sábado, 11 de março de 2017

REPUBLICANDO- Brasil em desmanche - General Rocha Paiva

Brasil em desmanche - Opinião
 *Luiz Eduardo Rocha Paiva
O Estado de S.Paulo, 1 Março 2017

O poder da esquerda e da liderança política fisiológica é fator de atraso e falência moral
     
Uma causa longínqua, mas decisiva, do desmanche do Brasil é o seu sistema de ensino deficiente na transmissão de conhecimentos, no desenvolvimento da cultura, na formação cívica do cidadão, na valorização da História e das tradições, o que enfraquece o patriotismo, e na conscientização de princípios morais e éticos, fatores de fortalecimento da sociedade. Essas deficiências facilitaram a implantação e expansão no País da crise de valores, nos anos 1960-1970, que contaminou a instituição da família globalmente e abalou sociedades imaturas como a brasileira.
Tal cenário foi explorado pela esquerda socialista, a partir dos anos 1960, permitindo-lhe o progressivo domínio do sistema de ensino brasileiro. Os partidos e movimentos dessa ideologia acabaram por dominar, também, o meio artístico e parte da mídia. Com os formadores de opinião nas mãos, promoveram a satanização da maioria conservadora, falsamente acusada de radical, regressista e avessa a anseios da população carente. Na verdade, “o conservadorismo não é contrário às mudanças, como se costuma supor, mas entende o progresso útil como proveniente do saber anterior e acumulado e, portanto, plantado nas virtudes e nos valores do passado” (Rohmann, Chris, O Livro das Ideias, Rio de Janeiro, Editora Campus, 2000, pág. 79).
A democracia não se sustenta em nações sem consciência cívica, Justiça legítima e eficaz, onde o Estado não provê as necessidades básicas à população e é gerido por lideranças desacreditadas. A esquerda socialista estava no poder desde 1994, primeiro a fabianista e depois a marxista, em parceria com lideranças patrimonialistas. Ambas são responsáveis por desacreditar a nascente democracia brasileira e afundar o País no mar de lama que sufoca a Nação. Com sua ultrapassada visão de Estado, governo e sociedade, os socialistas ditaram rumos desastrosos na busca do Estado de bem-estar social, num país que não alcançou o nível de riqueza capaz de sustentá-lo e mantê-lo em desenvolvimento. Imagine se tomassem o poder nos anos 1960.
A crise brasileira está no limite do suportável. A continuar o ritmo de deterioração política, econômica, moral e social, a tendência será o advento de rebeliões generalizadas, comprometendo a unidade política do País. Esse contexto é o resultado de mais de uma década de danosas políticas populistas eleitoreiras, de gestão econômica irresponsável e insustentável e da estratégia de corrupção para perpetuar o PT no poder.
O presidente da República e o PMDB foram parceiros da liderança petista e por isso também são responsabilizados pela crise nacional. Assim, embora o impeachment de Dilma Rousseff fosse o melhor para o País, e o processo tenha sido legal, era possível antever as dificuldades para o sucessor superar os óbices e recolocar o Brasil nos eixos.
Hoje, o Estado não cumpre o papel que lhe delega a Nação de garantir sua segurança, desenvolvimento e bem-estar. Na segurança pública a situação é de pré-anomia, pois o Estado não demonstra autoridade nem capacidade de controlar todo o território nacional, tampouco de exercer o comando e a disciplina sobre órgãos de segurança da população. A demora em controlar as revoltas em presídios das Regiões Norte e Nordeste e o motim da PM do Espírito Santo revelam leniência, indecisão e falta de vontade ou autoridade dos governos federal e estaduais. A mistura dessas fraquezas com o não atendimento das necessidades básicas da população é um estopim para a disseminação de revoltas capazes de provocar o caos político-social e comprometer a segurança nacional.
A efetiva reabilitação do Brasil, em todos os setores afetados, demandará mais de uma década, mas o ponto de partida e os alicerces da recuperação estão na economia. Será fundamental haver evidências seguras de reabilitação, nos próximos meses, para as tensões se amenizarem. Com isso o governo terá fôlego para encaminhar as soluções para os problemas dos setores político e social.
É justo reconhecer que o governo busca implementar medidas necessárias à recuperação econômica, mas precisa convencer a sociedade a aceitar sacrifícios. Ela concordaria em arcar com um pesado ônus para ajudar o Brasil a sair do abismo desde que o andar de cima apertasse, e muito, o próprio cinto. Porém a liderança nacional, nos três Poderes da União, não entende que o exemplo vem de cima e é a base moral da autoridade. Nos altos escalões do serviço público, da União e dos Estados, existem megassalários turbinados por benesses complementares, cuja legalidade sem legitimidade afronta a justiça. A socialização equilibrada desse custo é a única forma de legitimar sacrifícios impostos a uma sociedade sem reservas para cortar.
A deterioração da economia nos próximos meses geraria cenários de conflitos, pois as tensões sociais se agravariam, escalando para revoltas em diversas regiões e ameaçando os Poderes constitucionais e a unidade nacional. O Executivo sem a confiança da Nação, leniente, tímido e sem força política, ao lado de um Legislativo desacreditado e descomprometido e de um Judiciário dividido, terá sérias dificuldades para pacificar o País com base no arcabouço legal vigente. Para aquilatar o nível de violência desses conflitos basta lembrar que a unidade nacional é cláusula pétrea para as Forças Armadas.
A Nação precisa entender que o poder da esquerda socialista, ideologia liberticida e fracassada, e da nossa liderança política fisiológica é fator de atraso e falência moral. Elas afundaram o Brasil, promoveram a quebra de valores morais e do princípio da autoridade, bases da paz social, incentivaram a indisciplina no serviço público e fraturaram a coesão nacional. Como deter o desmanche do País, dentro das normas legais, com a Nação sujeita à forte influência socialista e sob o poder de lideranças fisiológicas tão difíceis de expelir?

*General da reserva, ex-comandante e professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército

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GADO NÃO

Não esmorecer,
Não ceder.
Trabalhar,
Estudar,
Vislumbrar o futuro,
Fazer e não esperar acontecer.
Ser luz e não escuridão,
Não aceitar ser apenas mais um quadrúpede no curral.

DELÍRIO

Aranhas na parede do quarto,
Jason de máscara e facão na porta,
Esqueletos no armário.
Zumbis sob a cama,
Sangue nas torneiras.
O passageiro contumaz da viagem etílica
Agora segue num passeio delirante,
Com passagem só de ida,
Pedindo com urgência um esquife para se deitar.

A CONSTRUÇÃO

Sob o sol da esperança o povo apoiou a construção prometida,
Acreditando que era uma fortaleza.
Mas seus tijolos velhos e podres,
Dia após dia desmoronaram,
Mostrando quão fraco e enganoso
Era o material dessa obra calamitosa de monumental propaganda.

MEDIOCRIDADE COLETIVA

Foice e martelo,
A ignomínia da tutela.
A história já desnudou o seu fracasso,
Mas mesmo assim,
Entre jumentos diplomados
E alguns da plebe rude,
É salvação da raça.
Então é matar o ser pensante criativo
Em nome da mediocridade coletiva.

NO PAÍS DOS OVOS VIRADOS

No país dos ovos virados
A chuva planeja sair da terra,
Os rios pensam em correr para cima,
Eleitores mais ou menos corruptos desejam continuar elegendo corruptos completos.
No país dos ovos virados,
O diploma universitário pela qualidade de tantas será papel de embrulho.
E só nos falta agora os filhos parirem os pais,
Bandidos serem os carcereiros de suas vítimas,
E policiais serem açoitados pela audácia suprema de prender e eliminar ladrões.

MESTRE YOKI, O BREVE

“Mestre, qual é o futuro de um país que não investe em educação de qualidade?”
“O futuro será igual boi na moenda: Roda, roda e não sai do lugar.”

MESTRE YOKI, O BREVE

“Mestre, Elvis vive?”
“Sim, e deve estar agora jantando com a tua mãe.”
“O tempo passa e até relógio fica velho.” (Mim)


   “Quando os que mandam perdem a vergonha os subordinados se acham no direito de trabalharem nus.” (Mim)
“É bom sempre ouvir os dois lados de uma história. Se você ouvir só um poderá ouvir justamente o lado mentiroso.” (Mim)
“Erro, mas não premedito.” (Mim)
“Na vida nada me surpreende. Conheço até cornos felizes.” (Mim)


“Rir é aconselhável. Menos em velórios.” (Mim)
“Não vivo do humor. Faço humor para me manter vivo.” (Mim)
“Para dar elogios cobro uma pequena taxa. Já para falar mal de qualquer pessoa faço de graça.” (Climério)
“Tenho todos os defeitos do mundo. E não satisfeito ainda pego alguns dos vizinhos.” (Climério)
“Quando ela diz ‘te ligo amanha’, porém nem pediu o seu telefone, espere deitado.” (Climério)
“Eu já fui muito tímido. Tanto que na casa de estranhos só comia de olhos fechados.” (Climério)
“Não sou um bom ouvinte. Não consigo desabafar nem comigo mesmo.” (Climério)
“Os últimos serão os primeiros. Isso só acontece na lista de demissões.” (Climério)