domingo, 30 de abril de 2017

A MÃE DE HITLER

“A mãe de Hitler, Klara Hitler (o nome de solteira era Klara Polzl), era prima em segundo grau do seu pai. Aí está o risco de se morar perto de parentes.” (Eriatlov)

REDUÇÃO

“Se Lula da Silva fosse colocado numa panela para ser reduzido, após horas de cozimento sobraria no utensílio uma enorme língua sem serventia.” (Eriatlov)

MUDANÇA

“A religião me ensinou a ser uma ovelha. Mudei, preferi ser um justo.” (Eriatlov)

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- sexta-feira, outubro 30, 2009 NORMALIDADE DAS GENTES, SEGUNDO O PRESIDENTE

O Supremo Apedeuta andou dizendo que não é fácil enfrentar a violência. "Se fosse fácil teria resolvido em 2006, em 2005 e em 2004. Não é fácil quando se lida com gente anormal. O bandido é anormal. Nós somos normais. Temos que mostrar ao mundo que o Estado brasileiro e a parte boa da sociedade brasileira tem mais força que o crime organizado”.

Cabe perguntar-se o que Lula entende por bandido. Pelo jeito, são aqueles pobres diabos do tráfico de droga, que por mais fortuna que façam, sempre correm o risco de serem presos pela polícia ou assassinados por bandos rivais. É claro que Lula não se referia a corruptos como José Sarney, Zé Dirceu, Antônio Palocci, Jader Barbalho, Edir Macedo. Estes são gente fina, que merecem os afagos presidenciais. Quando lida com eles – e os defende – Lula está lidando com gente normal. Aqui tampouco se trata de crime organizado. É crime institucionalizado.

Portanto, normal.

TAL AVISO

“Posto nas portas das moradas, creio que tal aviso seria muito comum tal sua correspondência aos inquilinos: Aqui jaz o pensar.” (Eriatlov)

CUECAS DE AÇO

“Quando o sujeito se arvora em defensor do povo e promotor de justiça social é bom usar cuecas de aço; vai tentar enrabar quem produz.” (Eriatlov)

A GRANDE TETA

“A teta do estado não dá mais conta de dar leite para tantos terneiros. E a fila dos que estão de beiço pronto para entrar é grande.” (Eriatlov)

PARASITAS

“Tenho todos os defeitos, mas jamais serei um parasita. Isso me repugna.” (Eriatlov)

MAÇÃ PODRE?

“Maçã podre? Pois é, aqui no Brasil até o cesto deveria ir para o lixo.” (Eriatlov)

MESTRE YOKI

“Mestre, qual é a idade da sabedoria?”
“Não existe uma idade própria. Há burros jovens e burros velhos. Há os que muito aprendem cedo e existem também aqueles que já caindo aos pedaços nada aprenderam.”

MESTRE YOKI

“Mestre, eram os deuses astronautas?”
“Eram. E eu sou a Madre Tereza.”

O MAIS HONESTO

Após a justiça determinar a devolução das joias retiradas (sic) do Palácio do Planalto a pergunta que fica é: Existe alguém mais honesto que o linguarudo neste país? Só vendo!

DIÁRIO DO BAGUALUDO DE SANANDUVA- Moro manda Lula devolver coroa de ouro e jóias que levou para casa quando saiu do Palácio da Alvorada

O juiz federal Sérgio Moro determinou nesta sexta-feira que 21 objetos que eram de posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foram apreendidos na Operação Lava Jato sejam incorporados ao Patrimônio da União pela Secretaria de Administração da Presidência da República.

PODER

O mundo não é rosa
Os homens não são anjos
O poder é amigo da cobiça
E irmão da safadeza
E lá no alto
Todos querem ficar
Para se locupletar
Para depois sorrindo urinar na cabeça dos sem poder.


OBTUSOS

Lúgubres algozes de vidas
Covardes loucos preparados por mentes perturbadas no reino dos obtusos
Foram mãos de descerebrados que apertaram os gatilhos
E o crime bárbaro aconteceu na Cidade Luz
Então no palco da vida para espanto do livre pensar
A ignorância aplaudiu esse ato de pé
Enquanto a liberdade de expressão gritava pedindo por socorro.

sábado, 29 de abril de 2017

ENSINA TEU FILHO

Homem de bem
Ensina teu filho que o mal também existe
Que o mundo não é tão cor-de-rosa como parece
Que certas pessoas usam os outros seres como escadas
Para atingir seus intentos
Prepara teu filho não para atacar
Mas para defender-se
Pois defender-se é um direito do homem
Falo porque conheço e senti
Em ambientes de família e negócios
Lobos em pele de cordeiro
Lambuzados no mel da falsidade
Fazendo-se de vítimas
Para no momento certo
Apunhalar pelas costas
Seus próprios amigos e irmãos.

GADO NÃO

Não esmorecer
Não ceder
Trabalhar
Estudar
Vislumbrar o futuro
Fazer e não esperar acontecer
Ser luz e não escuridão
Não aceitar ser apenas mais um quadrúpede no curral.


A VIDA DO HOMEM - H.L. MENCKEN

A velha noção antropomórfica de que todo o universo se centraliza no homem – de que a existência humana é a suprema expressão do processo cósmico – parece galopar alegremente para o balaio das ilusões perdidas. O fato é que a vida do homem, quanto mais estudada à luz da biologia geral, parece cada vez mais vazia de significado. O que no passado, deu a impressão de ser a principal preocupação e obra prima dos deuses, a espécie humana começa agora a apresentar o aspecto de um subproduto acidental das maquinações vastas, inescrutáveis e provavelmente sem sentido desses mesmos deuses. 

Um ferreiro fabricando uma ferradura produz também algo quase tão brilhante e misterioso – uma chuva de faísca. Mas seus olhos e pensamentos, como sabemos, não estão nas faíscas, e sim na ferradura. As faíscas, na verdade, constituem uma espécie de doença da ferradura; sua existência depende de um desperdício de seus tecidos. Da mesma maneira, talvez o homem seja uma doença localizada no cosmos – uma espécie de eczema ou uretrite pestífera. Existem, é claro, diferentes graus de eczemas, assim como há diferentes graus de homens. Sem dúvida, um cosmos afligido por uma infecção de Beethovens jamais precisaria de um médico. Mas um cosmos infestado por socialistas, escoceses ou corretores da Bolsa deve sofrer como o diabo. Não é surpresa que o sol seja tão quente e a lua tão diabeticamente verde.

SEM CARTAZ

“Estou sem cartaz até na terceira idade. Vou começar a pescar e a jogar dominó.” (Climério)

MULHERES

“Algumas mulheres passaram pela minha vida e deixaram flores de recordação. Outras foram generosas em galhos e dívidas. ” (Climério)

QUEM ME CONHECE

“Hoje eu tive certeza: só me ama mesmo quem não me conhece.” (Climério)

BORRACHO

"Deus escreve certo por linhas tortas porque é um borracho." (Climério)

RAIZ QUADRADA

“Sempre fui péssimo em matemática. Para aprender a tal raiz quadrada quem ficava quadrado era eu.” (Chico Melancia)

VIAJANTE

“Já viajei tanto que conheço até países que ainda não existem” (Chico Melancia)

LOUCO

“Muitos me acham louco, porém somente minha mãe é que tem certeza .” (Chico Melancia)

NA PENSÃO

“Tenho um primo de 24 anos que já ficou mais tempo preso do que mamando.” (Chico Melancia)

sexta-feira, 28 de abril de 2017

CALDEIRÃO DE MÁGOAS

O rio segue seu curso entre calmarias e corredeiras
Intrépidos o navegam enfrentando toda sorte de obstáculos
Dores psíquicas e físicas fazem parte da jornada
Às vezes eles caem
Mas retornam para navegar
Enquanto isso na margem do rio da vida
Os abocanhadores de facilidades
Atiram pedras
E cozinham no caldeirão da inveja
Todas as mágoas possíveis
Aos vencedores.

COISA BURRA

Meu pavor demais antigo
Formidável megera das letras de superfície
Sabedoria para inglês ver
Pois você é uma coisa burra
Que explode os testículos do mais tolerante dos homens
Com suas ideias anacrônicas e impostos astronômicos
Com seus trinta e nove ministérios transformados numa Torre de Babel
Ou talvez num bordel
Visto o nome dos empossados
Que sorriem quando fotografados
Debochando dos desgraçados
Que pagam por suas orgias.

O PORRE DA DULCE BEATA

A Dulce beata
Tomou um porre na quermesse
E ouve lá quem dissesse que era paixão por um sacerdote
Por sinal um rapazote
A Dulce com o porre foi ficando de língua solta
E jogou para cima suas ferramentas orais
Derrubou na igreja flores e castiçais
E acabou até ofendendo um compadre
E no larga e segura
Tirou sua calcinha
E foi se sentar no colo do padre.

VERDADE

É verdade que jogador de futebol pega muita mulher. Mas também o que paga de pensão!!

IRADO

O escritor, a cadeira dura, o computador, a tela branca e a inspiração que falha. Ele precisa escrever um conto para pagar suas contas (maldito trocadilho) e não há uma só ideia batendo à porta. Caminha, fuma, bebe e fuma, força o pensamento e nada de interessante se apresenta à mente. Sai da casa (que fica no interior, lugar sossegado) e olha para o grande verde em volta cheio de cantares, admira a limpidez d’água do riacho pedregoso que corre ali pertinho onde sempre que pode pesca jundiás. O nada criar acirra a ansiedade, os cigarros entram e saem dos lábios com maior rapidez. Há pequenos mosquitos incomodativos que ele espanta com fumaça solta em espiral. Sentado num tronco observa a chegada da noite e fica pensando como será o seu amanhã. A lua no céu olha para ele e ri com brilho. Na mente enumera assuntos para ver se algum deles responde ao chamado. Nada, nada, nada... Entra na casa novamente, vai até quarto e abre a última gaveta da cômoda. De lá retira um estojo de madeira e o coloca sobre a cama. Retira a arma do estojo, carrega cinco projéteis e então alisa o revólver. Fica absorto por alguns minutos com os olhos no Taurus. Então vai a busca de sua potente lanterna, apanha umas iscas no latão e sai para pescar. Na trilha olha para trás e grita: foda-se a inspiração!

CONTRABALANÇANDO

A cachorrinha da dona Cleusa saía todo dia de sua casa e ia elegantemente fazer seu cocô matinal na grama limpa e verde do vizinho. Reclamar ele reclamou, mas seus apelos foram em vão. Era um homem gentil, detestava discussões e intrigas. Digamos que era um cavalheiro. Com o tempo achou que o negócio tinha passado dos limites. Resolveu ele também comprar um animalzinho de estimação para contrabalançar. Não foi fácil, mas conseguiu. E assim toda manhã ele saía de casa com seu elefante de estimação para fazer cocô no belo gramado do vizinho.

O TRABALHO DA MORTE

A morte saiu a trabalhar naquela tarde para escolher suas vítimas como sempre fez. Brancos ou negros, mulheres ou homens, crianças ou velhos. A morte escolhe, a morte executa. Não existe alerta à vítima, não diretamente. Numa esquina movimentada parou e ficou observando com atenção um homem de meia-idade que comia um churros. Apontou para seu coração e o homem sofreu um infarto fulminante. Apanhou um ônibus e foi para o outro lado da cidade. Desceu e entrou num velório. “É daqui que levarei o próximo, disse para si.” Mirou num jovem franzino amigo do defunto que ora se velava. Observou que o fígado do rapaz já estava em estado lastimável. Mexeu seus pauzinhos e o pobre caiu sobre o caixão; o quase morto e o defunto foram ao piso. Saiu da funerária e foi ao cinema. Sentou-se ao lado de um velhinho, soprou seu hálito funesto e o octogenário caiu sem dizer ai. A morte olhou para o relógio que marcava 18 horas. Não estava a fim de fazer horas extras. Ajeitou-se na poltrona e ficou no aguardo da próxima sessão.

CHUCKY E BOB

Chucky, o brinquedo assassino depois de cometer mais alguns crimes estava sendo procurado pela polícia. Para safar-se, fez-se de morto e foi misturar-se entre bagulhos que estavam no lixo. O Bob passou e levou o boneco para casa. É evidente que Chucky encheu-se de alegria; ficaria adormecido por algum tempo e depois que tudo se acalmasse voltaria aos ataques sangrentos. O que ele não sabia é que Bob era na verdade um destruidor. Em oito anos de vida já havia matado três bicicletas, vinte e dois carrinhos de lata e oitenta bonecos da Marvel, salvo outros trucidados que eram de seus amigos. Chucky teve vida curta nas mãos de Bob, muito curta. Antes da primeira hora no quarto de Bob já havia perdido os pés e teve arrancados os olhos, pois o garotinho desejava saber se eram de vidro ou não. Após cortar braços e também a cabeça levou tudo ao quintal, jogou gasolina sobre e colocou fogo. Tencionava derreter tudo e confeccionar uma espada de plástico. Na verdade, Chucky nas mãos de Bob não passava de um principiante.

AS COBRAS

A cobra macho Sspy entrou na casa para curtir uma sombra e deu de cara com uma cobra de areia colorida que cobria o vão inferior da porta. Ainda não muito experiente nas coisas mundanas de amores e agarramentos, ficou vidrado na arenosa e não mais saiu de perto até ser morta a pauladas pelo dono da casa que desejava apenas enxotá-la, porém não teve outro jeito. Morreu no piso frio da despensa com os olhinhos cheios de paixão, sabendo da pior maneira possível que toda paixão é mortal.

ABUTRES SURPRESOS

Dois abutres armados rondavam por horas as casas no Belvedere. Estacionaram o automóvel e ficaram observando como agiam os proprietários. Quem entrava e quem saía, se descuidado ou não descuidado. Então naquela tarde uma mulher deixou o portão aberto. Os abutres entraram de armas nas mãos. Vasculharam todas as salas, não encontram vivalma. Acharam um pouco estranho, mas seguem em frente. Procuram pelo cofre até encontrá-lo. Um dos gatunos é especialista, em poucos minutos consegue abri-lo. No cofre não encontram joias e nem dinheiro, tampouco documentos importantes. Dentro do cofre há apenas fotos da progenitora dos meliantes dando de mamar para dois marmanjos no corredor de um bordel.

"Acordem mais cedo, vagabundos"

João Doria e Geraldo Alckmin, entrevistados na rádio Jovem Pan, prometeram cobrar multa dos sindicatos dos transportes públicos. João Doria acrescentou: "Neste confronto só tem um grande perdedor. A população que trabalha e acorda cedo, a população honesta, que é decente. Os brasileiros que gostam do Brasil, que não são peleguistas, que não são sindicalistas. Eu não quero generalizar, mas uma parte considerável destes que promove a greve estão há 10, 20, 30 anos fazendo política partidária, ideológica, e em benefício pessoal. Eles inclusive enriqueceram, com imóvel de luxo, às custas do trabalhador e aquele que é obrigatório à pagar a contribuição sindical. Para gerar emprego, não tem. Para gerar greve, pneus, transporte, lanchinho e facilidade. Uma vergonha. Acordem mais cedo, vagabundos”.

O ANTAGONISTA

GAZETA DO RECHONCHUDO DE APUCARANA- Planalto quer Renan fora da liderança do PMDB no Senado

O Palácio do Planalto articula a destituição de Renan Calheiros da condição de líder da bancada do PMDB no Senado.

Herança maldita dos governos Lula e Dilma, PT, eleva desemprego para 13,7%. Já estão sem trabalho 14,2 milhões de brasileiros

O Brasil registrou novo recorde de 14,2 milhões de pessoas desempregadas no trimestre encerrado em março de 2017. É o que revela a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado divulgado nesta sexta-feira.

É herança direta dos desvairados governos do PT, que produziram severa recessão.

A taxa de desemprego passou de 10,9% no trimestre até março de 2016 para 13,7% no trimestre até março de 2017 - também a mais alta já registrada na série histórica da pesquisa.

PB

BABY LAMPADA

Coisa própria da juventude; o afobamento, o medo do futuro, não ter o apoio da família; tudo isso faz do ser inexperiente uma vítima. Pois foi o que aconteceu com Baby Lâmpada, que preferiu espatifar-se no chão ao saber que estava grávida. Tudo por medo, pelo verdadeiro pavor de dar a luz pela primeira vez.

MUTILADORES

Este povo mente
Repetidamente mente
Para permanecer no poder
A moral foi para o baú
O importante é a permanência
Para garantir à descendência
Banhos em moedas d’ouro
Porém o mais triste
É ver o dito sabido e também o ignorante nato
Votando nos seus algozes
Para no amanhã se tornar capacho
Dos vermelhos mutiladores de asas.

PÍFIOS

Como gosmentos insetos
Os inaptos se agarram ao poder
Não podendo contar com seus talentos
Para uma ascendência decente
Urge aos jumentos
A prática na administração
Da velha arte do puxa-saquismo
Desprezada por quem é capaz.

SEM EDUCAÇÃO

Sai de casa o rapagão a passear com o seu cão
Sai senhora com sua cadelinha
Saem de mãos vazias
Sem pás ou sacolinhas
Prontos para bostear o mundo
Nas calçadas
Nas esquinas
Nos gramados dos canteiros centrais
Fazendo pisar na bosta canina
Todo adepto de caminhada
Que se torna sem querer
Um feliz proprietário
De um calçado fedorento.

O TEMPO DA VERDADE CHEGARÁ

Podemos fugir por um tempo
Dar desculpas esfarrapadas
Mas do confronto interno
Não há como escapar
Chega o dia
De ouvir o nosso eu
Encarar as nossas falhas
E saber que justificativas talvez possam consolar
Mas não resolverão os nossos problemas.

SUSTO

“Estou uma mulher mais feia do que eu. Ao acordarmos não sei quem se assusta mais.” (Assombração)

FEIO

“Lá em casa não temos o bom, o mau e o feio. Só o feio.” (Assombração)

EXORCISMO

“Quando eu nasci a minha avó beata queria me exorcizar com solvente. Fui salvo por uma vizinha ateia.” (Assombração)

A GAZETA DO AVESSO- A popularíssima Vana tenta ensacar vento e cai da sacada do segundo andar.

A GAZETA DO AVESSO- A língua de Lula pede asilo em Cuba.

“A fé pode ser definida em resumo como uma crença ilógica na ocorrência do improvável.”“H. L. Mencken

SENTIR

“O sentir é sentir mesmo quando ninguém veja ou saiba. Já o falso quer plateia e desdobramentos favoráveis.” (Filosofeno)

H.L. MENCKENN - TIPOS DE HOMENS- O CÉTICO

Nenhum homem acredita piamente em nenhum outro homem. Pode-se acreditar piamente numa idéia, mas não em um homem. No mais alto grau de confiança que ele pode despertar, haverá sempre o aroma da dúvida – uma sensação meio instintiva e meio lógica de que, no fim das contas, o vigarista deve ter um ás escondido na manga. Esta dúvida, como parece óbvio, é sempre mais do que justificada, porque ainda não nasceu o homem merecedor de confiança ilimitada – sua traição, no máximo, espera apenas por uma tentação suficiente. O problema do mundo não é o de que os homens sejam muito suspeitos neste sentido, mas o de que tendem a ser confiantes demais – e de que ainda confiam demais em outros homens, mesmo depois de amargas experiências. Acredito que as mulheres sejam sabiamente menos sentimentais, tanto nisto como em outras coisas. Nenhuma mulher casada põe a mão no fogo por seu marido, nem age com se confiasse nele. Sua principal certeza assemelha-se à de um batedor de carteiras: a de que o guarda que o flagrou poderá ser subornado 

1919 

quinta-feira, 27 de abril de 2017

ALUNOS

Dois jovens canadenses de Toronto resolveram fazer o curso superior para corruptos. Terminado o curso foram instados pelo professor para dizer onde iriam demonstrar suas aptidões. Os dois responderam o Brasil. O professor ficou rindo por alguns minutos e após matriculou os dois num curso de pós-graduação.

SELVAGENS



Um navio soviético afunda. A tripulação salva-se, desembarca numa ilha próxima e é capturada por canibais que se preparam para jantá-los.

-- Camaradas canibais! -- diz o capitão. -- Vocês passaram por uma coletivização?

-- Não.

-- Passaram pelo culto à personalidade?

-- Não.

-- Comemoraram o jubileu de Lenin?

-- Não.

-- Então, por que são tão selvagens?

AN-POLIT1

O HOMEM DO FUTURO SOB O REGIME COMUNA



Como será a aparência do ser humano do futuro sob regime comunista?

- Ele vai ter mãos pequenas, pois não vai fazer nada com elas - as máquinas trabalharão por ele. Vai ter pés pequenos, pois não precisará andar - vai ser transportado por terra, mar e ar. Vai ter um estômago pequeno pois se alimentará de pílulas com muitas calorias. Também terá uma enorme cabeça, pois deverá pensar muito. Pensar como obter estas pílulas.

AN-POLIT1

O HOMEM DE SETE DEDOS

Hugo é um paraibano de trinta e seis anos, natural de João Pessoa e que nasceu com sete dedos na mão direita. Tem dois filhos pequenos e trabalha na construção civil como pedreiro. No momento está construindo sua própria casa nas horas de folga. Hugo é um exemplo de boa gente e trabalhador. Não vive de favores de compadres e escumalha, é honesto com seus sete dedos e, ao contrário de certos tipos que mesmo tendo apenas quatro dedos se locupletam com dinheiro público sem ficar rubros.

O MAIOR MENTIROSO

O alemão Walter Von Muller considerado o maior mentiroso do mundo de todos os tempos resolveu vir morar no Brasil. Desembarcou no Aeroporto Internacional de Brasília, fez um tour de 1h pelo salão, comprou passagem de volta e nunca mais foi visto.

POR LIVRE OBRIGAÇÃO

Paulino corria pelo campo aberto e de vez em quando olhava para trás. O suor descia pelo rosto, os pés doíam, os dedos faziam força para fugir dos sapatos. O sol ardia na pele e as bochechas estavam em brasas. Uma pequena brisa amainava um pouco o mal-estar do calor. Quando subia uma pequena elevação pedregosa teve que esquivar-se de uma cobra cascavel. Adiante se deparou com um encontro de escorpiões, tendo que dar saltos acrobáticos para escapar ileso. Passou por uma cerca de fazenda e foi recebido a tiros pelos peões. Vomitou de medo e cansaço. Depois atravessando um milharal foi corrido por porcos do mato. Olhou para trás e viu à distância homens montados em velozes cavalos vindos em sua direção. Não demorou muito para desmaiar diante de um muro de pedra. Foi logo alcançado pelos cavaleiros, medicado e levado de volta à cidade. Após ser lavado, vestido e perfumado, foi entregue à noiva na porta da igreja.

BIRD

Paulo resolveu mudar de vida. Completava trinta anos, era agora ou nunca. Entrou gritando no escritório da TV ALIANÇA: eu sou um pássaro, eu sei voar! Eu sou um pássaro, eu sei voar! Quero uma chance para mostrar! Todos pararam. Mais um louco, pensaram. Queria ele ser apresentado ao diretor artístico, sem perda de tempo. A secretária chamou os seguranças conforme determinou o diretor para colocá-lo fora do prédio. Ele não se deu por entregue. Antes da chegada dos brutamontes bateu os braços e saiu voando pela janela. Sorte dele que estava no térreo.

O DIVINO IMPERADOR

O Divino Imperador, cheio de pompa e cercado por duas centenas de guardas caminhava pela Avenida Imperial próximo do povo. Nas esquinas e praças, estátuas e fotos do ungido celestial. Sorria e acenava para seus súditos, adornado de diamantes e ouro; era adorado como um deus, todos se curvavam diante da sua presença. Naquele dia quando pisou nos primeiros degraus que o levariam ao palácio real o inusitado aconteceu: o Divino Imperador soltou gases e não foi só isso: cagou-se todo! No meio da multidão um republicano não se conteve e gritou: “Divino que nada! Cagou-se! Humano, demasiado humano!” Foi enforcado.

O DESENCARNE DO PERFEITO AVARENTO

Há muitos anos uma carta anônima recebida pelo Promotor Público Roberval Sintra levantou suspeita de envenenamento na morte do senhor Demóstenes Sotero, fazendeiro mais conhecido na sua cidade como o “perfeito avarento”. Homem de muitas posses, sua viagem sem retorno seria interessante para muitos parentes, mas não foi. Esperavam pela herança que não veio. Fez doação de todos os seus bens para suas amantes. Aos parentes, nada. O juiz Carlos Raul então determinou que o corpo fosse desenterrado para nova perícia. Cidade pequena, grande assunto. O povo, sempre curioso, invadiu o cemitério. Até parecia quermesse paroquial. Não faltaram vendedores de garapa, picolé e milho verde; moças de vestidos novos e lábios vermelhos. Quando foi aberto o caixão, surpresa para todos: O corpo estava deitado de lado, a língua de fora, como se estivesse assim para molhar os dedos e contar dinheiro. Em suas mãos havia milhares de reais em notas mofadas e puídas. Moedas de ouro pularam dos bolsos quando mexeram com ele. Alguns parentes, espichando os olhos, contavam com tristeza a pequena fortuna que poderia ser deles. Alguns até choraram. Porém nada foi constatado e o assunto foi encerrado. Passado alguns anos, os parentes em suas conversas reservadas lembram ainda com saudade doída daquelas notas, daquelas moedas...

DO CONTRA

“Já fui contra tudo e todos. Hoje não sou a favor de nada.” (Pócrates)

CONFIANÇA

“Confie no próximo sempre, mas esconda a carteira.” (Pócrates)

O OUTRO LADO

Pós- morte existe o outro lado. O lado de dentro do caixão. (Pócrates)

TARDE

“Descobri o sexo quando já estava nu. Aí não deu mais para ignorar.” (Pócrates)

IMPOSSIBILIDADE

“O inferno eterno é uma impossibilidade. A madeira e o gás são finitos.” (Pócrates)

COITADISMO PENAL por Flavio Morgenstern. Artigo publicado em 26.04.2017



(Publicado em http://sensoincomum.org)

A soltura do goleiro Bruno de Souza causou uma das raras unanimidades no país cada vez mais bipolarizado: direita e esquerda acharam um absurdo que o ex-goleiro do Flamengo, acusado de planejar e encomendar o assassinato de Eliza Samudio, ex-atriz pornô que engravidou do goleiro e queria dar à luz à criança e que o jogador pagasse pensão do filho. Seu corpo nunca foi encontrado, mas provavelmente foi espancada até a morte e posteriormente esquartejada, tendo suas mãos comidas por Rottweillers.

Como o presidente do PT Rui Falcão e o petista Alex Solnik consubstanciam à perfeição, um assassino frio que não demonstra o menor arrependimento ou qualquer sentimento de culpa ou remorso pelo assassinato, como o goleiro Bruno, só volta às ruas graças aos ditames do pensamento de esquerda.

É a esquerda que possui “teses” ou, na verdade, frases de efeito e cacoetes verbais como “cadeia não resolve”, “o importante é ressocializar”, “polícia mata”, “legalize o aborto”, “meu corpo, minhas regras” e outros bordões repetidos acerebralmente pela militância em 140 caracteres. É a esquerda que acredita que leis penais, mormente quanto a temas que envolvam crimes de sangue e correlatos, têm apenas o fito de “criminalizar os pobres” (em sua visão, todos criminosos), como o ex-favelado goleiro Bruno.

É o que se chama de coitadismo penal: a idéia do Direito Penal Abolicionista (pregada por Juarez Cirino dos Santos, advogado mais óbvio do ex-presidente Lula), ou do Direito Penal Mínimo como meio para se atingir o Abolicionismo (o Direito Penal Mínimo como fim, a separação extrema de penas entre crimes brancos e de sangue, é defendido, por exemplo, pela doutora Janaína Paschoal). Toda uma cultura baseada na idéia estúpida de que criminosos, incluindo assaltantes, seqüestradores e assassinos, são coitadinhos. A culpa seria da sociedade, e não dos criminosos.

A simples materialização de suas próprias teses, atacadas pela direita todo santo dia, faz com que a esquerda se indigne. Não com seu próprio discurso, mas com a injustiça absurda de um homicida que mata uma mulher para não pagar as contas do filho (preferia que Eliza Samudio o abortasse), negando-se a cumprir seu papel de pai de família.

Preferindo o prazer fácil, o hedonismo irresponsável e negando a “família tradicional”, o goleiro Bruno seguiu pari passu o que a esquerda prega, mas quando feministas, esquerdistas e progressistas viram o próprio Frankenstein que criaram, tão lindo e defensável em abstrato, tão absolutamente horrendo, fétido, abissal e sulfúrico quando adquire carne e osso nas tessituras da realidade concreta.

Assim que viram seu monstro, esquerdistas abandonaram o discurso do “crime é culpa do social” e de “cadeia deve reeducar” e exigiram o retorno do goleiro Bruno à prisão – não em busca de “reeducação”, mas de simples punição por seu crime, como qualquer pessoa dotada do super-poder de enxergar o óbvio quando esfregado no nariz sabe que é a função primordial de uma cadeia ao lidar com um homicida. Foi-se a defesa do aborto, a crítica à família tradicional, a noção transfigurada de que justiça é soltar criminosos, e não prendê-los: acreditando que “esquerda” e “feminismo” são o contrário do que são, todas passaram a defender o que a direita sempre defendeu, sem palavrinhas chics para universitários se sentirem “intelectuais”.

A esquerda, que tem sua revelação com um livro sobre juros, e hoje se refugia nas ciências sociais e na crítica literária, é hoje pura estética: palavras que geram uma reação imediata (daí seu vocabulário ora hiperbólico, como “fascista”, ora pornograficamente eufemístico, como “interrupção da gravidez”). Esquerdistas adoram o palavreado do coitadismo penal, mas são de todo incapazes de formar conceitos de suas palavras, extrair idéias de seus vocábulos, organizá-los em silogismos para repudiar idéias que soem verdadeiras, como “desigualdade social”, sem precisar concretizá-las à custo de sangue alheio.

Rui Falcão e Alex Solnik sabem o que fazem, e sabem que só usam um discurso para proteger seus cupinchas usando a militância como peões. Já os militantes, acham que têm o poder de fogo de um Rui Falcão ou Alex Solnik, mas são apenas buchas de canhão e peões cuja maior glória na vida é serem substituídos por peças que interessem mais a quem está jogando o xadrez a sério.

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* Flavio Morgenstern é escritor, analista político, palestrante e tradutor. Seu trabalho tem foco nas relações entre linguagem e poder e em construções de narrativas. É autor do livro "Por trás da máscara: do passe livre aos black blocs" (ed. Record). No Twitter: @flaviomorgen

A ÚNICA DIFERENÇA ENTRE LIBERAIS E CONSERVADORES EM TERMOS OPERACIONAIS por Adolfo Sachsida. Artigo publicado em 22.04.2017

(Publicado originalmente em institutoliberal.org.br, em 14/02/2014)
Num post anterior, fiz uma lista de pensadores liberais que talvez tenha causado a estranheza de alguns. Não foi descuido e nem obra do acaso. Aquele post tenta mostrar que o movimento liberal é bem maior do que alguns supõe. O liberalismo se caracteriza por sua defesa de três pontos: liberdade individual (respeito ao estado de direito), defesa da propriedade privada, e apoio a um sistema de preços de livre mercado. Todos que defendem esse conjunto de ideias são liberais. Contudo, entre os liberais existem divergências. Dessas divergências temos a formação de vários grupos dentro do movimento liberal. Grupos esses que estão entre os liberais clássicos (conservadores) e os ultra-liberais (libertários).
Num mundo que começasse do zero, certamente conservadores e libertários estariam separados, talvez até em pontas opostas. Contudo, o mundo já existe. Hoje, no Brasil, em termos operacionais, existe apenas uma única diferença importante entre liberais e conservadores: a descriminalização da maconha. Os conservadores são contra, os liberais são a favor. A rigor, os libertários pregam a descriminalização de todas as drogas. Contudo, em termos operacionais, me parece bem pouco provável que a liberação do crack e da heroína tenham espaço político para prosperar nas próximas duas décadas.
Vejamos a questão dos impostos. Eu, enquanto conservador, gostaria de manter a carga tributária ao redor de 20% do PIB. Os libertários são contra impostos obrigatórios, logo defendem uma carga tributária obrigatória de 0%. Suponha que um libertário vença as eleições, por acaso será possível reduzir a carga tributária brasileira dos atuais 36% do PIB para 0%? Óbvio que não, uma sociedade, para manter o estado de direito, não pode sofrer mudanças repentinas dessa magnitude. Logo, tanto um conservador quanto um libertário trabalhariam em conjunto para, gradativamente, irem reduzindo a carga tributária. Acredito que, em 2 décadas, sejamos capazes de reduzir a carga tributária para algo em redor de 20% do PIB. Só a partir desse ponto é que haveria discussão entre os libertários (que pressionariam por mais redução) e os conservadores (satisfeitos com o patamar tributário).
Vejamos a questão da propriedade privada e do sistema de preços via mercado. Novamente, hoje, em termos operacionais, não existe uma única grande diferença entre libertários e conservadores. Quando olhamos as discussões políticas que são feitas, os arranjos econômicos feitos pelos que estão no poder, e as propostas que tramitam no Congresso, fica evidente que a agenda libertária é extremamente similar a agenda conservadora. No Brasil atual não faz o menor sentido um conservador ser atacado por um libertário, ou vice-versa. Libertários e conservadores são, no Brasil atual, aliados óbvios. É simplesmente burrice desperdiçarmos o pequeno espaço que temos brigando entre nós mesmos. Ganharíamos muito mais com uma convivência pacífica, e lutando contra os movimentos contrários a sociedade aberta, do que brigando por questões que, no Brasil atual, sequer estão na agenda ou no espectro de possibilidades.
Para uma ideia ser boa não basta a mesma ser boa, ela precisa ser operacionalmente viável. No Brasil atual a única questão operacionalmente viável que separa liberais de conservadores é a liberação da maconha (que aliás é defendida por todos os partidos de esquerda). Vale a pena essa briga? Vale a pena dividirmos nosso pequeno efetivo para apoiar uma causa que, além de polêmica, só tende a fortalecer os inimigos da sociedade aberta? Não peço aos conservadores que apoiem a liberação da maconha. Não peço aos libertários que sejam contra a liberação da maconha. Peço apenas para que enxerguemos um espectro político maior: no Brasil atual nós somos nossos únicos aliados. Deixemos nossas brigas para, com sorte, daqui 20 anos.

HUMOR ATEU

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ÍNDIOS ESTUPRADORES

A Justiça do Acre condenou o índio Antônio José Moreira da Silva por ter estuprado uma menina de 11 anos. Que ele cumpra os 23 anos de prisão, ao contrário de Paulinho Paiakan, um cacique caiapó bajulado pela imprensa e condenado por estupro em 1992, ainda hoje impune.

Claudio Humberto

LULA, O NOVO MALUF

O desempenho do ex-presidente Lula em pesquisas para presidente, na disputa de 2018, reproduz um fenômeno eleitoral de Paulo Maluf, hoje deputado pelo PP-SP. Para o especialista Murilo Hidalgo, do instituto Paraná Pesquisas, “Lula é o novo Maluf”. Se for candidato, são grandes suas chances ser o mais votado no primeiro turno, mas sua rejeição muito alta inviabilizaria a vitória na disputa de segundo turno.

Claudio Humberto

MARIA LOUCA

Para onde se voltam seus olhos gananciosos?
Pergunta o povo Maria Louca.
O que vês além do baú do tesouro
E dos seus interesses mais mesquinhos?
Ou será medo da espada da justiça?
A nação das araucárias não mais te saúda Maria Louca,
E até as gralhas ficam repugnadas quando ouvem a tua voz.

A HORA

Sentado na sua cadeira de palha absorto está o ancião Demétrio.
Dentro do seu cérebro colidem lembranças de lágrimas, dores, emoções, alegrias e pássaros azuis.
Navegar foi preciso, e nem sempre esse navegar foi em águas calmas, mas Demétrio navegou.
Encarou os desafios, lutou.
Então nesse final de tarde seus olhos brilham pelos mares da vida percorridos, enquanto o porto descanso espera por ele.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

JANER CRISTALDO- ONDE ME DESCOBRI TRADUTOR



A vida é uma caixinha de surpresas. Em meus dias de piá no Ponche Verde, jamais imaginaria que um dia seria tradutor. E muito menos que minha primeira tradução seria do sueco. (As traduções do francês e do espanhol viriam mais adiante). Aliás, naqueles dias, nem imaginava que a Suécia existia. E que iria me atrair poderosamente, a ponto de um outro dia, bem mais tarde, fazer minhas malas e ir morar no paraíso dos Sveas.

Só mesmo sendo jovem para fazer a loucura que fiz. Deixei em Madri, chorando, a mulher que adorava, e rumei ao norte. Ela, também chorando, rumava ao sul. Tenho certeza que hoje não teria forças para repetir tal insanidade. Eu conhecera Estocolmo há uns vinte dias. Caí lá em dezembro, em plena noite nórdica. Quatro horas da tarde, noite profunda. Me senti em Plutão e era em Plutão que queria aterrissar. Eu fugia do Brasil e do Terceiro Mundo, do carnaval e do futebol, da miséria e do subdesenvolvimento. Henry Miller dizia que os verdadeiros problemas humanos só surgem depois de resolvidos os problemas do estômago. Queria conhecer aquela sociedade onde os problemas do estômago já haviam sido resolvidos.

Fui para não voltar. Estava irritado com o Brasil e desejoso de paraíso. Não que pretendesse abandonar a mulher que adorava. Pensava em levá-la para lá mais tarde, onde viveríamos juntos os verdadeiros problemas da condição humana. Mal cheguei, minha primeira providência foi encontrar um curso de sueco. Verdade que todo sueco fala inglês. Mas meu inglês era escasso. E eu queria falar a língua local.

Mas as razões que nos impelem a viajar nem sempre são as que alegamos como motivo de partida. Conscientemente, eu fugia de um continente militarizado, do Brasil, do samba e da miséria. As gaúchas recém começavam a libertar-se dos preconceitos de Roma, e eu tinha pressa. Sem falar que, na época, o mito sexual por excelência eram as “adoráveis louras nórdicas”. Quando o sol cai por trás dos fiordes, dizia uma atriz, só nos resta ir para casa e fazer amor. É para lá que eu vou, pensou este ingênuo que vos escreve.

Sim, ingênuo. Pois as suecas eram bem mais inacessíveis do que insinuavam os pacotes turísticos. Tanto que minha primeira “sueca”, de sueca nada tinha. Era uma brava cidadã soviética, de Ashkhabad, no Turcomenistão.

Tinha pômulos asiáticos e deles muito se orgulhava. Como língua comum tínhamos o sueco, do qual conhecíamos umas dez palavras. “Jag, vacker” — me confessava Gysel, indicando seu rosto. “Eu, bonita”. Acontece que eu partira em busca das louras vikings. “Du vacker i Ashkhabad”, respondi. “Tu bonita em Ashkhabad”. “Jag, mycket exotisk”, insistia a camarada. “Eu, muito exótica”. Em suma, acabei partilhando do gosto dos Sveas — que assim se chama aquela tribo que erigiu a Suécia — pelos rostos orientais. Gysel casou-se com um sueco. Não que lhe agradassem os branquelas do Norte. Ocorre que faria qualquer sacrifício para jamais voltar a seu universo soviético.

A adorável loura nórdica surgiu bem mais tarde, afinal elas não dão em cachos à beira da estrada, como imaginam os latinos. Encontrei-a em uma festa, num daqueles verões em que o sol jamais se põe e os suecos correm desvairados pelos florestas. A noite não caía, o dia não amanhecia e o vinho jamais findava. Olhando de hoje, vejo tudo como sonho. Naquela noite, corri nu atrás de uma sueca nua, numa noite branca como o dia, pelos bosques dos hiperbóreos. Deve ter sido sonho mesmo. Ou não. Afinal a ela está dedicado este livro.

Se bem me lembro, naquela noite que não era noite, ensinei os nórdicos a dançar samba, logo eu que detesto samba, o que deve dar uma vaga idéia de meu estado etílico. Summa av kardemuma, como dizem os suecos: acabamos coincidindo na mesma cama. Amor? Nada disso, era puro porre. Em todo caso, daquela coincidência — como direi? — quase geográfica, resultou uma cálida amizade que embalou meus dias junto ao Ártico. Lena, a quem eu chamava de Lena Lena — lena significa doce em sueco — iniciou-me nos melhores autores suecos, e a ela devo minha descoberta de Karin Boye e a tradução de Kalocain ao brasileiro.

Há viagens e viagens. Conheço não pouca gente que gosta de conhecer culturas primitivas, bugres em estado selvagem. São em geral pessoas que vivem em países civilizados, ou que imitam as que vivem em países civilizados. De minha parte, prefiro a civilização. Não vejo maior encanto em tais viagens. Até já fiz uma. Em dezembro de 1975, estive no Saara argelino, mais precisamente em El Hoggar, onde vaguei por quinze dias pelo deserto, guiado por tuaregues e harratines.

Foi uma viagem fascinante, devo confessar. Nas noites ao relento nas montanhas, tomei um porre de estrelas e quase fiquei surdo com o zumbido estridente do silêncio. Ouvir os tuaregues contando histórias em torno à fogueira, em meio a uma noite gélida, é também algo que não se esquece. Diria que as viagens que mais me encantaram foram esta e mais duas navegando pelos fiordes noruegueses. Mas do Assekrem só me restaram o silêncio das noites geladas, os vultos embuçados dos tuaregues e as silhuetas das montanhas. Nada trouxe da cultura tuaregue, muito menos de sua língua, o tamahak, que já nem a falam.

Quando viajamos à civilização, o legado é outro. Da Suécia, junto om as paisagens nevadas e as noites brancas, trouxe uma língua, trouxe uma cultura distinta, mais um pouco da literatura dos Sveas. Lá, me descobri como escritor. Eu havia lido pelo menos uns quinze livros sobre o país antes de partir. Mal comecei a juntar palavra com palavra com palavra, fui descobrindo um país que não me fora mostrado pelos autores que havia lido.

São estranhos os fatores que nos levam para lá ou para cá. Meus desejos de deserto começaram lá perto do Círculo Polar Ártico. Em um exercício de vocabulário de uma aula de sueco, soube que tinha como colega uma författarina. Isto é, uma escritora. Era uma suissesse elegante e charmosa, e chamava-se Federica de Cesco. (Em 2008, saiu um filme sobre sua vida, Der rote Seidenschal). Quantos livros havia escrito? Ah — me respondeu com certo enfado — mais de cinqüenta.

Fiquei com um pé atrás. Era bastante jovem, mais de cinqüenta livros me parecia um exagero. Nunca havia visto uma författarina de perto, muito menos uma que tivesse escrito meia centena de livros. Passei no apartamento dela. Em uns dois metros de estante, ela tinha algumas das traduções de alguns de seus cinqüenta livros. Meu ceticismo caiu por terra. Perguntei qual considerava o mais importante deles.

— Ah! Só escrevo best-sellers. Nada de importante. Mas gosto muito deste aqui.

Passou-me um livro sobre El Hoggar, o país dos homens azuis. Falava da geografia dos tuaregues e harratines que habitam o extremo sul da Argélia. Havia na obra um certo deslumbramento de europeu em visita ao Terceiro Mundo. Mesmo assim, o livro incitava à viagem. O que me espantou naquele momento foi encontrar alguém que vivia de escrever, escrevia muito e não dava importância alguma ao que escrevia. Estava em Estocolmo paga por sua editora, para criar uma novela ambientada em aeroportos internacionais. Federica me deixava pasmo. A ela devo minha opção pela escritura. Se esta moça — pensei com meus botões — escreveu mais de cinqüenta livros e acha que só escreve bobagens, vou escrever pelo menos um, que não considero bobagem. Assim surgiu O Paraíso Sexual Democrata.

Assim surgiu também o tradutor. Para preservar — e testar — meu sueco, mergulhei na tradução de Kallocain, editada pela eBooksBrasil, do infatigável difusor da boa literatura, o Teotonio Simões. O livro havia sido publicado em papel em 74, no Rio de Janeiro, pela Cia. Editora Americana. Mas a edição esgotou rapidamente e hoje a obra de Boye só pode ser encontrada em sebos, e olhe lá! Naquela tarde em que me despedi de Lena Lena em Arlanda, mais uma vez chorando, ela nem desconfiava que estava exportando Karin Boye para o Brasil.

O Paraíso decorre de uma estada em Estocolmo nos anos 71 e 72. Ou seja: do alto deste livro, quatro décadas vos contemplam. A Suécia é um país pequeno, mas dinâmico. Muda rapidamente. Quando lá vivi, as prostitutas eram vistas como uma espécie de assistente social e beber álcool nos bares era proibido. Hoje, quem busca uma prostituta pode ser preso. E o álcool, embora permaneça proibido nos supermercados, é servido em qualquer bar. Estocolmo ficou mais alegre.

O Brasil também mudou. Naqueles anos, até livrinho sueco dava cana cá entre nós. Daí minha insistência em mostrar a pornografia, que era livre na Suécia, e a nonchalance com que os jornais tratavam a temática sexual. Hoje, nestes dias de Internet, até a pornografia decaiu no Brasil.

O livro envelheceu. Mas permanece como uma foto do passado daquela nação boreal.

Janer Cristaldo
Agosto, 2012

JANER CRISTALDO- BATALHA NO JARDIM DO REI

BATALHA NO JARDIM DO REI


Por si os álamos, Alex, são apenas álamos altos. — Paulo Bisol, Os Álamos

12 de maio de 1971 é uma data histórica para muitos stockholmare, de profunda significação democrática. Técnicos em urbanização tentaram executar naquele dia uma decisão tomada após meses de planejamento: serrar quatro olmos centenários do Kungsträdgården (Jardim do Rei) para construir uma estação de metrô. Mal chegaram os operários encarregados do trabalho na praça, alguns freqüentadores impediram o “ato criminoso” e reuniram imediatamente, através de contatos telefônicos, uma pequena multidão. A polícia tentou intervir, inutilmente. Os estocolmenses permaneceram alguns dias em vigília cívica, fizeram fogueiras e compuseram canções. A terminal de metrô foi esquecida, árvore alguma foi derrubada. A partir do incidente foi elaborada uma peça teatral, gravou-se um long-play e um jornal foi criado, Almbladet, A Folha de Olmo. Os contestatários insurgiam-se contra os “abusos da tirania”. Algumas frases de Almbladet:
“A luta pelos olmos é também uma luta por uma democracia mais autêntica.”
“Serrar os olmos teria sido democrático? A salvação dos olmos foi uma vitória da democracia.”
Telegramas de todo o país, brevemente endereçados a Bosque de Olmos, Kungsträdgården, Estocolmo, felicitavam os amigos dos olmos pela “vitória contra a burrice e o abuso de poder”, pelas “exigências do povo contra a linguagem do poder”, pelo “violento golpe desferido à burocracia”. Outros desejam “êxitos na democrática luta pelos olmos”. Até hoje, a então fundada Sociedade Amigos dos Olmos mantém-se vigilante para impedir qualquer atentado feito às árvores em questão. Membros são escalados para vigiá-las 24 horas por dia. Em caso de qualquer ameaça, uma cadeia telefônica é rapidamente acionada para salvar os olmos e a democracia.
A batalha dos olmos foi liderada pelo grupo Alternativ Stad (Cidade Alternativa) que pretende salvar Estocolmo da fúria dos planejadores do trânsito e da indústria imobiliária. Stockholm ska vara bilfri, Estocolmo deve ser livre de automóveis, é sua bandeira de lutas. Sua primeira preocupação: devido ao desenvolvimento urbano, a cidade — construída sobre 14 das 34.000 ilhas do arquipélago — dispõe de apenas 80 metros quadrados de área verde por habitante. (Porto Alegre, com a mesma população, dispõe escassamente de um metro quadrado por cabeça.) Em 24 de agosto de 69, organizou-se o Dia sem Automóveis. Milhares de estocolmenses deixaram seus carros na garagem e saíram a pé pelas ruas, gozando o silêncio e a pureza do ar. “365 dias por ano sem automóveis”, “carros ou homens”, diziam os cartazes. Mas como a manifestação prolongava-se além do horário permitido pelas autoridades e iniciava a atrapalhar o tráfego de curiosos que observavam, de seus carros, o protesto, a polícia expulsou com violência os pedestres das ruas que cercam Sergeltorget.
Enquanto Alternativ Stad e simpatizantes lançam-se contra o automóvel e protegem os olmos, os últimos vestígios de individualidade ainda existentes em Svensson vão sendo eliminados através de um planejamento urbano e arquitetura concebidos exatamente para isso. “Planejamento urbano, diz Ingrid Jussil, ideóloga social-democrata, precisa enfatizar o coletivo. Podemos conseguir isto forçando o povo ao contato um com outro. Desta forma, podemos, por exemplo, socializar a criança desde pequena. A sociedade tem que decidir como o povo deve viver.”
“Após a revolução de 17, os russos forçaram habitantes da cidade e do campo a viver em imensos blocos de apartamentos. Esta política não só facilitava a espionagem e controle como também encorajava um modo coletivo de pensar. As casas privadas foram banidas, pois poderiam encorajar o individualismo burguês.” (9) Da mesma forma, a casa é vista com maus olhos na Suécia. A municipalidade, através de legislações sucessivas, atribuiu-se a si o direito de aprovação e eventual alteração dos projetos de construção, como também a prerrogativa de decidir quem vai construir e o que será construído.
Segundo Lennart Holm, diretor-geral da Superintendência do Planejamento Nacional, “imóveis isolados são prejudiciais. Encorajam a estratificação social, e queremos evitar isso. Não podemos permitir que o povo preserve suas diferenças. O povo precisa renunciar ao direito de escolher seus próprios vizinhos.”
Os ideólogos social-democratas consideram a arquitetura e planejamento urbano como instrumentos para transformação da sociedade na direção estabelecida pelo partido. “Arquitetura — diz Huntford, com a anuência dos arquitetos — tornou-se um instrumento do Estado e agente de sua ideologia. A função do arquiteto é oficialmente definida como modificar a sociedade.”
Svensson é coagido — tanto através dos círculos de estudo da ABF como da política de concessão de créditos para construção da casa própria — a optar pelos centros de serviços coletivos. Tais centros são quarteirões autônomos com lojas, farmácias, restaurantes, cafés e uma praça central. Os edifícios possuem centros de lazer, creches, restaurantes e instalações para lavagem de roupas, de uso comum de seus moradores. “Nosso sistema educacional visa a socializar o povo em idade ainda tenra — diz o prof. Bror Rexed. — E aos jovens repugna a idéia de casas privadas longe do centro. Eles aprenderam que isolamento não é bom e querem transferir-se para o centro.”
Huntford relata uma conseqüência caricatural desta política. EmSvappvaara, já além do círculo polar Ártico, onde a densidade populacional é de um habitante por milha quadrada, foi criada uma cidade cujo centro é um comprido bloco de apartamentos de quatro andares e mais de 200 metros de ponta a ponta. Em 65, Svappvaara abrigava 600 pessoas. Espaço não faltava para casas, jardins e sítios. Mas, conforme declarações de um jovem arquiteto da Superintendência do Planejamento Nacional, “viver em casas separadas provoca isolamento e restringe os contatos. Eu estou interessado na vida coletiva e quero ver isso difundido. Removendo as facilidades do lar e transferindo-as para dependências coletivas, pode- se forçar o povo a viver em comunidade. Então eu quero ver mais restaurantes coletivos, onde todos comem juntos. Não existe nada tão isolante como a refeição familiar feita em conjunto, entre quatro paredes”.
Ainda segundo Huntford, o arquiteto sueco não é mais um artista, mas um sociólogo. A estética é sacrificada em favor da funcionalidade. “Uma arquitetura anônima deve ser a conseqüência lógica de um estilo anônimo de vida.” O jornalista sul-africano reforça sua tese citando o arquiteto T. Ahrbohm:
— Simpatizo com a arquitetura anônima e desaprovo construções que são monumentos a quem as concebe. Housing não é a expressão da personalidade de um arquiteto, mas um instrumento da sociedade. Deve promover mudanças.

 DA OBRA  O PARAÍSO SEXUAL DEMOCRATA-JANER CRISTALDO- 

H. L. MENCKEN - TIPOS DE HOMENS- O ROMÂNTICO

Há uma variedade enorme de homens cujo olho inevitavelmente exagera o que vê, cujo ouvido ouve mais do que a orquestra toca e cuja imaginação duplica ou triplica as informações captadas por seus cinco sentidos. É o entusiasta, o crédulo, o romântico. É o tipo do sujeito que, se fosse um bacteriologista, diria que uma mísera pulga é do tamanho de um cachorro São Bernardo, tão bela quanto a catedral de Beauvais e tão respeitável quanto um professor de Yale. 

1918

LAÇANDO O VENTO

Raimundo e Anselmo, por sinal mui valentões e corajosos, decidiram agora na sexta de carnaval que iriam laçar o vento. Foram ao campo nos pampas munidos do melhor em corda e laço, também reforços nos punhos. Pois quando o dito arreganhou-se foram para cima dele. Não deu outra: Raimundo foi encontrado congelado no Everest e Anselmo caminhando sem rumo na Nova Zelândia.

SETEMBRINO

Setembrino morreu no manicômio aos sessenta anos. Após sua morte os médicos especialistas o desmontaram para estudá-lo, mas não conseguiram juntá-lo novamente. Então ficou claro para todos que era verdade o que diziam dele: Setembrino tinha realmente um parafuso a menos.

TRAÇO

A traça solteira pegou uma caneta e fez um traço. Pronto, arranjou um marido.

SONHOS

Heraldo foi dormir cheio de sonhos. Acordou com a cama infestada de formigas.

NÃO SE META

A ponte, o rio veloz lá embaixo, a névoa e o desejo de saltar. O homem salta, bate n’água, um barco que passava salva o suicida. O homem balança a cabeça, xinga e quer bater no pescador que o salvara, fica fora de si ,queria morrer. O pescador não se faz de rogado; saca do revólver e o mata com dois tiros. Pegou quinze anos por matar um suicida.

PARDAL

Há um pardal na minha janela
Que não é o Professor Pardal.
Divirto-me com esse bichinho manso
Que me ensina coisas.
Mostrando-me, por exemplo,
O quanto pode ser belo na sua rotina
Esse animalzinho tão comum e singelo,
Que fica a ciscar aqui e ali
Para saciar seu estomagozinho.

NO PAÍS DOS OVOS VIRADOS

No país dos ovos virados
A chuva planeja sair da terra,
Os rios pensam em correr para cima,
Eleitores mais ou menos corruptos desejam continuar elegendo corruptos completos.
No país dos ovos virados,
O diploma universitário pela qualidade de tantas será papel de embrulho.
E só nos falta agora os filhos parirem os pais,
Bandidos serem os carcereiros de suas vítimas,
E policiais serem açoitados pela audácia suprema de prender e eliminar ladrões.

O SONO DO SONSO

O sono do eleitor sonso
É um sono pesado
E quase sempre quando o sonso acorda do seu sono
A vaca já foi para o brejo.

BAH!

Com sangue até nos ossos,
O assassino pago beija suas crianças,
Carrega compras de uma velhinha,
E dorme sem precisar contar carneirinhos.
Esse é o estágio que atingiram
Alguns seres racionais.

OS BICHOS

Na floresta disse bem o orador papagaio
Somos felizes vivendo como bichos livres
Não temos  governo
Não vivemos sob leis absurdas
Também não somos vítimas de impostos escorchantes
Que se danem os racionais!

SEM LEITE

“Sim, sou um azedo. A minha mãe não tinha leite, então enchia minha barriguinha de suco de limão.” (Limão)

REJEITADO

“Sou rejeitado por todos. Até mesmo pelo mosquito da dengue.” (Limão)

NA PRIVADA

“Pelo que vejo o meu lugar no mundo é na privada.” (Limão)

DIVERTIDA CIÊNCIA, A CONTEMPORÂNEA- JANER CRISTALDO- ABRIL 2012

Cientistas descobriram que as mulheres podem ter orgasmos apenas com relações sexuais, dispensando a estimulação do clitóris. E que estes dois orgasmos são totalmente diferentes. As informações são do jornal britânico Daily Mail. Mais um pouco os cientistas acabam descobrindo a América. Descobriram também que o ápice do prazer sexual da mulher acontece no cérebro, que transmite sensações no corpo. Mais um pouco e descobrirão que sem cérebro não há prazer sexual. O que me lembra uma antiga piada, a do cientista português. Cortou as pernas de uma pulga e mandou a pulga pular. A pulga não pulou. Conclusão óbvia: as pulgas têm os ouvidos nas pernas. As pesquisas científicas contemporâneas – ou ditas científicas – me divertem. 

Que se pesquise o desconhecido, entendo. Daí a pesquisar o óbvio, vai uma longa distância. Segundo o artigo, o primeiro anatomista a fazer referência a essa parte do corpo feminino foi Ronaldo Columbus, em 1559, quando o descreveu como a “cidade do amor”. Se assim foi, o Ocidente descobriu tarde a América. No Kama Sutra, escrito entre 100 e 400 d.C., Vatsyayana já conhecia esta cidade. Consta que o filósofo francês René Descartes, 100 anos depois de Columbus, achou que tivesse feito a descoberta. Não duvido. Para quem concluiu que só existia porque pensava, nada de espantar. Para ele, sem o prazer clitoriano, as mulheres não se submeteriam à maternidade. Ou seja, o pensador francês desconhecia aquele outro prazer, que alguns cientistas parecem ter redescoberto agora. 

Deve ter mantido uma respeitosa distância das mulheres em sua vida. Depois disso, o clitóris teria caído no esquecimento por muitos anos, até que em 1884, George Cobald publicou uma série de desenhos que não poderiam mais ser negligenciados pela ciência. Ora, desenho não prova nada. Fosse uma foto, vá lá. Posso muito bem desenhar um centauro. Ou um anjo. Melhor seria observar o fenômeno in loco. O que não parece ter ocorrido a Cobald. Mas deixemos a cidade do prazer em repouso. Os cientistas, infatigáveis, continuam afirmando bobagens. 

Leio no jornais de hoje que babuínos aprenderam a 'ler' em um experimento, isto é, conseguiram distinguir entre palavras verdadeiras e seqüências aleatórias de letras na tela do computador. Cientistas da universidade Aix-Marseille, na França, conseguiram treinar meia dúzia deles para que reconhecessem quando letras na tela de um computador formavam uma palavra de verdade e quando eram só sequência sem sentido. Os babuínos foram treinados para usar telas de computador sensíveis ao toque. Diante deles apareciam palavras sempre com quatro letras (por exemplo: “wasp”, vespa) ou então combinações artificiais de quatro letras que não eram palavras.

 Os macacos passavam por sessões de teste que incluíam 25 apresentações de uma nova palavra, 25 palavras já aprendidas e 50 pseudopalavras. Se acertassem uma palavra, recebiam uma recompensa de comida. Após o treino, os bichos alcançaram precisão em torno de 75% nos testes. Os babuínos, suponho que de boa cepa francesa, após treinamento de um mês e meio, receberam palavras em inglês, sendo algumas delas inexistentes. Surpreendentemente, os macacos souberam distinguir o que fazia ou não sentido. Os babuínos não estavam lendo, pois não sabiam o significado do que estava escrito. Mas os resultados mostram que eles dividem as palavras ao invés de apenas memorizar seu formato como um todo, explicou Grainger. 

Perguntinha de quem não entendeu bem o teste: que é uma falsa palavra? A meu ver, palavra nenhuma é falsa. É palavra ou não é palavra. Um conceito pode ser falso, uma definição também. Mas toda palavra, por estranha que soe, é uma palavra. Pode ser desconhecida para quem a lê. Mas continua sendo palavra. Na Folha de São Paulo, tivemos o caso célebre, não de um símio, mas de uma jornalista, que desconhecia a palavra soez, pronunciada por Fernando Henrique. Nem por isso a palavra deixava de existir. Jonathan Grainger, o principal autor do estudo, tenta estabelecer a principal diferença entre palavras e pseudopalavras. Reside no número de vezes que certas combinações de letras aparecem. Assim, por exemplo, a seqüência ‘wa’ pode ser vista mais várias vezes, em palavras como walk, ward e wall, diz o especialista. Já as seqüências ‘wr’ ou ‘wh’ são mais raras no inglês. 

Seriam então pseudopalavras? Ora, não queiram os cientistas me convencer de que os babuínos franceses eram poliglotas. Se até mesmo Monsieur Dupont desconhece palavras rudimentares do inglês, me permito duvidar que um símio as reconheça. E se na telinha estiverem reproduzidas palavras como struldbrugs, tramecksan, slamecksan ou houyhnhnms? Duvido que os macacos as reconheçam, já que certamente milhões de franceses as ignoram. E no entanto existem. Neste sentido, qualquer neologismo não seria palavra. Mas neologismo é palavra, ao mesmo título que as demais. Se um macaco reconhece uma seqüência de duas letras, isto não quer dizer que esteja reconhecendo uma palavra. Memorizou uma forma gráfica. 

Mais ou menos como mostrar círculos e quadrados e recompensar o reconhecimento de uma destas formas com alimento. Há um secreto desejo, entre os cientistas contemporâneos, de conferir alguma parcela de humanidade a animais, particularmente aos símios. (Já nem falo dos cães, que hoje gozam de mais estima entre os seres humanos que os próprios seres humanos). Há campanhas internacionais querendo conferir personalidade jurídica aos grandes primatas. Nos anos 70, não faltou uma antropóloga desvairada que pretendia conferir personalidade jurídica aos gorilas. A meu ver, os gorilas não foram consultados. 

Não sei se prefeririam submeter-se aos direitos e deveres que uma personalidade jurídica implica, tais como trabalhar para ter direito a um salário, suar o topete para garantir saúde e habitação, submeter-se às normas do Direito de Família para constituir prole e incomodações outras típicas do Homo sapiens. Sem ser gorila e portanto sem conseguir pensar como pensaria um gorila – se capaz de pensar fosse – intuo que aqueles primatas prefeririam continuar pastando tranqüilamente em suas selvas do que submeter-se à condição de um cidadão cercado por direitos, mas também por deveres. A moda, como todas as modas que vêm do Primeiro Mundo, contaminou este nosso Terceiro. Entre nós, um certo Dr. Alfredo Migliore quer que nossos juízes reconheçam que os grandes primatas têm direitos básicos de serem respeitados e que de uma vez por todas devemos aceitar que o ser humano não é o único dono deste universo. 

 Pode até não ser, mas é o único que entendeu suas leis e o domina. Ao descobrir a palavra, o Homo sapiens passou a designar – e a reconhecer – objetos. Daí ao sujeito, predicado e objeto foi um passo. Um dia descobriu o alfabeto. Foi um upgrade eficacíssimo, as palavras podiam então ser registradas, permaneciam no tempo, e a comunicação dispensava a voz. Os símios, por mais que pretendam os cientistas, não falam, não reconhecem palavras e continuam pendurados pelo rabo nas selvas, ou vivem de caridade pública nos zoológicos. Que tenham algumas habilidades, isto não se discute, todo animal tem seus instrumentos para sobreviver. Não se trata de negar inteligência aos animais. Mas é uma inteligência curta, pragmática, que serve para o comer e habitar. Em suma, para sobreviver. O homem vai mais longe. Quer arte, ciência, filosofia, tecnologia, conforto, gastronomia. Não pretendam os cientistas de Marselha que um símio leia francês e inglês. Conhecemos – e de perto - homens de Estado que não chegaram lá. Divertida ciência esta nossa, que descobriu que o prazer sexual não é apenas clitoridiano e que símios memorizam grafismos. Abril 13, 2012

COM O NADA

“O meu encontro com o nada resultou numa grande perda de tempo.” (Mim)

SOBRE VOTOS

“Se Roosevelt achar que converter-se ao canibalismo pode lhe render votos, mandará engordar um missionário no quintal da Casa Branca.” -H.L. MENCKEN

MESTRE YOKI

“Mestre, onde fica o inferno?” 
“Sobre o teu pescoço.”

ANDREA

"Escrevo para pensar de forma mais clara, não para convencer alguém do que quer que seja." (Andrea Faggion)

Professora Associada do Departamento de Filosofia da Universidade Estadual de Londrina.andreafaggion

MESTRE YOKI

“Mestre, por que os pardais são felizes?”
“São felizes por que não cantam bosta nenhuma e sua cor é sem graça. Caso fossem coloridos e canoros seriam perseguidos e encarcerados.”

QUE FIM LEVOU HUITZILOPOCHTLI?

Onde fica o cemitério dos deuses mortos? Algum enlutado ainda regará as flores de seus túmulos? Houve uma época em que Júpiter era o rei dos deuses, e qualquer homem que duvidasse de seu poder era ipso facto um bárbaro ou um quadrúpede. Haverá hoje um único homem no mundo que adore Júpiter? E que fim levou Huitzilopochtli? Em um só ano — e isto foi há apenas cerca de quinhentos anos — 50 mil rapazes e moças foram mortos em sacrifício a ele. Hoje, se alguém se lembra dele, só pode ser um selvagem errante perdido nos cafundós da floresta mexicana. Falando em Huitzilopochtli, logo vem à memória seu irmão Tezcatilpoca. Tezcatilpoca era quase tão poderoso: devorava 25 mil virgens por ano. Levem-me a seu túmulo: prometo chorar e depositar uma couronne des perles. Mas quem sabe onde fica? (…) Arianrod, Nuada, Argetlam, Morrigu, Tagd, Govannon, Goibniu, Gunfled, Odim, Dagda, Ogma, Ogurvan, Marzin, Dea Dia, Marte, Iuno Lucina, Diana de Éfeso, Saturno, Robigus, Furrina, Plutão, Cronos, Vesta, Engurra, Zer-panitu, Belus, Merodach, Ubililu, Elum, U-dimmer-an-kia, Marduk, U-sab-sib, Nin, U-Mersi, Perséfone, Tammuz, Istar, Vênus, Lagas , Belis, Nirig, Nusku, Nebo, Aa, En-Mersi, Sin, Assur, Apsu, Beltu, Elali, Kusky-banda, Mami, Nin-azu, Zaraqu, Qarradu, Zagaga, Ueras. Peça ao seu vigário que lhe empreste um bom livro sobre religião comparada: você encontrará todos eles devidamente listados. Todos foram deuses da mais alta dignidade — deuses de povos civilizados —, adorados e venerados por milhões. Todos eram onipotentes, oniscientes e imortais. E todos estão mortos. — H. L. Mencken

ESCULHAMBAÇÃO

“Governo bom, sério e equilibrado o Brasil nunca teve. Sempre houve um rodízio dos mais ou menos. Mas o PT resolveu esculhambar.” (Eriatlov)

“Lula guru? Será que mesmo os parvos ainda se refletem nesse espelho?” (Eriatlov)

INSOSSA

“Proibido o carboidrato; o açúcar; o sal; a gordura; a cerveja e o refrigerante. Pra serve estão esta merda de vida sem prazer? Para viver duzentos anos sem graça? Sou contra todo tipo de exagero, mas sem uns pecadinhos a vida se torna insossa.” (Eriatlov)

MÃO GRANDE

“Não conheço governo sábio e austero. Até o momento só conheci governo ladrão.” (Eriatlov)

SOFRÍVEL

“Dilma não foi, não é e nunca será alguém que mereça a minha sincera atenção. Seu intelecto é sofrível, só faz babar mesmo analfabetos funcionais.” (Eriatlov)

AZARADOS

“O povo vota, escolhe e tem os políticos que merece ou somos azarados?” (Eriatlov)

MAL-INFORMADO

“Sem dúvida o melhor noticiário para você ficar bem mal informado é o Jornal Nacional.” (Eriatlov)

terça-feira, 25 de abril de 2017

FILA DUPLA

Parado em fila dupla e piscando ali fica
Tendo nos seus miolinhos que é dono da rua
E quando cobrado da safadeza por outros cidadãos
Tem ainda a petulância de ficar exasperado
Como se certo estivesse.
Perto de tal jumento é melhor guardar distância
Pois além de receber algum pataço,
Existe o risco de ser contaminado pela ignorância.

MEDIEVAIS

Muitos são os estúpidos
Inocentes quase sempre os escolhidos
O trânsito está repleto de medievais
Urrando e prontos para machucar.

DEMAIS

Serpentes nas paredes
Esquilos saindo da televisão
Um jacaré na banheira
Baratas fritas e salgadas postas mesa
Um canguru consertando o encanamento
Um urso e um tigre jogando baralho na varanda
Macarrão de minhocas em molho branco
Carne em alho e óleo diesel
Bichos da goiaba em duelo de espadas
Minha sogra dando um elogio
Meu cunhado indo trabalhar
O vizinho carrancudo dizendo bom dia
Um político de um partido político honesto na porta
Mulher pode dobrar a dose do remédio
Senão enlouqueço
São muitas alucinações para um homem só.

“Resultado do meu exame de coração: Bacon 10 x Artérias 1.” (Fofucho)

“A tutela do estado só serve para seres menores. Passarinho sabido gosta mesmo é de voar.” (Filosofeno)
“O pior inimigo é aquele que bem te conheces.” (Filosofeno)
“É necessário filtrar informações para preservar o próprio bem-estar. Notícias de sangue são irrelevantes.” (Filosofeno)
“Há homens bons e homens maus. Os bons são fáceis de identificar, já os maus dão mais trabalho, pois andam sempre maquiados.” (Filosofeno)
“Um relacionamento que se expressa entre tapas e beijos tem tudo para terminar em tragédia.” (Filosofeno)
“O melhor amigo do homem é a ocupação.” (Filosofeno)
“Os defeitos são mais notados que as virtudes. O lado ruim sempre leva vantagem.” (Filosofeno)

Perdoa-me por me traíres. Coluna Carlos Brickmann

EDIÇÃO DOS JORNAIS DE DOMINGO, 23 DE ABRIL DE 2017
Se quiser conhecer o caráter de um amigo, perca o poder. Lula, que manteve os maiores empreiteiros do país como companheiros nos quase 14 anos de governo do PT, sofre agora em suas mãos. Emílio Odebrecht já colocou em toda a sua gestão a suspeita de só agir pensando em propinas. E Léo Pinheiro, da OAS, com quem, já fora da Presidência, mas com Dilma em seu lugar, conversava nos fins de tarde, em caprichadas happy-hours, entregou-o impiedosamente: não só disse que Lula era o dono oculto do famoso apartamento no Guarujá, mas também que o ex-presidente lhe pediu que destruísse provas das propinas entregues ao tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. É uma acusação que, se comprovada, configura obstrução de Justiça, e pode justificar uma ordem de prisão (foi por algo assim, embora menos específico, que Marcelo Odebrecht parou na cadeia).

Vaccari - ele e José Dirceu, reconheçamos, ficaram fiéis ao chefe, mesmo tendo ele perdido o poder, mesmo presos. Não aceitaram virar delatores para livrar-se de sentenças duríssimas. Já Antônio Palocci teve outro comportamento: disse muito, sem delação premiada, e se ofereceu em público para contar ao juiz Sérgio Moro "muito mais coisas" de interesse da Lava Jato, cuja investigação "levará um ano de trabalho".

Michel Temer acaba de sancionar a lei que cria o Dia Nacional do Perdão. Perdão? Difícil: aproveita-se a delação, mas despreza-se o delator.

Tudo em público

É importante conhecer as condições em que Palocci depôs e as palavras exatas de sua proposta ao juiz Sergio Moro. Ele não fez delação premiada. É processado por lavagem de dinheiro e corrupção ocorridas na entrega, à Odebrecht, de contratos com a Petrobras de afretamento de 29 sondas; e por pagamentos em caixa 2 para João Santana e Mônica Moura, o casal de marqueteiros do PT (e de candidatos de esquerda em vários países latino-americanas, apoiados pelo partido, com financiamento da empreiteira).

O alvo oculto

Palocci começou seu depoimento surpreendendo o partido com fartos elogios à Lava Jato - abominada pelo PT. Respondeu tranquilamente às perguntas de Moro, e terminou oferecendo ao juiz "nomes e operações do interesse da Lava Jato."

Segue-se a frase completa: "Todos os nomes e situações que optei por não falar aqui, por sensibilidade da informação, estão à sua disposição o dia que o senhor quiser".

Siga o dinheiro

Por que é importante saber exatamente o que Palocci disse?

Por dois motivos: primeiro, as delações premiadas de 78 dirigentes da Odebrecht, organizadíssimas, já trazem nomes e informações de interesse da Lava Jato, e foram completadas pelo devastador depoimento de Léo Pinheiro, da OAS. Que restaria acrescentar ao dossiê empreiteiras? Segundo, Palocci sempre foi, desde a primeira campanha presidencial de Lula, o encarregado do relacionamento do PT com os meios financeiros.

Estaria Palocci, com seu pedido público de delação premiada, advertindo os bancos de que abandoná-lo quando perdeu o poder talvez não seja uma boa ideia? O poder passou, mas a memória continua.

Talvez Palocci nem pense nisso. Mas a possibilidade de que possa pensar nisso é suficiente para deixar preocupados os donos do dinheiro.

Um dia de problemas

O depoimento de Palocci, caso seja aceita sua proposta, não assusta só os donos do dinheiro. Para o PT, o risco é alto: até agora, o partido foi atacado na Lava Jato e operações conexas por "companheiros de viagem", aliados eventuais mas não gente de dentro. Palocci é do núcleo duro.

Mas o que mais irritou os petistas foi o depoimento de Léo Pinheiro. Primeiro, por reforçar a tese de que o apartamento no Guarujá e o sítio de Atibaia são de Lula, enquanto Lula sustenta que nem o apartamento nem o sítio são seus. Segundo, por oferecer um motivo novo para que Lula seja preso, a obstrução das investigações. O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, acusou Léo Pinheiro de ter contado uma versão, criada de acordo com os promotores, para sustentar a tese de que Lula é o dono do apartamento do Guarujá. "A versão fabricada de Pinheiro foi a ponto de criar um diálogo - não presenciado por ninguém - no qual Lula teria dado a fantasiosa e absurda orientação de destruição de provas sobre contribuições de campanha, tema que o próprio depoente reconheceu não ser objeto das conversas que mantinha com o ex-presidente", diz Zanin em nota oficial.

Lula, o verdadeiro

Lula, façamos justiça, falou a verdade, embora muitos duvidassem dele. Sempre disse que o apartamento triplex no Guarujá era do Amigo e que o sítio de Atibaia era do Amigo. Agora, com as delações da Odebrecht, ficamos sabendo qual o apelido de Lula na empreiteira: Amigo.

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Twitter: @CarlosBrickmann