quinta-feira, 15 de junho de 2017

ALEXANDRE GARCIA- Guerras no Brasil

Costumo almoçar no shopping em mesa com amigos, entre os quais um jovem universitário de 24 anos, Adriano, estagiário de Direito. Ontem ele me perguntou se eu saberia alguma coisa sobre uma certa bomba no Aeroporto de Guararapes, no Recife. Fiquei surpreso com a pergunta, pois imaginei que todo brasileiro soubesse daquele fato, que marcou o início do terror no Brasil. Era uma bomba para matar o Ministro do Exército, Costa e Silva, em 1967, mas matou um jornalista, Édson Régis de Carvalho, um almirante reformado, Nélson Gomes Fernandes, arrancou quatro dedos a mão do general Syvio Ferreira da Silva e a perna do ex-artilheiro do Santa Cruz, conhecido como “o Canhão do Arruda”, Sebastião Thomaz de Aquino, que morreu na semana passada. A partir de então, entraram em atividade grupos que já se preparavam desde 1961. Da bomba no Guararapes à bomba do Riocentro, em 1980, houve guerrilha rural e guerra revolucionária urbana. Fernando Gabeira, um dos sequestradores do Embaixador dos Estados Unidos, conta que o objetivo era implantar no Brasil uma ditadura tipo Cuba. 

No livro Dos Filhos deste Solo, Nilmário Miranda, militante e Secretário de Direitos Humanos de Lula, calcula em 364 o número de mortos do lado dos terroristas e guerrilheiros. Entre empresários, civis, militares e policiais, os mortos foram cerca de 120. O que dá 484 mortos em 13 anos de guerra interna. Exatos três dias de assassinatos na guerra do Brasil de hoje. O Atlas da Violência, recém divulgado com base em números de 2015 mostra que foram 59.080 os assassinatos naquele ano. Certamente abaixo do número real, pois se sabe, por exemplo, que muitos registros de afogamento encobrem homicídios. O número vem crescendo, e hoje deve passar de 60 mil por ano. O que dá 164 mortos por dia. Dos homicídios no mundo inteiro, o Brasil entra com 11% e é campeão. A taxa relativa de homicídios mais alta está no Nordeste. 

A mais baixa em São Paulo. Ganhamos longe do Estado Islâmico ou da guerra na Síria, mas enquanto nos ocupávamos em noticiar sete mortos a facadas na Ponte de Londres, naquele dia tínhamos no mínimo 20 vezes isso em número de homicídios. Assim como os jovens desconhecem a história de uma guerra interna contemporânea no Brasil, parece que não nos importamos com a matança atual. Aquela guerra teve média de 37 mortos por ano; agora são 60 mil. O governo desarmou as pessoas, tirando-lhes o direito à legítima defesa, mas não dá segurança nem desarmou os bandidos. Só deu a eles tranquilidade de que não haverá reação. E quando há reação da polícia, ela é duramente criticada. Na guerra de hoje, o medo nos tira a liberdade e a alienação nos tira a cidadania. 
/www.sonoticias.com.br

GOVERNO, OPOSIÇÃO E A BALA DE PRATA por Percival Puggina. Artigo publicado em 16.06.2017



Há muitos anos, em um dos shows que periodicamente apresentava na linha do "Eu sou o espetáculo", o comediante José Vasconcellos parodiava o ator Gary Cooper subitamente cercado de índios inamistosos. Eram dez mil índios à frente, dez mil à retaguarda, outros dez mil de cada lado. "O que farei?" perguntava, em inglês, simulando o astro hollywoodiano em diálogo consigo mesmo. "O melhor é tornar-me índio também!", concluía.

Lembrei-me do saudoso comediante e do impasse de Gary Cooper ao ponderar nossa situação como cidadãos no quadro político em que nos emolduraram. Nunca vivi cena assim. Ela está bem expressa na imagem que me chegou pelas redes sociais solicitando marcar com "x" a instituição em que mais se poderia confiar. Apresentava, para isso, quatro alternativas: governo, parlamento, judiciário e ... jogo do bicho. Impossível negar que estamos literalmente cercados!

Se buscarmos saídas pelo padrão universal, ou seja, dentro do binômio governo/oposição, salta aos olhos a ausência de alternativas. O que acontece no Brasil é inusitado! Sabe-se, agora, fora de qualquer dúvida, que havia uma organização criminosa dentro do governo e outra na oposição. Com o impeachment, uma parte da que estava no governo juntou-se aos quadrilheiros à espreita nas cavernas da oposição e formou o novo governo. Havia gente boa no anterior? Sim, claro; pouca, mas havia. Há gente boa no novo governo? Sim, claro, pouca, mais há. O problema é que os interesses se polarizam em torno da disputa pelo poder, fazendo com que deixe de existir uma alternativa política respeitável, na qual a nação possa confiar.

Com a cisão da organização criminosa que governava o país foi como se uma cápsula de guerra bacteriológica se rompesse. A peste se alastrou. E o fez com intensidade, atingindo os tribunais superiores, que confundem dignidade com indignação ante qualquer dedo virado para seu lado. Não, cavalheiros, arrogância nunca foi sinônimo de virtude e não é o pedestal que faz o santo.

No curto prazo, nosso rumo está traçado pelo GPS da Constituição. Seremos governados por uma quadrilha, pelo menos até 31 de dezembro de 2018. A situação também não se altera mudando-se a Constituição, como quer o PT com suas joint ventures para eleger Lula. Oportuna e felizmente, logo ali, em outubro do ano que vem, ou seja, dentro de 16 meses, o poder volta às mãos do povo viabilizando a higiênica faxina eleitoral que poderá encurtar, para muitos, a distância entre a Praça dos Três Poderes e a porta da cadeia. E saneando o quadriênio vindouro. No presidencialismo, dia de eleição é a bala de prata quadrienal. Errou, se ferrou.

Enquanto não forem melhorados, assim são os passos da democracia e do Estado de Direito dos quais este colunista não arreda pé. Quem quiser alternativa diferente vá beber noutra caneca.

Somos como Gary Cooper parodiado por José Vasconcellos. Estamos entre dois bandos que se enfrentam. Graças a Deus não precisamos aderir a um deles. Aliás, se me recuso a apontar qualquer um como merecedor de adesão, não hesito em identificar o pior. Muito resumidamente, porque a lista seria imensa, refiro-me ao bando formado por aqueles que:

• apreciam, reverenciam e apoiam financeiramente os regimes cubano e venezuelano;
• sonham com um "marco regulatório" da imprensa, com um "marco civil" da Internet e com um Conselho Federal de Jornalismo para cercear quem os incomode;
• promovem a luta de classes, conflitos raciais, conflitos de gênero, invasões de terra, violência sindical;
• são contra privatizações e responsabilidade fiscal;
• se puderem, criarão os sonhados "Conselhos populares" (sovietes) para esterilizar a representação parlamentar;
• dão refúgio a terroristas, fundaram e comandam o Foro de São Paulo;
• apoiam quaisquer políticos ou filósofos adversários da cultura e da civilização ocidental;
• chamam bandidos de "heróis do povo brasileiro", dão nomes de ruas e constroem memoriais a líderes comunistas;
• têm fobia a órgãos de segurança pública;
• dedicam preferencial atenção aos direitos humanos dos bandidos;
• promovem a ideologização da educação e defendem o direito de fazê-lo;
• são contra a redução da maioridade penal e a favor do desarmamento;
• apoiam a agenda de gênero nas escolas, criaram o kit gay, defendem a liberação do aborto, financiam a marcha da maconha;
• criaram, compreendem e utilizam movimentos sociais como milícias a serviço de suas causas políticas.

Cadeia para todos os corruptos, independentemente das letrinhas partidárias em que estejam acantonados! Toda a atenção para o esclarecimento dos eleitores com vistas ao pleito do ano que vem! Todo empenho por uma reforma institucional com parlamentarismo, voto distrital e cláusula de barreira! O poder não pode voltar às piores mãos! Estamos cercados, mas lutando o bom combate!

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* Percival Puggina (72), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

TRIBOS

Duas tribos africanas uniram os seus esforços e derrotaram uma terceira tribo. No fim o líder da tribo derrotada é cozido e comido pelos dois chefes das tribos vencedoras.

Primeiro chefe: "Porra !  Que coisa ruim !"
Segundo chefe: "Sim, mas sempre é melhor que aquela merda que nos serviam na cantina da Universidade Patrice Lumumba."(*)

(*) Universidade Patrice Lumumba - universidade em Moscou onde estudavam  estudantes provenientes na sua maioria de países "em vias de desenvolvimento" o que significa + ou - em vias da bancarrota.



http://jleal.tripod.com/anek03.htm

MANSO KA

Por séculos e séculos os sacerdotes mantiveram o POVO KA de joelhos e na escuridão. O discurso do temor aos deuses era pregado diariamente geração após geração. Todos nasciam, cresciam e morriam sob os pés dos religiosos e cheios de medo. Diziam que quem saísse da tribo seria devorado por monstros infernais. Assim os religiosos viviam a boa vida e eram sustentados e bajulados pela nação inteira. O azar de deles foi ter nascido Manso Ka. Manso nasceu surdo e com quinze anos de idade se mandou. Dez anos depois Manso voltou ainda sem ouvir, mais cheio de brilho e conhecimento. Voltou ver seus pais e irmãos e mostrar ao povo que monstros infernais eram lendas alimentadas pelos dominantes. Houve então uma grande festa e assaram os sacerdotes em fogo baixo e os comeram. Manso preferiu comer peixe.

OS PISTOLEIROS

Lá nos cafundós do Mato Grosso, perto de onde o diabo perdeu suas cuecas, no final de uma estrada poeirenta e quase sempre vazia, moravam os irmãos Morais; Pedro 38, Paulo 35 e Batista 30. Eram solteiros e quando precisavam se aliviar visitavam o bordel da Zefa em Feliz Natal. Os irmãos Moraes criavam porcos e matavam gente. Mais matavam gente que criavam porcos. Matavam gente perto, matavam gente longe. O importante era a paga. Quem morria só interessava pelo preço. Faziam tudo bem feito; a justiça nunca triscou neles. Mais de trinta estavam na conta, bons lucros às funerárias. Não tinham sentimentos, pouco se importavam em deixar filhos sem pai. Eram pessoas rudes e sem bons sentimentos. A vida era assim; um serviço e depois meses de armas guardadas. O tempo corre... Certo dia chegou naqueles confins uma bela moça morena. Tinha brilho, belo sorriso e pernas roliças. Era quase noite e pediu um lugar para ficar. Com boas intenções eles acolheram a mocinha, acredite quem quiser. Foi uma noite e tanto. Rolou muito sexo e cachaça entre o quarteto. Todos dormiram embriagados e exaustos. Quando clareou o dia ela foi embora antes mesmo dos irmãos acordarem.  Dela não mais se soube. Os irmãos? Só se soube que após alguns meses morreram os três da tal doença do pinto podre.

VIDA DE CÃO

“A vida não é feita somente de ração de primeira e agrados no Pet. Às vezes é preciso pelear um osso.” (Bilu Cão)

CREMADO

“Quando morrer gostaria de ser cremado. Não estou preparado mentalmente para viver-morto num cemitério para cachorros.” (Bilu Cão)

SITUAÇÃO CRÍTICA

“A situação está mesmo crítica aqui em casa. Até minha dona está usando calcinha furada, coisa que nunca vi.” (Bilu Cão)

LANCHE

 “Minha patroa anda falando em comprar um rottweiler.  Já estou até planejando minha fuga, pois não nasci para ser lanchinho.” (Bilu Cão)

TESTE

“Fiquei doente e colocaram o dedo na minha bunda. Não gostei!.” (Bilu Cão)


Senador Magno Malta humilha Lula após o ex-presidente atacar Miriam Leitão; veja vídeo

RABINOVIC E O PAPA




Rabinovic(*) morreu e, passado alguns dias, ressuscitou. Pouco tempo depois é chamado pelo Papa. O papa pergunta-lhe:


- Diga-me Rabinovic, você morreu e ressuscitou, portanto deve saber com certeza, quero saber a verdade: Deus existe ?
- Eu compreendo como isso e importante para si - respondeu Rabinovic - mas tenho que dizer a verdade: Deus não existe.
- Obrigado pela sua franqueza. Leve esse cheque de 2 milhões de dólares e não conte a mais ninguém.

*) Rabinovic (pronuncia-se rabinóvitch): não faço a minima ideia quem é o craque, mas deve ser um nome ficticio que personifica o judeu nas anedotas russas.

http://jleal.tripod.com/anek01.htm


ESPOSAS

Um homem tinha que escolher para sua futura esposa entre 3 mulheres igualmente belas, todas por ele apaixonadas. Como tinha bastante dinheiro resolveu dar 1000 contos a cada uma para ver como iriam gasta-los.
A primeira gastou o dinheiro em roupas de marca, cosméticos, tratamentos de beleza, etc, tudo para ficar mais bonita dizendo: "Eu te amo muito e por isso quero que todo o mundo veja que tens a mulher mais bonita da cidade".
A segunda mulher gastou todo o dinheiro em prendas para o seu homem explicando: "Tu és a coisa mais importante da minha vida, por isso gastei todo o dinheiro em ti!"
A terceira investiu os 1000 contos, passado pouco tempo ganhou o dobro e devolveu tudo ao homem: "Eu fiz isso para que saibas que não só sou bonita, mas também inteligente".
Depois disso o nosso homem pôs-se a pensar e depois de muita reflexão decidiu casar-se com aquela que tinha as maiores mamas.

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O "LADRÃO VACILÃO" E SEU CARRASCO por Percival Puggina. Artigo publicado em 14.06.2017



Estava em viagem, acompanhando com menos denodo os acontecimentos no Brasil e, por isso, apenas ontem tomei conhecimento do fato que dá motivo a estas considerações.

Uma coisa é a crescente indignação com nossa também crescente insegurança; outra é a vingança mediante aplicação de uma suposta justiça por meios próprios. Uma coisa é o legítimo direito de promovermos a defesa de nossos bens e da nossa vida mediante o uso de instrumentos de persuasão; outra é o uso desproporcional desses meios, mormente quando aplicados contra um indivíduo em estado de idiotia, incapaz de se defender.

Houve um tempo, na história da humanidade, em que a "justiça" se fazia mais ou menos assim. Por repetitivo que seja, sempre é bom lembrar que já no século XVIII a.C., o rei Hamurabi, unificador do império paleobabilônico, editou o código que leva seu nome e, nele, estabeleceu a lei de talião (resumidamente: "olho por olho, dente por dente") para evitar reparações abusivas, que excedessem o dano causado. Assomos de vingança pessoal, linchamentos, e atos como o do tatuador, representam, pois, um recuo de 3800 anos na história da humanidade. O processo civilizador construiu outras referências, outros padrões de conduta e meios formais para realizar a justiça e buscar a sanidade nas relações sociais. Ou se adere a esses padrões que levam em conta a dignidade da pessoa humana, apesar das dificuldades e dos impulsos primitivos que coabitam em nós, ou retornamos à barbárie, à lei do mais forte. E isso é uma imprudência porque sempre haverá alguém mais forte do que nós.

É verdade que também regredimos na aplicação da justiça como a concebemos. Ela é lenta, ideologizada, pouco eficiente; o ladrão entra por uma porta da delegacia e sai pela outra. É verdade que essa sensação de impotência e quase inutilidade das instituições dá causa àquela indignação a que me referi acima. Mas sequer a soma de todas essas motivações autoriza a violência como a que foi exercida contra o rapaz por alguém que se fez juiz e agressor covarde de um indivíduo deficiente, e debochado carrasco de seu "réu" privado. Cometeu, assim, um crime muito mais grave do que o delito que o motivou àquela reação ferina. A conduta causa indignação. Mas essa indignação não autoriza quem quer que seja a tatuar-lhe na testa "carrasco e torturador". Certo?

Devemos ser promotores da humanização da humanidade. E não o contrário disso. Então, assim como saúdo a solidária mobilização para restaurar o rosto do pressuposto ladrão vacilão - que rapidamente levantou milhares de reais - lamento a falta de solidariedade nacional em relação a tantas outras vítimas da violência e da criminalidade que não aparecem na imprensa, não são pauta nas redes sociais e não inspiram ações restauradoras de natureza pública ou privada.

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* Percival Puggina (72), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

Comentário feito no blog do Puggina:


Renato . 14.06.2017
Prezado, com a humildade de quem muito se inspira com seus artigos, venho registrar minha discordância. Não pelo repúdio ao ato do tatuador, confesso que me vi obrigado a buscar nas profundezas de minha "formação civilizada" a nobreza suficiente para entender que foi mesmo um exagero. Mas gostaria de lembrar o quão desequilibradas estão as coisas nesses tempos. O que muitas vezes nasce de um esforço de equilíbrio, pode, de maneira completamente involuntária, conter elementos de reforço ao inimigo. Como ensina Olavo de Carvalho, "macaquear" as expressões e conceitos do adversário em um embate, já é lhes conceder, pelo menos em parte, a vitória. Chamei de inimigo, pois assim todos deveríamos entender, cada palavra ou "tese" de proteção à civilidade lançadas pela esquerda causam apenas mais morte, ou pelo menos maiores riscos de morte, para os cidadãos de bem desse planeta. Por isso, gostaria de lembrar, refutemos o ato do tatuador, mas chamemos sua "vítima" do que ela é: ladrão. Rapaz, deixemos para os de bem e guardemos para eles nossa solidariedade.

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- APEDEUTA CITA BEETHOVEN - terça-feira, novembro 30, 2004

"Somos como a Quinta Sinfonia de Beethoven. Nós compomos com o Palocci, com o país e estamos afinados", disse o presidente ao se referir à política econômica do governo. 

E por que não a Nona? Quem afina ou desafina é a orquestra, não Beethoven. Sem nada ter feito em meio mandato, Lula tenta um upgrade em sua incultura. Do forró ao sublime alemão. Das parábolas rasas sobre jabuticabas a estultícies sobre música erudita. 

Mas não convence. Em quem nunca preocupou-se em adquirir cultura, há lacunas que cargo algum preenche. Pode até ganhar o prêmio Nobel da Paz, esta comenda reservada aos medíocres do Terceiro Mundo. Mas jamais ultrapassará o universo do forró. 

“O tédio é um articulador de bobagens.” (Pócrates)

“Casei-me com uma mulher feia para não ter incômodos. Pois não adiantou, tornei-me um alce.” (Pócrates)

“Alguns filhos são como gordura e atacam o fígado dos seus pais.” (Pócrates)

“Não se deve dar um harém para um garanhão que definha.” (Pócrates)

“Já fui contra tudo e todos. Hoje não sou a favor de nada.” (Pócrates)

MAIS UM BANDIDO NOS DEIXA

Raúl Castro se foi. E o do bandido da Venezuela, por que não?

MUNARO

Munaro era um homem pequeno que se tornou triste. Viúvo recente, não tinha mais prazer na vida. A depressão foi tomando conta do pequeno corpo dele; os remédios não o ajudaram.  Por fim, no último domingo ele deu cabo da vida se enforcando num bonsai.

NO POÇO

No interior de Garanhuns num lugar perdido entre pedras e areias há um poço profundo. De dentro desse poço saíam gemidos e lamentações por anos seguidos. A notícia chegou à capital depois de um bom tempo. A imprensa toda soube e mandou verificar. Foi lá que jornalistas pernambucanos encontraram escondida e horrorizada a vergonha na cara do Lula.