segunda-feira, 20 de maio de 2019


“Todos os homens têm defeitos. Porém alguns só têm isso. ” (Climério)


“ A merda de mídia esquerdista brasileira está apavorada. Acabou a Era do Camarão e chegou um novo tempo: A Era do Pão Seco. Quebrem todos interesseiros! ” (Climério)

“Não me importo em ser um ninguém. Pior é ser um procurado. ” (Climério)


“Eu penso muito e durmo pouco. Melhor estaria eu se fosse o contrário. ” (Climério)


“Sou tão bonzinho que tem até santo me devendo favor. ” (Climério)


“ Bolsonaro foi eleito e levou nas costas um caminhão de escorpiões. Agora estão todos alertas querendo ferroá-lo. “ (Climério)


“ Entre Temer e Dilma eu fujo para o Alasca! ” (Climério)


“O Brasil é top em parasitas. Puta merda! ” (Climério)


“Queria ter um bonequinho do Gilmar Mendes só para encher de socos. “ (Climério)


“ Tof, Tof, Toffoli. Putz!” (Climério)


“ Fui amamentado com óleo peroba misturado ao leite. “ (Deputado Arnaldo Comissão)


“ Creio que muitos já sabem, mas conto: a Gleisi cheira a enxofre. ” (Deputado Arnaldo Comissão)


“Somos muitos, mas honestos poucos. ” (Deputado Arnaldo Comissão)



LUGAR ESTRANHO




Hoje despertei num lugar estranho; cama e móveis desconhecidos, quarto sufocante. O galo não cantou. Quando terminei de abrir os olhos, ouvi uma sirene e alguém bateu à porta: entrou por ela um jovem com aparência aborrecida, fala rouca e baixa.
-Antes que o senhor pergunte onde está eu lhe digo: no inferno! Aqui neste papel estão descritas as regras gerais do Reino do Capeta e todos os horários e compromissos. E caso falhe em alguma das obrigações o castigo será em dobro e assim por diante. E não ouse falar alguma coisa!
Fui lendo a bula do inferno:

6h- Café da manhã acompanhado de pães de aranhas secas;
7h- Momento chibata;
8h- Banho de salmoura;
9h- Gargarejo com pimenta malagueta;
10h- Vômitos induzidos ao som de Ravel;
11h- Massagem especial com urtiga;
12h- Almoço servido dentro de um cão morto;
13h- Pequena siesta no refrigerador, 10 graus negativos;
14h- Corrida de uma hora pelo deserto, 70 graus centígrados;
15h- Passeio pelo inferno no ônibus da comunidade. O guia será o patrão;
16h- Recepção aos recém-chegados, com direito aos novatos tomarem pedradas e choques da galera mais antiga, não mui diferente de certos trotes de universitários;
17h- Sauna;
18h- Culto com os padres e pastores residentes;
19h- Churrasco de bago de touro;
20h- Discurso do mais velho capeta;
23h- Recolhimento

Muito bem, com a lista em mãos fui para o café da manhã com aranhas secas. Era enorme o refeitório; apanhei minha bandeja e entrei na fila. Nela tinha café, manteiga e os tais pães de aranhas secas. Mas não eram aranhas secas e sim castanhas secas. O comprador do inferno era cego e comprou por engano toneladas de castanhas, quando o certo seriam aranhas indianas. Saciada a fome, dirigi-me ao salão da chibata para receber meu castigo. Fui jogado numa mesa fria de latão, amarrado de bruços e de boca tapada. Mas tive sorte, o cara da chibata deu apenas duas e desistiu: sofria de bursite e sentia mais dor do que eu. Fiquei de papo até terminar meu horário e saí. Com o lombo em dia, saltei na banheira de salmoura, tomando cuidado para não entrar água nos olhos. Foi tranquilo. No Departamento Gargarejo com Pimenta foi até bom. Após dois minutos de gargarejo a gente recebia uma cerveja gelada para acompanhar. Ali o diabo não era bem um diabo. Deu 10h e lá estava eu para vomitar ao som de Ravel. Mas a especialista não compareceu, pois estava com a gripe suína. Fiz um tempo e me apresentei para a tal massagem com urtiga. Mas urtiga mesmo era um por cento, o resto era creme hidratante. Até gostei. Meio-dia, hora do almoço servido dentro de um cão morto. Entrei na fila com a minha bandejão, antevendo a catinga que iria ter que aturar. E não podia reclamar. Como não vi nada de cão morto, perguntei ao cozinheiro que fumava na ala própria:
-E o cão morto?
-Está no pastel, respondeu ele.

Não comi o pastel, então almocei tranquilo. Fiz uma pequena pausa e segui para o freezer, o tal de 10 graus negativos. Um pouco antes havia lido num pequeno quiosque: Alugam-se Casacos.  Encostei-me ao balcão e pedi o preço do aluguel por uma hora.

-Dez tabefes nas bochechas e um puxão de orelhas - sou viciado nisso, falou para mim o diabinho que ali atendia. E tem bônus de meias de lã!

Bem, tomei meus bofetes, apanhei meu casaco e entrei no freezer. Como estava bem agasalhado não foi difícil suportar o frio por uma hora, ajudado por alguns exercícios. Ao sair do gelo fiquei sabendo que a corrida pelo deserto estava cancelada; uma chuva providencial chegou para poupar o meu corpo de tão estafante esforço. Descansei até a chegada do ônibus que faria o tour infernal.
O capeta de guia estava todo possuído de terno e gravata, livro negro debaixo do braço, barba feita e perfumado tal qual quarto de puta. Conheci todos os fornos movidos a carvão e os modernos já aparelhados com energia nuclear. Os prédios principais do recinto infernal estavam em bom estado, pelo jeito receberam uma pintura recente. Achei muito interessante o campo de treinamento para novos diabinhos. Como apanhavam e batiam! Cursos de graduação para linguarudas. Estava lotada a arena onde seriam recepcionados os recém-chegados ao inferno. Atirei apenas uma pedrinha de nada, pois tinha diabo de olho em mim. Mas vi gente arremessar pedra de quilo e pilhas Rayovac. Quando peguei os apetrechos para ir à sauna fui chamado pelo diabinho da recepção, que apavorado, analisando um formulário amarelo, me disse: “o senhor pode retornar ao mundo terreno. Foi um grande engano. Aqui no inferno, os diabos também erram. ” Quando quis pedir como seria a transição, apaguei. No momento estou no hospital me recuperando de um infarto. Mas não sei se conto essa história para alguém.


PAPO NA TARDE

Quase seis horas da tarde e dona Zefa Fofoca estava na janela observando o movimento e destilando veneno na companhia de Jureminha Bunda-de-Tábua, que vinha sem pressa da venda e parou para um papo amigo. Falavam das coxas de fora da menina Matilde e da barriguinha esquisita da filha da Norma-Bucheira. O falatório desenfreado é quase lazer nas cidades pequenas. O converse estava animado quando um ciclista gorduchinho passou pela calçada e sem querer passou com o rodado da bicicleta sobre a língua de dona Zeca que no momento estava em repouso sobre a calçada. Foi para o hospital levada pelo SAMU sob os olhares risonhos da vizinhança.  Jureminha e mais dois enfermeiros conseguiram carregar a língua amassada. O ciclista fugiu pensando que havia passado por cima de uma sucuri.


MUITA MULHER DE APOSENTADO COM DESEJO FICA...



VIDA CURTA

Foi determinado pelo criador de tudo e MM nasceu paraquedas. Mas durou pouco, teve vida curta.  Estava no seu DNA, não se abria com ninguém.


“ A concorrência no Congresso não é nada fácil. É um campeonato de boquinhas e propinas. “ (Deputado Arnaldo Comissão)



NICE

Esta é a curta história de Nice, uma doce bombinha, faceira e formosa que apressadamente marcou um encontro com um pombo galã após conhecê-lo pelo facebook. Embora avisada pelos familiares dos perigos de encontros assim, não deu bola e foi. Usou seu melhor perfume e carregou na maquiagem. O local combinado para o encontro foi um casarão abandonado na Vila Dores. Chegaram ao local e foram para o sobrado. Já nas primeiras carícias o tal pombo mostrou a sua verdadeira face. Ela ficou apavorada quando o dito mostrou suas garras. Na verdade, não era um pombo, mas sim um gavião disfarçado. Azar da pobre pombinha que foi literalmente comida no primeiro encontro. Restaram da Nice somente penas e sua nécessaire.

“Antes ser um burro anônimo que uma cavalgadura famosa do tipo Lula. ” (Pócrates)