terça-feira, 3 de julho de 2018

MILLÔR= FÁBULAS FABULOSAS

Cão! Cão! Cão!
Abriu a porta e viu o amigo que há tanto não via. Estranhou apenas que ele, amigo, viesse acompanhado de um cão. O cão não muito grande mas bastante forte, de raça indefinida, saltitante e com um ar alegremente agressivo. Abriu a porta e cumprimentou o amigo, com toda efusão. "Quanto tempo!". O cão aproveitou as saudações, se embarafustou casa adentro e logo o barulho na cozinha demonstrava que ele tinha quebrado alguma coisa.
O dono da casa encompridou um pouco as orelhas, o amigo visitante fez um ar de que a coisa não era com ele. "Ora, veja você, a última vez que nos vimos foi..." "Não, foi depois, na..." "E você, casou também?" O cão passou pela sala, o tempo passou pela conversa, o cão entrou pelo quarto e novo barulho de coisa quebrada. Houve um sorriso amarelo por parte do dono da casa, mas perfeita indiferença por parte do visitante. "Quem morreu definitivamente foi o tio... você se lembra dele?" "Lembro, ora, era o que mais... não?"
O cão saltou sobre um móvel, derrubou o abajur, logo trepou com as patas sujas no sofá (o tempo passando) e deixou lá as marcas digitais de sua animalidade. Os dois amigos, tensos, agora preferiam não tomar conhecimento do dogue. E, por fim, o visitante se foi. Se despediu, efusivo como chegara, e se foi. Se foi.
Mas ainda ia indo, quando o dono da casa perguntou: "Não vai levar o seu cão?" "Cão? Cão? Cão? Ah, não! Não é meu, não. Quando eu entrei, ele entrou naturalmente comigo e eu pensei que fosse seu. Não é seu, não?"
Moral: Quando notamos certos defeitos nos amigos, devemos sempre ter uma conversa esclarecedora.
Os teólogos dizem: isso são mistérios insondáveis. Ao que respondemos: são absurdidades imaginadas por vós próprios. Começais por inventar o absurdo, depois fazei-nos dele a imposição como mistério divino, insondável e tanto mais profundo quando mais absurdo. É sempre o mesmo procedimento: credo quia absurdum [creio porque é absurdo].
— Mikhail Bakunin
Afirma-se — não sei com quanta veracidade — que certo pensador hindu acreditava que a Terra estava apoiada em um elefante. Quando lhe perguntaram no que o elefante de sustentava, respondeu que se sustentava numa tartaruga. Quando lhe perguntaram sobre o que a tartaruga se sustentava, ele disse “Estou cansado disso. Vamos mudar de assunto”. Isso ilustra o caráter insatisfatório do argumento da Causa Primeira.
— Bertrand Russell
O maior pecado contra a mente humana é acreditar em coisas sem evidências. A ciência é somente o suprassumo do bom-senso — isto é, rigidamente precisa em sua observação e inimiga da lógica falaciosa.
— Thomas H. Huxley

PROIBIDO

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Se um cão for apanhado andando de bicicleta e fumando dá pena de morte.

PLACAS ESCRITAS NA NOVA LÍNGUA: A IGNORÂNTZIA

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“O tempo é um grande apagador. Um dia seremos todos esquecidos.” (Filosofeno)


“A solidão quando se é imposta contribui para o conhecimento de si mesmo.” (Filosofeno)

ENTRE CHARQUES


PAPO ENTRE CHARQUES

“Você sabe o que um pedaço de charque disse para o outro?”

“Não! O que ele disse?”

“Assim como você eu também sempre procurei meu lugar ao sal.”


CAMINHANTE


“Tenho um amigo que anda mais que notícia ruim, mas não perde peso.  Descobri que durante suas caminhadas ele encontra os amigos  pastéis, picolés e sorvetes.” (Climério)

CADA POVO COM SEU RENAN


“Os franceses têm Renan, escritor,filósofo. Nós temos Renan,político, o sujo.” (Pócrates)

PENSO QUE NÃO


“Será que o Renan Calheiros vai para o céu? “ (Pócrates)