domingo, 28 de fevereiro de 2016

“Pedro, o paraíso está cada vez mais sem graça. Este povo só pensa em rezar. Acho que vamos organizar um bingo.” (Deus)

“A bebida estava interferindo no meu trabalho. Larguei do trabalho.” (Chico Melancia)

“Quando o professor perguntou quem é o presidente da Romênia eu não vacilei: Conde Drácula. Zero!” (Chico Melancia)

“Rio porque gosto da vida. E só não rio mais por causa de unha encravada, das doze facadas no peito e de um furúnculo que tenho na bunda.” (Chico Melancia)

Agência estatal paga até R$ 39 mil a empregados na campanha de Dilma, denuncia O Globo

Agência estatal paga até R$ 39 mil a empregados na campanha de Dilma, denuncia O Globo

Ao lado, o petista gaúcho Teixeira por R$ 39,3 mil mensais. 


O Globo ressalta que militantes deixaram cargos no governo por funções na ABDI com salários equivalentes ao dobro do que recebiam

Um órgão quase oculto no sistema de transparência do governo federal abriu espaço para que um grupo que atuou na campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff, em 2014, ganhasse empregos com altos salários e pagamentos de diárias em viagens internacionais, segundo o jornal O Globo. 

Vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) passou a receber militantes que deixaram de lado cargos no governo por funções na agência com remunerações equivalentes ao dobro do que recebiam.

A publicação ressalta que despesas relacionadas a salários e resoluções internas da ABDI, por exemplo, são mantidas sob sigilo, o que não ocorre em ministérios e demais órgãos do Executivo, subordinados ao sistema de transparência. Militante do PT do Rio Grande do Sul, o presidente da ABDI, Alessandro Golombiewski Teixeira, foi nomeado por Dilma para o cargo em fevereiro de 2015, após coordenar o programa de governo na campanha à reeleição.


Conforme o jornal O Globo, ao assumir o posto na ABDI, com salário de R$ 39,3 mil, o petista abrigou no órgão mais três militantes, ocupantes de cargos de assessoramento especial da diretoria, cujas remunerações vão de R$ 19,4 mil a R$ 25,9 mil. Os valores correspondem a mais do que o dobro do que era pago a eles quando exerciam funções comissionadas no Palácio do Planalto ou no Ministério do Planejamento.

CLIQUE AQUI para ler reportagem de O Globo, replicada esta tarde pelo site de Zero Hora. 

OAB quer Delcídio Amaral fora do Senado



O presidente da OAB, Claudio Lamachia, disse que a entidade não faz juízo de valor quanto à culpabilidade do petista à medida que o processo que investiga o senador não está concluído, mas afirma que "ao se manter no cargo, o senador debocha dos cidadãos, inclusive com poder para interferir no andamento do processo".

O pedido de afastamento será encaminhado ao Senado nos próximos dias.

Claudio Lamachia já vinha dando sinais de que a volta de Delcídio Amaral ao cargo ultrapassou todos os limites do tolerável. 

Políbio Braga

Jim Carrey - In Living Color - Tag Team Evangelists [legendado português]

Nada contra que os muçulmanos vivam suas vidas como queiram. Mas querer impor aos outros seu modo de viver, na base da violência, não. Xô ignorância!

BANDIDO AMIGO- Um jihadista no brasil

Muhammad al-Arifi (à direita) em visita a uma favela paulistana: discurso de ódio e milhões de seguidores na internet

O Estado Islâmico já atraiu mais de 30 000 jovens de 100 países para engrossar as fileiras de seu exército terrorista, desde 2014. O chamado para que muçulmanos que vivem no Ocidente lutem na guerra que espalha destruição e morte no Iraque e na Síria ou participem de atentados em seu próprio país geralmente começa com a pregação, pela internet ou em mesquitas, de líderes religiosos radicais, que apresentam a morte em nome da religião como algo altamente recomendável para quem quer provar o comprometimento com o Islã. Assim foram recrutados os jovens que perpetraram os ataques de janeiro e novembro do ano passado em Paris. A mesma estratégia de aliciamento religioso levou um casal de muçulmanos que vivia na cidade americana de São Bernardino a matar catorze pessoas em nome da jihad, a guerra santa. O Brasil não está imune à atuação dos pregadores radicais. No mês passado, entre 18 e 28 de janeiro, o xeique saudita Muhammad al-Arifi pregou a jovens e crianças muçulmanos em São Paulo, no Paraná e em Santa Catarina. Considerado um dos muçulmanos mais influentes do mundo, Al-Arifi é tratado na Europa como uma ameaça proporcional ao seu sucesso.

O clérigo de 45 anos entrou no radar dos serviços de inteligência europeus com a deflagração da guerra civil na Síria, em 2011. Ele passou a usar a internet para defender a reação violenta dos sunitas contra o regime de Bashar Assad, pertencente à minoria alauita, alinhada com o ramo xiita do islamismo. "É garantida a permissão para lutar àqueles que estão sendo perseguidos. Vocês estão no front, mas nós iremos se­gui-los e lutaremos com vocês", disse o clérigo em uma de suas manifestações. Al-Arifi possui o maior número de seguidores nas redes sociais do Oriente Médio e suas declarações têm a força de um canhão. Ele contabiliza 14,3 milhões de fãs no Twitter e 21 milhões no Facebook. Em 2013, disse em uma conferência de apoio às forças anti-Assad que "os xiitas são infiéis que devem ser mortos". Presente à conferência estava o então presidente egípcio Mohamed Morsi, integrante do grupo fundamentalista Irmandade Muçulmana, que foi deposto em um golpe militar no mês seguinte.

Em 2012, durante uma das frequentes visitas que fez ao Reino Unido, Al-Arifi pregou aos muçulmanos da mesquita Al Manar Centre, em Cardiff, capital do País de Gales. O discurso incandescente do saudita foi acompanhado por agentes de segurança britânicos, que detectaram o risco potencial do clérigo. Sua retórica exaltava a nobreza dos muçulmanos que ofereciam a vida em combates em nome do Islã. Dois anos depois, o jovem Reyaad Khan e os irmãos Nasser e Aseel Muthana, que estavam na plateia de Al-Arifi, apareceram em um dos vídeos de propaganda do Estado Islâmico. Khan, de 21 anos, morreu em julho do ano passado em um ataque com drone realizado pela Inglaterra. A constatação de que suas mensagens em favor da jihad podem ter levado os ingleses a se alistar nas fileiras do EI fez com que o governo inglês proibisse, em 2012, a entrada de Al-Arifi no Reino Unido, alegando que ele "representava uma ameaça à segurança".

COLIFORMES NEWS- Metrô da Olimpíada está a R$ 1 bilhão de ficar pronto

O trecho até a Barra da Tijuca é uma obra essencial para a Olimpíada, mas a metade ainda não saiu

A professora e tradutora Maria Helena Rubinato Rodrigues de Souza tem estilo e clareza. Vê-se que é uma pessoa especial. Seguimos, assim aprendemos.

Esse Carlos Brickmann é jornalista de mão cheia. Mexe na ferida dos podres, seja de que lado for. Respeito.


Pense num absurdo, no Brasil tem. Por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa

Pense num absurdo, no Brasil tem. Por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa
... Por exemplo, você conhece outro país onde um condenado, um presidiário em prisão domiciliar, um senador, possa continuar a atuar no Parlamento? Eu não conheço e peço, encarecidamente, se alguém conhecer que me informe ...
Artigo publicado originalmente no Blog de Ricardo Noblat, 26 de fevereiro de 2016


A frase original do governador Otávio Mangabeira (1947 e 1951) é outra: "Pense num absurdo, na Bahia tem precedente".

Não sei se foi o Brasil que habituou a Bahia a cultivar esse vezo ou se foi a Bahia que adotou o ritmo por ser brasileira, o que eu sei é que aqui acontecem coisas do arco da velha que, penso eu, não se vê em nenhum outro lugar do mundo.

Por exemplo, você conhece outro país onde um condenado, um presidiário em prisão domiciliar, um senador, possa continuar a atuar no Parlamento? Eu não conheço e peço, encarecidamente, se alguém conhecer que me informe, pois há um detalhe que está me intrigando muito: os votos dele valerão tanto quanto os de um senador sem nenhuma mancha em sua vida?

Outro exemplo: empreiteiras generosas reformam e enriquecem imóveis urbanos e campestres de um ex-presidente. Não esquecem nenhum detalhe, como antena parabólica para que os frequentadores não se privem do prazer de usar a TV, a Internet e telefones celulares.

De hoje em diante, não devemos mais dizer "isso foi um presente de pai para filho". O certo será dizer "isso foi presente de empreiteira! ".

Outro detalhe curioso: será que existe curso para capacitar profissionalmente uma pessoa a viver como ‘operador de propina’ de uma empresa? Ou basta a indicação de um amigo? Pergunto por que fiquei tentadíssima em me oferecer como ‘operadora de propina’ depois de ler sobre a mansão e a coleção de automóveis antigos do polonês Zwi Skornicki. Fora uma lancha, 48 obras de arte e os detalhes em seu facebook sobre viagens internacionais, paixão que ele cultiva com enorme prazer e com o bolso recheado.

Foi em casa desse afortunado senhor que a PF encontrou uma carta endereçada a ele e a seu filho Bruno que tinha como remetente ‘Monica Santana’, com endereço na Polis Propaganda, agência do marqueteiro do PT. Foi em decorrência dessas investigações iniciais, de 2014, que a PF chegou a Santana.

O casal João Santana foi detido e está em Curitiba. Chegaram sorridentes. Já depuseram e a lista de absurdos que disseram é muito longa para o espaço que aqui me cabe.

Mas há alguns que não posso deixar de mencionar:

- O marido declarou que não sabe nada dos dinheiros nem onde estão nem como foram aparecer em suas contas. Por quê? Porque ele é o artista, ele não lida com coisas chãs, ele lida com a arte de transformar seus candidatos em gente merecedora de votos! Um verdadeiro artista! A parte mercenária não é com ele;

- quem sabe tudo sobre as finanças é sua mulher Mônica Moura. Ela é a responsável pelas movimentações e que ele "não sabe dizer quais valores foram recebidos" na conta que era mantida como uma poupança para sua aposentadoria;

- o dinheiro que o operador de propinas lhes repassava era das campanhas de João Santana em outros países, como Angola, Venezuela, República Dominicana. É só uma tremenda coincidência serem países de dirigentes muito ligados aos petistas e onde a Odebrecht tem obras;

- segundo o ministro José Eduardo Cardozo os fatos que estão sendo investigados não têm nada a ver com a campanha de Dilma Rousseff em 2014!

Mas o mais belo absurdo para mim é a confissão de João Santana sobre os "eventuais conselhos de maneira esporádica" prestados ao governo federal e que não foram remunerados. Aos investigadores, ele disse que foi "um doador de serviços ao governo em razão do prazer que isso lhe gera e da facilidade que possui". (O Globo)

Nem Michelangelo trabalhou tanto e com tanto amor para os seis Papas que serviu. O florentino cobrava e cobrava bem.

João Santana é o verdadeiro artista. Ars Gratia Artis é o que ele merece como epitáfio.

Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa* - Professora e tradutora. Vive no Rio de Janeiro. Escreve semanalmente para o Blog do Noblat desde agosto de 2005. Colabora para diversos sites e blogs com seus artigos sobre todos os temas e conhecimentos de Arte, Cultura e História. Ainda por cima é filha do grande Adoniran Barbosa. 

https://www.facebook.com/mhrrs e @mariahrrdesousa

Lendo a coluna do Carlos Brickmann vemos que o baba ovo de Lula, Emir Sader, voltou a dar seus pitacos. Enquadrar bandido dentro da lei para o paspalho é ser fascista.

Ninguém é de ninguém. Coluna Carlos Brickmann

O programa do PMDB na TV deixou claro que o partido não faz parte do Governo, embora tenha seis ministros, embora seu líder na Câmara tenha sido eleito com o decisivo apoio do Palácio. O PT também não tem nada a ver com esse Governo petista: não aceita o ajuste fiscal, nem mudanças na Previdência, ambos pontos essenciais dos planos de Dilma, nem a possibilidade de a Petrobras repassar a outras empresas sua cota de investimentos na exploração do pré-sal, de 30% - embora isso tenha sido acertado entre o Governo e a oposição. 

Lula elegeu o Governo mas não tem nada com ele: gostaria de nomear um ministro da Justiça mais eficiente, um ministro da Fazenda capaz de cuidar das finanças, transformando a tempestade em marolinha. Dizem que comenta a toda hora que seus conselhos não são ouvidos. E não gosta de perceber que aquele esforço que o Governo Dilma não pode, por convicções republicanas, fazer em seu favor, é feito para manter Renan Calheiros fora da boca do vulcão.

O dominicano Frei Betto nada tem a ver com o Governo, embora seja petista desde antes da existência do PT. Acha que a política econômica priorizou o Ter, não o Ser, seja lá isso o que for. Rui Falcão, presidente nacional do PT, é contra o impeachment. E também contra tudo que Dilma queira fazer na Presidência. No caso do pré-sal, chamou o acordo de Dilma de "ataque à soberania nacional".

Está tudo explicado: se ninguém é a favor do Governo, quem governa? Só Dilma é a favor do Governo. Mas não tem a menor ideia do que fazer com ele.

Ele entende

Opinião do respeitado professor Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central: "A recessão é resultado de políticas econômicas erradas, adotadas por um governo fraco, cujo objetivo principal é se manter no poder".

Brasil, ilha de honestidade

Os depoimentos de João Santana, marqueteiro de Lula, Dilma e Fernando Haddad, e de sua esposa Mônica, administradora de seus negócios, revelaram uma característica do Brasil que muitos brasileiros não conheciam: é um dos países do mundo em que a ética nos negócios é mais respeitada. 

Mônica Moura explicou que muitos dos pagamentos ao marido foram feitos desburocratizadamente, sem essas firulas chatas e caras de recolher impostos; em suma, pelo caixa 2. Isso aconteceu na Venezuela, em Angola, em boa parte dos países em que João Santana trabalhou. Nesses países, aliás, quem fez os pagamentos não contabilizados, segundo os depoimentos, foi uma empresa brasileira com braços internacionais, a Odebrecht. 

Mas no Brasil, pátria de Santana, de Mônica Moura e da própria Odebrecht, isso não aconteceu: no Brasil, ambos explicaram minuciosamente, foi tudo pago por dentro, limpinho, descontados todos os impostos, taxas, contribuições, com escrituração completa e precisa, preparada com todo o cuidado para não violar nenhuma lei. Porque o Brasil não é corrupto como esses outros países. 

O Brasil é um oásis de honestidade num mundo de corrupção.

Brasil, oásis de ética

Apareceu também uma conta na Suíça com saldo de US$ 7,5 milhões. João Santana confirmou a existência da conta, mas garantiu que não sabia qual a origem do dinheiro nela depositado. Acontece: o caro leitor já não teve ocasiões em que esqueceu onde tinha guardado a chave de casa? 

Então, o marqueteiro do PT também teve uma falha de memória, e não se lembrava de algumas coisas. Mas, se havia algo errado, podemos ter a certeza de que dinheiro do Brasil não era.

Pegando fogo 1

O Supremo deve decidir na quarta-feira se aceita a denúncia do Ministério Público contra o Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, suspeito de receber irregularmente US$ 5 milhões. Confusão (jurídica) previsível: Cunha já disse que, mesmo tornado réu, não deixará a presidência da Casa. Sua alegação: e se for absolvido? Mas ser presidida por um réu será desconfortável para a Câmara, apesar de a Câmara ser o que é. Cunha também deve ser julgado pelo Conselho de Ética da Câmara, por quebra do decoro parlamentar. 

Quando? Um dia desses. Há quatro meses ele manobra, com êxito, para adiar o julgamento.

Pegando fogo 2 

Na mesma quarta, Cunha põe em votação um projeto que custará, se aprovado, algo como R$ 207 bilhões até 2022: o aumento da despesa mínima com saúde, de 15% da receita, para 19,4%. A proposta é do início do ano passado e estava adormecida. 

Mas, como Cunha se irritou com o Governo, que interferiu pesado na eleição do líder da sua bancada e o derrotou, trouxe o projeto de volta.

Pegando fogo 3

Clima vigente em determinadas áreas políticas: o filósofo Emir Sader postou o twitter "@emirsader Esse juizinho fascitoide precisa saber que qualquer provocação pra cima do Lula vai ter resposta duríssima pra cima dele."

Pegando fogo 3

Números oficiais, da Secretaria do Tesouro Nacional: a dívida pública federal atingiu R$ 2,749 trilhões em janeiro. É o que pagamos, com os juros fixados pelo Banco Central. A dívida cresceu 22% em relação ao mesmo período de 2015.

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"Quem não me conhece não perde nada."(Limão)

“Eu não como carne na Sexta-Feira Santa, como peixe. Mas não é pelo dia santo, é pelo peixe.” (Mim)

“Uma pulga é capaz de pular a um metro de distância. Duzentas vezes o próprio tamanho. Mas não consigo ganhar dinheiro com isso.” (Pulga Lurdes)

Ex-segurança de líder norte-coreano conta como foi preso e obrigado a comer ratos

Lee Young-guk foi de guarda-costas de Kim Jong-il a prisioneiro em campo de trabalhos forçados (Foto: Fabiola Ortiz)
 (Foto: Fabiola Ortiz)


Morador de uma pobre vila rural na fronteira entre a Coreia do Norte e a China, Lee Young-guk tinha apenas 17 anos quando viu sua vida mudar drasticamente.

Em 1978, ele foi intimado a integrar o contingente de guarda-costas daquele que viria a se tornar o líder norte-coreano entre 1994 e 2011: Kim Jong-il, filho de Kim Il-sung (comandante do país desde a sua fundação) e pai do atual líder, Kim Jong-un.

“Eles me escolheram, e eu não podia dizer não. Aquilo representava uma honra para a minha família”, conta Lee, hoje aos 55 anos, à BBC Brasil durante a Cúpula para os Direitos Humanos e Democracia, realizada pela ONG UN Watch em Genebra, na Suíça, à qual ele falou sobre as atrocidades cometidas pelo regime norte-coreano.

Há 17 anos exilado na Coreia do Sul, Lee vivenciou os extremos da sociedade norte-coreana: de homem de confiança do governo, caiu em desgraça e, condenado por traição, acabou enviado a um campo de trabalhos forçados, onde teve de comer "ratos, cobras" e até "excrementos de animais".

"Só me dei conta como a população da Coreia do Norte vivia quando deixei de ser guarda-costas. Vi o sofrimento das pessoas, que elas morriam de fome. Precisava ver aquele mundo que eu desconhecia”, lembra.

Recrutamento

O recrutamento dos guarda-costas da família do líder norte-coreano levava cerca de um ano e era extremamente criterioso, diz Lee.

Além de checar a condição física e a saúde dos adolescentes, os agentes do governo vasculhavam o histórico de seus parentes em busca de alguma mancha ou suspeita quanto à lealdade ao regime.

Após ser escolhido, Lee passou por um extenso treinamento físico, psicológico e ideológico. Depois, enfrentou mais um ano de preparação específica para ser um guarda-costas oficial.

“Durante as sessões de treinamento, os exercícios físicos eram intensos: natação, artes marciais e manuseio de armas de fogo”, descreve.

Mas o que mais lhe chamou a atenção foi a sessão de treinamento ideológico. “Tivemos lições sobre a vida da família e de Kim Jong-il. Ele queria se mostrar ainda mais poderoso que seu pai: era retratado como um deus, uma figura sagrada e intangível. Fomos submetidos, realmente, a uma lavagem cerebral.”

Extravagância e luxo

Em 1980, Lee estava enfim pronto para atuar na proteção da família e, especialmente, de Kim Jong-il, então com 39 anos.

Na época, lembra, eram cerca de 500 guarda-costas.

Foram onze anos servindo a família do então futuro líder, nos quais Lee presenciou diariamente as extravagâncias e o luxo de sua vida privada.

Ele conheceu de perto, por exemplo, a paixão do chefe pela caça e seu fetiche por armas, caviar importado e limousines.

O jovem do interior na época pensava que, com tamanha suntuosidade no topo do poder, a vida do norte-coreano comum certamente havia melhorado desde os tempos de sua infância pobre.

“A família possui um quarto do país e usa esse território como área de lazer e para férias. Enquanto isso, a população sofre de desnutrição e pobreza. Não apenas os cidadãos comuns, mas até mesmo oficiais do alto comando não sabiam a verdade por trás da família, desse abuso de dinheiro.”

Lee deixou de trabalhar como guarda-costas quando seu irmão tornou-se motorista de Kim Jong-il.

Pelas regras do regime, apenas um único membro de cada família podia ser empregado por ele.

Foi quando Lee decidiu voltar à sua terra natal – e se deparou com a miséria, que persistia nos vilarejos do interior.

Nos anos 90, ele ocupava o posto de vice-diretor do departamento militar do comitê da cidade de Musan, na província de Hamgyong do Norte. Mas tudo mudou quando o ex-guarda-costas resolveu cruzar a fronteira com a China, em 1994.

Agentes norte-coreanos disfarçados de sul-coreanos o detiveram e ele acabou sentenciado a viver em um campo de trabalhos forçados.


Em evento de ONG em Genebra, Lee falou sobre violações no regime norte-coreano (Foto: UN Watch)

Terror na prisão

Foram quatro anos e sete meses de 14 horas diárias de trabalho, fome, frio e falta de higiene em Yodok, um dos mais de dez campos mantidos pelo regime de Pyongyang.

“Tínhamos uma vida de animais, aquilo não era humano”, conta Lee. "Sempre que paro para lembrar dessa época, eu choro, fico muito deprimido."

Aqueles considerados inimigos do regime norte-coreano são enviados para esses campos de trabalhos forçados sem nenhum processo judicial.

A duração do encarceramento varia – alguns podem ficar ali por toda a vida.

Lee conta que o trabalho era feito em minas de ouro, carvão e minério, no corte de madeira e na agricultura, algo que, segundo ele, não deve ter mudado.

“Para conseguir sobreviver, comíamos ratos ou cobras. Muitas vezes, tivemos que comer os excrementos dos animais, pois eles eram mais bem alimentados que nós”, diz.

Próximo ao acampamento havia um espaço para execuções por enforcamento ou fuzilamento daqueles que tentavam escapar ou eram flagrados roubando alimentos, por exemplo.

“Tínhamos de ver essas cenas a menos de 10 metros de distância”, lembra.

Lee estima que, só em seu setor, havia cerca de 2 mil prisioneiros. Muitos morriam por causa de doenças, da desnutrição e do frio, que chegava a -20°C no inverno.

O Comitê para os Direitos Humanos na Coreia do Norte, com sede em Washington, estima que o país mantenha hoje cerca de 120 mil prisioneiros nos campos de trabalhos forçados. E que 400 mil já morreram após torturas, de fome, doenças ou execuções.

Fuga

Apesar do controle rígido, Lee conseguiu escapar e desertar para a Coreia do Sul, juntando-se aos cerca de 25 mil norte-coreanos que hoje se exilaram no país vizinho.

Desde então, tornou-se defensor dos direitos humanos e passou a atuar no Centro de Informação NK, organização independente especializada em divulgar análises e denúncias sobre a Coreia do Norte.

Ele diz lamentar profundamente ter sido um dos guarda-costas do ex-líder norte-coreano.

“Nada mudou no país desde o período de Kim Il-sung. O único interesse deles é cuidar do próprio patrimônio. Não se preocupam com o bem-estar da sociedade.”

Para Lee, o atual líder Kim Jong-un deve ser julgado no Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia.

Em 2014, o Conselho de Direitos Humanos da ONU criou um painel de investigação sobre a Coreia do Norte e o sistema de repressão no país.

Um relatório da organização divulgado naquele ano mencionava crimes como tortura, escravidão, violência sexual, discriminação social e de gênero, repressão, perseguição política e execuções.

Um ano depois, a organização internacional Human Rights Watch exigiu que Kim Jong-un fosse julgado pelos abusos cometidos por seu regime no TPI.

Mas, apesar das recomendações internacionais, ainda é difícil que se inicie um processo de investigação nesse tribunal.

A questão é que, para isso, seria necessário o apoio do Conselho de Segurança da ONU, algo pouco provável já que a China, que é próxima à Coreia do Norte, tem poder de veto sobre as decisões do colegiado.

“Se Kim Jong-un for levado ao TPI, a população deixará de confiar neste governante e saberá a verdade. Só assim será possível melhorar a situação dos direitos humanos na Coreia do Norte e libertar todos os prisioneiros políticos”, defende Lee.

G1

DIÁRIO DA COISA RUIM- Em carta ao PT, Dilma fala em ataques injustos e defende Lula

Ataques injustos? Pórco can! Fogem da justiça, por que não explicam? Eu sei porque: não há explicação, é rolo dos graúdos.

LEMBREM-SE: Todos os ladrões quando pegos se dizem inocentes e injustiçados.

THE GARIBALDI POST- 11% aprovam e 64% reprovam governo Dilma, diz Datafolha

MIRA ANTA, MIRA!- Setor automotivo fechou 108 mil vagas em 2015, segundo Caged

A trupe canalha não se enxerga. Quer dar ao país mais do mesmo remédio que está levando o doente à morte.

O nível do presidente do PT Rui Falcão é para ser presidente de torcida organizada. E olhe lá! Ele pensa que todo brasileiro é trouxa, que ainda acredita na sua conversa fiada e ideias descabidas.

O PT como outros socialistas e bolivarianos fazem parte do tal comunismo milionário.

O PT é uma rede mafiosa feita para manipular a opinião pública, se eternizar no poder e enriquecer seus dirigentes. Os fatos mostram isso.

E a Marisa? Com tantas preocupações e explicações a dar, não terá que refazer o botox?

E Lula? Está tendo o sono dos justos no tríplex? Duvido. Deve estar com espinhos na cama.

O PT está querendo dar um tombo na Dilma. Dizem eles: foi ela, não fomos nós que enterramos o Brasil. Como são canalhas!

Todos querem ser Mauricio Macri Por Jefferson Viana

A figura do presidente argentino Mauricio Macri ganha cada vez se torna popular não apenas no país portenho, mas, também, em nosso país. Cada vez mais as políticas praticadas pelo chefe de estado argentino vêm ganhando admiradores, seja pelas ações governamentais no campo econômico em parceria com o ministro da fazenda Alfonso Prat-Gay, seja no enfrentamento a governos que não respeitam a democracia e os direitos humanos, como Venezuela, Cuba e Irã ou ainda, pelo discurso simples e pelas ações de austeridade vindas de Macri. Entre elas, a troca do carro oficial da presidência por um modelo mais popular, a doação do próprio salário para uma instituição de caridade e a ida para o Fórum Econômico Mundial em Davos, Suiça em um avião de carreira.
Porém, Macri ganhou admiradores um tanto quanto inusitados: no programa eleitoral do PMDB, exibido na última quarta-feira, dia 25, a Argentina de Macri foi citada no programa como um modelo político e econômico benéfico para a população. O programa usou como exemplo o país de Carlos Gardel e Diego Maradona para uma retomada de crescimento do nosso país, em especial, nas falas dos deputados Veneziano Vital do Rego (PB), Alceu Moreira (RS), Valdir Colatto (SC) e Mauro Pereira (RS).
É inusitado o elogio do PMDB, pois o partido é marcado por um fisiologismo histórico com o histórico de o partido ter sido base de quase todos os governos desde a redemocratização do país, em 1985, excetuando-se o governo Collor. Ainda mais inusitado é o fato do PMDB ter boa parte dos seus membros ainda ligados ao falido governo Dilma Rousseff, governo que continua em clima de fim de festa, com instabilidades políticas, econômicas, sociais e morais.
O horário eleitoral dos peemedebistas mostrava a figura do atual vice-presidente, Michel Temer como uma figura que pode realizar o diálogo democrático e as discussões políticas e econômicas que possam alterar o rumo do Brasil, colocando a figura de Temer como um “Macri brasileiro”, capaz de aglutinar as melhores mentes para fazer com que o país saia de tal crise e que encontre o rumo do desenvolvimento, com menção aos documentos “Uma ponte para o futuro” e o “Plano Temer I”, anunciando no programa um novo Plano Temer, com um enfoque na área do desenvolvimento social.
Por um lado, é bom ver o reconhecimento positivo de políticas liberalizantes e os seus resultados benéficos para a população, mesmo que parta de um partido como o PMDB. Significa que as ideias da liberdade começam a se consolidar em nosso país e no nosso continente, mesmo os partidos marcados por históricos de corrupção e negociatas se espelham em políticas que dão certo. Como diria o grande Ludwig Von Mises: “Ideias e somente ideias podem iluminar a escuridão”. Que o Brasil encontre, logo, o seu Mauricio Macri.

Instituto Liberal-Frase do dia

Quando seu objetivo é o poder, você pode formar uma temporária e fugaz aliança com alguns grandes princípios, caso eles sirvam ao seu propósito do momento, mas logo chegará a hora em que eles não só deixarão de ser úteis a você, como se provarão altamente inconvenientes e constrangedores. 

Auberon Herbert

LES MISÉRABLES- Presidente do Instituto Lula tem renda extra em empresa ligada ao Banco do Brasil

Paulo Okamotto é conselheiro fiscal da Brasilprev por indicação do ex-presidente e fatura R$ 6,4 mil