quinta-feira, 27 de agosto de 2015
Esperança
ESPERANÇA
Formigas caminham pela varanda despreocupadas enquanto um cão preguiçoso boceja deitado satisfeito na cerâmica fria. Nuvens passeiam pelo céu, sem pressa. O sol vespertino é forte; o verde das árvores se destaca; o cantar dos pássaros presos é triste. Alados libertos cruzam os ares fazendo alarido e lamentando a má-sorte dos irmãos engaiolados. Não tem jeito, quem está na gaiola canta de tristeza, mas os obtusos pensam que é de alegria. Quem canta seus males espanta; eles sabem disso mais do que ninguém. Uns poucos ainda olham para cima com esperança de um dia poder novamente voar. A esperança, sempre ela, junto do ser até o derradeiro suspiro.
Formigas caminham pela varanda despreocupadas enquanto um cão preguiçoso boceja deitado satisfeito na cerâmica fria. Nuvens passeiam pelo céu, sem pressa. O sol vespertino é forte; o verde das árvores se destaca; o cantar dos pássaros presos é triste. Alados libertos cruzam os ares fazendo alarido e lamentando a má-sorte dos irmãos engaiolados. Não tem jeito, quem está na gaiola canta de tristeza, mas os obtusos pensam que é de alegria. Quem canta seus males espanta; eles sabem disso mais do que ninguém. Uns poucos ainda olham para cima com esperança de um dia poder novamente voar. A esperança, sempre ela, junto do ser até o derradeiro suspiro.
O currículo deste menino nascido em 1958
Na vida já fui pintor e lustrador de móveis;corretor zoológico; vendedor de passagem rodoviária; auxiliar de escritório; analista de crédito; gerente de loja; gerente de rodoviária;proprietário de pastelaria; gerente empresa transporte de carga fracionada; sócio-proprietário de empresa de transporte(devidamente quebrado); comercial e supervisor em empresa de carga fracionada. No presente trabalho por conta própria, em casa, fazendo e provando pastéis, coxinhas, quibes, sfiras, risoles, empadas etc. Daí provém em parte o tamanho da barriga dessa criança. Gosto do que faço, posso dizer que me sinto muito bem.
CONSULTÓRIO DA VOVÓ ROMILDA
Adão- Taubaté- Vovó, minha mulher sumiu por quinze
dias e na volta contou que foi raptada por marcianos. Devo acreditar nela?
Vovó- Sem dúvida. E quando dezembro chegar
espere pelo Papai Noel.
Juju- Pelotas- Meu namorado me deu de presente
sabonetes, colônias e talcos. A senhora acha que o motivo são os meus cinco
banhos por mês?
Vovó- Deve ser. Se eu fosse você tomaria
banho todos os dias. Aproveitaria bem os presentes recebidos. Ou então não
daria importância e arrumaria logo um urubu para namorar.
AMISHES NO SHOPPING
O menino Amish e seu pai foram visitar um shopping. Eles ficaram impressionados com quase tudo o que viram, mas especialmente por duas brilhantes paredes de prata que poderiam se mover para o lado e se juntar novamente. O garoto perguntou ao pai: "O que é isso, pai?" O pai respondeu: "Filho, eu nunca vi nada parecido na minha vida, eu não sei o que é."
Enquanto o menino e seu pai estavam assistindo de olhos arregalados uma velha senhora em uma cadeira de rodas entrou nas paredes e apertou um botão. As paredes abriram e a senhora entrou entre eles para uma pequena sala.
As paredes fechadas e o menino e seu pai assistiram pequenos círculos de luzes e números acima da luz. Eles continuaram a assistir os círculos acender no sentido inverso. As paredes abriram novamente e uma mulher bonita de 24 anos saiu. O pai disse ao filho: "Vá buscar sua mãe."
Fonte: http://jokes.christiansunite.com/Pastors/
Fonte: http://jokes.christiansunite.com/Pastors/
Um comunista russo em Paris
Leonid Brezhnev visita Paris. Nada lhe chama atenção até chegar ao pé da Torre Eiffel, onde Brejnev finalmente olha para cima com perplexidade e espanto. Ele se vira para os seus companheiros franceses e pergunta: “Paris é uma cidade de nove milhões de pessoas... com certeza você precisa mais do que uma torre de vigia.”
O GOVERNO PETISTA ACABOU por Dennis Lerrer Rosenfield. Artigo publicado em 26.08.2015
O governo petista acabou! Tudo depende do como e quando intervirá o seu fim. Como um doente terminal, ele pode durar meses ou anos, com todos os sofrimentos daí resultantes. Impeachment ou renúncia teria a imensa vantagem de dar um basta a esta situação, com a segunda alternativa sendo muito melhor do que a primeira, por ser mais rápida e menos traumática. Aguardar as eleições de 2018 pode bem significar que o novo governo que, então, assumiria teria de reestruturar totalmente um país exaurido.
O discurso petista de que qualquer abreviamento do mandato da atual presidente seria um golpe nada mais é do que um mero instrumento demagógico. Impeachment é um instrumento previsto constitucionalmente e utilizado quando do governo Collor, forçando-o a uma renúncia. A transição não foi traumática, tendo o então vice-presidente Itamar Franco feito um governo exemplar, de união nacional, sendo o responsável pelo Plano Real. O mesmo pode, agora, se repetir com o vice-presidente Michel Temer, ao qual não faltam condições para tal mudança.
Aliás, o PT parece não ter memória, pois chegou a apregoar o impeachment do então presidente Fernando Henrique. Não era golpe! No que diz respeito às convicções democráticas, o PT e seu governo têm dados sinais indeléveis de seu pouco apreço pelas instituições republicanas, defendendo os governos bolivarianos e o socialismo do século XXI em nossos países vizinhos. A democracia desmorona a golpes de facões chavistas na Venezuela, e nosso governo não cessa de defender a sua "democracia".
Mais recentemente, o presidente da CUT, Vagner Freitas, fez uma declaração, dentro do Palácio do Planalto, segundo a qual ele e seus comparsas pegariam em "armas" para defender o atual governo. Como assim, pregando a violência no Palácio e chamando a isto de defesa da democracia? A situação não deixa de ser hilária. O PT não defende o Estatuto do Desarmamento? Terão os sindicalistas da CUT armas? Onde as obtiveram?
O ex-presidente Lula tentou logo depois fazer um remendo, dizendo que a verdadeira arma seria a "educação". Conversa fiada. Repete o mesmo comportamento que o caracterizou no governo. Atiça o fogo e logo diz atuar como bombeiro.
Ocorre, porém, que o país mudou. Nas manifestações nacionais do dia 16, um boneco inflável de Lula enquanto presidiário virou meme nas redes sociais e apareceu nos jornais e meios de comunicação em geral. Um símbolo, neste dia, ruiu. É toda uma época que atinge o seu término.
O boneco estampava o número do PT e um artigo do Código Penal, em uma clara demonstração de que o seu nome já está associado à corrupção, à Lava-Jato e à prisão. Perdeu o efeito teflon, ou talvez, tenhamos, agora, um outro tipo de teflon, o negativo, tudo passando a colar nele e na sua sucessora. Os acordos negociados com o presidente do Senado, por sua vez, não tiveram nenhum efeito popular, senão o de colar o senador Renan Calheiros às figuras de Dilma e Lula. O acordão não passou junto a esse importante setor da opinião pública.
As manifestações, ao contrário das anteriores, focaram no afastamento da presidente, insistindo no impeachment ou em eventual renúncia. A sua imagem não apresenta nenhuma melhora. Pelo contrário, piora. Elas estão apontando para o fim do ciclo petista, procurando abreviá-lo.
Note-se que essas manifestações foram maiores e mais importantes do que as previsões que supostamente sinalizavam para uma baixa adesão. Elas foram maiores do que as de abril deste ano e reuniram 1.029.000 pessoas, apesar de jornalistas e "analistas" simpáticos ao PT procurarem camuflar esse fato. Globo e G1 fizeram um cálculo, segundo as Polícias Miliares, de 879 mil participantes, não contando os manifestantes do Rio e Recife, sem estimativas das respectivas PMs.
Ora, o Rio congregou pelo menos cem mil pessoas e Recife 50 mil, o que dá um total superior a um milhão. Só perdem para as manifestações de março. As imagens cariocas foram impressionantes.
Ademais, trata-se de um processo que começou em março, seguiu em abril e chega, agora, a agosto, com novas manifestações já sendo previstas. Tivemos três enormes manifestações em cinco meses, algo inédito na história de nosso país. Por último, esta última manifestação teve foco, centrada nas figuras de Dilma e Lula, com a bandeira explícita do impeachment.
Exemplo público a ser seguido se concretizou no aparecimento de camisas e faixas em apoio ao juiz Sérgio Moro. Ele representa atualmente um ideal de justiça, algo digno de ser imitado. O país não mais tolera metamorfoses ambulantes, mas correção na vida pública e esperança de um Brasil justo, no qual um novo futuro possa ser vislumbrado.
Do ponto de vista político, essas manifestações de apoio a Moro significam uma forte sustentação à operação Lava-Jato, contra qualquer tipo de pizza. A sociedade está atenta aos seus desdobramentos e, certamente, não aceitará nada que possa prejudicá-la. Os culpados deverão ser punidos, tanto no setor empresarial quanto no político. Se isto não acontecer, as manifestações poderão ganhar ainda mais fôlego. Um recado foi enviado!
Apostar em uma melhora da situação econômica significa voltar a ouvir os cantos de sereias que nos guiaram desde a saída de Antonio Palocci do Ministério da Fazenda. Os "mágicos" economistas petistas levaram o país a esse buraco, os ditos desenvolvimentistas incrustados no governo e no partido. A inflação deve alcançar dois dígitos (ou perto disto), no final do ano, o desemprego está aumentando, o PIB é estimado em 2% negativo neste ano, devendo permanecer negativo no próximo, o poder de compra da classe média e dos trabalhadores em geral está caindo e assim por diante.
O Natal e o Ano Novo não serão de festa do ponto de vista social. A quebra de expectativas e a desesperança só tendem a piorar. E será neste cenário que o clima de insatisfação política vai se expandir.
* O autor é professor de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Do Baú do Janer Cristaldo- domingo, novembro 19, 2006 COM A NONCHALANCE DE UM DEUS
Há mais de vinte anos não leio ficções. Já fui devoto do gênero e traduzi uma boa dezena delas ao brasileiro. Acabei cansando. O autor faz das tripas coração para criar um universo imaginário. Como este universo é de mentirinha, ele não está limitado pelas contingências da realidade. No entanto, a realidade acaba superando de longe todas as ficções.
Qual ficcionista conseguiria criar personagens como Hitler, Mao, Stalin, Pol Pot? Nenhum. Na hora de matar, embora possa matar e permanecer impune, o autor de ficções é tímido. Verdade que o Hagiógrafo conseguiu criar um que matou todos menos um. Mas não é todos os dias que se escreve uma ficção como a Bíblia. "Quem mata um é assassino, quem mata milhões é conquistador, quem mata todos é Deus" - escreveu o biólogo Jean Rostand. No século passado, assistimos a conquistadores que mataram com a nonchalance de um Deus.
Costumamos empurrar a barbárie para épocas remotas da História. No entanto, o século em que mais se massacrou em todos os tempos foi o passado, este no qual todos nascemos. Outra característica do XX, é que estes grandes assassinos foram cultuados como heróis, modelos de virtude e mesmo como deuses. Quando surgiram as notícias da morte de Stalin, não poucos comunistas não acreditaram. Um deus não pode morrer.
Se você nada conhece de Josiph Vissarionovitch Djugatchivili, nada entendeu da história recente. Este senhor, conhecido também por Koba ou Stalin, "o de aço", matou mais que Hitler e só não conseguiu matar mais que Mao. Ostenta em seu currículo a modesta cifra de 20 milhões de cadáveres. Houve época em que não era fácil encontrar uma biografia de Stalin no Brasil. A primeira biografia importante, a de Boris Souvarine, escrita originalmente em francês e editada em Paris em 1939, jamais chegou até nós. Consta ter existido uma tradução em russo, editada em único exemplar, para uso exclusivo de Stalin. Ignora-se o destino do tradutor.
Outra importante biografia, a de Adam B. Ulam, em dois volumes e editada pela primeira vez nos Estados Unidos em 1973, tampouco chegou até nós. Tive acesso a elas porque vivia em Paris. Este ano, tivemos nas livrarias brasileiras pelo menos três biografias do ditador georgiano, a do britânico Simon Sebag Montefiore e a dos irmãos russos Roy e Zhores Medvedev e a de Isaac Deutscher.
Estão surgindo no Brasil biografias das mais completas destes grandes assassinos. Ainda há pouco, li uma outra de Stalin, assinada por Simon Sebag Montefiore, intitulada Stalin, a Corte do Czar Vermelho, 860 páginas. Editada originalmente em 2003, esta biografia é trabalho invejável de um jovem pesquisador (o autor nasceu em 1965), que narra o dia-a-dia, cada frase, cada gesto de Stalin. Montefiore parece ser um observador onisciente e onipresente. O livro é lido com o sabor de um romance. Com um detalhe: os horrores nele narrados - com fria objetividade - nada têm de fictícios. É leitura que recomendo vivamente, particularmente aos jovens, em especial àqueles que nunca ouviram falar de Stalin. Se você quiser entender o século passado, leia o livro de Montefiore. Voltarei ao assunto.
Mal larguei Stalin, foi lançado Mao, a História Desconhecida, 960 páginas, de Jung Chang e Jon Halliday. Estas duas obras, ambas lançadas pela Companhia das Letras, preenchem uma lacuna enorme no estudo dos tiranos do século passado. Decididamente, nenhuma mente seria capaz de conceber ficcionalmente a trajetória destes monstros que foram cultuados como deuses.
Em Mao, a História Desconhecida, vemos Stalin amplamente superado por seu discípulo chinês, Mao Tse Tung. O nome duplo Tse Tung significa "brilhar sobre o Leste". De início vemos uma diferença básica entre ambos. Se Stalin passou a matar uma vez instalado no poder, matar foi o método empregado por Mao para chegar ao poder. Nesta biografia, é interessante ver Mao lutando contra Chiang Kai-Shek, Stalin apoiando Mao e Chiang Kai-Shek ao mesmo tempo, os Estados Unidos apoiando Mao, e Chiang Kai-Shek permitindo a progressão da Longa Marcha, marcha tão exitosa que começou com 80 mil homens e acabou com dez mil.
O Livro Negro do Comunismo debita a Mao 65 milhões de cadáveres em tempos de paz. Jung Chang fala em 70 milhões. 65 ou 70, não se tem notícia na História de homem que, sozinho, tenha matado tanto. Entre 58 e 61, no Grande Salto para a Frente, 28 milhões de chineses morreram de fome. Segundo a autora, foi a maior epidemia de fome do século XX - e de toda história registrada da humanidade. A China produzia carne e grãos, mas Mao exportava estes produtos para a União Soviética, em troca de armas e tecnologia nuclear. Segundo o homem que brilhava sobre o Leste, as pessoas "não estavam sem comida o ano todo - apenas seis ou quatro meses."
Para Mao, morrer fazia parte da vida. É preciso que as pessoas partam para dar lugar às que chegam. Claro que jamais lhe ocorreu perguntar se alguma pessoa aceita partir antes do devido tempo. "Vamos considerar quantas pessoas morreriam se irrompesse uma guerra - diz Mao -. Há 2,7 bilhões de pessoas no mundo. Um terço poderia se perder; ou um pouco mais, poderia ser a metade. Eu digo que, levando em conta a situação extrema, metade morre, metade fica viva, mas o imperialismo seria arrasado e o mundo inteiro se tornaria socialista."
A partir de 1953, foi imposto o confisco em todo o país, a fim de extrair mais alimentos para financiar o Programa de Superpotência. A estratégia era simples: deixar para a população apenas o suficiente para que permanecesse viva e tomar todo o resto. Segundo Chang, Mao via vantagem práticas nas mortes em massa. "As mortes trazem benefícios", disse em 1958. "Elas podem fertilizar o solo". Os camponeses receberam ordens para plantar sobre os túmulos. Usar luto foi proibido e até mesmo derramar lágrimas, pois segundo Mao a morte deveria ser celebrada.
O homem que brilha sobre o Leste não se contentou em matar e torturar. Procurou também humilhar a inteligência. Em 1966, durante o Grande Expurgo, fez arrastar e maltratar professores e funcionários da universidade de Pequim diante da multidão. "Seus rostos foram pintados de preto e puseram chapéus de burros em suas cabeças. Forçaram-nos a ajoelhar-se, alguns foram espancados e as mulheres foram sexualmente molestadas. Episódios semelhantes se repetiram em toda a China, provocando uma cascata de suicídios."
Os Guardas Vermelhos invadiram casas onde queimaram livros, cortaram pinturas, pisotearam discos e instrumentos musicais - conta-nos Yung Chang - destruindo tudo em geral que tivesse a ver com cultura. Confiscaram objetos valiosos e espancaram seus donos. Ataques sangrentos a residências varreram a China, fato que o Diário do Povo saudou como "simplesmente esplêndido". Muitos dos que sofreram os ataques foram torturados até a morte em seus lares. Alguns foram levados para câmaras de tortura improvisadas em antigos cinemas, teatros e estádios. Guardas Vermelhos vagando pelas ruas, fogueiras de destruição e gritos das vítimas: esses eram os sons e as cenas das noites do verão de 1966.
Que um tirano mate, isto nada tem de original. Faz parte de sua estratégia para manter-se no poder. O que mais me causa espécie em Mao foi um episódio de seu regime que bem demonstra a insanidade de homens que se atribuem poderes absolutos. Sigo ainda o relato de Yung Chang. "Um dia, Mao teve a brilhante idéia de que uma boa maneira de manter os alimentos seguros era se livrar dos pardais, pois eles comiam grãos. Então designou esses passarinhos como uma das Quatro Pragas que deveriam ser eliminadas, junto com ratos, mosquitos e moscas, e mobilizou toda a população para sacudir paus e vassouras e fazer uma algazarra gigantesca, a fim de assustar os pardais e impedi-los de pousar, de tal modo que eles cairiam de fadiga, seriam capturados e mortos pelas multidões".
Vi certa vez um documentário sobre esta insânia. Milhares de chineses perseguiam pardais por ruas, árvores e telhados, businando, batendo latas e tambores. Que Mao matasse, até que se entende. O mais difícil de entender é ver um líder levando milhões de chineses a matar pássaros... no grito. O problema é que estes pássaros, além de comer grãos, eliminavam muitas pragas, "e não é preciso dizer que muitas outras aves morreram na farra da matança. Pragas que eram mantidas sob controle pelos pardais e outros pássaros floresceram, com resultados catastróficos. Os argumentos dos cientistas de que o equilíbrio ecológico seria afetado foram ignorados".
Resultado da Grande Matança de Pardais: o governo chinês acabou pedindo, em nome do internacionalismo socialista, que os russos enviassem 200 mil pardais do leste da União Soviética assim que possível. E durante anos houve quem cultuasse no mundo todo - e principaslmente entre nós - como salvador da humanidade, este assassino ridículo.
Qual ficcionista conseguiria criar personagens como Hitler, Mao, Stalin, Pol Pot? Nenhum. Na hora de matar, embora possa matar e permanecer impune, o autor de ficções é tímido. Verdade que o Hagiógrafo conseguiu criar um que matou todos menos um. Mas não é todos os dias que se escreve uma ficção como a Bíblia. "Quem mata um é assassino, quem mata milhões é conquistador, quem mata todos é Deus" - escreveu o biólogo Jean Rostand. No século passado, assistimos a conquistadores que mataram com a nonchalance de um Deus.
Costumamos empurrar a barbárie para épocas remotas da História. No entanto, o século em que mais se massacrou em todos os tempos foi o passado, este no qual todos nascemos. Outra característica do XX, é que estes grandes assassinos foram cultuados como heróis, modelos de virtude e mesmo como deuses. Quando surgiram as notícias da morte de Stalin, não poucos comunistas não acreditaram. Um deus não pode morrer.
Se você nada conhece de Josiph Vissarionovitch Djugatchivili, nada entendeu da história recente. Este senhor, conhecido também por Koba ou Stalin, "o de aço", matou mais que Hitler e só não conseguiu matar mais que Mao. Ostenta em seu currículo a modesta cifra de 20 milhões de cadáveres. Houve época em que não era fácil encontrar uma biografia de Stalin no Brasil. A primeira biografia importante, a de Boris Souvarine, escrita originalmente em francês e editada em Paris em 1939, jamais chegou até nós. Consta ter existido uma tradução em russo, editada em único exemplar, para uso exclusivo de Stalin. Ignora-se o destino do tradutor.
Outra importante biografia, a de Adam B. Ulam, em dois volumes e editada pela primeira vez nos Estados Unidos em 1973, tampouco chegou até nós. Tive acesso a elas porque vivia em Paris. Este ano, tivemos nas livrarias brasileiras pelo menos três biografias do ditador georgiano, a do britânico Simon Sebag Montefiore e a dos irmãos russos Roy e Zhores Medvedev e a de Isaac Deutscher.
Estão surgindo no Brasil biografias das mais completas destes grandes assassinos. Ainda há pouco, li uma outra de Stalin, assinada por Simon Sebag Montefiore, intitulada Stalin, a Corte do Czar Vermelho, 860 páginas. Editada originalmente em 2003, esta biografia é trabalho invejável de um jovem pesquisador (o autor nasceu em 1965), que narra o dia-a-dia, cada frase, cada gesto de Stalin. Montefiore parece ser um observador onisciente e onipresente. O livro é lido com o sabor de um romance. Com um detalhe: os horrores nele narrados - com fria objetividade - nada têm de fictícios. É leitura que recomendo vivamente, particularmente aos jovens, em especial àqueles que nunca ouviram falar de Stalin. Se você quiser entender o século passado, leia o livro de Montefiore. Voltarei ao assunto.
Mal larguei Stalin, foi lançado Mao, a História Desconhecida, 960 páginas, de Jung Chang e Jon Halliday. Estas duas obras, ambas lançadas pela Companhia das Letras, preenchem uma lacuna enorme no estudo dos tiranos do século passado. Decididamente, nenhuma mente seria capaz de conceber ficcionalmente a trajetória destes monstros que foram cultuados como deuses.
Em Mao, a História Desconhecida, vemos Stalin amplamente superado por seu discípulo chinês, Mao Tse Tung. O nome duplo Tse Tung significa "brilhar sobre o Leste". De início vemos uma diferença básica entre ambos. Se Stalin passou a matar uma vez instalado no poder, matar foi o método empregado por Mao para chegar ao poder. Nesta biografia, é interessante ver Mao lutando contra Chiang Kai-Shek, Stalin apoiando Mao e Chiang Kai-Shek ao mesmo tempo, os Estados Unidos apoiando Mao, e Chiang Kai-Shek permitindo a progressão da Longa Marcha, marcha tão exitosa que começou com 80 mil homens e acabou com dez mil.
O Livro Negro do Comunismo debita a Mao 65 milhões de cadáveres em tempos de paz. Jung Chang fala em 70 milhões. 65 ou 70, não se tem notícia na História de homem que, sozinho, tenha matado tanto. Entre 58 e 61, no Grande Salto para a Frente, 28 milhões de chineses morreram de fome. Segundo a autora, foi a maior epidemia de fome do século XX - e de toda história registrada da humanidade. A China produzia carne e grãos, mas Mao exportava estes produtos para a União Soviética, em troca de armas e tecnologia nuclear. Segundo o homem que brilhava sobre o Leste, as pessoas "não estavam sem comida o ano todo - apenas seis ou quatro meses."
Para Mao, morrer fazia parte da vida. É preciso que as pessoas partam para dar lugar às que chegam. Claro que jamais lhe ocorreu perguntar se alguma pessoa aceita partir antes do devido tempo. "Vamos considerar quantas pessoas morreriam se irrompesse uma guerra - diz Mao -. Há 2,7 bilhões de pessoas no mundo. Um terço poderia se perder; ou um pouco mais, poderia ser a metade. Eu digo que, levando em conta a situação extrema, metade morre, metade fica viva, mas o imperialismo seria arrasado e o mundo inteiro se tornaria socialista."
A partir de 1953, foi imposto o confisco em todo o país, a fim de extrair mais alimentos para financiar o Programa de Superpotência. A estratégia era simples: deixar para a população apenas o suficiente para que permanecesse viva e tomar todo o resto. Segundo Chang, Mao via vantagem práticas nas mortes em massa. "As mortes trazem benefícios", disse em 1958. "Elas podem fertilizar o solo". Os camponeses receberam ordens para plantar sobre os túmulos. Usar luto foi proibido e até mesmo derramar lágrimas, pois segundo Mao a morte deveria ser celebrada.
O homem que brilha sobre o Leste não se contentou em matar e torturar. Procurou também humilhar a inteligência. Em 1966, durante o Grande Expurgo, fez arrastar e maltratar professores e funcionários da universidade de Pequim diante da multidão. "Seus rostos foram pintados de preto e puseram chapéus de burros em suas cabeças. Forçaram-nos a ajoelhar-se, alguns foram espancados e as mulheres foram sexualmente molestadas. Episódios semelhantes se repetiram em toda a China, provocando uma cascata de suicídios."
Os Guardas Vermelhos invadiram casas onde queimaram livros, cortaram pinturas, pisotearam discos e instrumentos musicais - conta-nos Yung Chang - destruindo tudo em geral que tivesse a ver com cultura. Confiscaram objetos valiosos e espancaram seus donos. Ataques sangrentos a residências varreram a China, fato que o Diário do Povo saudou como "simplesmente esplêndido". Muitos dos que sofreram os ataques foram torturados até a morte em seus lares. Alguns foram levados para câmaras de tortura improvisadas em antigos cinemas, teatros e estádios. Guardas Vermelhos vagando pelas ruas, fogueiras de destruição e gritos das vítimas: esses eram os sons e as cenas das noites do verão de 1966.
Que um tirano mate, isto nada tem de original. Faz parte de sua estratégia para manter-se no poder. O que mais me causa espécie em Mao foi um episódio de seu regime que bem demonstra a insanidade de homens que se atribuem poderes absolutos. Sigo ainda o relato de Yung Chang. "Um dia, Mao teve a brilhante idéia de que uma boa maneira de manter os alimentos seguros era se livrar dos pardais, pois eles comiam grãos. Então designou esses passarinhos como uma das Quatro Pragas que deveriam ser eliminadas, junto com ratos, mosquitos e moscas, e mobilizou toda a população para sacudir paus e vassouras e fazer uma algazarra gigantesca, a fim de assustar os pardais e impedi-los de pousar, de tal modo que eles cairiam de fadiga, seriam capturados e mortos pelas multidões".
Vi certa vez um documentário sobre esta insânia. Milhares de chineses perseguiam pardais por ruas, árvores e telhados, businando, batendo latas e tambores. Que Mao matasse, até que se entende. O mais difícil de entender é ver um líder levando milhões de chineses a matar pássaros... no grito. O problema é que estes pássaros, além de comer grãos, eliminavam muitas pragas, "e não é preciso dizer que muitas outras aves morreram na farra da matança. Pragas que eram mantidas sob controle pelos pardais e outros pássaros floresceram, com resultados catastróficos. Os argumentos dos cientistas de que o equilíbrio ecológico seria afetado foram ignorados".
Resultado da Grande Matança de Pardais: o governo chinês acabou pedindo, em nome do internacionalismo socialista, que os russos enviassem 200 mil pardais do leste da União Soviética assim que possível. E durante anos houve quem cultuasse no mundo todo - e principaslmente entre nós - como salvador da humanidade, este assassino ridículo.
Liberdade Alada
LIBERDADE ALADA
Gaiola não
é hotel.
Por mais
que o serviço seja bom, falta o principal:
A liberdade
só conseguida nos céus.
Que os homens
abram as portinholas e consintam aos pássaros
O direito de
viver sem limites.
Atitude é isso
Ele chegou
em casa pé por pé, de mansinho. Entrou quietinho pelos fundos e como um gato
deslizou até a sala. Lá estava sua esposa com o amante se amassando no sofá.
Engoliu em seco e foi para fora pensar com calma qual atitude tomar. Pensou. No
dia seguinte vendeu o sofá.
Cão Bravo
CÃO BRAVO
Naquela casa havia uma placa
Dizendo para ter cuidado com o cão bravo
Mas depois algumas desavenças entre vizinhos
Descobriu-se que o cão não era de nada
E que quem mordia mesmo era o seu dono.
Caio Blinder- Brazil dizimado
Aqui do meu posto “avançado”, eu acredito ser meu dever reportar para a base (o Brasil) o que se fala no exterior sobre o Brazil em tempos crônicos de crise. Trago de volta Lourdes Garcia-Navarro, a correspondente no Brasil da National Public Radio, a NPR, a rádio pública americana. Na semana passada, reportei a conversa incrédula entre ela e o apresentador do noticiário sobre a taxa de aprovação de Dilma Rousseff (o apresentador não acreditava que fosse de 8%).
Desta vez é uma conversa com bem menos incredulidade, mas com hipérboles. O apresentador do noticiário conversa com vários correspondentes da NPR sobre o impacto da crise chinesa em cada país. Lourdes Garcia-Navarro é fulminante. Ela diz que o Brasil “está realmente sendo dizimado” pelo o que acontece na China, “provavelmente mais do que qualquer outro país”. A explicação: paralisado pela crise política, o Brasil ainda por cima é manietado por sua dependência da China.
No desespero, exportar é a solução (a única), mas a China vive o seu próprio desespero, pois não consegue mais crescer como antes. O mundo ficou muito mal acostumado. Imagine, um destino de exportações crescendo a uma taxa de dois dígitos anuais, ano atrás de ano. Acabou. Sequer se pode garantir que a média de 7% será atingida.
A encrenca chinesa obviamente virou produto da agitprop do governo Dilma Rousseff para explicar o sufoco brasileiro. A culpa vem de fora. No entanto, estamos por dentro. Sabemos que basicamente a crise brasileira é made in Brazil e não made in China.
E a propósito, há um exagero nas afirmações da repórter Lourdes Garcia-Navarro. O Brasil pode estar dizimado, mas no final das contas é menos dependente de suas exportações para a China do que outros países. Claro que o Brasil e exportadores de commodities como a Austrália sofrem, assim como países como Japão e Coreia do Sul, que exportam componentes high-tech para a indústria chinesa.
Em termos percentuais na sua pauta de exportacões, a Austrália é de longe o país mais afetado (em termos absolutos é a Coreia do Sul). Percentualmente, o Brasil está em quarto lugar. Em primeiro lugar, devemos olhar para nossas vulnerabilidades internas.
***
Alexandre Garcia- A tempestade perfeita
Aproxima-se no horizonte a tempestade perfeita, já prevista por não-meteorologistas. O governo veio desmontando o país por anos e agora está sem proteção para o que vem aí. A China, escolhida como nosso principal parceiro comercial, desacelera; o sol, nosso parceiro cotidiano, exagera explosões e esquenta uns graus as águas do Pacífico, o que significa catástrofes climáticas para o Brasil; e o governo, que tem sido uma catástrofe ambulante, enreda-se cada vez mais na própria teia. E o brasileiro, que escolheu pelo voto que isso acontecesse, vai pagar uma conta alta por uns três anos. Tentaram uma manifestação pró-governo no meio da semana passada, com condução, camisas e cartazes, tudo pago, e ainda assim foi um fracasso.
Nota oficial do partido no governo diz que os manifestantes do domingo anterior “não escondem seus propósitos antidemocráticos”. Os propósitos dos manifestantes espontâneos do dia 20 foram impeachment e anti-corrupção. Ora, impeachment é essencialmente democrático, como defendeu o PT no processo contra o presidente Collor. Portanto, o que deve ser antidemocrático é a luta contra a corrupção. Supõe-se, portanto, que corrupção seja democrático, como se depreende da nota oficial. Mas é bom que a presidente não saia, pois é preciso assumir tudo o que foi feito. Que ela e o partido dela vivam as consequências do que cometeram nesses últimos anos. Difícil será corrigir o desmonte do país, a continuar com as idéias que fracassaram na União Soviética, na China, em Cuba, na Albânia, nos ridículos desastres da Coreia do Norte e da Venezuela.
O governo escolheu como parceiros políticos e comerciais países para onde não estão indo brasileiros que buscam uma vida melhor - à razão de 36 emigrantes por dia, só considerando as saídas formais e legais. No plano interno, os que desfrutavam do poder estão abandonando um governo à deriva, numa demonstração de esperteza e covardia, com olhos nas eleições do ano que vem. O PMDB, que deu ministros a Sarney, Itamar, Fernando Henrique e o Vice de Lula e de Dilma, e também governou nessas últimas décadas, agora ensaia uma retirada, percebendo o fracasso de que é sócio. O partido, aparentemente saciado, se motiva pela eleição municipal do ano que vem. Teria que permanecer governo, assumindo seus compromissos, suas responsabilidades.
E o eleitor, que elegeu essa gente toda, vai purgar seu voto, para aprender que votar é mais importante que time de futebol e gera sérias consequências para todos. Aliás, por falar em futebol, o esporte nacional com mais público, revelou um barômetro, na meca do rodeio, Barretos. Num show no Parque do Peão, madrugada de domingo último, ergueram-se em uníssono as 40 mil vozes das arquibancadas, de gente nervosa como touros antes de entrar na arena. O coro condenava Lula e Dilma com palavras de ordem que não ouso repetir. Um barômetro prevendo tempestade.
Do blog do Políbio Braga- FIESP TIRA NOTA PARA DIZER QUE MINISTRO LEVY JOGA O PAÍS NO DESEMPREGO
Diz nota da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), presidida por Paulo Skaf (PMDB):
- Na semana passada, em reunião com líderes de diversos setores produtivos, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu o aumento de impostos da contribuição da Previdência, mesmo alertado de que a medida provocará mais desemprego. Pelo visto, para o ministro, terminar o ano com 1,5 milhão de empregos a menos parece não ser um problema.
O governo quer recriar a CPMF e mudar as cobranças do PIS e do Cofins para arrecadar R$ 50 bilhões a mais por ano.
O JABUTI ESTÁ MEIO MORTO , MAS CONTINUA ASSANHADO!- Dilma quer aproveitar 7% de popularidade para recriar a CPMF
Dilma quer aproveitar os 7% de popularidade para recriar a CPMF… Não passaria no Congresso!
Oba!
O governo teve uma ideia do balacobaco, já que está sem dinheiro: recriar a CPMF. Parece que, desta feita, será sem disfarce. Nem se vai dizer que é para financiar a Saúde, o que é um jeito, leitor, de enfiar a mão no seu bolso pretextando motivos humanitários, sabem como é…
Desta feita, não seria assim: seria tungada mesmo. Em momento de recessão como o que vivemos, e a nossa ainda é crescente, arrancar ainda mais dinheiro da sociedade é obra de gênios. Deve ser o jeito que a presidente tem de ser pró-cíclica, já que ela não sabe em que isso é diferente de ser anticíclica. Por menor que seja o imposto, todo mundo sabe onde vai parar: nos preços.
Notaram? Este é um governo que não consegue cortar gastos. Não adianta. Segundo informa a Folha, há uma divergência entre Nelson Barbosa (Planejamento) e Joaquim Levy (Fazenda) nesse particular: o primeiro prefere o caminho do novo imposto, o outro ainda pensa em reduzir despesas.
Não é a primeira vez que o governo especula sobre o assunto. Em janeiro, já estimulou esse debate. Quem deu início à conversa foi o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Diante da reação negativa dos agentes econômicos, houve um recuo. Agora, o assunto volta a circular.
Sim, durante a campanha eleitoral, a então candidata Dilma Rousseff negou a intenção de recriar o imposto. Em entrevista ao SBT Brasil, em setembro do ano passado, foi explícita: “Não, eu não penso em recriar a CMPF porque acredito que não seria correto”.
Pois é… Não seria o primeiro estelionato.
Se bem que, vamos convir, né? A popularidade de Dilma não deve cair abaixo dos atuais 7% de ótimo/bom. De certo modo, ela pode tomar a medida antipática que quiser…
Há só uma pedra nada irrelevante no meio do caminho: o Congresso terá de concordar. E, hoje, uma proposta com esse conteúdo não seria aprovada nem debaixo de chicote.
DIÁRIO DA PERNA PELUDA- Em meio a crise, Dilma pede ajuda ao setor privado
Presidente convidou sete grandes empresários para um jantar na terça. Continua mais tonta do que nunca. Quando a água bate na bunda(ou o fogo) os capitalistas servem. Arre!
O Antagonista-Laranja da Laranja
Aproveitando a aprovação de Janot na CCJ, o Antagonista reforça aqui a cobrança por uma investigação urgente sobre as contas de Dilma Rousseff. O Globo encontrou Ângela Maria do Nascimento, que consta como beneficiária de R$ 1,6 milhão da campanha da petista.
Ângela é doméstica, vive de aluguel na periferia de Sorocaba, nunca foi empresária e sua participação política se restringe à montagem de cavaletes de madeira com a cara-de-pau de Dilma e outros petistas idôneos como Lindbergh Farias, Cândido Vaccarezza, Devanir Ribeiro, entre outros. Pela tarefa, ganhou R$ 2 mil por mês.
Uma informação importante da reportagem: "Ângela trabalha há mais de 20 anos para a família de Juliana Cecília Dini Morello. Junto com o marido, Juliana é dona da empresa Embalac Indústria e Comércio Ltda., que recebeu cerca de R$ 330 mil de políticos no ano passado para fazer material de campanha."
Ângela disse ao Globo que a patroa recomendou que ela abrisse uma empresa para também trabalhar na campanha e aumentar seus rendimentos. O TSE suspeita que Juliana fez isso, na verdade, para dividir clientes com a empresa que seria criada por Ângela e, assim, pagar menos impostos.

A doméstica foi colocada de laranja da dona da Embalac, outra empresa com cara de fachada para desvios do PT
Quem melou os planos de Dilma
Dilma Rousseff, segundo a Folha de S. Paulo, “foi pega de surpresa” pelo TSE.
Ela "contava" com o pedido de vista da ministra Luciana Lóssio para conseguir barrar as investigações sobre o dinheiro sujo de sua campanha.
Luciana Lóssio, que fez carreira como advogada eleitoral de Dilma Rousseff e foi posta no TSE exatamente para isso, obedeceu às ordens do Palácio do Planalto e interrompeu o julgamento.
O que melou os planos do governo foi o pedido do ministro Henrique Neves para antecipar seu voto.
O entorno de Dilma Rousseff, "enfurecido", passou a atacar Henrique Neves, “lembrando que, há pouco tempo, o ministro estava em campanha ostensiva para ser reconduzido ao TSE”.
O Antagonista
Residual
Minha pátria amada, estupenda e bela
Está sendo tirada sua parte amarela
Aquela que simboliza nossas riquezas
Já está desprovida de sua beleza.
Está sendo tirada sua parte amarela
Aquela que simboliza nossas riquezas
Já está desprovida de sua beleza.
Horizontes acinzentados sobre o céu de anil
Ofuscando lindos cenários do meu imenso Brasil
Por enquanto meus verdes ainda refletem uma nação
Que é rica, valente e de boa intenção.
Ofuscando lindos cenários do meu imenso Brasil
Por enquanto meus verdes ainda refletem uma nação
Que é rica, valente e de boa intenção.
Surge o vermelho de mais vil carmesim
Trazendo consigo a fome, miséria, em fim
O alarido de seus passos ecoam além
Não deixam meus gritos chegarem a ninguém.
Trazendo consigo a fome, miséria, em fim
O alarido de seus passos ecoam além
Não deixam meus gritos chegarem a ninguém.
Estandartes, bandeiras, foice, martelo e facão
São estéreis de sentido e também de paixão
Erguidos no ar como sinônimo de força
Por mãos ardilosas, traidoras e loucas
São estéreis de sentido e também de paixão
Erguidos no ar como sinônimo de força
Por mãos ardilosas, traidoras e loucas
Pessoas que pregam a igualdade em palavras
Mas que na prática são bem mais escassas
Com sorrisos falando aos muitos ouvidos
Nada é o bastante para esses bandidos.
Mas que na prática são bem mais escassas
Com sorrisos falando aos muitos ouvidos
Nada é o bastante para esses bandidos.
Porém seu tempo em breve é chegado
Pois será combatido pelo bravo soldado
Não será sucumbida minha nação,
Pois eles que tentem: “Por aqui não passarão”.
Por: Marcio Rodrigues Silveira
Pois será combatido pelo bravo soldado
Não será sucumbida minha nação,
Pois eles que tentem: “Por aqui não passarão”.
Por: Marcio Rodrigues Silveira
Fora, Levy!
Por João Luiz Mauad, publicado no Instituto Liberal
Dia desses, um amigo perguntou se Joaquim Levy é liberal. Evidentemente que não, como já demonstrei algumas vezes. Embora tenha estudado numa universidade (Chicago) de viés liberal, o valente está muito longe de ter assimilado os princípios e teorias liberais.
Porém, além de não ser liberal, Levy tem demonstrado ser também um mau economista. Por que digo isso? Deixemos que o grande Bastiat responda:
Na esfera econômica, um ato, um hábito, uma instituição, uma lei não geram somente um efeito, mas uma série de efeitos. Dentre esses, só o primeiro é imediato. Manifesta-se simultaneamente com a sua causa. É visível. Os outros só aparecem depois e não são visíveis. Podemo-nos dar por felizes se conseguirmos prevê-los.
Entre um bom e um mau economista existe uma diferença: um se detém no efeito que se vê; o outro leva em conta tanto o efeito que se vê quanto aqueles que se devem prever.
E essa diferença é enorme, pois o que acontece quase sempre é que, quando a consequência imediata é favorável, as consequências posteriores são funestas e vice-versa. Daí se conclui que o mau economista, ao perseguir um pequeno benefício no presente, está gerando um grande mal no futuro. Já o verdadeiro bom economista, ao perseguir um grande benefício no futuro, corre o risco de provocar um pequeno mal no presente.
De resto, o mesmo acontece no campo da saúde e da moral. Frequentemente, quanto mais doce for o primeiro fruto de um hábito, tanto mais amargos serão os outros. Testemunham isso, por exemplo, o vício, a preguiça, a prodigalidade. Assim, quando um homem é atingido pelo efeito do que se vê e ainda não aprendeu a discernir os efeitos que não se veem, ele se entrega a hábitos maus, não somente por inclinação, mas por uma atitude deliberada.
Assim como o atual governo Dilma Rousseff só tem um projeto, que é tentar evitar o impeachment e esticar o mandato até o fim, Joaquim Levy é um homem obcecado por uma única meta (de curto prazo): manter a todo custo o famigerado grau de investimento do país, homologado pelas três mais importantes agências de risco: Moodys, Standard & Poors e Fitch. Para tanto, elas exigem que o governo equilibre suas contas e, de preferência, obtenha um pequeno superávit primário. Pelo visto, isso é tudo que o indigitado economista enxerga e se propõe a fazer, não importam as conseqüências futuras.
Ora, como reduzir os gastos do governo não é tarefa fácil – nem aqui nem em qualquer outro lugar do planeta -, já que a tendência inerente e natural de todo Estado é sempre agigantar-se, Levy escolheu o caminho mais fácil/cômodo e tem focado praticamente todas as suas energias na tentativa tresloucada de aumentar as receitas, ainda que num ano particularmente ruim, com uma recessão prevista na casa dos 2%.
Depois de ter obtido, no Congresso, a aprovação do projeto de reoneração da folha de pagamento, medida que afeta principalmente as empresas intensivas de mão de obra, justamente num período de aumento contínuo das taxas de desemprego, Levy pretende agora alterar as alíquotas e a forma de cobrança do PIS/COFINS.
Para enganar os incautos, o ministro alega que o projeto faz parte da política de simplificação tributária. Balela! A troca do sistema cumulativo, com alíquota de 3,65% sobre a receita bruta, para o não cumulativo, no qual se descontam certos insumos da base de cálculo (materiais e serviços de terceiros), porém com uma alíquota de 9,25%, além de onerar sobremaneira as empresas, também complica muito o cálculo e a burocracia necessários para o cumprimento daquela obrigação. Quem diz isso não sou apenas eu, mas gente que entende do riscado:
Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), “ao mudar a alíquota do PIS/Cofins para 9,25%, a tributação no setor de serviços se tornará insuportável, podendo causar o fechamento de milhares de empresas e de postos de trabalho. “Adicionalmente, ao invés da propalada simplificação, o fim do regime de cumulatividade ampliará ainda mais a complexidade e os custos da asfixiante burocracia brasileira”.
Em resumo, para tentar alcançar um objetivo de curto prazo (a manutenção do Investment Grade), o mau economista Joaquim Levy está comprometendo de forma irreversível a saúde econômica de longo prazo do país, pois (como qualquer bom economista liberal saberia) aumentos da carga tributária dificilmente serão revertidos no futuro, o quê contribuirá para reduzir ainda mais a nossa taxa de poupança e, consequentemente, de investimento. Some-se a isso os nossos já baixíssimos níveis de competitividade e produtividade e um futuro sombrio se agiganta no horizonte.
Nota do blog: como devem ter percebido, a atividade foi quase nula hoje. É que estava de mudança (de casa). Quando chega a empresa de logística, qual não foi minha surpresa quando um dos funcionários, brasileiro, identifica-se como um leitor que já leu até meu livro?! Pois é, mais um que prefere ser “explorado” em Miami a ser “salvo” pelo governo petista. Tiramos até foto depois do dia cansativo de trabalho. Casa nova agora, mas os objetivos continuam os mesmos: lutar por um Brasil mais livre, o que começa por apear o PT do poder!
Rodrigo Constantino
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