sábado, 16 de dezembro de 2017

“Gato escaldado tem medo até de uísque com gelo.” (Mim)


“Ainda bem que os tempos das fogueiras já se foram. Antes um hipócrita cru que um ateu assado.” (Mim)


"Melhor que não ter o rabo preso é não ter rabo." (Mim)


“Se o sexo não nos salva pelo menos diverte.” (Mim)


“Se tanto fez como tanto faz todos dormem até mais tarde.” (Mim)


“Não se julga as pessoas pela aparência. Normalmente as pessoas são bem piores daquilo que aparentam.” (Mim)


“Ser mãe é aturar cada tipo.” (Mim)


“Um milhão de amigos? Vai sonhar assim no inferno!” (Mim)


“É uma pena que os loucos não possam votar no lugar dos burros.” (Mim)


“Depois do governo paralelo Nicolás Maburro vai implantar na Venezuela o pão e o papel higiênico virtual.” (Mim)


“A última vez que vi Deus ele estava escondido dentro do Valdemiro Santiago.” (Mim)


O VELHO JOSÉ


O velho José já passando dos setenta ficava em frente de casa vendo o movimento da rua. Viúvo e sem filhos, ali ficava para passar o tempo. E os dias foram se passando, os meses, os anos, e o velho José ali olhando o movimento sentado na sua cadeira de palha. Os vizinhos foram morrendo de velhice, casas demolidas e o seu José por ali observando o movimento. Com os anos chegaram os edifícios e novos vizinhos que desconheciam o idoso seu José, coisa de cidade grande e correria maluca. Talvez por isso foi que demorou alguns anos para descobrirem o esqueleto do seu José sentado na sua cadeira, cigarro entre os dentes de sua caveira, ainda contando os automóveis que passavam pela rua.

OVNI


Não fazia muito que Romualdo e Natália conversavam na varanda. Observavam o céu estrelado, a bela lua que dominava o firmamento quando notaram um objeto luminoso e colorido que se aproximava da casa. Uma tremedeira tomou conta deles. Pensamentos horripilantes vieram à mente do casal, tirados dos filmes do gênero em que seres humanos são abduzidos e tratados como cobaias. O objeto voador prateado e cheio de luzes pousou no terreno em frente e uma portinhola se abriu. Uma pequena mão espalmada se mostrou e uma voz feminina foi ouvida: Por favor! Vocês podem me emprestar alguns absorventes?

A PIOR TEMPESTADE ESTAVA POR VIR


O céu ficou escuro e houve uma sensação de pânico geral. As nuvens ruidosas pareciam cair sobre as casas. Ventos enfurecidos revoltavam as melenas cobertas de poeira e faziam arder os olhos. Pequenos galhos e folhas já corriam pelas ruas sem lugar para ficar. Placas publicitárias de pernas fortes voavam como penas. As gentes fechavam suas casas, cães e gatos eram recolhidos para lugares abrigados. Apressei o passo para chegar logo em casa e fugir das nuvens ameaçadoras. Algumas lesmas pegaram carona em pneus de bicicletas, enquanto outras eram rápidas em seus patinetes. Entrei em casa a tempo de observar pela janela o mandatário- mor da cidade passar voando em sua cadeira de trabalho. A secretária sentada em seu colo fazia anotações e ajeitava os cabelos negros. Não muito distante dali a primeira-dama já sabendo do fato, visto por centenas de olhos da comunidade, tirava do baú um chicote de três tentos e dava lustro num cassetete de aroeira.

O QUE É O ESTUDO


Cléber ordenhava vacas, elas não gostavam, pois ele tinha mãos ásperas. Quando ele chegava perto elas ficavam inquietas. Suas mãos duras machucavam os mamilos das amigas. O patrão observou a situação e então comprou luvas para ele e o problema foi resolvido. Cléber também tinha seguidamente arranhados no pênis. Nunca mais os teve. Olhava para a caixa de luvas sobre o armário e dizia para si: “Veja só o que é o estudo.”

“Hospital é o lugar onde os ricos demoram mais para morrer.” (Climério)

“Estou ciente de que sou um porcaria. Mas disso o Brasil está cheio, não é?” (Climério)

“Tem muito famoso que pensa que é intelectual. Desde quanto ator é sinônimo de pensador?” (Climério)

“Tornamo-nos o país da explicação. Algo está muito errado.” (Climério)

“É na Rede Globo que brotam os maiores bobos.” (Climério)

“Não há tesão que resista a mau-hálito.” (Climério)

“Não me importo em ser um ninguém. Pior é ser um procurado.” (Climério)

“Antes um pouco doido que um parvo.” (Climério)

“A tralha política se recicla todos os dias na malandragem dos próprios interesses. Não há limites.” (Eriatlov)

“Nunca é tarde para um velho se apaixonar por um brotinho e ser para o resto dos dias um corno feliz.” (Climério)

“Não existe coisa mais lenta do que fila em banheiro. O sujeito pronto para se borrar e lá dentro ninguém tem pressa.” (Climério)