrões esperamos que pelo menos sejam comedidos e não escancarados.” (Eriatlov)

“Não são os porcos nem os cães que nos decepcionam.” (Mim)

“O álcool serve de estopim às bestas.” (Filosofeno)

MINHAS FORÇAS

MINHAS FORÇAS

Não sou tão forte que nunca tombo
Às vezes esmoreço e caio
Mas ao chão batido não me vejo
Pois no coração e na mente
Tenho algumas criaturinhas especiais
Injetando adrenalina.



GLÓRIA VÃ

GLÓRIA Và

Nino, 12 anos, era um menino mirado, com os ossos gritando para fora da pele. Sua tez amarelada denunciava um corpo doente. Naquela tarde de muito sol, Nino, que morava no interior do interior saiu com outros meninos para pescar no riacho das pedras. Meteu a minhoca no anzol e apontou o caniço pra corredeira. Nem bem a minhoca havia se molhado um jundiá puxou com gosto e Nino, firme como prego em polenta, foi para dentro do rio agarrado no seu caniço. Afundou, voltou e bateu-se em pedras. Os companheiros ficaram apavorados sem saber o que fazer. Todos sabiam nadar; o certo é que nenhum deles tinha força suficiente para salvar um corpo que estava em apuros. A boa sorte foi que o mirrado alguns metros abaixo conseguiu subir numa pedra sem largar a vara e também o jundiá. Ergueu os braços mostrando o troféu. Teve mais sorte que juízo. Foi festejado pelos colegas e voltou para casa com um peixe de quilo para presentear sua mãe. O jundiá foi tomar banho na frigideira; o menino tomou umas palmadas e ficou de castigo. E ficou sem comer o peixe.

“Se o paraíso é contemplação duro é espantar o tédio.” (Mim)

“Não se preocupe. No inferno dá praia o ano todo.” (Mim)

“Gato escaldado tem medo até de uísque com gelo.” (Mim)

“O melhor amigo do homem solteiro é o cão. Quando ele se casa o cão corre para o lado da mulher, pois é cão, não é burro.” (Mim)

“Deus chama os bons porque os maus não obedecem ir.” (Mim)

“Quem empresta aos pobres diz adeus.” (Mim)

“Água mole em pedra dura tanto bate que passa por cima.” (Mim)

“Depois da tempestade vem a bonança ou outra tempestade.” (Mim)

O BOM

O BOM

Como o próprio nome já diz Generoso era muito generoso. De tão bom chegava a ser chato. Parou de comer e dormir para fazer o bem. Isso não poderia dar certo. Generoso foi definhando, definhando , definhando e morreu definitivamente definhado.   Morto, chegou ao  céu antes de chegar ao cemitério  e sua ficha foi examinada pelo senhor todo poderoso sob os olhares interessados de São Pedro, pois viu brilho nos olhos do senhor. Quando Deus leu sua vida  não acreditou e mandou investigar. Tudo comprovado.  Então Deus pediu aposentadoria e colocou Generoso em seu lugar.

MORAL:  Às vezes fazer um bom trabalho dá mais trabalho.

PARENTES

Chegando à Cidade Nova o jovem foi procurar um pequeno hotel. O proprietário foi encaminhar a entrada do novo hóspede.
-Seu nome?
-Shonegai .
-Pai?
-Shustenta Parasitas.
-Mãe?
-Fhechou as Portas .
-Entendi. Acho que somos parentes.