quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

CONTRABALANÇANDO


A cachorrinha da dona Cleusa saía todo dia de sua casa e ia elegantemente fazer seu cocô matinal na grama limpa e verde do vizinho. Reclamar ele reclamou, mas seus apelos foram em vão. Era um homem gentil, detestava discussões e intrigas. Digamos que era um cavalheiro. Com o tempo achou que o negócio tinha passado dos limites. Resolveu ele também comprar um animalzinho de estimação para contrabalançar. Não foi fácil, mas conseguiu. E assim toda manhã ele saía de casa com seu elefante de estimação para fazer cocô no belo gramado do vizinho.

A ONÇA E A CAPIVARA


A ONÇA E A CAPIVARA
A onça faminta caçava. Farejava daqui, farejava dali. Sentiu o cheiro de uma capivara.  E seguiu em frente, procurando, enquanto a capivara procurava despistá-la o mais rápido possível. Chegou um momento que não teve como fugir, a capivara ficou encurralada. Enquanto a bichana afiada os dentes  ela perguntou:
-Conhece o Rio de Janeiro?
-Conheço.
-Já ouviu falar no Castor de Andrade?
-Sim, muito.
-Pois então, ele é o meu primo mais chegado.
-É?
-É!
-Segue o teu caminho que estou sem fome.


OS CÃES


Ouve um tempo na Grécia que os cães evoluíram, passaram a raciocinar, a ler, escrever e tomar consciência de si. O líder marcou um evento os seriam lançadas as bases na nova civilização baseada nos princípios caninos e não mais nos princípios humanos. A palavra de ordem era “Ossos sim, ração não!” O salão estava lotado, centenas e centenas de cães presentes ouvindo os grandes oradores dogsgrecos demonstrando como seria o novo mundo fruto das ideias guaipecanas. A danação do evento símbolo foi que dois gatos distraídos entraram no salão e aconteceu uma louca debandada de cães correndo atrás dos bichanos. Muitos morreram pisoteados, outros sufocados na ânsia de pegar os gatos. O líder olhou para um dos oradores e disse: “É, não estamos prontos à civilização.” Isso dito voltou a latir enquanto procurava um arbusto para urinar.

CHUCKY E BOB


Chucky, o brinquedo assassino depois de cometer mais alguns crimes estava sendo procurado pela polícia. Para safar-se, fez-se de morto e foi misturar-se entre bagulhos que estavam no lixo. O Bob passou e levou o boneco para casa. É evidente que Chucky encheu-se de alegria; ficaria adormecido por algum tempo e depois que tudo se acalmasse voltaria aos ataques sangrentos. O que ele não sabia é que Bob era na verdade um destruidor. Em oito anos de vida já havia matado três bicicletas, vinte e dois carrinhos de lata e oitenta bonecos da Marvel, salvo outros trucidados que eram de seus amigos. Chucky teve vida curta nas mãos de Bob, muito curta. Antes da primeira hora no quarto de Bob já havia perdido os pés e teve arrancados os olhos, pois o garotinho desejava saber se eram de vidro ou não. Após cortar braços e também a cabeça levou tudo ao quintal, jogou gasolina sobre e colocou fogo. Tencionava derreter tudo e confeccionar uma espada de plástico. Na verdade, Chucky nas mãos de Bob não passava de um principiante.

AS COBRAS


A cobra macho Sspy entrou na casa para curtir uma sombra e deu de cara com uma cobra de areia colorida que cobria o vão inferior da porta. Ainda não muito experiente nas coisas mundanas de amores e agarramentos, ficou vidrado na arenosa e não mais saiu de perto até ser morta a pauladas pelo dono da casa que desejava apenas enxotá-la, porém não teve outro jeito. Morreu no piso frio da despensa com os olhinhos cheios de paixão, sabendo da pior maneira possível que toda paixão é mortal.

ABUTRES SURPRESOS


Dois abutres armados rondavam por horas as casas no Belvedere. Estacionaram o automóvel e ficaram observando como agiam os proprietários. Quem entrava e quem saía, se descuidado ou não descuidado. Então naquela tarde uma mulher deixou o portão aberto. Os abutres entraram de armas nas mãos. Vasculharam todas as salas, não encontram vivalma. Acharam um pouco estranho, mas seguem em frente. Procuram pelo cofre até encontrá-lo. Um dos gatunos é especialista, em poucos minutos consegue abri-lo. No cofre não encontram joias e nem dinheiro, tampouco documentos importantes. Dentro do cofre há apenas fotos da progenitora dos meliantes dando de mamar para dois marmanjos no corredor de um bordel.

“Devemos amar o próximo desde que ele não nos encha de socos.” (Mim)


“Deus é solteiro, caso contrário jamais estaria em todos os lugares.” (Mim)


“O grande trunfo de algumas pessoas é o bolso. O cérebro já está em fase terminal.” (Mim)


“O Brasil se repete ano após ano na safadeza dos políticos, no anacronismo das ideias e na ignorância dos eleitores.” (Mim)


“Jamais me encontro. Sou um perdido crônico.” (Mim)


ESTUPIDEZ


“A estupidez e a imbecilidade já não são mais exceções. Basta andar alguns passos.” (Mim)

TREPAR É MOLE


“Fazer filhos sem planejar e depender de creches do estado. Trepar é fácil, o duro é sustentar a prole.” (Mim)

RATÃO


Miguel é meu nome, tenho pelo e dentes grandes. Antes homem, vivo agora como um ratão reencarnado, me deliciando num lixo grande e gostoso. Encontro de tudo por aqui, proteínas e carboidratos, frutas in-natura, fartura de guloseimas, nossa como sou feliz! Não posso me queixar da nova vida que levo, ainda mais que na vida passada eu fui um comunista. Que avanço senhores, que avanço!

OS DOBERMANN por Percival Puggina. Artigo publicado em 27.01.2018



Comportam-se como coquetéis-molotoff ambulantes. Semeiam tempestades para colher catástrofes. Estimulam saques e invasões de propriedade. Pregam desobediência civil. Constroem frases que instigam ao ódio e à agressividade e consideram isso adequado às ações revolucionárias que gostariam de ver em curso. No geral, não acreditam em Deus nem no paraíso, mas creem no inferno e no demônio a quem recomendam seus adversários.

No exterior, falam mal do Brasil, espalham intrigas e boatos entre companheiros que os multiplicam por lá e, depois, repercutem essas informações aqui como se fossem produto de analistas internacionais. Revolucionários de esquerda, não têm pátria. Sua pátria é qualquer lugar onde possam viver sem trabalhar, sustentados por alguma instituição interessada em lero-lero e rastilhos de pólvora. Diante de toda a adrenalina lançada sobre o ambiente político nacional, não vivêssemos num curto-circuito conceitual de democracia com tolerância irrestrita, seriam condecorados com cintilantes pares de algemas por incitação à violência.

Diferentemente do que muitos creem, tal comportamento não corresponde a um modo peculiar de fazer política; essa linha de atuação se afasta radicalmente da política porque é revolucionária. Não há nela qualquer vestígio de boa intenção, pois tudo o que faz fica sob controle do fígado. É coisa hepática e biliar. Nada constrói; só destrói. Ninguém pode acusar quem adota tais posturas de um único gesto de benevolência. O objetivo de suas ações não é resolver a miséria; a miséria é objeto de discurso e meio para chegar aos objetivos. Seu distributivismo, seu igualitarismo e sua “justiça social” prescindem de seus próprios bens. Exigem apenas os haveres alheios.

Não é de qualquer pessoa determinada que me ocupo aqui, mas de um perfil e de um tipo de conduta que vem contaminando indivíduos e grupos sociais. O momento político, num ano eleitoral, cobra discernimento. E o cidadão zeloso deve estar atento para aquilo que os candidatos expressam. Com a mesma prudência com que você se afasta de um Dobermann (cão feroz com pouco freio), acautele-se contra quem apenas expressa ira e malquerença. Eles latem e mordem. Note bem: todos os holocaustos e crimes contra a humanidade foram conduzidos por personagens com o perfil que descrevi.

A justiça não é um subproduto do ódio, a paz não é um subproduto da violência e a democracia não é uma casa de tolerância.

É MEU, NÃO É MEU, DEPENDE...


Enquanto Lula e defensores insistem que o tríplex não é dele, reclamam da decisão da Justiça de leiloar o imóvel. Para operadores do direito, esse é o primeiro passo para assumir a propriedade.

CH

ROMELÂNDIA POST- STJ nega habeas corpus para Lula. O réu criminoso pode ser preso a qualquer momento.


Humberto Martins, vice-presidente do STJ, negou habeas corpus preventivo impetrado pela defesa do ex-presidente Lula.

SPONHOLZ

CONTRARREGRA DE NECROTÉRIO


Um dia meu pai disse: “Filho meu não entra mais em casa sem ter a Carteira Profissional assinada.” Pois assinei e carimbei com salário de dois mil por mês. Função: contrarregra de necrotério. O pai gostou. Então ele quis então saber o que fazia um contrarregra de necrotério. Falei então para ele que minha função era fazer muito barulho para deixar os mortos bem acordados antes do sepultamento. (Chico Melancia)

SAPIÊNCIA


“Sapiência? Sapiência acredito ser a ciência dos sapos.” (Chico Melancia)

VIAJADO


“Já viajei tanto que conheço até países que ainda não existem” (Chico Melancia)

CHICO MELANCIA


“Detesto o socialismo. Certa vez tive uma namorada que socializou a perereca.” (Chico Melancia)