quarta-feira, 2 de julho de 2014

A farsa do mercado de arte contemporânea



Se isso é arte, então Lula não sabia do mensalão!
As bizarrices no mercado de “arte” (oh, please!) contemporânea continuam a todo vapor. Uma cama desarrumada de Tracey Emin foi arrematada em leilão na Christie’s por R$ 10 milhões! A esquerda caviar coça o queixo e aprecia as “instalações” modernas, como se tivessem um profundo sentido oculto, capturado apenas pelas pessoas sensíveis e descoladas. Tudo balela, claro.
É evidente que não podemos descartar a tese mais óbvia: lavagem de dinheiro. Como o gosto pelas “artes” é bastante subjetivo, e como hoje “tudo é arte” (ou seja, nada é arte), então qualquer um pode se dizer um artista e qualquer ricaço pode comprar sua obra por milhões, lavando dinheiro sujo no processo.
Mas não creio que seja apenas isso. Ou melhor: isso não seria possível se o zeitgeist não permitisse. A mentalidade predominante, de profundo relativismo estético, ético e moral, acaba possibilitando um mercado sem pé nem cabeça, fomentado por uma pseudo-elite arrogante cheia de interesses obscuros por trás.
Um artista plástico, após minhas constantes críticas a essa deturpação do conceito de arte, mandou um texto sobre o assunto, pedindo anonimato, pois já se diz perseguido por seus pares (a patrulha é organizada). Segue para reflexão:
A arte contemporânea
O artista comum, aquele sujeito independente, que ganha a vida produzindo e vendendo o que sabe fazer pelo simples fato de as pessoas gostarem e acharem bonito, é visto com “artista comercial”, num tom pejorativo porque ele não faz parte do sistema. Ele não divide seus lucros com ninguém. Ele não depende de ninguém. Esse artista não precisa de galeria, de curador, de elogios de críticos de arte, de assessoria de imprensa ou agente cultural. Ele produz, vende e toca sua vida sozinho, sem ter que bajular ninguém.
Paralelo a isso, estão as academias de artes visuais espalhadas em cada universidade do Brasil e do mundo que não reúnem apenas a corja comunista-socialista, mas também uma penca de alunos e professores que, mesmo sem talento, tentam ganhar dinheiro com a arte. Como? Alimentando o discurso da tal “arte conceitual”, aquele conjunto de trambolhos que, de tão feios, precisam ter um texto enorme e quase abstrato para explicar.
Insistem que as artes plásticas “não devem tocar os olhos, mas sim o coração”, não por acaso um raciocínio tão próximo ao do movimento feminista, que insiste em dizer que as mulheres não podem ser vistas também como “objetos sexuais”. Ou seja: é o recalque que move os dois grupos. Artistas talentosos e mulheres bem resolvidas não compartilham dessa lorota.
Ao contrário do que ocorre nos esportes, em que os atletas só conseguem espaço se realmente demonstrarem talento, no cenário da arte contemporânea basta alguém dizer que é artista, conhecer e bajular as pessoas certas para imediatamente ingressar no sistema – serão indicados para expor qualquer porcaria que produzirem.
Sem talento, obviamente os trambolhos não teriam sucesso comercial, o que não sustentaria seus autores e padrinhos. Sendo assim, o próprio ambiente acadêmico fomentou uma indústria cultural para agregar valor ao trabalho desses “artistas”, visando principalmente à captação de dinheiro público. Criaram o discurso de que a arte é um veículo de reflexão filosófica, histórica, política etc – desde que sob a curadoria deles próprios e, claro, que tenha conotação socialista.
Daí, forçam a criação de editais para exposições e residências artísticas patrocinados pelo governo que, obviamente, só libera recursos para pessoas jurídicas. Quais? Produtoras culturais! Como? Através delas, são apresentadas as maravilhas conceituais dos artistas, tendo em anexo uma gigantesca planilha de custos, tais como o do curador, da assessoria de imprensa, de produção, de material gráfico, de divulgação, de montagem etc, sendo o artista um mero item no final da lista. Ou seja: não tem nada de arte. Sabe aquele professor marxista que ganha uma bolada de salário por mês? Pois é… ele passa também a receber uma grana pelos textinhos que faz para justificar o investimento de dinheiro público nos trambolhos.
A verdade: grandes exposições são apenas eventos em que a arte não passa de um apelo de marketing; assim como são os shows “filantrópicos”, que por trás das boas intenções do público há sempre uma produção ganhando muito dinheiro.
Resumindo: todas as grandes exposições representam caríssimos contratos de prestação de serviço, sempre bancado direta ou indiretamente com dinheiro público. Por isso se esforçam mais em exposições de nomes já consagrados da arte mundial ou em mega-instalações que demandam muito dinheiro para serem viabilizadas.
Pendurar telas bonitas na parede não dá lucro para os “inteligentinhos cor-de-rosa”, já que demanda pouca produção, nenhuma curadoria e o pior de tudo: valorizará o trabalho do artista no mercado em que ele cuida de suas próprias vendas, o que não acontece com os artistas “conceituais”, que vivem nas mãos de grandes galerias que, de fato, raramente vendem seus trabalhos, pois até elas vivem dos recursos de editais públicos de arte.
Como é feita a seleção dos artistas da Bienal de São Paulo? Os críticos de arte e curadores indicam quem eles querem. Quem são os indicados? Aqueles artistas de meia dúzia de grandes galerias que frequentemente contratam os serviços dos… mesmos curadores!!! O maior investimento da Bienal de São Paulo de 2010 foi numa instalação do Nuno Ramos em que uns urubus ficavam dentro de um gigantesco viveiro erguido dentro do pavilhão.  
Por isso nunca vemos um quadro realmente bonito numa bienal. Por isso nunca se vê algo que alguém gostaria de ter em casa. Toda exposição de arte representa apenas a canalização do dinheiro público para um restrito grupo de pessoas que se enxergam iluminadas – todos “amigos do Rei”.  
O artista que forneceu estas informações já fez diversas exposições no Brasil e exterior, todas de forma independente. Vive do que produz. Vende para pessoas que querem deixar a casa mais bonita. 
Rodrigo Constantino

Plano B?

Merval Pereira
A candidatura de Paulo Skaf a governador de São Paulo corre o risco de perder a singularidade de representar uma terceira via entre PT e PSDB. Não vimos, por enquanto, o próprio candidato assumir a ligação que o PT está querendo forçar, e para que mantenha o viço que o levou a ter 20% da preferência do eleitorado ele terá que esclarecer essa questão o mais rápido possível. Tudo indica que a melhor postura para ele é a de manter-se na oposição aos dois partidos hegemônicos, se apresentando como uma novidade na política paulista. 

A pior coisa que poderia acontecer a Skaf seria ficar marcado como um candidato do grupo petista, que quer acolhê-lo na certeza de que a candidatura de Alexandre Padilha não caiu no gosto do eleitorado paulista. Lula disse a Fernando Henrique que escolheu Padilha por que ele tem “um ar de tucano”, assim como Haddad também tinha e foi eleito prefeito da capital. Acontece que, provavelmente devido ao insucesso do petista na prefeitura, o candidato do PT ao governo do Estado está sendo rejeitado pelo eleitorado oposicionista, que busca em Skaf uma alternativa ao governador Geraldo Alckmin. 

O presidente da Fiesp dizia até bem pouco tempo atrás que não queria saber de maiores contatos com o PT e muito menos com a presidente Dilma. Tudo indica que esse movimento do PT a seu favor, reforçando sua aliança com a adesão de última hora do PP de Maluf, obedece mais a uma estratégia de salvamento de última hora do que uma aliança política que possa ser vendida como tal ao eleitorado. A “cristianização” antecipada de Alexandre Padilha fala mais da tática do desespero que está tomando conta do PT em São Paulo do que de outra coisa qualquer. 

Até mesmo a frase que o ainda candidato petista ao governo de São Paulo proferiu ontem, em uma constrangedora entrevista coletiva, revela esse desespero: “Faço política desde muito pequeno. Durante sete anos, fui da coordenação política do governo Lula, lidando diariamente com o Congresso Nacional. Então, digo que nada me surpreende na política”. Ao referir-se à relação do governo Lula com o Congresso como uma atividade em que se viu de tudo, como a traição de última hora do PP de Maluf, o ex-ministro Padilha está dando o troco possível a quem o deixou pelo caminho sem dó nem piedade, o próprio ex-presidente Lula, que está por trás das manobras para desinflar sua candidatura e apostar no candidato que parece ter mais fôlego, o peemedebista Skaf. 

Para mostrar o quanto está perdido na sua estratégia de campanha, Padilha procurou mostrar-se como a única novidade da campanha: “Nesta eleição, houve três composições de força. A que está no comando do Estado há 20 anos; outra, dos ex-governadores, que comandaram o Estado nos 20 anos anteriores, e a nossa coligação, que representa a mudança”. Acontece que a composição que governou o estado nos 20 anos anteriores aos governos tucanos foi justamente a que até pouco tempo atrás estava com o PT de Padilha, que não se vexou de aparecer em fotos com Paulo Maluf quando este parecia apoiá-lo. Desta vez, nem Lula aceitou posar para a foto, como fez para alavancar Fernando Haddad, e também Skaf recebeu o apoio sem precisar passar por esse vexame político. 

Se não reagir publicamente à tentativa do PT de transformá-lo em seu plano B, Skaf pode vir a sofrer o mesmo desgaste do candidato à presidência da República do PSB Eduardo Campos, que tentou se equilibrar entre ser a terceira via em alternativa a PT e PSDB e poupar o ex-presidente Lula de suas críticas, que atingem principalmente a presidente Dilma. Além disso, não há nada que demonstre que o eleitor de Paulo Skaf se identifique com o PT ou com a presidente Dilma Rousseff. Resta saber onde se meteu o eleitor do PT em São Paulo.

“O Brasil é mesmo um país desgraçado. Alguns desocupados não querem deixar a gente ganhar um dinheirinho desonestamente.” (Dep. Arnaldo Comissão)

A melhor amiga da mulher é a tintura para cabelo.

"Enche tua cabeça de bom conteúdo que sempre terás boa companhia." (Filosofeno)

“A savana africana está se tornando um lugar perigoso para os machos. Já vi um primo leão usando garras postiças coloridas.” (Leão Bob)

“Sonhei com bifes enormes e suculentos. Mas a minha realidade é comer hoje uma hiena fedorenta.” (Leão Bob)

A ÚLTIMA TENTAÇÃO- “A última tentação de Cristo foi o baralho.” (Climério)

“Ontem fui agraciado com um pedaço de picanha. Estes humanos sabem o que é bom. Eles que me venham com ração para ver o alarido que irei fazer.” (Bilu Cão)

E o Pizzolato? Ainda curtindo um SPA QUADRADO na Itália?

Deve existir algum presidente de federação estadual de futebol que não seja safado. Existe?

A três dias da campanha, Dilma promove megaevento eleitoral

Ah, mas eles são éticos e sérios, afinal são esquerdistas. Putz!

Venda de carros despenca 17,2% em junho e 7,3% no semestre

Espero que caia ainda mais. Não temos estrutura viária para tantos veículos. É preciso investir mais em transporte de massa. 

É tanta propaganda diária e capciosa, que já tem gente pensando que Petrobrás é uma novela.

“Meus donos fizeram algazarra nesta madrugada. Acho que tinha gente no cio.” (Bilu Cão)

“Vou sair por aí ver se consigo uma gazelinha para lanchar.” (Leão Bob)

NO CEPO- Governo russo pede explicações por eliminação na Copa

O treineiro Flavio Capello ganha oito milhões de euros por ano para treinar o selecionado. Onde já se viu pagar uma fortuna para um treinador? Sem um bom time não existe bruxo que faça milagre.

Alguns destes senhores levados da capital misturam o próprio dinheiro com dinheiro público, depois de misturados não sabem qual é qual, então pegam a metade só para garantir que não sairão perdendo.

Da série Perguntinhas Decorativas,pois a resposta todos já sabem: "Só está encrencado no Brasil quem rouba pouco?"

Nossos comunas

Os comunistas do Brasil são de Marte. Possuem propriedades e aplicações em bancos. Não deveriam dividir tudo para não pregar moral de cueca em plena missa?

Dora Kramer- Dupla face

Dora Kramer
O PT passou maus bocados na composição das alianças para concorrer às eleições em São Paulo e no Rio de Janeiro. Seu algoz não foi o oponente, mas o aliado PMDB.
Foi um revés atrás do outro, com a digital da mão (nem sempre leve) do gato. O que pôde o PMDB tirou do parceiro nos dois Estados de maior visibilidade do País, onde residem quase 35 milhões de eleitores.
Não que isso vá influir direta e necessariamente no resultado, dado que partidos não orientam - principalmente nos grandes centros - o voto do eleitor.
O movimento, entretanto, é interessante de ser observado e analisado nas suas origens, que remontam ao ano de 2008, cujas consequências se expressam de maneira contundente agora.
No Rio, a chapa liderada pelo governador Luiz Fernando Pezão juntou seis partidos além do PMDB, deixando para o petista Lindberg Farias o PC do B e o PSB.
Tudo certo para a candidatura da presidente Dilma Rousseff se o proclamado apoio do candidato a ela correspondesse à prática do partido no Estado, cuja maior demonstração de descompromisso foi o ato de adesão de prefeitos ao candidato do PSDB, Aécio Neves, organizado pelo presidente do PMDB fluminense.
Prefeitos e vereadores não comparecem a manifestações desse tipo por geração espontânea. Antes perguntam à chefia política se é para ir; só vão mediante determinação ou autorização.
Não consta ter havido rompimento entre os organizadores do ato e a "chefia" - Pezão, Sérgio Cabral e companhia. Da mesma forma ainda não se sabe quando será marcado um encontro semelhante para que prefeitos e vereadores manifestem seu apoio a Dilma.
Em São Paulo, a candidatura de Paulo Skaf atraiu o PSD, o PDT e PROS e, no último minuto, o PP de Paulo Maluf. Há quem diga que o PMDB derrotando o PSDB estará de ótimo tamanho para o PT.
Digamos que, se ocorrer, estará no máximo de tamanho médio. Entre outros motivos porque o PMDB não dividirá o poder com os petistas. Assim como estes, ao juízo daqueles, não o dividiram de fato no governo federal.
A versão de que a candidatura de Skaf "substituirá" a de Alexandre Padilha caso ela realmente não decole só interessa a Dilma e aos tucanos. À presidente, para reduzir os danos políticos de possível desempenho pífio do petista; ao PSDB interessa para tentar "colar" em Skaf a rejeição ao PT.
Por isso mesmo o PMDB não acha a companhia conveniente. O candidato ao governo deixou isso bem claro quando deu um "alto lá" diante da declaração da presidente de que ele também era o candidato dela, junto com Padilha, em São Paulo.
Relatadas as consequências, vamos às causas dessa desforra que o PMDB dá ao PT de forma bastante explícita no Rio e em São Paulo. Faz tempo que os pemedebistas prometiam esperar os petistas "na esquina".
Desde a eleição municipal de 2008. Ali começaram as divergências sérias por causa do comportamento do PT e do governo em relação à chamada política de alianças. Compromissos desfeitos, acordos quebrados, o Planalto sempre favorecendo o seu partido.
A prática se repetiu em 2010 e 2012. Popularidade presidencial em alta, o PMDB foi engolindo o sapo. O passivo de insatisfações aumentou com o tratamento dado pela presidente ao partido no governo, tido como humilhante, e a janela de oportunidade, ou melhor, a "esquina", surgiu com a queda nas pesquisas. Daí o troco.
Cidadela. Aécio Neves deixa o Senado na primeira sessão depois da volta do recesso do Congresso. No discurso de despedida vai antecipar partes da proposta do programa de governo. Já o candidato a vice, o também senador Aloysio Nunes Ferreira, mais cedo ou mais tarde terá de se afastar porque a ideia do titular da chapa é que ele não arrede pé de São Paulo.
Enquanto Aécio corre o País, Aloysio viaja pelo Estado. De preferência em agenda "casada" com a do governador Geraldo Alckmin.

MST entra no mercado capitalista



Por Jefferson Viana, publicado no Instituto Liberal
O movimento dos trabalhadores sem-terra (MST), conhecido nacionalmente e internacionalmente por desrespeitar a propriedade privada com as suas já conhecidas invasões a fazendas, brigar com unhas e dentes por uma reforma agrária prejudicial ao país, doutrinar crianças por meio do programa “sem terrinha”, suspeito de enviar militantes para Cuba para treinamento de guerrilha travestido de curso de medicina e apoiar e ser apoiado pelas ditaduras de Havana e Caracas e contar com bastante simpatia e aporte financeiro do governo federal brasileiro, agora entra no mercado capitalista com produtos produzidos por cooperativas pertencentes ao movimento.
Os ditos “produtos da reforma agrária” vão de arroz, feijão, leite condensado, queijos, doces, hortaliças, creme de leite até sucos e achocolatados. Com a venda de seus produtos, o MST já faturou cerca de R$ 100 milhões no último ano, e deve aumentar o seu faturamento com a distribuição da merenda escolar em cidades do Estado de São Paulo, incluindo até a capital, em um contrato girando em R$ 2,4 milhões.
O MST tem sido beneficiado pela nova legislação agrícola nacional, onde prevê que 30% dos alimentos do setor público tenham que ter origem na agricultura familiar, e também sendo financiado com grandes quantias provenientes do Plano Nacional de Agricultura Familiar, e também com um benefício escancarado previsto em lei: A lei de potencialidade institucional, criada em 2009, onde garante que um naco do mercado aos ditos movimentos sociais que lutam pela reforma agrária, vinculando o sistema de comercialização dos produtos em cooperativas.
O Governo, aproveitando as relações de longa data com o movimento, vem o beneficiando, numa mostra clássica do capitalismo de compadres. Nada melhor que intervenção estatal para garantir benefícios aos amigos.
Como diz uma pessoa conhecida minha, que é de esquerda: revolução se faz com dinheiro. E bastante, por sinal. E com o aporte do Governo, tanto financeiramente, tanto na legislação, as coisas estão ficando bastante fáceis para os sem-terra, buscando conquistar algo tão combatido pelo grupo: o “famigerado lucro”. E viva a contradição, mais uma vez.

COMBATENTE BAIANO

O exercício do poder, na Bahia, às vezes foi marcado pelo bom humor.
Em abril de 1961, por exemplo, quando os Estados Unidos protagonizaram a desastrada tentativa de invadir a Baía dos Porcos, em Cuba, o deputado estadual Raimundo Reis (PSD) enviou ao governador Juracy Magalhães um requerimento carregado de ironia, pedindo um navio da companhia estatal de navegação, que transportava baianos entre Salvador e Itaparica, para “defender a liberdade das Américas”.
Juracy despachou no alto do requerimento, de próprio punho:
- Conceda-se o navio. Que o requerente providencie voluntários.
Não se falou mais no assunto.
DP

Câmara pode votar hoje Decreto Legislativo que repudia arroto autoritário da dupla Dilma-Gilberto Carvalho:

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), deve pôr em votação nesta quarta o Decreto Legislativo da Câmara que torna sem efeito o decreto presidencial 8.243 — aquele arroubo bolivariano de Dilma Rousseff —, que submete, ainda que de forma oblíqua, as decisões do governo federal a conselhos populares. Trata-se de uma óbvia usurpação dos poderes do Congresso pelo Executivo. Já tratei do assunto aqui muitas vezes. A Constituição estabelece, sim, a participação direta da população por meio de três instrumentos: plebiscitos, referendos e emendas de iniciativa popular. Os conselhos, na forma como quer o decreto de Dilma, simplesmente substituem a democracia representativa pela democracia direta.
Folha, afirmou Alves: “O decreto está em desarmonia com o princípio da separação dos Poderes, pois ao Congresso Nacional cabe, precipuamente, formulação de políticas públicas, por meio de lei, após amplo debate entre todas as forças políticas — da situação e da oposição — sobre as mais diversas demandas de todos e quaisquer grupos da sociedade, alinhados ou não, ao governo”. É só uma questão de bom senso.
Nesta terça, Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, esteve com Alves. O deputado voltou a defender a retirada do texto, mas o governo deixou claro que não negocia. OI presidente da Câmara lamentou: “Esperava compreensão do governo, mas não foi possível”.
Não custa lembrar trechos do monstrengo dilmiano. O Artigo 1º do decreto estabelece: Fica instituída a Política Nacional de Participação Social – PNPS, com o objetivo de fortalecer e articular os mecanismos e as instâncias democráticas de diálogo e a atuação conjunta entre a administração pública federal e a sociedade civil”. Sei… O Inciso II do Artigo 3º sustenta ainda que uma das diretrizes do PNPS é a “complementariedade, transversalidade e integração entre mecanismos e instâncias da democracia representativa, participativa e direta”.
Certo! Então os conselhos seriam uma forma de democracia direta, né? Só que é a democracia direta que se realiza à socapa, sem que ninguém saiba. Ou o “cidadão” decide fazer parte de algum “coletivo” ou “movimento social” ou não vai participar de coisa nenhuma. O texto tem o topete de definir o que é sociedade civil logo no Inciso I do Artigo 2º: “o cidadão, os coletivos, os movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, suas redes e suas organizações”. Ou por outra: é sociedade civil tudo aquilo que o poder decidir que é; e não é o que ele decidir que não é.
Fim da propriedade privada
Como observei numa coluna na Folha, O “indivíduo” só aparece no decreto para que possa ser rebaixado diante dos “coletivos” e dos “movimentos sociais institucionalizados” e “não institucionalizados”, seja lá o que signifiquem uma coisa, a outra e o seu contrário. Poucos perceberam que o decreto institui uma “justiça paralela” por intermédio da “mesa de diálogo”, assim definida: “mecanismo de debate e de negociação com a participação dos setores da sociedade civil e do governo diretamente envolvidos no intuito de prevenir, mediar e solucionar conflitos sociais”.
Ai, ai, ai… Como a Soberana já definiu o que é sociedade civil, podemos esperar na composição dessa mesa o “indivíduo” e os movimentos “institucionalizados” e “não institucionalizados”. Se a sua propriedade for invadida por um “coletivo”, por exemplo, você poderá participar, apenas como uma das partes, de uma “mesa de negociação” com os invasores e com aqueles outros “entes”. Antes que o juiz restabeleça o seu direito, garantido em lei, será preciso formar a tal “mesa”…
Isso tem história. No dia 19 de fevereiro, o ministro Gilberto Carvalho participou de um seminário sobre mediação de conflitos. Com todas as letras, atacou a Justiça por conceder liminares de reintegração de posse e censurou o Estado brasileiro por cultivar o que chamou de “uma mentalidade que se posiciona claramente contra tudo aquilo que é insurgência“. Ou por outra: a insurgência lhe é bem-vinda. Parece que ele tem a ambição de manipulá-la como insuflador e como autoridade.
Vocês se lembram do “Programa Nacional-Socialista” dos Direitos Humanos, de dezembro de 2009? É aquele que, entre outros mimos, propunha mecanismos de censura à imprensa. Qual era o Objetivo Estratégico VI? Reproduzo trecho:
“a- Assegurar a criação de marco legal para a prevenção e mediação de conflitos fundiários urbanos, garantindo o devido processo legal e a função social da propriedade.
(…)
d- Propor projeto de lei para institucionalizar a utilização da mediação como ato inicial das demandas de conflitos agrários e urbanos, priorizando a realização de audiência coletiva com os envolvidos (…) como medida preliminar à avaliação da concessão de medidas liminares (…)”
Dilma voltou à carga com o Decreto 8.243, resolveu dar uma banana para o Congresso e, em vez de projeto de lei, que pode ser emendado pelos parlamentares, mandou logo um decreto.
Que a Câmara tenha a decência de repudiar esse arroto autoritário!
Por Reinaldo Azevedo

Justiça manda transferir Dirceu de prisão para início do trabalho externo

Vai trabalhar ou só fazer de conta e montar suas  panelinhas? 

Júlio César pegou crucifixo de 'São Victor'

O problema é que os argentinos tem o Papa.O sujeito fala diretamente com o homem.Aí não há crucifixo que dê jeito.