quarta-feira, 2 de maio de 2018


“Cara feia não me amedronta. Se corro é só por garantia.” (Climério)



“Não devemos abusar, mas que graça teria a vida sem sorvete, sem aquela gordurinha de uma costela assada? E de uma buchada completa? “ (Climério)


“Tenho até jeito de rico. Mas é só. Bolso zerado e com limite do meu cartão consigo comprar dois quilos de banana.” (Climério)


“Tendo fome até pastel de rodoviária é iguaria.” (Climério)


“Não há tesão que resista a mau-hálito.” (Climério)



“Sou ateu, mas com uma arma apontada pra cabeça confesso até que sou o Papa.” (Climério)




“Quando tudo parece perdido é porque tudo está perdido. Faça suas malas.” (Climério)


“A tralha política se recicla todos os dias na malandragem  dos próprios  interesses.  Não há limites.” (Eriatlov)


“O Brasil cansa mais que capinar ao sol de 40 graus.” (Climério)

RATINHO PAULO



Durante um tornado de grandes proporções o ratinho Paulo foi levado pela tempestade e acabou caindo dentro do depósito de um grande laticínio. Por ser um ratinho muito religioso ao ver tantos queijos disponíveis disse para si mesmo:

- Jesus!!! Deus existe e aqui deve ser o paraíso. Aleluia!

PÉ DE CEDRO


Conto para vocês que na minha outra curta vida eu fui um pé de cedro. E aí a desgraça de estar perto do tal Leonardo.  O asqueroso Frei Boff falava comigo todos os dias, uma verdadeira tortura aquela barba suja roçando em mim. Preferi morrer e nascer de novo. Hoje sou cacto feliz.

HUGO


Hugo é um paraibano de trinta e seis anos, natural de João Pessoa e que nasceu com sete dedos na mão direita. Tem dois filhos pequenos e trabalha na construção civil como pedreiro. No momento está construindo sua própria casa nas horas de folga. Hugo é um exemplo de boa gente e trabalhador. Não vive de favores de compadres e escumalha, é honesto com seus sete dedos e ao contrário de certos tipos que mesmo tendo apenas quatro dedos numa das mãos se locupletam fartamente com dinheiro público sem ficar rubros.

ENGAIOLADO


O domingo era de sol. Poucas pessoas estavam na praça naquela hora. Enquanto o pipoqueiro gritava, o guarda municipal dormia num banco sombreado. Um pombo manso catava milho pela calçada. Crianças brincavam na areia com seus baldes e pás. Era um domingo normal como outro qualquer já passado. Foi quando passou por mim um pássaro enorme com um homem engaiolado. O homem preso não gritava, não cantava. Através das grades de sua prisão vi apenas duas lágrimas caindo dos seus olhos. O pássaro proprietário parecia feliz.

HERNILDA MOSCA


A família de Hernilda Mosca chegou à festa e sobrevoou a mesa repleta de delícias. Alvos escolhidos, atacaram em massa pousando nas guloseimas com suas patinhas imundas. Porém sofreram um contra-ataque rápido ...Vapt! Vapt! Vapt! Fim da jornada . Não contaram para elas que era uma festa de sapos.

A PIOR TEMPESTADE ESTAVA POR VIR


O céu ficou escuro e houve uma sensação de pânico geral. As nuvens ruidosas pareciam cair sobre as casas. Ventos enfurecidos revoltavam as melenas cobertas de poeira e faziam arder os olhos. Pequenos galhos e folhas já corriam pelas ruas sem lugar para ficar. Placas publicitárias de pernas fortes voavam como penas. As gentes fechavam suas casas, cães e gatos eram recolhidos para lugares abrigados. Apressei o passo para chegar logo em casa e fugir das nuvens ameaçadoras. Algumas lesmas pegaram carona em pneus de bicicletas, enquanto outras eram rápidas em seus patinetes. Entrei em casa a tempo de observar pela janela o mandatário- mor da cidade passar voando em sua cadeira de trabalho. A secretária sentada em seu colo fazia anotações e ajeitava os cabelos negros. Não muito distante dali a primeira-dama já sabendo do fato, visto por centenas de olhos da comunidade, tirava do baú um chicote de três tentos e dava lustro num cassetete de aroeira.



Noite. Uma rua solitária na periferia. Um gato malhado salta entre os telhados enquanto cães ladram ao vento. O excesso de lixo caiu fora das latas e escorre pelo chão de terra. Baratas passeiam fugindo dos pés dos meninos que brincam de bola na via. Mães e irmãs mais velhas chamam para dentro os garotos de pés encardidos. É hora do banho e do jantar. Crianças recolhidas, agora chegam automóveis com ocupantes que procuram nas esquinas pelos empresários do pó. A lua e as estrelas observam o movimento. Dinheiro para cá, pó para lá. Negócio feito lá e vão os loucos em busca de alucinações, enquanto os empresários da farinha perigosa contam as notas. O inferno para ambos os lados é logo ali.

SOCIALISMO DO SÉCULO XXI - A REALIDADE VENEZUELANA por Gaudêncio Lucena. Artigo publicado em 30.04.2018



A Venezuela foi o primeiro país sul-americano a conquistar sua independência da Espanha, em 1813, pelas mãos de Simon Bolívar. Em 1922, descobriu-se a primeira grande jazida de petróleo, na cidade de Zulia. Em seis anos, aquele país já era o segundo maior produtor de petróleo do mundo, atrás apenas dos EUA. Durante a segunda grande guerra, foi o maior fornecedor de óleo bruto aos americanos. Em 1945, produzia mais petróleo que todos os países do Oriente Médio juntos. Em 1950, apresentava o quarto maior PIB per capita do planeta. A Venezuela era duas vezes mais rica que o Chile, quatro vezes mais rica que o Japão e doze vezes mais que a China. Em 1960, junto com Arábia Saudita, Irã, Iraque e Kuwait, fundou a OPEP. Em 1990, os venezuelanos eram, na média, um povo rico. Contudo, bolsões de miséria ainda persistiam, como de resto em todos os países da América Latina.

Foi aí que, em 1998, surgia um "Salvador da Pátria" que iria acabar com a pobreza do povo: Hugo Chávez. A partir de 1999 e durante os próximos dez anos, os aumentos do preço mundial do petróleo fizeram de Hugo Chávez um homem muito poderoso e multibilionário, que chegou a influenciar diretamente vários países latino-americanos e até mesmo outros continentes, com suas doações de óleo em troca de "serviços" - apoio a sua revolução bolivariana. A PDVSA, estatal do petróleo venezuelana, foi precisamente o instrumento de que Chávez se utilizou para a construção do "seu mundo". Como uma "vaca leiteira", a empresa foi usada com propósitos político-ideológicos, mas também para o luxo e a riqueza do núcleo duro do chavismo.

Em 1999, Chavez e Fidel Castro assinaram um acordo, pelo qual a Venezuela remeteria 53 mil barris de petróleo diários para Cuba, em troca do envio de 12 mil "médicos" cubanos para a Venezuela. Essas remessas de petróleo chegaram a 100 mil barris diários, mais que o consumo de toda a ilha caribenha, sendo que Fidel vendia o excedente para outros países (atualmente há cerca de 60 mil cubanos na Venezuela, controlando desde a segurança do presidente Maduro, até as forças armadas e de inteligência). Chávez entregou aos cubanos toda a emissão de passaportes e demais documentos de identificação. Além disso, deixou de investir dinheiro no seu país, para comprar bilhões de dólares em títulos da dívida de países amigos, como Cuba, Argentina, Bolívia e Equador.

O ditador venezuelano, no seu delírio proto-comunista, estatizou todos os setores da agricultura, que foram relegados ao abandono, assim como fábricas de alimentos, supermercados, redes de rádio e TV. A maioria fechou. O resultado disso foi que, em menos de uma década de chavismo, a proporção de alimentos produzidos na Venezuela caiu mais de 60%. A partir de 2008, a importação de itens básicos, como remédios e alimentos, foi terceirizada para empresas estatais cubanas, como Alimport, CubaControl e Surimport, que cobram altas taxas de intermediação. Mais uma forma de financiar a ditadura cubana. No final de 2013, os preços do petróleo começaram a cair, levando a Venezuela a atrasar seus compromissos internacionais.

A partir de 2014, com a posse de Maduro em função da morte de Chávez, a destruição daquele país se acelerou. A inflação chegou a 700%, e o índice de desabastecimento chega a ser superior a 80%. Em 2017, a inflação chegou a 2.616%, a maior do planeta. Entre 2015 e 2016, 74% da população perdeu 8 quilos ou mais, em função da fome. No final de 2016, 93,3% dos venezuelanos não tinham como cobrir as despesas com alimentação para garantir uma dieta mínima de 2000 calorias. As pessoas passaram a abandonar seus animais de estimação nas ruas, porque não tinham mais como lhes comprar ração. Esses animais passaram a ser caçador e abatidos para servirem de alimento à população faminta. Nem os animais dos zoológicos foram poupados, bem como os famosos pombos que habitavam as centenas de praças chamadas Simon Bolívar em todo o país. Em 2017, a Venezuela teve de aumentar drasticamente sua importação de petróleo, devido ao sucateamento da PDVSA, cuja direção havia sido entregue aos "cumpanhêros" dos sindicatos.

Adivinhem qual é o maior fornecedor de óleo à Venezuela? Sim, o "grande satã" norte-americano. Segundo Ricardo Haussman, da Universidade de Harvard, a tragédia venezuelana eclipsa qualquer outra da história dos Estados Unidos, Europa Ocidental e do resto da América Latina. Isso sem contar que a Venezuela se tornou um narco-estado, sendo a maior exportadora da cocaína das FARC e da Bolívia para os cartéis de drogas mexicanos e do norte da África. Chávez (enquanto vivo), Maduro, Cabello e toda a cúpula militar venezuelana esteve ou está envolvida com o narcotráfico. Em 2015, dois sobrinhos de Maduro foram presos no Haiti por agentes da DEA americana quando tentavam vender 800 kg de cocaína. Essa é uma breve história de como um psicopata criminoso e seus asseclas conseguiram em menos de 20 anos arruinar um dos países mais promissores da América Latina, com sua utopia socialista.

P.S. Todas as informações acima foram retiradas do livro "HUGO CHÁVEZ, O ESPECTRO", do jornalista brasileiro Leonardo Coutinho, cuja leitura eu muito recomendo.

O REPERTÓRIO DE PULOS DOS GATOS por Percival Puggina. Artigo publicado em 01.05.2018



É exaustivo. O tal “exercício” da cidadania, no Brasil, é de pôr os bofes para fora. O brasileiro é um cidadão em luta contra as instituições. Precisamos defender-nos delas, precisamos enfrentá-las, somos compelidos a fazê-lo como forma de autopreservação e isso cansa mais do que “puxar ferro” numa academia. Os poderes de Estado, que constituímos e regiamente remuneramos, na esperança pueril de que viessem a zelar pelo interesse geral enquanto cuidássemos de nossas vidas e amores, se converteram em nossos não dissimulados adversários. Cuidam de si mesmos a nosso despeito e à nossa custa.

A Constituição cidadã, sabe-se hoje, abriu um leque de oportunidades de negócios com os recursos públicos e fechou em torno delas um círculo de ferro de proteções recíprocas. Levamos 30 anos para entender a fria em que havíamos entrado. Primeiro, pressentimos; depois intuímos; e, agora, empírica e dolorosamente, constatamos o quanto o Estado brasileiro protegeu-se de seus cidadãos. Às vezes me dá vontade de sentar e ficar apenas observando o repertório de pulos desses gatos. São verdadeiros artistas nos seus ramos de atividade.

Já no ano passado, aquela parte da sociedade que não corteja bandidos decidiu que precisaria de um Congresso quase inteiramente renovado. Só assim, talvez – talvez! – pudessem ser desmontadas as armadilhas institucionais, bem como a arquitetura juspolítica de fossos, muralhas, escarpas e contraescarpas, que protegem as cidadelas do poder. Um legislativo que, em quatro anos, nada fez nessa indispensável direção, e que, ao contrário, sempre cuidou de sua própria cidadela, nada faria para mudar substancialmente as regras do jogo. O Brasil precisa mudar. Renovação já, portanto!

Eis que diante desse óbvio sentimento nacional, o sistema reage – escândalo! – com novas trancas e ferrolhos para garantir a renovação dos atuais mandatos. Os partidos políticos adotam estratégias para impedir que se cumpra o inequívoco e indispensável anseio dos eleitores. Não lembro de já haver visto algo assim. Tanto se empenharam pelo “virtuoso” financiamento público e contra o “vicioso” financiamento privado das campanhas! Resultado: os partidos dispõem, agora, de dinheiro dos nossos impostos para distribuírem, prioritariamente, aos atuais parlamentares, não por acaso as pessoas mais influentes dentro deles. As nominatas de candidatos serão formadas pelos próprios e mais uns poucos, bem poucos, para dificultar o ingresso de novos no círculo de ferro do poder e na distribuição da grana. Logo estaremos vendo isso tudo acontecer. Digam-me se não dá uma canseira.

Diante disso, ponho-me a pensar na recente experiência francesa. Esclareço: estou apenas pensando. O eleitorado gaulês escolheu um candidato (Emmanuel Macron) e seu partido (La République en Marche), conferindo-lhes vitória consagradora e uma base política amplamente majoritária. Não poderíamos reproduzir algo parecido por aqui, com as limitações, claro, do nosso sistema proporcional? Centrarmos a renovação em candidato e em poucos partidos?

Não sei. Mas sei que precisamos interromper o curso dessa bandalheira que pretende usar nosso dinheiro para forçar a reeleição de parlamentares que não queremos ver reeleitos e preservar essas desavergonhadas estruturas de poder.



* Percival Puggina (73), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil, integrante do grupo Pensar+.

EVIDÊNCIAS


“Está assim de maninho com diploma de curso superior na parede defendendo o  porco petista e que não sabem o que são ‘evidências’ para elucidação de um crime. Só conhecem a música do José Augusto.” (Mim)



“Os petistas acham que os ladrões deles são melhores que os ladrões dos outros.” (Mim)



“A única coisa eterna é o nada. Nada é para sempre.” (Mim)


 “Dependendo de quem é corpo os vermes também vomitam.” (Mim)




“A mulher de César tem que parecer honesta mesmo mostrando as nádegas.” (Mim)


“Eu e deus não nos conhecemos. Nem vamos.” (Mim)