domingo, 11 de agosto de 2019

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- terça-feira, janeiro 25, 2005 PT BURRIFICA BRASIL

O monoglota me dá uma pena profunda. Claro que ao falar monoglota não me refiro aos milhões de pessoas que mal tiveram acesso à educação primária, ou nem mesmo isso. Me refiro àqueles que tiveram chance de chegar aos bancos universitários e não têm sequer a curiosidade de conhecer a fundo pelo menos uma outra língua. Neste sentido, sinto-me um privilegiado. Fiz meu ginásio em Dom Pedrito, pequena cidade interiorana da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. Teria na época uns 15 mil habitantes. Mas naquele ginásio aprendi latim, inglês, francês e de lá saí redigindo um português impecável. Dada a condição de cidade fronteiriça, de ilhapa ganhei o espanhol. Aos quinze anos, eu dominava quatro línguas vivas e arranhava uma morta com relativa aisance

Aos poucos, o ensino foi-se degradando. Primeiro, saiu o latim saiu dos currículos. Depois o francês. O inglês permaneceu, é verdade. Mas de forma muito precária. Você paga caro uma escola onde deveria aprender a língua e depois tem de pagar professor particular para conseguir dominá-la. O rigor no ensino do português deixou de existir. Quando o domínio do vernáculo deveria ser conditio sine qua nonpara ingresso na universidade, hoje, nas universidades, há aulas de português. Que são insuficientes e, como no caso do inglês, os alunos precisam pagar um professor por fora para aprender a língua dentro da qual nasceram. Ou seja, nem a universidade hoje supre aquele mínimo exigível de toda pessoa que se pretenda culta, o domínio da própria língua. 

Cada língua que você conhece além da sua é mais uma janela aberta para o mundo. Particularmente para um brasileiro. Neste país que foi dominado por um pensamento marxista todo o século passado, conhecer francês, inglês ou espanhol era ter acesso a bibliografias que aqui sempre foram censuradas. Se hoje entendo o Brasil, é porque um dia pude ler obras que jamais foram traduzidas ao português. E se o PT hoje está no poder, é porque houve uma lacuna no conhecimento nacional. Conhecessem os brasileiros o que foram os regimes comunistas, seus herdeiros tardios há muito estariam na famosa lata de lixo da História e não em Brasília. 

A revista Veja desta semana se pergunta em matéria de capa: 

O PT DEIXOU O BRASIL MAIS BURRO?

A pergunta é e não é pertinente. Não é pertinente porque o Brasil vem se burrificando desde muito antes do PT. Começou quando o latim foi retirado dos currículos e o ensino do português tornou-se matéria secundária. Começou quando as universidades, para conseguir mais clientes, afrouxaram as exigências do vestibular, a ponto de permitir que um iletrado entrasse nos cursos universitários. Não só permitiram que entrasse, como permitiram que também saísse, sempre iletrado. Professor universitário, tive alunos em final de curso que sequer sabiam se uma palavra levava s ou ç. Esses alunos, não consegui barrá-los. Estão hoje lecionando e analfabetizando gerações. O auge desta caminhada rumo ao analfabetismo ocorreu em 1998, em São Paulo, quando foi adotado no secundário o sistema de progressão continuada. Ou seja, os alunos passavam automaticamente de uma série a outra, sem que pudessem ser reprovados. O absurdo foi tamanho que alguns pais decidiram recorrer à Justiça para o que filho fosse reprovado. Duvido que tal atitude tenha sido necessária em qualquer outro país do mundo. Só mesmo neste Brasil. 

Mas a pergunta é também pertinente, no sentido em que o PT está acelerando este processo rumo à barbárie. Se a burrificação do país começa antes de o PT ter chegado ao poder, seu ápice ocorre no momento em que o país todo escolhe como presidente um analfabeto. Se os letrados não conseguiram ajeitar o país, vamos tentar um iletrado, parece ter sido este o raciocínio do eleitorado. Sofisma dos mais fajutos. É como dizer: se um homem honesto não nos levou à prosperidade, vamos então eleger um canalha. Verdade que o analfabeto foi vivo. Mal tomou posse, abandonou as utopias desvairadas do PT e seguiu bonitinho a política do letrado que o precedera. Se algum mérito existe na gestão de Lula, é ter traído o partido que o criou. 

Eleito o analfabeto, cria-se um clima malsão no país todo. Para ser bem sucedido, ninguém precisa ter instrução. Fernando Henrique - diga-se o que dele se disser - era um belo cartão de visita. Cidadão do Terceiro Mundo, conhecia mais línguas que seus pares europeus ou americanos. E conhecia não por vaidade, mas por necessidade. Para europeus ou americanos, a própria língua é mais que suficiente. Não para um brasileiro, cuja língua não tem livre curso fora do Brasil, Portugal e ex-colônias africanas. O próprio Bush, que fala a língua franca de nossos dias, preocupou-se ao menos em aprender o espanhol. Nosso Supremo Apedeuta não consegue nem balbuciar a língua dominante do continente em que vive. Língua irmã, cujo conhecimento é obrigação de todo brasileiro que pretenda enxergar dois palmos além do próprio nariz. 

Desde a paupérrima África à próspera Europa, passando pelas nações árabes ou socialistas, todos os países do mundo recorrem ao inglês para entender-se entre si. Não apenas a diplomacia, mas também o comércio e o turismo tiveram de render-se à supremacia do novo esperanto. Se você acha complicado ir à Escandinávia porque lá se fala sueco, finlandês, dinamarquês ou norueguês, não se preocupe. Desde que você fale inglês, estará em casa em qualquer um desses países. Não só na Escandinávia, que é bilíngüe, como em todo o resto da Europa, cuja tendência é tornar-se bilíngüe. Um alemão precisa conversar com seu vizinho francês? Recorre ao inglês. Aqui na América Latina, o Chile acaba de assumir o inteligente propósito de tornar seus cidadãos bilíngües nos próximos vinte anos. Não que pretendam aprender o português, nada disso. Estão preparando as novas gerações para o domínio do inglês. 

Neste mundo globalizado, qualquer prostituta sabe que não vai muito longe sem o inglês. Não há camelô no mundo árabe que, mesmo analfabeto, não saiba um inglês básico. Em minhas viagens, encontrei não poucos analfabetos. Analfabetos, mas poliglotas. Não sabiam ler nem na própria língua. Mas tinham consciência de que, sem pelo menos o domínio oral de outras línguas, não conseguiriam vender seus peixes. Mas não vou tão longe. São Paulo, por exemplo. Aqui, não é fácil ascender em uma profissão sem o domínio do inglês. 

Em um mundo em que até as putas sentem necessidade de uma língua franca, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim - em consonância com a burritsiamarxistóide que hoje está no poder - baixa uma portaria determinando que provas de inglês não mais serão eliminatórias no concurso do Instituto Rio Branco. A pergunta da Veja é meramente retórica. O ponto de interrogação é mero eufemismo. É claro que o PT, em seu antiamericanismo obtuso, está burrificando o país. 

“A imbecilidade não tem fronteiras.”


“Um povo que já tem Nicolás Maduro não precisa de nenhuma outra desgraça.”


“Alguns cobiçam a mulher do próximo. Outros, a propriedade.”


“Acho que o Brasil jogou pedra na cruz.”


“O cárcere da mente é a ignorância”


“Gosto de caminhar só. Assim só torro a minha própria paciência.”



MESA
Na casa de Dona Olga uma pequena mesinha de canto quase já esquecida recebeu hoje pela manhã como presente uma bela toalha de linho e um grande vaso de louça ornado de flores. Ainda não se sabe se foi a emoção do presente ou dá-se o crédito ao trabalho dos cupins, o certo é que antes do anoitecer desabou tendo suas pernas esfareladas. O vaso também ficou em cacos entremeio flores assustadas. Seu Manuel, o dono da casa sem sentimentos ou qualquer demonstração de gratidão aproveitou que estava na churrasqueira e jogou a velha mesa no fogo. Enquanto ardia entre tijolos, a pequena emitia gemidos que subiam ao céu agarrados à fumaça.




TOMADAS
Tudo começou na casa de Anselmo. Todas as tomadas da casa pararam de funcionar no mesmo momento. Então as tomadas da cozinha passaram a jorrar água mineral com gás. Do quarto das crianças elas vomitavam extrato de tomate sem pele. Das tomadas da sala observava-se o tilintar no piso de moedas de um centavo. A pequena varanda ficou inundada de bolinhas de sagu. Vizinhos e parentes foram chamados para dar veracidade aos fatos, mas eles também já estavam com o mesmo problema. Então do quarto do casal letrinhas pululavam dos buraquinhos para formar a seguinte inscrição:
“ Não se assustem, mas vocês humanos estavam todos enganados. Eu sou Deus; sim, Deus é uma boa e velha tomada. E o diabo meus queridos é uma tomada de três pinos. ”
Após a mensagem em todas as casas tudo voltou à normalidade.


GODOFREDO
Godofredo já passando dos trinta tinha um narigão. Desde criança era motivo de piadas, mas não se importava, levava na boa. Podia fumar na chuva ou aspirar todo oxigênio do mundo, nada disso o tirava do sério. Isso até o dia que o Zeca Maconheiro pediu para ele esconder um quilo da erva dentro das tocas do nariz. Que abuso! Pois foi que Godofredo surtou e fora de si acabou matando Zeca Maconheiro num beco, a narigadas. Hoje cumpre pena na Penitenciária Estadual e ninguém ousa sequer olhar para o seu poderoso nariz.

CASAL

Esposa: Por que você sai na varanda, quando eu começo a cantar. Marido: Porque as pessoas pensariam que eu estou batendo em você.

Unijokes

Escritores medíocres

Essas mentes medíocres simplesmente não conseguem se decidir a escrever como
pensam, pois acham que depois o resultado poderia adquirir uma aparência muito
simplória. [...] Desse modo, apresentam o que têm a dizer com construções forçadas e
difíceis, neologismos e períodos extensos, que circundam o pensamento e acabam por
ocultá-lo. Oscilam entre o esforço para comunicá-lo e aquele para escondê-lo. Querem
guarnecer o texto de modo que ele adquira uma aparência erudita ou profunda, para
que as pessoas pensem que ele contém muito mais do que se consegue perceber no
momento da leitura. Sendo assim, esboçam partes do seu pensamento em expressões
curtas, ambíguas e paradoxais, que parecem significar muito mais do que dizem
(exemplos excelentes desse gênero encontram-se nas obras de Schelling sobre a filosofia
da natureza); logo voltam a apresentar seus pensamentos com uma torrente de palavras
e uma verbosidade insuportável, como se fossem necessárias sabe-se lá quais medidas
para tornar compreensível seu sentido profundo, enquanto, na verdade, trata-se de uma
ideia bastante simples, para não dizer até trivial (Fichte, em seus escritos populares, e
centenas de imbecis miseráveis que não merecem ser nomeados, em seus manuais
filosóficos, oferecem exemplos em abundância).


Schopenhauer

URUGUAI MACONHEIRO

Uruguai é o novo centro mundial do nacrotráfico, diz Deutshe Welle

O governo esquerdista do Uruguai, que já liberou a maconha, pode estar prestando serviços para os governos bolivarianos da América Latina.

O jornal espanhol El País, que tem versão digital em português, informa em reportagem especial que autoridades da França e da Alemanha começaram a se perguntar o que acontece com o Uruguai, preocupadas com o desembarque de 4.500 kg de cocaína apanhados em Hamburgo e procedentes do Aeroporto de Carrasco, Montevidéu.

A revista alemã Deutsche Welle, logo depois, publicou um informe que define o Uruguai como o"o novo centro mundial do narcotráfico".

Os europeus só falam em cocaína, mas esquecem das toneladas de maconha que chegam do Paraguai pela fronteira com o Brasil, que pequenina quantidade é apreendida nas rotas de Aceguá, Barra do Quaraí, Jaguarão, Livramento e Rivera.

CLIQUE AQUI para ler a reportagem de El País.

Do blog Políbio Braga

DELÍRIO

Aranhas na parede do quarto
Jason de máscara e facão na porta
Esqueletos no armário
Zumbis sob a cama
Sangue nas torneiras
O passageiro contumaz da viagem etílica
Agora segue num passeio delirante
Com passagem só de ida
Pedindo com urgência um esquife para se deitar.

GADO NÃO

Não esmorecer
Não ceder
Trabalhar
Estudar
Vislumbrar o futuro
Fazer e não esperar acontecer
Ser luz e não escuridão
Não aceitar ser apenas mais um quadrúpede no curral.

CHICO MELANCIA

“Ainda na minha juventude meu pai quando viu em mim grande interesse pelo trabalho na horizontal. Então me comprou uma rede.” (Chico Melancia)

NA FILA

Estou na fila 
Uma multidão comigo
Do lado de dentro do balcão
Está uma tartaruga tomando cafezinho
Em conversas  de comadre
Com a preguiça companheira.

FOFUCHO

“Meu fígado tomou um vareio de costelinha de porco frita que agora não posso ver nem porco vivo sem sentir náuseas.” (Fofucho)