quinta-feira, 8 de junho de 2017

MESTRE YOKI

 “Mestre, o que o senhor pensa da Dilma?”
“Não tenho opinião sobre humanos nulos.”

MESTRE YOKI

“Mestre, o senhor acredita na vida eterna?”
“De quem? Das bactérias?”

A PIOR TEMPESTADE ESTAVA POR VIR

O céu ficou escuro e houve uma sensação de pânico geral. As nuvens ruidosas pareciam cair sobre as casas. Ventos enfurecidos revoltavam as melenas cobertas de poeira e faziam arder os olhos. Pequenos galhos e folhas já corriam pelas ruas sem lugar para ficar. Placas publicitárias de pernas fortes voavam como penas. As gentes fechavam suas casas, cães e gatos eram recolhidos para lugares abrigados. Apressei o passo para chegar logo em casa e fugir das nuvens ameaçadoras. Algumas lesmas pegaram carona em pneus de bicicletas, enquanto outras eram rápidas em seus patinetes. Entrei em casa a tempo de observar pela janela o mandatário- mor da cidade passar voando em sua cadeira de trabalho. A secretária sentada em seu colo fazia anotações e ajeitava os cabelos negros. Não muito distante dali a primeira-dama já sabendo do fato, visto por centenas de olhos da comunidade, tirava do baú um chicote de três tentos e dava lustro num cassetete de aroeira.

CRACOLÂNDIA E URBANISMO por Luiz Carlos Da Cunha. Artigo publicado em 08.06.2017



Uma das cenas mais grotescas e repugnantes estampadas na imprensa delata a decadência urbana brasileira – a cracolândia – este acampamento de drogados ambulantes pelo espaço público da mais rica cidade brasileira, qual senhores absolutos e paradoxalmente arrogantes e desvalidos da cidade.

A ralé soberana. A paisagem retrata com tons sombrios a destruição da cidade, refletindo neste escorço o relaxamento moral do país, subordinado ao vício das drogas. As pessoas sadias, operosas, contribuintes impositivos do Estado de direito, assistem impotentes aquele cancro inabalável do crime urbano. Desta tolerância oficial a se arrastar por anos, onde instituto oficializado de Direitos Humanos foi omisso e, na prática, coadjuvante da devassidão física e moral exposta em via pública, emerge surpreendente um personagem decidido a combater o mal explícito – o novo prefeito João Dória. Eis quando o imperativo da ordem social impõe varrer a mazela urbana, aquela instituição totalmente ausente de ação sanitária em todo correr do antanho, irrompe de sua inação para insurgir-se contra o prefeito; como se a cidadania produtiva, civilizada, apreciadora da ordem urbana, protetora da saúde pessoal e social do cidadão, agredida pelo quisto delinqüente invasor das vias públicas, não devesse ser o foco da proteção dos Direitos Humanos – o direito elementar de ir e vir, de usufruir as benesses de sua cidade para a qual destina seus impostos.

Ao enfrentar aquela autoridade que ousou corrigir a injustiça, Inverteu o objetivo legal e racional da saúde pública – ao invés de proteger a população dos ataques dos drogados, das cenas ofensivas por eles escancaradas aos olhos infantis. Quando Oswaldo Cruz estabeleceu a vacina condição obrigatória contra a varíola, Rio de Janeiro de 1904, encontrou violenta reação popular; a população a quem a vacina se destinava a defender preferia a varíola. A racionalidade se impôs felizmente. O mesmo se espera hoje das autoridades de São Paulo e do Brasil: encarar o urbanismo como intérprete dos Direitos Humanos.

• Arquiteto, urbanista, escritor.

Noite. Uma rua solitária na periferia. Um gato malhado salta entre os telhados enquanto cães ladram ao vento. O excesso de lixo caiu fora das latas e escorre pelo chão de terra. Baratas passeiam fugindo dos pés dos meninos que brincam de bola na via. Mães e irmãs mais velhas chamam para dentro os garotos de pés encardidos. É hora do banho e do jantar. Crianças recolhidas, já é tarde, agora chegam automóveis com ocupantes que procuram nas esquinas pelos empresários do pó. A lua e as estrelas observam o movimento. Dinheiro para cá, pó para lá. Negócio feito lá e vão os loucos em busca de alucinações, enquanto os empresários da farinha perigosa contam as notas. O inferno para ambos os lados é logo ali.

SEM SOMBRA

Ele tinha certa dificuldade em fazer amigos. Para dizer a verdade não tinha nenhuma facilidade em se aproximar de alguém. Para uns era um grande chato, para outros apenas um jovem profundamente melancólico. Algo que Joel não sabia era sorrir, sempre taciturno, vivia para si. Naquela cidade não havia por certo pessoa mais solitária e triste, sua única amiga era uma televisão de 20 polegadas que dele não podia fugir. Do trabalho no banco para casa e nada mais. Não tinha empregada em casa nem bichos para cuidar. Pensou num cachorro, mas logo desistiu, não queria ter o trabalho de limpar sua sujeira. Teve sua tragédia pessoal quando sua noiva o trocou por outra. Não reagiu, não lutou nem um pouquinho para sair da tristeza, apenas entrou no baú dos solitários. E foi assim que um dia sua própria sombra resolveu deixá-lo, abandonando um corpo quase já sem vida. E quando o sol mostrava seu brilho e calor Joel caminhava pelas ruas sem ter sequer a própria sombra por companhia.




OVNI

Não fazia muito que Romualdo e Natália conversavam na varanda. Observavam o céu estrelado, a bela lua que dominava o firmamento, quando notaram um objeto luminoso e colorido que se aproximava da casa. Uma tremedeira tomou conta deles. Pensamentos horripilantes vieram à mente do casal, tirados dos filmes do gênero em que seres humanos são abduzidos e tratados como cobaias. O objeto voador prateado e cheio de luzes pousou no terreno em frente e uma portinhola se abriu. Uma pequena mão espalmada se mostrou e uma voz feminina foi ouvida: Por favor! Vocês podem me emprestar alguns absorventes?

UM HOMEM, UMA CADEIRA

Um homem, uma cadeira. Vinte anos se passaram.  Um homem, uma cadeira, um cargo. Um homem, uma cadeira, muitos conchavos, muitas mordomias e desvios. Uma cadeira, uma bunda colada, um sindicalista. Pois foi necessária uma junta médica para destronar o sacripanta. E houve choro e ranger de dentes, também presentes algemas e um delegado. Restou uma cadeira vazia aguardada por nádegas ansiosas.

AREIA MOVEDIÇA

Um sofrido brasileiro andava perdido num pântano quando caiu numa areia movediça. Do nada apareceu uma mulher para ajudá-lo. Quando viu que a dita cuja era Dilma ele disse:
 -Obrigado! Prefiro ficar aqui, posso me safar. Já contigo existe o risco de eu me enterrar de vez.

NORBERTO

Norberto entrou na igreja e lá encontrou uma multidão de ovelhas de joelhos e olhos fechados fazendo louvor. No púlpito um lobo adornado praticava o sermão. Sentiu-se sufocado.  Fez meia volta e entrou na biblioteca pública do município. Dentro dela tendo a companhia de alguns poucos se notou leve e mui alegre. Abraçou-se então a Miguel de Cervantes e feliz navegou.


“É necessário filtrar informações para preservar o próprio bem-estar. Notícias de sangue são irrelevantes.” (Filosofeno)
“Não se doma o bicho conhecimento sem esforço.“ (Filosofeno)


“A maldade sempre encontra seguidores; às vezes por conveniência, às vezes por gosto próprio.” (Filosofeno)
“A paixão tem seu lado perigoso. A paixão provoca cegueira.” (Filosofeno)


“Pensava em ficar viúva logo. Mas acho que meu marido é imortal. É muito velho. Mas velho mesmo! Dançou em bailes com a Princesa Isabel.” (Eulália)


“A eternidade não me interessa, o que adoro é pecar.” (Eulália)

SÓ EU?

“Não sou muita estimada na sociedade porque me casei por dinheiro, tudo bem. Mas e as outras?” (Eulália)

DISSEONÁRIO PEDRA

DISSEONÁRIO PEDRA-  COISA –Mulher que governou o Brasil durante certo período no século XXI.
 “Só mesmo um  imbecil é roubado,  taxado de idiota por seus governantes e continua rindo e fazendo salamaleques.” (Mim)

CATÓLICO E MUÇULMANO

Um menino católico e um menino muçulmano estavam conversando e o menino católico disse: "Meu padre sabe mais do que o seu Deus." O menino islâmico disse: "É claro que ele sabe, você lhe contar tudo." 

MANTEIGA COMUNISTA

Para aliviar a escassez perene de manteiga, o Politburo do Partido Comunista ordenou aos cientistas soviéticos que desenvolvessem uma tecnologia para converter a merda em manteiga e completar este projeto antes do aniversário da Grande Revolução Socialista de outubro. Após seis meses de trabalho, o Politburo exigiu um relatório do progresso. Os cientistas relataram que alcançaram um sucesso de 50%. A resposta da Academia de Ciências foi: "Já pode espalhar sobre o pão, mas ainda não dá para comer.”

http://www.johndclare.net/Russ12_Jokes.htm
“Tem gente que deseja mudar a natureza das coisas. Vejam bem se eu com essa juba de macho vou andar por aí comendo folhas, frutinhas e cagando verde?” (Leão Bob)
“Sem demora os certinhos irão querer que sejamos vegetarianos. O primeiro que irei devorar será o autor da proposta.” (Leão Bob)


“Sim, aqui na savana existem leões gays. Mas eles são discretos, não andam de agarramentos em público.” (Leão Bob)


“Quando jovens somos fortes e formosos. Mas nossa velhice é dura. Meus avós quando banguelas morreram de fome.” (Leão Bob)
“Aqui na savana não tem perdão. Turista distraído é refeição.” (Leão Bob)
“Rodeado de moscas. Isso lá é vida?” (Leão Bob)
“Antes me tornar um animal empalhado que um vegetariano.” (Leão Bob)