quarta-feira, 28 de junho de 2017

MALFEITORES

Há malfeitores de toda ordem que transitam no mundo para prejudicar outros e tentar viver na boa vida, embora às vezes percam anos da existência nos Spas dos governos. O caso é que na Rua das Américas mora a família dos Ribas Salustianos, larápios desde o ventre da santa mãe, onde irmãos gêmeos se roubavam entre si; dito então que ladrões do qual nada escapa, pavor de vizinhos e mesmo de alguns parentes.  Pois conto que o vagalume Teodoro foi passear no quintal dos tais na tarefa de embelezar mais o mundo das noites junto da lua e das estrelas, porém teve o desprazer de sair de lá sem a sua lanterna na bunda. Os Ribas Salustianos são elementos da ralé e não perdoam nem mesmo bunda de vagalume. Barbaridade!

QUIETO E VIVO

Tirson chegou de madrugada, tomou banho, foi para o quarto e acendeu a luz. Na sua cama, ao lado de sua mulher dormia o Zecão Pavoroso com o revólver na mão. Zecão acordou e pediu o que ele queria. Tirson disse que veio ver se ele precisava de algo, talvez um suco ou uma cerveja. Pediu até se ele não queria trocar de travesseiro.  O Pavoroso disse que só queria dormir, nada mais. Tirson pegou então um colchonete, apagou a luz e foi dormir no canil.


FAMÍLIA

Tive pai e mãe até o dia em que minha mãe fugiu com o vizinho chamado Ruan, isso quando eu tinha doze anos. O meu pai ficou com a vizinha mais por raiva e também porque já não tinha mais nada para fazer, além de juntar os seus quatro filhos com os sete filhos dela, o que acabou fazendo da nossa casa um albergue dos diabos, com colchonetes até no banheiro e uma falta de tudo, até mesmo do sempre abundante pão com bananas, que verdade seja dita, era o cardápio dos dias de semana e também aos domingos. Mas nada disso é tão importante como o fato da mulher gritar mais que pastor em culto de arrecadação e não dar sossego e nomes aos filhos dela, pois meu pai  sabia dar nome aos filhos; João Paulo, André Rodrigo são nomes comuns, já os irmãos ganhos na roleta russa da vida se chamavam Werlilaine, Wermenton, Wirton, Wurtenson, Wesllei, Wasvanesca e Wislon; que é diabo a carregue com tanto W. O caso que ninguém mais conseguia ler ouvir rádio ou assistir TV gato tamanho era o amontoado de gente naquele casebre de quatro por nada, pois até o gato e os cachorros fugiram para o bairro vizinho, pois nem eles suportaram o inferno em que estávamos todos metidos. Havia brigas para poder comer, tomar banho no tanque; não havia chuveiro, lavar o rabo e tudo mais era difícil. Foi o que me fez fugir de casa com treze anos para nunca mais voltar. Na verdade foi minha sorte, pois soube que meu pai teve mais três filhos com a louca adoradora de w, embora o Wirton tenha morrido,de pneumonia dupla o pobre diabo. O caso é que nem posso aqui do norte imaginar a dificuldade de convivência naquele pequeno universo de barrigudos verminados e mais feios que temporal em alto mar.



FOI

Quando Joel completou trinta e três anos viu uma luz e dentro dela uma voz que dizia ‘vá!’. Ele foi, errou um degrau, caiu da escada e quebrou o pescoço. Foi mesmo.

CONTANDO

Desde cedo da manhã o velho seu Zacarias sentado na porta da igreja contava um, dois, um, dois, um, dois...Passou Antenor e pediu: Por que um, dois? Seu Zacarias olhou para ele; um, dois, três... um dois, três...um, dois, três...




MESTRE YOKI

“Mestre, por que elegemos tantos corruptos eleitos em nosso país?”
“Talvez por ignorância, talvez por semelhança.”

MESTRE YOKI

“Mestre, o senhor acredita em Deus?”
“Só vendo.”

OUTUBRO DE 2018, A LAVA JATO ELEITORAL por Percival Puggina. Artigo publicado em 28.06.2017



Há mais de meio século estudo e acompanho a política brasileira. Vivi, inclusive, períodos de participação ativa no final do século passado. Confesso que nunca observei algo que guarde analogia com o que estamos presenciando nestes desregrados anos. Tensões, conflitos, antagonismos são disponibilizados a quem participa da política com a mesma assiduidade com que o pão comparece à mesa do café da manhã. Esse serviço diário é proporcionado pela disputa do poder e encontra sua síntese nos alinhamentos de governo e oposição. Em países que se dizem democráticos, sem a hipocrisia dos hierarcas cubanos e venezuelanos, sempre há um governo e sempre há uma oposição livre. Os cidadãos, naquilo que lhes corresponde, reconhecem essa polarização identificando-se com algum dos lados.

O Brasil destes inusitados dias é curiosa exceção. Há governo, há oposição, mas ampla maioria da sociedade, se pudesse, botava os dois blocos no olho da rua. A polarização se tornou jogo meramente institucional, em cujos desdobramentos, inclusive, são rotineiros os momentos de convergência e recíproca proteção sempre que interesses escusos estão sob ameaça. Nestes casos, as ideologias são mandadas às favas e se estabelece, sólida, a sociedade dos celerados. A nação - militantes à parte porque formam uma categoria social distinta - percebe os fatos e se distancia dos polos políticos. É baile de cobra onde não se entra sem perneira. A rede com que se captura a confiança dos eleitores tem rombos pelos quais até baleias transitam.

Inusitado, também, o desalento nacional perante as estruturas do poder político. Insistentemente tenho escrito sobre a irracionalidade do nosso modelo institucional, sua fertilidade em gerar crises e incompetência para resolvê-las sem gravíssimas sequelas. Em linguagem farmacológica, nossos remédios institucionais são estranhos placebos, com paraefeitos que se agravam quando as sessões dos tribunais superiores são submetidas ao crivo da opinião pública. Definitivamente, eles não se ajudam quando metem os pés políticos pelas mãos jurídicas.

Além da tela do computador com o qual escrevo, além da touch screen do telefone celular, há um mundo nada virtual, bem real, clamando por ordem, justiça e atenção às suas necessidades básicas; há todo um setor produtivo carecendo de estabilidade, credibilidade e capacidade de investimento. Nosso país é um gigante geográfico e populacional onde solavancos políticos afetam a vida de milhões de pessoas. E nós estamos enfrentando terremotos. É desde essa perspectiva, tomado por desalento em relação às urgências nacionais, como as reformas ora em debate e as político-institucionais, que desejo registrar três convicções.

Primeira: não é tudo a mesma coisa. Ainda que a desonra venha a atingir equitativamente os blocos de governo e oposição, em quase tudo mais que importa há, entre eles, desigualdades muito relevantes sobre temas fundamentais. Refiro-me, por exemplo, a papéis do Estado, privatizações, corporativismos, equilíbrio fiscal, economia de mercado, direito de propriedade e violações a esse direito; educação, família, aborto e políticas de gênero; segurança pública, conflitos sociais e drogas. E por aí vai, que a lista é longa.

Segunda: a justiça tardará a chegar. A morosidade do sistema, que muitos de nossos ministros dos tribunais superiores consideram necessária à boa administração da justiça, não permitirá que esse poder de Estado, antes das próximas eleições, remova da cena política as organizações criminosas que envergonham a nação.

Terceira: a principal fase da operação Lava Jato será tarefa nossa. Ela ocorrerá em outubro do ano que vem, quando, num flash bissexto, o poder transitará pelas mãos do povo... (A íntegra do texto pode ser lida aqui)

Sérgio Moro avisa: "Vaccari continuará preso em Curitiba !"

O juiz Sérgio Moro não cumpriu o alvará de soltura do tesoureiro do PT, Vaccari Neto, absolvido ontem pelo TRF4, Porto Alegre, que julgou recurso do petista num dos processos ajuizados contra ele.

Acontece que Vaccari deve continuar preso por estar condenado em outros processos que o próprio Sérgio Moro julgou.

Vaccari já ficou mais de dois anos preso e vai apodrecer na cadeia, a menos que entregue Lula, Dilma e o PT.

Do blog Políbio Braga

FHC ENDOIDECE de vez e Alexandre Garcia NÃO PERDOA! Frota "ARREGAÇA" e manda recado a Aécio Neves

Militar que atacou Supremo da Venezuela declara guerra contra Maduro

O TORNADO

Naquela tarde o céu ficou escuro. Um enorme tornado chegou à cidade e não destruiu nada, apenas foi recolhendo pessoas. Levava mil para dentro do turbilhão e deixava uma, coisa inacreditável. Ia e retornava sem parar. Eu estava na rua conversando com um amigo quando ele se aproximou de nós. Não adiantava correr, então ficamos aguardando os acontecimentos.

-O que será isso?-perguntou o amigo.
-Não tenho noção nenhuma- Foi o que respondi.
Aí apareceu um terceiro dizendo:
-Eu sei o que é! É um castigo de Deus e está levando os homens pecadores para o inferno!

O tornado retornou, apanhou mais um dono da verdade e sumiu nas alturas. Ficamos atônitos e fomos para casa. Após alguns dias descobrimos que o tornado levou embora todos os que tinham apenas certezas e deixando aqui na terra os homens cheios de dúvidas.

A TURMA DO BAFO

“A turma do santo boteco de todos os dias leva para dentro de suas casas o maravilhoso bafo consagrado.” (Limão)


CONCLUSÃO

“Pelo que vejo o meu lugar no mundo é na privada.” (Limão)

ELVIS VIVE

“Lula é honesto e eu sou o Elvis Presley vivo.” (Limão)


PUFE

“Sou um sujeito azarado. Certo dia ganhei um pufe numa rifa. Era um pufe de cactos.” (Limão)