“Nenhum país resiste à ignorância. Ela traz o caos
e alça ao poder os despreparados. ” (Climério)
domingo, 27 de maio de 2018
E NÃO É?
“Enquanto a grande maioria dos indivíduos pensar em
puxar a brasa para o seu pirão o resultado será uma grande esculhambação. “
(Climério)
FALECIMENTO
“Vontade de trabalhar eu nunca tive. Aí
recebendo o Bolsa-Família morreu de vez.” (Chico Melancia)
COMPOZISSÕES IMFÃTIS
A Banana
A banana é uma coisa muito parecida com uma salsicha só que da salsicha se come a casca mas a mamãe não deixa a gente fazer o mesmo com a casca da banana. As salsichas a gente come elas deitadas mas as bananas se come é em pé. As salsichas o professor diz que dependem do engenho humano e as bananas nascem nos cachos mas ninguém conhece a máquina de colocar elas lá dentro das cascas. As bananas pertencem ao reino vegetal, agora as salsichas nunca se sabe de onde é que vêm. Tem muita gente que não gosta de salsicha mas não tem pessoa nenhuma que não aprecie banana, exceto a que escorrega na casca de uma.
MILLÔR
ANTES UM URUBU
“Estudo e saúde de graça, mas tudo deficiente,
morando numa gaiola, sem liberdade para voar. Antes ser um urubu.” (Cubaninho)
CARA DE MÚMIA
“Na Venezuela Chávez foi embalsamado, mas quem
ficou com cara de múmia foi o povo.” (Cubaninho)
ORA, PETROBRAS! por Percival Puggina. Artigo publicado em 25.05.2018
De onde a vejo, como cidadão e consumidor, a Petrobras é apenas uma empresa pública monopolista que, em perspectiva recente, adquiriu péssima reputação. Embora responda por 99% do petróleo refinado no Brasil e detenha o invulgar privilégio de fixar o preço de seu produto concorrente – o etanol –, permitiu que o governo anterior lhe criasse gravíssimos problemas financeiros e de imagem pública. Se eu tiver que escolher uma empresa para admirar e proteger, certamente ela não será monopolista, nem pública, nem vampirizada por corrupção ou corporativismo. Portanto, como cidadão brasileiro, o valor de suas ações me afeta muito menos do que a falta de combustível no posto da esquina.
E os caminhoneiros, grevistas da vez? Estão tapados de razão. Sintonizo com eles quanto aos preços dos combustíveis. Considero uma irracionalidade estarem submetidos a uma empresa monopolista que se concede o direito de alterar os preços de seus produtos dezenas de vezes por mês! Imagine uma indústria que adote a mesma prática em tempos de pequena ou nenhuma inflação. Imagine uma loja trocando diariamente, e mais de uma vez por dia, as etiquetas de preço na vitrina. Imagine isso num supermercado em tempos de preços estáveis. Loucura!
Como podem as atividades econômicas altamente dependentes dos combustíveis controlar seus próprios custos se um item tão importante oscila diariamente segundo a cotação do barril de petróleo, segundo a cotação do dólar, segundo as necessidades da Petrobras e segundo os interesses fiscais da União e das unidades da Federação? Tenho idade suficiente para afirmar que coisa igual nunca se viu. Não faltam razões, portanto, para a atitude dos caminhoneiros. Mesmo assim, sou contra o que estão fazendo. Não é a justiça da reivindicação que legitima a conduta dos manifestantes. Se aceitar que se tranquem rodovias, que se aterrorize a população com o pânico da escassez, que se leve caos à sociedade, devo admitir que as práticas delinquentes do MST se habilitem ao escrutínio da mesma lupa moral. E isso, por motivos óbvios, não posso fazer.
Uma soma algébrica de erros não produz um acerto. Agindo sobre erros antigos, não está certa a direção da Petrobras ao ver a empresa na perspectiva quase claustrofóbica em que a vê. Pedro Parente é um grande gestor, mas existe vida fora da Petrobras. Quando motoristas e transportadores usam a população e a escassez como forma de pressão, não estão a agir diferentemente de certos movimentos sociais que colocam mulheres e crianças na linha de frente de suas ações criminosas. O governo, ao tratar a Petrobras como se fosse uma prateleira de cristais, está deixando claro, para mim, que esses cristais não deveriam estar nessa prateleira.
* Percival Puggina (73), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil, integrante do grupo Pensar+.
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