sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

A opinião de um ator: de Kevin Spacey para Wagner Moura

Por Lucas Berlanza, para o Instituto Liberal
O hollywoodiano Kevin Spacey, ao dizer que a opinião de um ator sobre política é absolutamente irrelevante, foi mordaz e cutucou, ainda que essa possa não ter sido sua exata intenção, um problema importante. No Brasil, esse ataque seria ainda mais doloroso, escandalizando os ânimos de muitas figuras que se consideram notáveis intérpretes do Estado e da economia brasileira porque fazem sucesso nas artes cênicas, como se uma coisa estivesse ligada à outra. Em verdade, a problemática se torna maior, com músicos sendo considerados “intelectuais” porque fizeram canções de protesto (contra governos que não estão no poder há tempos), e continuam sendo paparicados pelos vultosos recursos públicos via Lei Rouanet.
Spacey expressou, no entanto, uma meia verdade. Natural que assim seja; poucas vezes uma única frase solta, sobretudo quando dita em tom de desabafo, tem o condão de sintetizar algo perfeitamente. Trata-se de uma meia verdade porque, abstração feita da qualidade de ator, alguém pode ter uma percepção interessante da realidade social, como pode ter a respeito de qualquer outro assunto. Discutir a importância de uma opinião não é tarefa simples, e a conclusão estará repleta de subjetividades. A ela, bom dizer, todos têm direito, inclusive o de expressá-la. Meia verdade, também, porque o impacto que uma figura pública – e um ator normalmente se enquadra nessa categoria – consegue ao proferir e disseminar distorções indefensáveis é coisa muito séria e, por isso mesmo, nada irrelevante. Uma opinião estúpida não é e não pode ser considerada, por isso apenas, um crime; é inegociável o direito de externá-la. No entanto, é imperioso que as vozes sensatas não percam a oportunidade de denunciá-la como sendo o que é, cientes da existência dos militantes e dos “pseudo-intelectuais” vendidos que de pronto a divulgarão como propaganda de seus ideais autoritários e intolerantes.
O ator global Wagner Moura, campeão de socialismo entre as estrelas da televisão e do cinema nacionais, em entrevista ao Jornal O Globo, em fevereiro de 2014, soltou uma dessas pérolas imperdoáveis que não podemos deixar de tornar desnudas em sua imbecilidade abjeta. Não satisfeito, resolveu republicar exatamente esse trecho infeliz em seu perfil na rede social Facebook, como um “presente” indigesto de fim de ano, em 27 de dezembro passado. Disse ele:
“É uma pena que muitos comediantes, e não só comediantes, mas muitos artistas jovens brasileiros sejam de direita. Sejam garotos fascistas. Eles fazem um trabalho que a gente ensina nossos filhos a não fazer. Apontam para os outros e dizem: “hahaha, você é preto, você é viado, você é aleijado”. Eu sou politicamente correto. O politicamente correto é uma ferramenta civilizatória que inventamos para que uma criança negra não veja um negro sendo humilhado na TV. Mas todo garotão que é artista gosta de dizer que o maneiro é ser politicamente incorreto. Isso não é engraçado, não é humor.” (MOURA, WAGNER)
Vamos examinar o terrível problema. O judicioso cientista social Wagner Moura acredita que os valores e bons princípios, reduzidos sistematicamente a nada por teóricos de esquerda como Trotsky, vêm sendo prejudicados no Brasil, isto sim, pelo surgimento de uma “direita” que, ocupando um grande espaço nas artes, vem “doutrinando” os jovens para o descaminho. Gostaria de saber em que país – ou antes, em que PLANETA ele vive. Brasil, América do Sul, Terra, certamente não é. De memória, me recordo, por exemplo, do cantor Lobão, que vem defendendo ideias mais à direita e tem participado de manifestações públicas contra o governo, e o humorista e apresentador de TV Danilo Gentilli, que vem dando louvável espaço a figuras que contrastam com o mainstream de esquerda. Talvez haja mais; talvez haja aqueles que nada falam, embora pensem assim, por receio de prejuízos na carreira. De qualquer forma, o que desponta são notórias EXCEÇÕES. Já paranoicos como Wagner Moura, que enxergam um monstruoso “direitismo” tomando de assalto o poder no Brasil do PT, esses existem aos montes.
Seduzidos pelo “politicamente correto”, que Moura desfralda como ferramenta civilizatória, esses os há mais ainda. Na “ditadura do mimimi”, as insistências panfletárias das esquerdas vão tornando a mera verbalização da verdade um crime imperdoável, exigindo-se que ela seja mascarada por uma série de camadas de etiquetas, adornos e esquisitices. Em ponto extremo, já chegamos a ter pessoas deixando de grafar palavras masculinas que, pela convenção da língua, designam os dois gêneros sexuais, substituindo letras e adulterando idiomas, supostamente para não ferir suscetibilidades. Com base nessa busca por privilégios, que abarca a reivindicação irracional por cotas em cada vez mais setores, a cultura da liberdade vai sendo desprestigiada, e a consagração pelo mérito, sendo desestimulada. Quem se cansa disso, por ter bom senso, é um “fascista”, que aprecia debochar dos outros por serem negros, homossexuais ou deficientes físicos, de acordo com Moura. São “a direita”.  Irônico que Wagner Moura tenha relembrado essa excrescência na mesma semana em que o ditador da Coreia do Norte taxou o presidente dos EUA, Barack Obama, de “macaco”. Kim Jong-un,  por certo, é de “direita”, assim como Stálin, Mao, Pol Pot…
A “direita”, ou as tradições liberais e conservadoras, constituem correntes políticas admissíveis e importantíssimas em qualquer regime democrático, com livre circulação de ideias. Assim deve ser. No entanto, o aparecimento de “direitistas”, para o senhor Wagner Moura, é um escândalo. O horror que os nossos esquerdistas sentem pelo diferente e pelo contraditório é prova cabal de como não têm a mínima legitimidade para se proclamarem os defensores únicos e impecáveis da tolerância e da pluralidade.
Possivelmente, Wagner Moura se considera uma voz de contestação muito necessária. Não é; assim como o partido nanico e barulhento cujos candidatos ele tem o hábito de apoiar, o brasileiro se situa na “pseudo-oposição” que colabora para “criminalizar” moralmente a verdadeira. Marionete fanfarrona de um jogo em que não dá as cartas, ele, em que pese sua competência como ator – que eu reconheço , está, sem nenhuma dúvida, entre os que com mais afinco procuram dar razão ao seu colega de ofício americano.

Se o estado brasileiro fosse uma família, tinha quebrado e estaria na mão de um agiota

“Os governos nunca quebram. Por causa disso, eles quebram as nações.” (Kennet Arrow)
Qualquer administrador das finanças do lar compreende que não é possível gastar mais do que ganha indefinidamente. O “superávit primário” nada mais é do que poupar uma parte das receitas para ter condições de pagar o custo da dívida acumulada nos anos anteriores.
O mínimo que se espera de um governo responsável é um saldo positivo primário, pois o certo mesmo seria um saldo final positivo, o que significaria que o governo consegue pagar todas as suas despesas, incluindo a de juros, e ainda amortizar um pouco do estoque de dívida.
No Brasil, curiosamente, nossas esquerdas rejeitam até mesmo a necessidade de um superávit primário. Ou seja, é como se acreditassem que o governo é muito diferente de uma família, e que pode simplesmente gastar mais do que arrecada como se não houvesse amanhã.
Em um aspecto ao menos o governo é diferente de uma família, ainda que seja apenas o administrador dos recursos públicos em nome de todas as famílias brasileiras: ele tem o poder de arrecadar impostos e de emitir dinheiro (um imposto disfarçado).
Quando uma família perdulária gasta sistematicamente mais do que ganha, mergulha no vermelho de forma perigosa, adere ao cheque especial e eventualmente cai na mão de um agiota. Paga juros altíssimos e corre o risco de ter que declarar falência e perder todos os seus bens remanescentes.
Mas quando o governo gasta cada vez mais, sem a contrapartida na receita, ele pode sempre emitir mais moeda e gerar inflação (como fez o governo Dilma), ou decretar aumento de impostos (como fez o governo Dilma). Ele não quebra como uma família; mas ele acaba quebrando a nação!
Digo tudo isso, claro, para chegar ao lamentável fato ocorrido em 2014, divulgado agora: tivemos o primeiro déficit fiscal primário desde 1997! As “pedaladas” do governo Dilma foram criando uma bola de neve que, ao ser parcialmente reconhecida no final de 2014, levou a esse rombo superior a R$ 30 bilhões no consolidado.
Só para refrescar a memória do leitor, o governo falava em superávit primário de R$ 100 bilhões no começo do ano, depois revisto para R$ 80 bilhões. Entregou um déficit de R$ 32 bilhões. Primário, ou seja, sem levar em conta o serviço da dívida que, como qualquer indivíduo bem sabe, também é despesa.
Em outras palavras, Dilma rasgou a Lei de Responsabilidade Fiscal, jogou no lixo o legado mais importante da era FHC. E para não ser punida legalmente pelo crime de responsabilidade, ainda mandou ao Congresso uma alteração na Lei das Diretrizes Orçamentárias no apagar das luzes do ano passado, para se livrar das consequências de seus atos irresponsáveis. Quem paga por seus erros somos nós, trabalhadores, consumidores e pagadores de impostos.
Agora o governo Dilma fala em um superávit de 1,2% do PIB para 2015. E quem acredita? Não basta colocar ministro novo com fama de “fiscalista” ortodoxo. O esforço fiscal necessário para essa reviravolta seria homérico, especialmente em uma economia em crise, sem crescimento. Dilma vai mesmo entregar o que promete agora? Como?
O certo seria cortar na carne, bilhões e bilhões de despesas inúteis do governo, que aumentaram exponencialmente nos últimos anos, sem contrapartida alguma na melhoria dos serviços públicos.  Quando analisamos que a receita do governo subiu de R$ 991,1 bilhões em 2013 para R$ 1,01 trilhão em 2014, fica claro que o problema não é falta de receita.
O problema é excesso de gasto. As despesas saíram de R$ 914,1 bilhões em 2013 para R$ 1,03 trilhão em 2014. Estamos diante de um governo gastador, perdulário, irresponsável e incompetente (já que nada disso significou melhoria nos serviços públicos).
Mas sabemos que Joaquim Levy e a presidente Dilma desejam ir pelo caminho mais fácil e proteger todos aqueles pendurados em tetas estatais, jogando o fardo uma vez mais nas costas dos pagadores de impostos. O caminho escolhido será o aumento de impostos, prerrogativa que só os governos têm, não as famílias.
Outra medida que as famílias endividadas podem tomar quando as contas apertam é a venda de ativos. Aquele carro extra, talvez um relógio ou uma joia, quem sabe as ações que guardavam para o filho? O estado tem ativos também. Muitos, no caso brasileiro, pois a União é dona de centenas de empresas.
Logo, a privatização seria outra alternativa para reduzir o rombo fiscal e abater endividamento, que subiu bastante e ultrapassou 62% do PIB. Mas aqui o governo Dilma também fez grandes lambanças (e onde não fez?). A Petrobras, sem dúvida o principal ativo, foi destruída pela incompetência e roubalheira. O valor de suas ações despencou. A empresa perdeu mais de R$ 20 bilhões de valor de mercado em apenas 3 dias!
Somando tudo, eis o que temos: o governo Dilma rasgou a Lei de Responsabilidade Fiscal e entregou o primeiro déficit primário desde 1997, fez isso aumentando arrecadação, mas aumentando ainda mais despesas, produziu uma inflação elevada e crescente para financiar sua irresponsabilidade, expandiu a dívida do governo, e destruiu o valor dos ativos do estado. E é nela que alguns depositam a esperança de consertar essa trapalhada toda?
Rodrigo Constantino

LEANDRO NARLOCH- Por que falta água e sobra petróleo? A resposta é uma única palavra

A água é um recurso renovável, fácil de captar e muito mais abundante que petróleo, mas então por que as represas estão vazias e os tanques de petróleo transbordam?
Não só o Brasil ou países pobres sofrem com a seca. Faltou água nos Estados Unidos em 1999, quando uma seca de verão atingiu a costa leste. Na Austrália, em 2007, a falta de chuvas levou à ruína produtores de frutas à base de irrigação.
Já as reservas de petróleo só crescem – e o preço do barril está em queda porque a produção está alta demais em relação à demanda mundial. De vez em quando o petróleo encarece, mas faltar, não falta.
A resposta para esse mistério é uma simples palavra: preço.
A beleza do mercado de petróleo, onde há concorrência e preços livres, é que a escassez leva à abundância. Se a oferta de petróleo diminui, o preço sobe. Com preço alto, há incentivo para a economia de gasolina entre os consumidores e para pesquisa de fontes alternativas, novas reservas e processos de extração. Foi o que aconteceu de 1973 para cá. A crise do petróleo empurrou o mundo para motores mais econômicos, etanol, carros elétricos, pré-sal e petróleo de xisto. O resultado é abundância e preços baixos em 2015.
O petróleo confirma o que economistas já sabem há algum tempo: o mecanismo de informação e incentivos dos preços é o melhor sistema de alocação de recursos. Não é exagero falar em beleza, como fiz ali acima, pois esse fenômeno é dos mais bonitos da economia.
O mecanismo de preços funciona todo dia no setor de alimentação, o mais essencial de todos. Se falta tomate, o preço sobe. É como se emitissem um alerta a todos envolvidos, desencadeando uma série de mudanças de atitude. No supermercado, a dona de casa se assusta com o preço e coloca menos tomates na sacola. O dono do restaurante reduz o desperdício de tomates e sobe o valor do espaguete ao sugo, empurrando clientes para a pizza quatro-queijos. O importador aumenta o pedido de tomates enlatados da Itália. O agricultor brasileiro percebe que lucraria mais se destinasse parte da fazenda à plantação de tomates. De repente há tomate demais para uma demanda menor. Pronto: a varinha de condão dos preços livres transformou a escassez em abundância.
O chato é que o mercado de água não é assim. A concorrência entre sistemas de água encanada é difícil, pois é caro demais haver empresas com encanamentos paralelos competindo entre si. Por isso empresas de água geralmente são monopólios públicos ou privados. Para evitar abusos da empresa dona do monopólio, o preço é regulado ou tabelado pelo governo.
Com o tabelamento, os superpoderes do preço desaparecem. Ele perde a capacidade de distribuir informação e incentivo. As pessoas utilizam demais o recurso mesmo quando ele é escasso. Fornecedores não têm incentivo para pesquisar novas fontes, pois a água é barata demais. No caso dos tomates, é como se a dona de casa continuasse comprando como antes, sem que ninguém se interessasse em aumentar a produção. Uma hora todos percebem que há uma crise de tomates no país.
Nos anos 80, o congelamento de preços deixava prateleiras vazias no mercado. Em 2015, a regulação do preço da água resulta em torneiras secas. Nos anos 80, o mercado negro vendia, com ágio, a carne e o leite que ninguém encontrava no mercado. Em 2015, serão os caminhões-pipa, vendendo a preço livre, que vão nos livrar do desabastecimento causado pela seca – e pela regulação do preço da água.
(Muitos leitores devem perguntar: seria possível haver preços livres no sistema de distribuição de água? Não haveria abusos da empresa que detém o monopólio? Prometo as respostas para um próximo post.)
@lnarloch

“Quer fazer de uma criança um adulto inútil? Então faça tudo por ela, deixei-a crescer sem desafios e sem ouvir um não.” (Mim)

“Quem acredita em Chapeuzinho Vermelho acaba sendo comido pelo Lobo Mau. É preciso filtrar certas amizades.” (Pócrates)

“Educação de berço? Realmente é de algum valor quando o tal berço foi um curral de patudos?” (Eriatlov)

DEIXA PRA LÁ

Há seres que não amam por medo de sofrer
São os omissos do amor
Também existem os egoístas da vida pública
Preocupados apenas com suas coisas
Não estão nem aí para Pedro ou Paulo
Desde que para si esteja tudo bem
São estes que generalizam tudo
Pois assim evitam pensar e ter que fazer escolhas
Isso até quando batem à sua porta no meio da noite
Para levá-lo à prisão apenas por pensar diferente.


Omissos

A omissão traz a perturbação
Os enganadores gostam disso
Para impor suas mentiras dissimuladas
Mas é de bom augúrio avisar aos muristas
Que quando o muro cair
Cairá também sobre eles.

ESTE CANÁRIO PRECISA ESTAR NA GAIOLA - Por risco de fuga, PGR defende prisão de Renato Duque

Rodrigo Janot afirma que ex-diretor de Serviços da Petrobras tem fortuna no exterior e pode facilmente fugir das autoridades.

LA MERD- Petrobras: planilha indica sobrepreço de R$ 9,4 bi só em uma diretoria

Cálculo dos investigadores é baseado em todos os contratos fechados pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, de 2004 a 2012.

“Sou um operário que pensa. Membro da elite que detesta o PT.” (Mim)

“O PT e sua trupe já comeram a metade do Brasil do futuro.” (Mim)

“Quem nunca bebeu não sabe das maravilhosas ressacas que perdeu.” (Mim)

“Fui católico por muitos anos só para comer hóstias.” (Mim)

“Há loucos de todos os tipos, inclusive loucos de ocasião.” (Mim)

MINICONTO- EM BREVE CHOVERÁ LIVROS

Um agricultor caminhava pelo campo quando viu escrito na grama: “Em breve choverá livros.” Não deu bola e seguiu seu caminho. No outro dia nos céus de todas as cidades do país estava escrito: “Em breve choverá livros.” No terceiro dia quando se ligava a televisão aparecia na tela os dizeres: “Em breve choverá livros.” O povo começou a ficar preocupado. No quarto dia ouve pânico, pois todas as emissoras de rádio sofreram interferência de uma comunicação que dizia: “Em breve choverá livros.” No quinto dia novamente nos céus do país um recado um pouco maior: “Em breve choverá livros e todos terão que lê-los!” Mais pânico. No sexto dia não ouve comunicação alguma e a tal chuva de livros teve início. Neste dia começou o grande êxodo brasileiro, mais de 55 milhões de pessoas fugiram do Brasil invadindo a Venezuela, Bolívia e Argentina.

Instituto LIberal-Refutando as dez maiores impropriedades que ouvi e li sobre os atentados da França – Parte 1

Acho que me choquei mais com a reação dos intelectuais do que com os atentados em si que, embora chocantes, para mim, que sou um curioso do tema, não foram surpreendentes. Nem mesmo os defuntos esfriavam e um monte de “intelectuais” brasileiros acorreram às câmeras e à internet para um espetáculo de bom-mocismo ignorante e de síndrome de Estocolmo. Os mais chocantes e indecentes argumentos resumem-se aos pontos abaixo:

1) “Não foi um ataque religioso/ Não foi um ataque islâmico!”
No islã, não é proibido apenas fazer charges ofensivas do Profeta Mohammed/ Maomé. É proibida qualquer imagem dele, por mais bonita que possa ser. As charges foram objetos de “Fatwas” (decretos, sentenças) de autoridades religiosas ligadas a grupos jihadistas, por conta da ofensa ao Profeta Mohammed (Maomé). Testemunhas relataram que, durante o tiroteio, os assassinos gritavam Alahu Akbar (Alah é grande) e teriam dito: “o Profeta foi vingado.” Depois da pérola acima ter sido proclamada inclusive pelo esquerdista e “bonzinho” François Hollande, a “sucursal” iemenita da Al Qaeda, organização fundamentalista e jihadista islâmica, reivindicou – coisa que faz raramente – a autoria dos atentados. O ataque foi islâmico e motivado por questões religiosas sim.

2) “Não se pode vincular isso ao islã !”
Uma coisa é discriminar todos os islamitas ou considerá-los todos terroristas, o que é um erro e uma injustiça. Todavia, o jihadismo é uma tendência religiosa dentro do fundamentalismo islâmico. Existem dois tipos de Jihad (guerras santas) no islã: a “Jihad maior” e a “Jihad menor”. A “Jihad maior” é a guerra interna das “forças da alma” versus “as forças do instinto, da corrupção”. A “Jihad menor” é a guerra santa aos infiéis. O islã fundamentalista prega a “Jihad menor” em detrimento da “Jihad maior”: se a “Jihad maior” se refere à corrupção de si próprio, uma luta interior, na “Jihad menor” é definida como uma luta de Dar Al Islam ( o mundo do islã) contra Dar Al Harb (o mundo da corrupção), assim considerado o o mundo dos Kafir/Kuffar, infiéis. Assim sendo, se se quer tentar minorar os riscos de futuros ataques, deve-se procurar jihadistas não entre budistas, ciclistas, judeus, cruzeirenses ou cristãos, mas infiltrados nas mesquitas mais fundamentalistas do islã. É uma lógica básica.
3) “Os chargistas ofenderam muito o islã !
O referido semanário (Charlie Hebdo), que era de extrema esquerda, aliás, ofendia TODAS as religiões, sobretudo o judaísmo, cristianismo e islã. Uma pequena pesquisa no “Google imagens” mostra as charges, com cenas grosseiras, como “cu de judia”, um judeu ortodoxo beijando a boca de um oficial da SS em frente ao campo de Extermínio de Auschwitz, bem como cenas com uma caricatura de um “Jesus Cristo” efeminado praticando sexo anal com Deus(!), ao mesmo tempo em que enfia um símbolo indicado como “Espírito Santo” em seu ânus. A revista tinha um humor de extremo mau gosto, sobretudo para com as religiões. Dizer que blasfêmia justifica assassinato – como alguns esquerdistas incorrigíveis estão dizendo – significa voltar ao de pior na Idade Média, ou ainda, aceitar como justificável que as moças do grupo FEMEN fossem metralhadas ou apedrejadas à morte por ofenderem tão reiteradamente os símbolos católicos.
*Advogado. Doutor em Direito.

E como diz a minha avó noveleira mastigando um torresminho: “Nunca fui fã de bebidas alcoólatras!”

“Ter dúvidas é o primeiro passo no caminho da sabedoria.” (Filosofeno)

“PT, o coveiro de instituições.” (Mim)

Oh, muito obrigado!

A verdade é que tal agradecimento aconteceu
Pois Alberto era um sujeito distraído
Que vivia no mundo da lua
Fato é que ao ser apresentado à mulher de um amigo de longa data
Disse até com certo enfado
Oh, muito obrigado!

AS INCRÍVEIS PERIPÉCIAS DA GRACIOSA GRAÇA NO COMANDO DA ESCULHAMBADA PETROBRAS


Graça: prejuízos com corrupção na Petrobras podem ser maiores do que o projetado. Empresa poderá não pagar dividendos aos acionistas

Graça Foster consulta dados da empresa em recente café da manhã com jornalistas (Foto: Estadão Conteúdo)
Graça Foster consulta dados da empresa em recente café da manhã com jornalistas (Foto: Estadão Conteúdo)
Em teleconferência, presidente da estatal reconheceu que número de empresas e contratos investigados pela Operação Lava Jato pode ser ampliado
Por Luís Lima, de VEJA.com
A presidente da Petrobras, Graça Foster, admitiu que as perdas causadas à companhia por corrupção podem ser maiores [do que se tem divulgado], dependendo do avanço das investigações da Operação Lava Jato, da Política Federal (PF). “Novos ajustes podem ser feitos, dependendo das novas informações”, afirmou em teleconferência com analistas e investidores.
No balanço não auditado do terceiro trimestre, a estatal apresentou um total de 88,6 bilhões de reais em ativos superavaliados, ou seja, que tiveram um valor contábil maior do que o de mercado. A estimativa se refere a 31 contratos firmados com 23 empresas investigadas no âmbito da Lava Jato no período entre janeiro de 2004 e abril de 2012. No entanto, segundo Graça, poderá haver a “ampliação do escopo dos contratos, empresas e do período de análise”, caso venham à tona novos indícios de corrupção.
“Se tivermos mais depoimentos em que surjam mais empresas, temos que buscar, abrir esse número e esse número (relacionado à corrupção) cresce”, afirmou. Ainda segundo Graça, a resposta para o valor provocado por atos ilícitos na empresa “não é trivial” e depende dos trabalhos da PF.
A executiva ainda justificou o motivo de não ter usado a metodologia que apresentou o valor de 88,6 bilhões de reais em ativos superavaliados. “Decidimos não usar a metodologia do valor justo (de mercado) para ajustar os ativos imobilizados devido à corrupção, pois o ajuste seria composto de elementos que não teriam relação direta com pagamentos indevidos”, disse a presidente, citando como exemplo variáveis econômicas, como câmbio, taxa desconto, indicadores de risco e mudanças nas projeções de preços de equipamentos e insumos.
Graça também reconheceu a limitação da Petrobras em dimensionar as perdas provocadas por desvios devido ao fato de que diversos pagamentos foram efetuados entre empresas contratadas e fornecedores externos, ou seja, não fazem parte dos registros contábeis da estatal.
No total, a petroleira considerou 52 ativos, que somam 188,4 bilhões de reais, sendo que 21 deles estiveram com o valor contábil menor do que o justo, somando 27,2 bilhões de reais. Na teleconferência, Graça explicou que do total de 52 ativos avaliados, 24 ativos ficaram sob responsabilidade de consultorias independentes e 28 foram avaliados pela própria Petrobras, que diz ter seguido premissas dos avaliadores independentes. Com os independentes ficaram os ativos de maior valor, como as refinarias do Comperj, no Rio de Janeiro, e Abreu e Lima, em Pernambuco.
Durante a apresentação, Foster classificou as investigações da Lava Jato como “episódios fortes e marcantes” na história da companhia e disse que irá fazer uma “limpeza muito firme e dedicada para ter uma avaliação correta para nosso patrimônio liquido”. “A posição de caixa da Petrobras, no entanto, não é afetada por ajustes da corrupção ou por reavaliação dos seus ativos”, ponderou. Ainda de acordo com Graça, a estatal segue intensificando o trabalho de aprimoramento da governança, controle interno e gestão de riscos.
Empresa pode não pagar dividendos aos acionistas
A simulação de fluxo de caixa demonstrada pela Petrobras mostra que a companhia poderia chegar ao final do ano com 8 bilhões a 12 bilhões de dólares em caixa. A projeção considera a possibilidade de a companhia não realizar nenhuma captação ao longo de 2015. No início do ano, o volume de recursos em caixa, em dólar, seria de 25 bilhões de dólares.
Na mesma simulação, a Petrobras considera uma geração operacional de 28 bilhões a 32 bilhões de dólares e investimentos no valor de 31 bilhões a 33 bilhões de dólares. A companhia também prevê desembolsos de 16 bilhões a 18 bilhões com dividendos, amortizações e juros, além da captação de 3 bilhões de dólares com a venda de ativos.
Durante a apresentação dos resultados, o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa admitiu a possibilidade de não pagar dividendos a acionistas, caso a situação financeira da companhia piore. “Há a possibilidade de não haver pagamento de dividendos, essa é uma alternativa que pode ser avaliada dependendo (da situação da companhia)”, disse Barbassa, sem especificar um período de tempo.
A companhia ainda projeta que o preço médio de realizações com a venda de combustíveis para 2015 é estimado em 80 dólares por barril. Entram na conta, por exemplo, o diesel e a gasolina. O preço de ambos os combustíveis será mantido, a despeito da recente tendência de queda das cotações internacionais.
Balanço
Na madrugada da quarta-feira, a estatal anunciou lucro líquido de 3,087 bilhões de reais, em queda de 38% ante o segundo trimestre do ano passado. Os números foram divulgados após uma reunião de onze horas do Conselho de Administração da estatal, que não chegou a um consenso sobre como separar no balanço as perdas provocadas pelos desvios apontados na Operação Lava Jato dos prejuízos com outros fatores, como projetos ineficientes e atrasos causados por chuvas.
Barbassa ressaltou, na teleconferência, que a companhia tem até junho para a apresentação do balanço anual auditado, mas admitiu que considera uma ampliação desse prazo. “Dependendo de outros elementos que fogem do controle da empresa, temos que ser sempre prudentes na evolução de alternativas”, disse.
(Com Estadão Conteúdo)

GOVERNO DO PT: O VERDADEIRO ESTADO PROPAGANDA


ME EXPLIQUEM, QUE EU QUERO ENTENDER: Governo tem máquina de comunicação que gasta meio bilhão por ano e abriga 2,3 mil funcionários, gasta 1,1 bilhão em publicidade oficial, e ainda precisa contratar agência de comunicação, como acaba de ocorrer?

A estrutura gigantesca de comunicação do governo mostrada no painel acima, mais a colossal despesa com publicidade oficial, não são suficientes: é preciso também contratar, por 40 milhões por ano, uma agência privada para cuidar   (Foto: EBC)
A estrutura gigantesca de comunicação do governo mostrada no painel acima, mais a colossal despesa com publicidade oficial, não são suficientes: é preciso também contratar, por 40 milhões por ano, uma agência privada para cuidar (Foto: EBC)
Vêem a estrutura acima? Isso tudo é a Empresa Brasil de Comunicação, empresa estatal criada por Lula em 2007 como sucessora da velha Radiobras.
A empresa é ligada à Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), e é gestora da Agência Brasil, da TV Brasil, da TV Brasil Internacional (sim, existe uma TV Brasil Internacional!), da Radioagência Nacional e do sistema público de rádio (com oito emissoras, como as rádios Nacional de Brasília e Nacional do Rio e a Rádio MEC), além de gerir o canal de televisão NBr e o programa de rádio A Voz do Brasil”.
Esse paquiderme, que ostenta emissoras de TV com décimos de percentual de audiência, como a tal NBr, tem exatos 2.333 funcionários e gastou, no ano passado, 463,9 milhões de reais do Tesouro.
Além disso, o governo federal alcançou a marca de 1,1 bilhão de reais em gastos com publicidade em 2014, segundo a respeitada ONG Contas Abertas (conferir aqui).
Pois bem, a despeito de toda essa torração de dinheiro para divulgar o governo, a newsletter Jornalistas & Cia. desta semana informa o seguinte:
“A CDN, que desde 2009 vinha atendendo à Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República no relacionamento com a imprensa internacional e relações públicas no exterior, venceu nova licitação e seguirá por mais um ano a desenvolver o trabalho de imagem e reputação do Brasil lá fora. O contrato, que poderá ser renovado por até 60 meses, prevê também serviços como planejamento estratégico de ações de comunicação, organização de atividades de imprensa por ocasião de viagens, monitoramento e análise de mídia, entre outros. A agência não terá estrutura fixa de atendimento e as equipes serão montadas por projeto”.
O interessante é que o contrato anterior era de 16 milhões de reais por ano. Agora, pulou para 40 milhões.
Nada contra a CDN, que cumpre as leis e trabalha direito. Conheço gente de lá, são ótimos profissionais.
Mas não dá para evitar a pergunta: para que serve toda a estrutura de comunicação pública do governo? Para que serve a enorme estrutura de embaixadas e consulados que o Itamaraty mantém pelo mundo afora? Além de gastar 1,1 bilhão em publicidade, ainda é necessário contratar agências para “relacionamento com a imprensa internacional” para fazer “relações públicas no exterior”?
Me expliquem, que eu quero entender.
Ricardo Setti

SITUAÇÃO COMPLICADA


Seca no Sudeste: vejam como está a represa de Três Marias, em Minas

(Foto: Manoel Marques/Imprensa MG)
Vejam o barco preso pelo recuo das águas da represa da hidrelétrica de Três Marias, na região central de Minas Gerais.
Com a construção iniciada no governo do presidente Juscelino Kubitschek, a represa da hidrelétrica tem capacidade de armazenar 21 bilhões de metros cúbicos de água, mas tem, hoje, apenas 10% deste total, o que significa uma capacidade de geração de energia muito inferior à do mesmo mês do ano passado, que era de 27,56%.
A foto diz muito sobre a seca que assola São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Ricardo Setti

O SÍMIO COMUNISTA IRÁ CONTINUAR SONHANDO- EUA rejeitam exigência de Raúl e descartam devolver Guantánamo

O JABUTI CONSEGUIU- Moody's rebaixa todas as notas de crédito da Petrobras

Na prática, a agência de classificação de risco acredita que as denúncias de corrupção e o balanço não auditado podem dificultar o acesso ao crédito da companhia.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Editorial do Estadão: ‘Reinações de Gilbertinho’

Publicado no Estadão
Faz tempo que estão no terreno das fábulas as tentativas petistas de desvincular a imagem do partido dos sucessivos escândalos nos quais diversos potentados da legenda se envolveram até a medula, na última década. Contra todas as evidências, essas versões zombam da inteligência alheia quando atribuem as bandalheiras a conspirações de entidades diabólicas como “a mídia” e “os rentistas”, todos, claro, inimigos do “povo” – aquele que os líderes do PT julgam encarnar.
Mas, como a provar que a capacidade petista de fantasiar não tem limites, o ex-ministro Gilberto Carvalho conseguiu criar uma versão que deixaria constrangida até a criativa boneca Emília – personagem de Monteiro Lobato que, quando tinha de justificar suas travessuras, abria a “torneirinha de asneiras”.
Segundo Carvalho disse a militantes do PT, em uma reunião testemunhada pelo jornal O Globo, as diversas evidências de que o monumental esquema de corrupção na Petrobrás foi urdido para abastecer os cofres do partido e de outras legendas governistas não passam de uma tentativa de criminalizar os petistas com vista a prejudicar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência em 2018.
Em sua cândida versão, esse complô serve para esconder o fato de que os verdadeiros protagonistas do escândalo da Petrobrás não são os petistas nem os funcionários da estatal que serviram ao esquema, e sim as grandes empreiteiras.
O despudorado desvio de dinheiro para os partidos que lotearam a Petrobrás – chamado singelamente por Carvalho de “contribuição política” – não passa de um “pequeno capítulo do grande crime que é todo o processo do acerto entre as empresas que fazem seu cartel, como fizeram no Metrô de São Paulo e fazem na Petrobrás”. Assim, os únicos criminosos no caso são as “empresas que se unem e corrompem funcionários de uma estatal para auferir lucros, fazer lavagem de dinheiro”.
Para entender o que quer Gilbertinho, como Lula o chama carinhosamente, é preciso lembrar que o ex-ministro nunca fala por si, pois sempre foi porta-voz do ex-presidente. Portanto, é Lula quem se manifesta quando Carvalho fabula – razão pela qual tudo deve ser visto na perspectiva da eleição presidencial de 2018, pois, como se sabe, a única coisa que importa para o PT e para Lula é a manutenção do poder.
A estratégia é atribuir a “criminalização” do PT aos interessados em eximir os empreiteiros e em enxovalhar dirigentes petistas com o objetivo de atingir a candidatura de Lula. Com o conhecimento de quem integra um partido que se especializou em destruir reputações, Carvalho denunciou a existência de um plano concreto da oposição para esse fim.
“Tem uma central de inteligência disposta a fazer o ataque definitivo ao PT e ao nosso projeto popular”, disse Carvalho aos militantes, acusando os conspiradores de pretender indispor o partido com a classe média. “Não vamos subestimar a capacidade deles para nos criminalizar, nos identificar com o roubo, para nos chamar de ladrões.” Para o ex-ministro, a intenção “deles” é isolar o PT e “inviabilizar a candidatura do Lula, seja judicialmente, seja politicamente”.
Carvalho disse que faz parte da operação que visa a levar o PT para “as barras dos tribunais” a recente inclusão do ex-ministro José Dirceu nas investigações da Operação Lava Jato. O petista, que cumpre pena por ter protagonizado o caso do mensalão, recebeu pagamentos de empreiteiras envolvidas no escândalo da Petrobrás em troca de “consultoria”. Para Carvalho, “o envolvimento do Zé agora, de novo, é tudo na mesma perspectiva”, isto é, tem o objetivo de colocar “na cabeça do povo” que “a corrupção nasce conosco e, por isso, não temos condição de continuar governando o País”.
Considerando que a derrota do partido seria a derrota “dos mais pobres, dos excluídos” – o que dá a exata dimensão da arrogância lulopetista -, a palavra de ordem de Lula, vocalizada por Carvalho para a tigrada, é “não baixar a cabeça” e não se “acadelar” – senha inequívoca para partir para o ataque, usando as armas que os petistas manejam muito bem. Afinal, como não se cansa de afirmar o nosso personagem, “nós não somos ladrões”.

A QUALIDADE DO ENSINO EM ALERTA- Exame em SP reprova mais da metade dos novos médicos

Mais da metade dos recém-formados em medicina no Estado de São Paulo foi reprovada no exame do Conselho Regional de Medicina (Cremesp) de 2014, segundo resultados divulgados pelo órgão nesta quinta-feira. Dos 2.891 egressos de escolas médicas paulistas que fizeram a prova, 55% não conseguiu atingir o porcentual mínimo de acertos, de 60%.
Há três anos, a prova é obrigatória para quem pretende trabalhar como médico no Estado de São Paulo. O registro, no entanto, não depende da nota. O índice de reprovação de 2014 é levemente inferior ao do exame de 2013, quando 59% dos candidatos foram reprovados, mas ainda é considerado preocupante pelo conselho.

"É uma surpresa desagradável saber que os alunos saem da faculdade sem saber coisas básicas. E ao mesmo tempo nos dá uma sensação de impotência porque não podemos impedir que esse profissional incompetente exerça a profissão", diz Bráulio Luna Filho, presidente do Cremesp. Ele se refere ao fato de que, pela legislação brasileira, para conseguir o registro do órgão, basta que o recém-formado participe do exame, independentemente do seu desempenho.

Para o conselho, a principal causa do desempenho ruim é a baixa qualidade da formação médica. "As escolas nem sempre têm corpo docente qualificado, hospital escola, laboratórios, biblioteca", diz Renato Azevedo, diretor primeiro-secretário do Cremesp.
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As áreas de conhecimento com o maior número de erros foi clínica médica, ciências básicas e pediatria. "São exatamente as áreas que esses novos médicos vão trabalhar quando saem da graduação. Esses profissionais mal formados geralmente não passam na prova da residência e vão atender em pronto-atendimentos ou pronto-socorros", diz Luna Filho.

O órgão defende um exame nacional que condicione a emissão do registro ao desempenho do profissional e estuda adotar um monitoramento anual dos reprovados no exame.

Faculdades — Os alunos vindos de universidades públicas tiveram melhor desempenho no exame do que os que estudaram em escolas particulares. Enquanto no primeiro caso, o índice de reprovação foi de 33%, no segundo, chegou a 65,1%.

Das trinta escolas médicas existentes no Estado, vinte não atingiram a pontuação mínima, a maioria privada. Das dez faculdades que tiveram desempenho aceitável, sete são públicas. O Cremesp não divulga o resultado por escola.
(Com Estadão Conteúdo)

Se o TCU parar o Brasil, talvez seja melhor para o Brasil

Em evento liberal em Porto Alegre nesta terça-feira, um dos convidados comentou sobre a preocupação de empresas que hoje prestam serviços ao Governo, tanto empreiteiras que fazem obras públicas quanto fornecedores de maneira geral, no que tange ao aprofundamento dos trâmites burocráticos na contratação e ao maior rigor na fiscalização. O próprio O Globo, há pouco tempo, trouxe nota destacando que Governadores de todos os partidos estão em campo para derrubar resolução do TCU que proíbe a assinatura de “aditivos de compensação” que acabam por interromper obras. Em suma, políticos e empresários estão muito descontentes com uma nova fase de maior rigor do TCU, que estaria paralisando o Brasil. Entendo que empresários não devem temer uma maior fiscalização dos Tribunais de Contas. Na verdade, os TCs de todo o Brasil podem funcionar como verdadeiros libertadores dos empresários.
A relação entre empresários prestadores de serviço para o Governo e políticos é a mais tenebrosa possível. Quase podemos dizer que existe no Brasil um pedágio para contratação com o Governo, sendo relativamente simples direcionar licitações de forma que uma empresa corruptora seja a vencedora sem maiores sobressaltos. Como quase 40% do PIB brasileiro está nas mãos do Governo, ter boas relações com quem dirige a máquina pública se torna fundamental. A maioria das grandes obras no país é financiada pelo poder público e nada mais normal que empreiteiras fiquem à merce de um consumidor poderoso neste mercado que é quase um monopsônio.
A maneira realmente eficiente de se combater esse escuso trato seria através da redução do poder público. Com menos competências e menos recursos, o Estado não teria meios para sustentar seus projetos faraônicos. O dinheiro, que estaria nas mãos da iniciativa privada, seria direcionado para projetos que possuem demanda econômica verdadeira, escolhidos através do processo de mercado, dentro de uma ambiente de informações dispersas melhor coletadas através de agentes dispersos. A aplicação de recursos escassos seria feita de maneira mais racional e eficiente.
Só que o ambiente cultural e político no Brasil ainda é muito enviesado à esquerda, com pouco espaço para reformas verdadeiramente liberais como esta proposta. Dentro desse cenário, não é de todo ruim uma fiscalização realmente forte do TCU e o fim de gambiarras como os “aditivos”, onde as empresas ganham a licitação apresentando o menor preço e depois pedem reajustes que normalmente ultrapassam os valores orçados pelos concorrentes que perderam.
A grande preocupação do empresariado é que a descoberta de propinas pode levar as empresas a serem consideradas inidôneas para contratar com o serviço público, tornando ilegal qualquer operação com o Estado, o que na prática mata a empresa. Eles argumentam que não têm culpa por serem extorquidos, e isso não é uma completa inverdade, mas também possuem sim responsabilidade pela corrupção. E se o problema é a extorsão, então uma real fiscalização, tornando efetiva a lei de licitações e seus princípios basilares, como a probidade, a moralidade e a impessoalidade no trato com a coisa pública, vai impedir, ou pelo menos restringir muito, a possibilidade do político ter poder de barganha contra o empresário.
A impressão que se tem, quando um empresário reclama que o Brasil vai parar se esse rigor na fiscalização continuar, é que na verdade ele gosta desse cenário de bagunça, que cria um mercado estável e lucrativo para quem tem parcerias sólidas com os políticos de ocasião, o que é moralmente lastimável e economicamente prejudicial para toda a sociedade, e se o preço a pagar para acabar com isso é uma interrupção momentânea das obras públicas, que seja. Às vezes é melhor ter um Brasil parado do que um Brasil andando para trás.
Bernardo Santoro- Instituto Liberal

Instituto Liberal- O problema pode ser bem maior do que parece

O problema pode ser bem maior do que parece

A Petrobras finalmente divulgou ontem, de madrugada, seus relatórios contábeis referentes ao terceiro trimestre de 2014, encerrado em 30 de setembro daquele ano.  As demonstrações financeiras trazidas a público sem a chancela de auditores independentes que se recusaram a assiná-las, foram publicadas ao arrepio da lei, das normas da CVM, da SEC (regulador do mercado de capitais americano) e dos contratos com os credores.
Ao contrário do esperado pelo mercado, o balanço da companhia apresentou um lucro da ordem de 3 bilhões de reais, embora a própria empresa afirme que esse lucro não corresponde à realidade e que ajustes nos valores dos ativos fixos precisam ser feitos, a fim de glosar a existência de investimentos superfaturados, principalmente relacionados com as falcatruas investigadas pela Operação Lava-Jato.
Portanto, mais do que as demonstrações contábeis em si, o mercado esteve interessado nocomunicado da presidente Graça Foster.  Diz ela:
“No dia 13/11/14, em consequência dos fatos e provas produzidos no âmbito da Operação Lava Jato, a Petrobras postergou a divulgação dos resultados do 3T-2014. Em suma, os depoimentos aos quais a Petrobras teve acesso revelaram a existência de atos ilícitos, como cartelização de fornecedores e recebimentos de propinas por ex-empregados, indicando que pagamentos a tais fornecedores foram indevidamente reconhecidos como parte do custo de nossos ativos imobilizados, demandando, portanto, ajustes”.
Em razão da impraticabilidade de quantificação desses valores, a empresa contratou peritos independentes para fazer uma avaliação de todos os ativos fixos derivados de contratos firmados, a partir de 2004, entre a Petrobras e empresas citadas na Operação Lava Jato.  Os ativos referidos somam, no balanço, cerca de R$ 188 bilhões, praticamente 1/3 de todos os ativos contabilizados (R$ 600 bilhões).
Segundo a presidente, “O resultado das avaliações indicou que os ativos com valor justo abaixo do imobilizado totalizaram R$ 88,6 bilhões de diferença a menor. Os ativos com valor justo superior totalizaram R$ 27,2 bilhões de diferença a maior frente ao imobilizado” (sic).
Trata-se de um sobrepreço absurdo.  88 bilhões de reais num total de 161 bilhões (188 – 27).  Ou seja, mais de cinquenta por cento dos valores contabilizados em determinados projetos.  Simplesmente, não dá para acreditar que tudo isso seja resultado apenas superfaturamento de obras ou de propinas pagas a funcionários e políticos, especialmente se considerarmos que a Petrobras é um monopsônio em diversas atividades.  Essa descrença, entretanto, longe de amenizar o problema, torna-o ainda mais complicado.
Na humilde opinião deste escriba, as divergências entre os valores contabilizados e o valor real de mercado dos investimentos lançados no balanço da Petrobras podem decorrer, entre outros, dos seguintes fatos:
1 – Superfaturamento de projetos e obras por parte do cartel de empreiteiras que, comprovadamente, há muito vem operando dentro da estatal, para deleite de funcionários e políticos corruptos;
2 – Existência de maus investimentos e/ou investimentos sem qualquer avaliação técnica, mas apenas política.  Por exemplo, instalações de refinarias em locais tecnicamente inoportunos, mas levadas a cabo por interesses políticos eleitoreiros;
3 – Obrigação política de realizar investimentos com conteúdo mínimo nacional, o que, no mais das vezes, encarece e atrasa os investimentos;
4 – Obrigação de apresentar índices de lucratividade sempre altos, não só para manter a aura de eficiência da empresa, como também para pagar dividendos e participações aos dirigentes e empregados, o que pode levar ao lançamento de algumas (ou muitas) despesas operacionais à conta de investimentos (reduzindo o valor das despesas e aumentando o custo dos ativos).
A descontinuidade dos projetos das refinarias Prêmium I e II, que gerou um prejuízo bruto de R$ 2,7 bilhões neste balanço, é um exemplo claro de como decisões políticas e sem qualquer amparo técnico podem causar prejuízos enormes, ainda que eles nem sempre sejam visíveis à primeira vista.  O mesmo pode-se dizer do recente imbróglio envolvendo a Sete Brasil e a construção de plataformas e sondas com conteúdo nacional mínimo.
À luz dos fatos trazidos ao conhecimento do público até agora, e que vão muito além daqueles investigados pela Operação Lava-Jato, não seria nada improvável a existência ativos superfaturados também entre os outros R$ 410 bilhões que ficaram fora das avaliações contratadas pela diretoria da Petrobras, o que, caso confirmado, poderia elevar os ajustes necessários à estratosfera.
O impacto de uma reavaliação global dos ativos, além do eventual prejuízo contábil, traria para a realidade palpável as demonstrações financeiras, nas quais hoje ninguém, em sã consciência, acredita.
Além dos pagadores de impostos e dos pequenos acionistas, quem deveria estar realmente interessado em analisar um balanço que espelhe minimamente a realidade seriam os credores da Petrobras.  Qualquer analista de crédito, por mais inexperiente, sabe que um dos principais índices de avaliação de risco é a relação entre o valor da dívida e o patrimônio da empresa.  Nas atuais circunstâncias, o único valor efetivamente conhecido é o volume da dívida – que já é considerada a maior dívida empresarial do mundo.  Seria bom conhecer também qual é o tamanho efetivo do patrimônio que garantiria os créditos concedidos…

“Não sou comunista. Portanto antes morrer que passar a vida numa jaula.” (Leão Bob)

Construção

CONSTRUÇÃO

Sob esperançosa construção o povo buscou proteção
Acreditando que era uma fortaleza
Mas seus tijolos velhos e podres
Dia após dia desmoronam
Mostrando quão fraco e enganoso
É o material desta obra calamitosa de monumental propaganda.

“Acho Dilma um caso perdido. Ela não melhora nem tomando vermífugo.” (Mim)

“Comparado a um elefante eu sou um faquir.” (Fofucho)

“Mulheres feias não me querem pensando em conseguir algo melhor. E as belas não desejam amar um dragão pobre.” (Assombração)

“Todo cidadão medianamente informado sabe que a propalada capacidade gerencial de Dilma é uma farsa. Menos, é claro, os canalhas oportunistas e os comedores de alfafa.” (Pócrates)

“Feios como eu não gostam de espelhos. Os sustos devem ser para os outros.” (Assombração)

Alexandra Garcia- O eleitor Indonésio




Enquanto a Indonésia fuzila traficante, o Brasil o protege, como está sendo demonstrado pelo governo brasileiro. E o liberta, como acaba se ser praticado em Goiânia. O maior traficante da região acaba de ganhar a liberdade por habeas corpus concedido por um juiz federal. Ele havia sido preso em Brasília em maio último, numa operação conjunta das polícias de Goiás e do Distrito Federal e estava recolhido a uma cela de segurança máxima. Na casa dele, no setor de mansões, a polícia havia encontrado 200 quilos de pasta de cocaína, uma pistola, uma carabina, uma sub-metralhadora .40 da polícia do Piauí, munição de fuzil e 70 mil reais.
Segundo informações da polícia, ele comanda duas fazendas com mais de 7 mil hectares e 1.500 cabeças de gado bovino, com sedes luxuosas. Também é dono de postos de combustíveis e de uma casa de câmbio, usados para lavagem de dinheiro. Foram apreendidos 22 automóveis, nacionais e importados. Em Brasília, ele desfilava com carros importados de alto preço. Comprava camionetas no Paraguai, para trazê-las com cocaína. 
Incrível que em 2000 ele fora condenado por latrocínio a 21 anos de prisão. Depois de três anos, foi para o semi-aberto e sumiu. Em 2007 foi preso por tráfico de drogas e conseguiu liberdade provisória, depois, passou a usar um nome falso. Segundo os policiais, ao ser preso no ano passado, tinha um saldo de 4 milhões em contas bancárias. Dois anos antes da última prisão, circulava na região que é centro político do país. Agora está de novo em liberdade. Não vale a pena citar o nome, porque ele é apenas um entre tantos criminosos que neste país desfrutam de impunidade para continuar a prática do crime.
Se o leitor estiver com a tendência de culpar o juiz ou a Justiça, pense um pouco: juízes precisam cumprir as leis. Muitos sabem que suas decisões seriam um absurdo à luz da civilização, da ética ou do senso-comum. Mas precisam seguir as leis. E quem faz as leis não são os juízes, mas os legisladores. Entre a Indonésia e o Brasil vai uma grande diferença. Lá, a lei é severa com o traficante; aqui, é leniente, frouxa, boazinha. As vítimas brasileiras da droga e das balas que saem de fuzis comprados com a droga, que se lixem. E os que fazem as leis, são escolhidos por quem? Por nós, eleitores. O eleitor indonésio tem escolhido melhor.

O EFEITO PROPAGANDA

Contam por aí que Deus ficou um dia todo vendo propaganda ESTATAL que passa na TV brasileira. Mandou São Pedro verificar se o paraíso não estava no lugar errado. Que espetáculo! São Pedro acalmou Deus: 
-Olha velho, propaganda é tudo. A realidade é outra, muito diferente da mostrada na TV. E digo mais: se o diabo investisse em propaganda até mesmo o inferno seria visto como Cancun.

Em meio a ofensiva do Planalto, aliados de Eduardo Cunha articulam ‘megabloco’

Depois do Planalto designar aos contemplados com pastas na Esplanada que interviessem em seus partidos em favor do candidato do governo a presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), as bancadas-alvo dessa missão articulam a formação de um "megabloco" de apoio à candidatura do líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), tido como favorito na disputa deste domingo.
O grupo que vem sendo articulado inclui PMDB, PP, PR, DEM, PSC, PRB, Solidariedade, PTB e o conjunto de nanicos chamado de G10 - PHS, PT do B, PSL, PMN, PTN, PRTB, PSDC, PRP, PTC e PEN. Dessas, quatro siglas ganharam ministérios: PMDB, com seis, que trabalha oficialmente por Cunha; e PP, PR e PRB, cujos ministros tentam angariar votos para Chinaglia.
Os próprios integrantes dos partidos do bloco em formação admitem que não garantirão a Cunha os 256 votos que as bancadas dessas legendas somam. Um dos líderes partidários acredita poder chegar a 240 votos, apesar de partidos como o PR estarem divididos entre Cunha e Chinaglia. Também há dúvidas quanto à adesão de todos os membros do G-10. O PEN, por exemplo, com apenas dois parlamentares, deve aderir a Chinaglia.
Caso as negociações avancem, o grupo será anunciado no fim da semana, mas só será oficializado no domingo. Uma vez consolidado e vitorioso, o superbloco garantirá primazia do PMDB, PP, PR e PTB nas escolhas dos principais cargos da Mesa Diretora.
Almoço – Na quarta, ministros foram a campo para tentar atrair o apoio de suas bancadas a Chinaglia. Em um almoço em Brasília, os petistas ofereceram espaços na Mesa Diretora e nas comissões em troca da formação de um bloco pró-Chinaglia. O encontro reuniu dirigentes de sete partidos (PT, PDT, PC do B, PRB, PSD, PROS e PSC) e os ministros Pepe Vargas (Relações Institucionais), Ricardo Berzoini (Comunicações), Antonio Carlos Rodrigues (Transportes), Gilberto Kassab (Cidades) e Gilberto Occhi (Integração Nacional). PR, PP e PRB ficaram de discutir suas posições e anunciar suas decisões até sábado, véspera do pleito.
O PDT já é dado como certo no grupo pró-Chinaglia. Se confirmadas as novas adesões, o petista elevaria o número de votos de 149 para 231 e, pelos cálculos dos governistas, Chinaglia poderia vencer a eleição em 2º turno com até 280 votos.
Cunha chamou de "desespero" o encontro. "Não estou fazendo almoço com ministros do PMDB. Os ministros do PMDB estão tendo um comportamento ético", afirmou Cunha. Para o candidato do PMDB, a interferência do governo no processo eleitoral no Legislativo cria um "descompasso" entre aliados da mesma base.
Senado – Na briga pela presidência do Senado, porém, o governo não quer surpresas. Ministros do PT, do PMDB e de partidos aliados, como o PP, estão pedindo votos para Renan Calheiros (PMDB-AL), com a autorização da presidente Dilma Rousseff. O argumento utilizado é o de que se aliar à candidatura Luiz Henrique (PMDB-SC) é o mesmo que passar para a oposição, pois os dois maiores incentivadores da candidatura dissidente são justamente os dois maiores adversários do governo: os tucanos e os democratas.
O próprio Renan, que só costuma assumir a candidatura no dia da eleição, depois que alguém o lança, em plenário, começou ontem a buscar votos. Ele transformou a casa oficial do presidente do Senado, no Lago Sul, num bunker de campanha. De lá mesmo acionou o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), para seja convocada uma reunião da bancada peemedebista, quando deverá ser feita a escolha do candidato oficial. A reunião será marcada para sexta-feira ou sábado.
(Com Estadão Conteúdo)