sábado, 8 de outubro de 2016

XADREZ

Lula está novamente nervoso. Alguns amigos convidaram ele para participar do Clube de Xadrez de Curitiba.

MESTRE YOKI, O BREVE

“Mestre, como ficar rico em pouco tempo?”

“Se eu soubesse não te contava.”

MESTRE YOKI, O BREVE

“Mestre, eram os deuses astronautas?”

“Sim.  E eu sou a Madre Tereza.”

MESTRE YOKI, O BREVE

“Mestre, para que servem os políticos brasileiros?”

“Para nos irritar!”

MESTRE YOKI, O BREVE

“Mestre, as mulheres são menos inteligentes do que os homens?”
“Só quando se casam com canalhas.”


MESTRE YOKI, O BREVE

“Mestre, o senhor acredita na vida eterna?”

“De quem? Das bactérias?”

STALIN NO ESTÁDIO ERA JOGO RÁPIDO

Histórias do futebol no mundo vermelho-  Camarada Stalin foi certo dia ver um jogo de futebol. Mas o jogo não foi até o fim. Antes de terminar o primeiro-tempo, Stalin já tinha mandado matar todos os jogadores.

CAMARADA STALIN- “Quando camarada Stalin acordava mal-humorado mandava logo fuzilar uns inimigos para voltar a sentir-se bem.” (Eriatlov)

Instituto Millenium- Votando e aprendendo a votar Autor: Fernando Gabeira

Não tenho o hábito de comemorar derrota de adversários, porque me lembro de que também já tive as minhas, aritmeticamente, humilhantes. No entanto, o resultado das eleições é uma espécie de confirmação eleitoral do fim de uma época.
Na verdade, o marco inaugural foi o impeachment, que muitos insistem em dizer que foi produto de uma articulação conservadora e dos meios de comunicação. Os defensores dessa tese têm uma nova dificuldade. Se tudo foi mesmo manobra de uma elite reacionária, se estavam sendo punidos pelo bem que fizeram, por que o povo não saiu em sua defesa nas urnas?
Sei que a resposta imediata é esta: a Operação Lava Jato, o bombardeio da imprensa, tudo isso produz uma falsa consciência. Esse argumento é uma armadilha. Nas cartilhas, exaltamos a sabedoria popular. Vitoriosos nas urnas, é para ela que apontamos, a sabedoria popular. De repente, foram todos hipnotizados pela propaganda?
Considero que estas eleições mostraram também uma grande distância entre campanhas e eleitores. No entanto, o declínio geral do sistema político não pode servir de refúgio para esconder a própria derrota.
Em certos momentos da História é difícil delimitar a fronteira entre um movimento político e uma seita religiosa. Mesmo antes do período eleitoral, tive uma intuição do que isso representa. Estava pedalando pela Lagoa, no Rio de Janeiro, e uma jovem com fone no ouvido gritou: “Golpista!”. Saía da natação, era uma bela manhã de setembro, sorri para ela.
Na verdade, estava a caminho de casa para ler o relatório da Polícia Federal sobre as atividades de Antônio Palocci que envolvem os governos do PT. Imaginava o que iria encontrar. Ao chegar em casa pensei nela, na moça com dois fios saindo do ouvido. Se pudesse ler isso que li e tudo o que tenho lido, talvez compreendesse o que é ser dirigido por uma quadrilha de políticos e empreiteiros.
Num raciocínio de rua, pensei ao cruzar com operários da Odebrecht que trabalham nas obras do metrô na Lagoa: esses são gentis, dizem bom-dia.
Bobagem de manhã de setembro, mas uma intuição: enquanto se encarar a queda de um governo que assaltou e arruinou o Brasil como um golpe de Estado, será muito difícil deixar os limites da seita religiosa e voltar à dimensão da vida política.
Há derrotas e derrotas. A mais desagradável é quando não existe uma única voz sensata, dizendo a frase consoladora: o pior já passou.
Quem lê o que se escreve em Curitiba, não só os contos de Dalton Trevisan, mas os relatórios da Lava Jato, percebe que muita água vai rolar.
Eleições
As eleições não mostraram apenas uma derrota do PT, mas revelaram a agonia do sistema político. Certamente, as de 2018 serão ainda mais decisivas para precipitar a mudança.
Esse é um dos debates que já correm por fora. Às vezes, tocando em aspectos do problema, como o foro privilegiado, o número de partidos; às vezes, discutindo uma opção mais ampla, como a mudança do próprio regime.
Certamente, um novo eixo mais importante de debate se vai travar entre as forças que apoiaram o impeachment. Não são homogêneas, têm diferentes concepções.
A derrocada do populismo de esquerda não significa que não possa surgir algo desse tipo no outro lado do espectro político. Os eleitos de agora têm uma grande responsabilidade não somente com a aspereza do momento econômico, mas também com sua própria trajetória.
Se o sistema político está em agonia, isso não significa que será renovado a partir do zero. A História não começa nunca do zero. Um novo sistema político carregará ainda muitos feridos das batalhas anteriores. E talvez alguns mortos, por curto espaço de tempo.
Creio que o alto nível de abstenção e votos nulos possa fortalecer esse debate. Embora a abstenção elevada seja um fenômeno internacional.
No mesmo dias das eleições municipais no Brasil, a Colômbia votou o referendo sobre o acordo de paz. Abstenção: 62%. Na Hungria, votou-se o projeto europeu de cotas para receber imigrantes. O número de eleitores foi inferior a 50%, invalidando a votação.
Cada lugar tem também suas causas específicas para que tanta gente não se importe com algo que nos parece.
As eleições confirmaram que a qualidade dos políticos representa muito no aumento do descrédito. Mesmo em países com voto facultativo e, relativamente, altos níveis de abstenção, isso parece confirmar-se. Uma campanha como a de Obama atraiu mais gente para as urnas nos EUA.
Depois das eleições começa a etapa em que a superação da crise econômica entra para valer na agenda. Sempre haverá quem se coloque contra todas as reformas e projete nelas todas as maldades do mundo.
Mas entre os que consideram as mudanças necessárias é preciso haver a preocupação de que os mais vulneráveis não sejam atingidos. O instrumento para atenuar o caminho é um nível de informação mais alto sobre cada movimento.
Reforma do Ensino Médio
Tenho a impressão de que o Ministério da Educação compreendeu isso na reforma do ensino médio. Outros fatores contribuem para que a discussão seja adequada ao momento. Várias vozes na sociedade já se manifestam a respeito da reforma.
E, além disso, é um tema bastante debatido. Lembro-me de que em 2008 Simon Schwartzman me alertou para o absurdo do ensino médio brasileiro. Defendi a reforma e não me recordo de ninguém que defendesse o ensino médio tal como existe hoje. Por que conter o avanço?
É o tipo do momento em que é preciso esquecer diferenças partidárias. Os índices negativos estão aí para comprovar.
O Congresso pode discutir amplamente o tema, apesar da forma, por medida provisória. Mesmo as críticas sobre a retirada da obrigatoriedade da educação física devem ser consideradas – embora eu ache a educação física facultativa mais eficaz que a obrigatória. E mais agradável para o corpo.
Fonte: O Estado de S.Paulo, 07/10/2016.

ESTRESSADO

O guarda rodoviário Nestor não estava num bom dia. Talvez fosse pelas noites mal dormidas, pelos problemas com a mulher, ou pela insatisfação salarial. Há meses que suas noite eram atormentadas pela insônia, nem mesmo os medicamentos o ajudavam. Já havia devastado um campo de futebol em erva-cidreira e nada de melhorar. O resultado era preocupações demais, sono de menos, uma insônia diabólica. As horas se passavam pesadas e cansativas naquele dia cinzento que anunciava chuva. Quando teve que parar um motorista que voava baixo pelo asfalto, Nestor não pensou duas vezes antes de agir. Aproximou-se e tirou o sujeito do automóvel pelas orelhas, aplicou-lhe uns a tapas, o chamou de corno, veado, filho da puta e ainda o fez correr nu pela estrada, não sem antes pintar de vermelho suas nádegas. Depois disso atirou nos pneus do veículo e foi para casa bocejando. Abriu a porta de casa e deu de cara com o Ricardão sentado no sofá, nu em pelo e tomando a sua cerveja. O sangue aqueceu, a pressão que já fazia montanha russa fazia tempo acelerou e o coração fez bum! No outro dia, o descarado sócio ajudava carregar o caixão com a cara mais triste deste mundo.

O CADÁVER E O URUBU

Década de 1940. Um urubu percebeu um corpo inerte estendido numa clareira na África. Fez o reconhecimento e pousou o sobre o cadáver. Nenhum leão em volta, tranquilo. Deu a primeira bicada, engoliu, sentiu náuseas,vomitou e foi então que percebeu que o corpo que devorava pertencia a um capitão SS carregado de medalhas. Fez cara de nojo, escreveu um bilhete e jogou sobre o corpo: ”Urubus, comida apenas para vermes, tenham cuidado!”

O que é o socialismo fabiano - e por que ele importa- Por Lew Rockwell

INSTITUTO MISES BRASIL



Antes da Revolução Russa, o Partido Comunista tinha duas alas: Bolchevique e Menchevique.
Os Bolcheviques acreditavam na imediata imposição do socialismo por meios violentos, com confisco armado das propriedades, das fábricas, e das fazendas, e o assassinato dos burgueses e reacionários que porventura oferecessem resistência. 
Já os Mencheviques (que também se auto-rotulavam social-democratas) defendiam uma abordagem mais gradual, não-violenta e não-revolucionária para o mesmo objetivo.  Para estes, a liberdade e a propriedade deveriam ser abolidas pelo voto da maioria.
Os Bolcheviques venceram a Revolução Russa e implantaram o terror.  No entanto, após cometerem crimes inimagináveis, eles praticamente desapareceram do cenário.  Já os Mencheviques, no entanto, não apenas seguem vivos como também se fortaleceram e se expandiram, e estão no poder de boa parte dos países democráticos.
Os mencheviques modernos seguem, em sua essência, as mesmas táticas dos Mencheviques russos: em vez de abolirem a propriedade privada e a economia de mercado, como queriam os Bolcheviques, os atuais mencheviques entenderam ser muito melhor um arranjo em que a propriedade privada e o sistema de preços são mantidos, mas o estado mantém os capitalistas e uma truncada economia de mercado sob total controle, regulando, tributando, restringindo e submetendo todos os empreendedores às ordens do estado. 
Para os mencheviques atuais, tradições burguesas como propriedade privada e economia de mercado devem ser toleradas, mas a economia tem de ser rigidamente regulada e tributada.  Políticas redistributivistas são inegociáveis.  Uma fatia da renda dos indivíduos produtivos da sociedade deve ser confiscada e redistribuída para os não-produtivos.  Grandes empresários devem ser submissos aos interesses do regime e, em troca, devem ser beneficiados por subsídios e políticas industriais, e também protegidos por tarifas protecionistas. 
Acima de tudo, cabe aos burocratas do governo — os próprios mencheviques — intervir no mercado para redistribuir toda a riqueza e manter a economia funcionando de acordo com seus desígnios. 
No entanto, a estratégia menchevique não se resume à economia.  A questão cultural é tão ou mais importante.  Para os mencheviques atuais, a cultura burguesa deve ser substituída por uma nova mentalidade condicionada ao modo de pensar social-democrata, e a estratégia para isso consiste na imposição lenta e gradual de uma revolução cultural.
Os mencheviques, fiéis ao seu ideal "democrático", sempre se sentiram desconfortáveis com a ideia de revolução, preferindo muito mais a "evolução" gradual produzida pelas eleições democráticas.  O estado deve ser totalmente aparelhado por intelectuais partidários e simpatizantes, de modo a garantir uma tomada hegemônica das instituições culturais e sociais do país.  Daí a desconsideração pelos gulags e pela revolução armada.
Como tudo começou
As raízes do menchevismo atual não estão na Rússia de Lênin, mas sim na Londres de 1883, quando um grupo de socialistas adeptos do gradualismo fundou a Sociedade Fabiana.  Liderada por um cidadão chamado Hubert Bland, os mais famosos membros da sociedade eram o dramaturgo George Bernard Shaw, os autores Sidney e Beatrice Webb, e o artista William Morris.
A Sociedade Fabiana tem este nome em homenagem a Quintus Fabius Maximus, político, ditador e general da República Romana (275-203 a.C.) que conseguiu derrotar Aníbal na Segunda Guerra Púnicaadotando a estratégia de não fazer confrontos diretos e em larga escala (nos quais os romanos haviam sido derrotados contra Aníbal), mas sim de incorrer apenas em pequenas e graduais ações, as quais ele sabia que podia vencer, não importa o tanto que ele tivesse de esperar.
Em suma, Quintus Fabius Maximus era um estrategista militar que evitava qualquer confrontação aberta e decisiva; em vez disso, ele preferia fatigar seus oponentes com táticas procrastinadoras e cansativas, manobras enganadoras e assédios contínuos.
Fundada exatamente no ano da morte de Marx com o intuito de promover as idéias do filósofo alemão por meio do gradualismo, a Sociedade Fabiana almejava "condicionar" a sociedade, como disse a fabianaMargaret Cole, por meio de medidas socialistas disfarçadas.   Ao atenuar e minimizar seus objetivos, a Sociedade Fabiana tinha o intuito de não incitar os inimigos do socialismo, tornando-os menos combativos.
Ao contrário dos revolucionários marxistas, os socialistas fabianos conheciam muito bem o funcionamento das políticas públicas britânicas.  Sendo os especialistas originais, eles fizeram várias pesquisas, elaboraram planos, publicaram panfletos e livros, e criaram várias propostas legislativas, sempre contando com a ajuda de aliados nas universidades, igrejas e jornais.  Eles também treinaram oradores, escritores e políticos.  Sidney Webb foi além e fundou a London School of Economics em 1895 para ser o quartel-general desse trabalho.
Embora a Sociedade Fabiana jamais houvesse tido mais do que 4.000 membros, foram eles que criaram, promoveram e conduziram pelo Parlamento a maior parte das políticas sociais britânicas até o início da década de 1980.  O resultado foi uma economia em frangalhos e uma sociedade esclerosada, situação esta que só começou a ser revertida quando Margaret Thatcher começou a "desfabianizar" a Inglaterra.
Os fabianos foram bem-sucedidos em seu objetivo de criar um "estado provedor", um estado assistencialista que cuidaria não apenas dos pobres, mas também da classe média, do berço ao túmulo.
Seja na forma de compensações trabalhistas, ou de pensões e aposentadorias, seguro-desemprego e medicina socializada, os fabianos sempre enfatizaram a "reforma social".  Segundo o escritor John T. Flynn, os fabianos
Perceberam prematuramente o imenso valor das reformas sociais em acostumar os cidadãos a ver o estado como a ferramenta para curar todas as suas doenças e inquietudes.  Eles viram que uma agitação em prol de um estado assistencialista poderia se tornar o veículo ideal para incutir idéias socialistas nas mentes do cidadão comum.
Outra inovação fabiana: reformas sociais invariavelmente envolviam algum tipo de "seguridade".  As pessoas seriam induzidas a aceitar o socialismo caso este fosse apresentado por meio de modelos oriundos das ciências atuariais, tendo empresas de seguro como base.
Empresas de seguro genuínas, baseando-se em estatísticas de distribuição aleatória de acidentes, coletam dinheiro de seus segurados na forma de um consórcio e concentram-no em um fundo, desta forma tornando o mundo menos incerto para seus membros.  Os fabianos, muito espertamente, pegaram esse modelo e disseram: concentremos a riqueza de todos nas mãos do estado e seremos felizes, saudáveis e teremos uma vida melhor.
Aneurin Bevan, o ministro da saúde fabiano do governo trabalhista dos pós-guerra, que criou o National Health Service — o sistema estatal de saúde britânico (veja algumas notícias recentes da saúde britânica estatal aquiaquiaqui e aqui) —, chegou realmente a argumentar que tal modelo iria drasticamente aumentar a expectativa de vida de todos, chegando ao ponto de postergar a morte indefinidamente.
Mas a verdadeira visão fabiana do estado foi mais bem explicitada no livro de Sidney e Beatrice Webb intitulado Soviet Communism: A New Civilization?, publicado em 1935 (o ponto de interrogação foi removido do título após a primeira edição).  O livro glorificava a URSS de Stalin como se fosse virtualmente um paraíso na terra.
Como marxistas, embora de uma outra estirpe, os Webbs aprovavam o stalinismo — se não os meios, os fins.  "Os fabianos eram, de uma certa forma, marxistas mais bem treinados do que o próprio Marx",disse Joseph Schumpeter.  Que continuou:
Concentrar-se nos problemas que podem ser alterados por métodos políticos práticos, adaptar-se à evolução das questões sociais, e deixar o objetivo supremo ser alcançado automaticamente [por meio da alteração cultural das massas] é algo que está muito mais de acordo com a doutrina fundamental de Marx do que a ideologia revolucionária que ele próprio propôs.
Conclusão
No linguajar fabiano, impostos são "contribuições", gastos do governo são "investimentos", criticar o governo é "entreguismo" ou "falta de patriotismo", donos de propriedades são "elites", "reacionários" e "privilegiados", e "mudança" significa " socialismo".
Quando os atuais social-democratas pedem "sacrifícios" da população em prol dos "ajustes" do governo, tenha em mente que os fabianos diziam exatamente o mesmo, defendendo, segundo as próprias palavras de Beatrice Webb, a "transferência" da "emoção do serviço sacrificante" de Deus para o estado.
Para os fabianos, o estado (seus burocratas e toda a sua mentalidade) é o único deus por quem a população deve se sacrificar.
Por fim, vale ressaltar que o desaparecimento dos bolcheviques nunca foi lamentado pelos social-democratas fabianos.  Muito pelo contrário: os social-democratas fabianos agora detêm o monopólio da marcha "progressista" da história rumo à Utopia.
A janela de vidro pintada que adorna a casa de Beatrice Webb em Surrey, Inglaterra, mostra George Bernard Shaw e Sidney Webb remodelando o mundo com uma bigorna, tendo ao fundo o brasão da Sociedade Fabiana: um lobo em pele de cordeiro.  Aquele lobo está hoje entre nós.   

OITO PASSOS IMPORTANTES PARA DESINTOXICAR-SE DO MARXISMO CULTURAL por Ricardo Bordin - IL. Artigo publicado em 07.10.2016

Instituto Liberal
(Publicado originalmente no www.institutoliberal.org)
Na esteira do artigo publicado por Rodrigo Constantino na revista Istoé desta semana, no qual ele narra duas histórias fictícias em que Liberais e Conservadores perdem a vergonha de assumirem suas convicções (relatos do gênero, na vida real, estão se tornando bastante comuns), proponho debater o caminho que precisa ser trilhado por um Esquerdista no esforço de clarear sua mente e livrar-se do jugo do politicamente correto, do ideário “progressista” e da cultura de dependência do Estado. Tal atividade consiste em traçar um “caminho da servidão” às avessas, através do qual o outrora inocente útil logrará livrar-se dessa ideologia que está mais para uma patologia – como bem explicado por Tom Martins.
Parcela significativa de minhas sugestões parte da experiência própria (fui “isentão” por bastante tempo), de maneira que posso atestar sua eficácia. E prestar auxílio aos afetados por essa esquizofrenia é tarefa que ganha relevo na medida em que, desde a revolução cultural de maio de 1968, a população inteira do país consome os princípios desta doutrina sem nem mesmo dar-se conta, de forma congênere e na mesma proporção com que ingere Iodo no sal de cozinha – precisamente como almejava Antonio Gramsci.
Novelas, filmes, seriados, livros de ficção, aulas de História, de Geografia (e mais recentemente Filosofia e Sociologia), músicas, tudo sempre esteve carregado pelo marxismo cultural e sua subversão aos valores que constituem a base da sociedade ocidental, como a família, a religião, a prosperidade, e, inclusive, a arte e o bom gosto estético.
Momento mais propício para esta expurgação do que o atual nunca houve, considerando-se que a Internet propiciou a disseminação dos princípios contrários ao propagandeados pelo jornalismo como um todo (categoria profissional das mais contaminadas pelo vírus esquerdista).
Vamos, então, ao roteiro que pode ser denominado de “oito passos do membro do CA (comunas anônimos)”, e o primeiro cobaia será ZÉ COMUNA, o qual é usuário deste entorpecente há 10 anos e ofereceu-se para participar do programa, com especial incentivo de seus pais e demais familiares:
1. Procurar voluntariamente o tratamento: Zé Comuna não pode, simplesmente, ser conduzido pelo colarinho até uma aula sobre a teoria dos ciclos econômicos de Mises, sob o risco de ele levantar-se durante a preleção do instrutor e gritar “Fora, Temer”, com direito à cusparada nos colegas. É necessário, com calma e persistência, mostrar-lhe as contradições da Esquerda, as incongruências do Feminismo, a situação dos pobres nos países com governos socialistas (se possível, leve-o para um passeio em Caracas, mas procure levar marmita de casa), a condição dos “pobres” nas nações com economias liberalizadas, enfim, jogue diante dos seus olhos as evidências, e direcione suas preces para que ele recobre os sentidos. Se tudo der certo, Zé Comuna irá experimentar uma epifania, e partirá para o segundo passo;
2. Admitir o problema: Não há como estabelecer algo mais básico neste processo de depuração: encarar a realidade e reconhecer que enveredou pela direção errada. Enquanto o indivíduo seguir buscando formas de justificar suas atrofiadas crenças em detrimento dos fatos que observa (ou, pior ainda, desprezando os fatos), prosseguirá achando que Hitler era um extrema-direita, que Che Guevara é um herói da humanidade, que Stalin só queria melhorar a vida do proletariado russo. Zé Comuna, então, em sua primeira sessão no grupo de apoio, deve levantar-se em meio a todos, dizer seu nome, e declarar: “eu sou um idiota útil da Esquerda”, ao que todos os presentes devem responder: “bem-vindo, Zé Comuna”;
3. “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará (João 8:32)”: Após interromper o deslocamento à Esquerda, nada mais natural que o peregrino passe a rumar em direção ao Conservadorismo e ao Liberalismo Clássico, no intuito de recuperar o tempo perdido no DCE (e demais antros do gênero) e nos protestos com a galera do PSOL. E, nesta empreitada, é fundamental que ele procure preencher todos os vácuos deixados por seus professores e pela mídia durante sua vida inteira.
Zé Comuna deve perguntar-se por que ele nunca havia ouvido falar que o Comunismo deixou um rastro de mais de 100 milhões de mortos por onde passou; por que ele achava que a crise financeira de 2008 foi causada pelo Capitalismo, e não pela intervenção indevida dos bancos centrais na economia; por que lhe disseram que a igualdade total era o objetivo primeiro a ser buscado em um país; por que havia se deixado convencer que o sexo do indivíduo é determinado pela sociedade?
Zé Comuna, neste período, precisa receber ajuda externa, pois não é moleza encontrar fontes de informação esterilizadas e com garantia de procedência conservadora ou liberal – momento em que ganha especial relevância o trabalho de todos aqueles comunicadores da grande rede, protagonistas em websites, canais do Youtube e podcasts, bem como de escritores da nova geração, que difundem o contraponto a tudo aquilo que ele considerava como verdadeiros dogmas até então;
4. A Busca deve ser Racional, e não Emocional: Que tristeza ver tanta injustiça com os pobres trabalhadores retratados no livro “OS Miseráveis”, de Vitor Hugo; que tocante ver Adam Sandler morrer dizendo que se arrepende de ter trabalhado tanto e construído a maior empresa de construção civil do país, no filme “Click”; que empolgante cantar, ao final de “Faroeste Caboclo”, que João de Santo Cristo só queria pedir para o Presidente ajudar os sofredores; e que divertido deixar a vida nos levar, como sugere Zeca Pagodinho.
Mas chega de emoções por hoje, né, Zé Comuna? A partir de agora, busque sentido no que lê, assiste e escuta. Empregados da revolução industrial trabalhavam como burros de carga? Sim, mas somente aqueles que escaparam da inanição e da altíssima mortalidade anteriores a esse período; a empresa de Michael Newman empregaria milhares de pessoas, não fosse apenas um filme de comédia; João de Santo Cristo não era vítima do “injusto” sistema capitalista, como Renato Russo (filhinho de papai entediado) te quis fazer crer, mas sim um traficante vagabundo – não tivesse saído da carpintaria, quem sabe ainda estivesse vivo e com netos; e não deixe o acaso determinar seus rumos em hipótese alguma, pois o planejamento vai fazer toda a diferença na sua vida. Enfim, Zé Comuna: fuja da armadilha sentimentalóide, respire fundo e não deixe a mensagem subliminar entrar. E, neste intuito, dois minutos raciocinando de forma honesta são suficientes;
5. Tenha Paciência consigo mesmo: O processo de descompressão pós-esquerdismo é lento e, por vezes, dolorido. Olhar para trás e perceber a quantidade de disparates repetidos à exaustão e a estultícia da maioria dos posicionamentos outrora adotados pode mexer com a autoestima facilmente. Extrair um tumor maligno costuma ser bastante traumático. Por isso, Zé comuna não pode ter pressa. É um dia depois do outro, como bem sabem os dependentes de narcóticos que frequentam clínicas de reabilitação. A cada novo encontro no grupo, ele precisa relatar cada pequena vitória e as dificuldades enfrentadas. Quando ele completar um ano sem dizer “não vai ter golpe”, deve ser agraciado com aquelas medalhinhas comemorativas. E assim ele vai em direção à cura, mas sem perder de vista que jamais estará 100% livre da ameaça: qualquer relaxamento e a tentação de posar de bom moço anticapitalista para compensar problemas emotivos, sentir-se benquisto pelos professores ou pegar aquela colega de faculdade bicho-grilo pode bater forte. Cochilou, o cachimbo cai – e a foice e o martelo sobem;
6. Pratique os novos aprendizados: Nada trará mais ânimo para Zé Comuna em sua saga do que constatar, em sua própria vida, quão benéficas serão as transformações por ele sofridas. A pessoa mais rica da cidade tem 500 vezes mais dinheiro que ele? Certamente este Tio Patinhas não ingere 500 vezes mais calorias, ou atinge uma longevidade 500 vezes maior; sem problema então, desde que sua fortuna tenha sido erigida honestamente – neste caso, ele gerou valor para todos ao seu redor. Seu pai chamou-lhe a atenção porque não está estudando o suficiente? Não se trata de um patriarca opressor que deseja vê-lo inserido em um sistema cruel, mas sim alguém preocupado com seu futuro. Tomou bronca do chefe que lhe pediu mais esforço? Nada de pedir indenização por assédio moral na Justiça; partiu mostrar serviço. A língua inglesa está em todo lugar? Nada de chamar britânicos e americanos de “malditos imperialistas”, e sim agradecê-los por nos terem fornecido uma linguagem universal, coisa que a humanidade tentou implantar por muito tempo sem sucesso (vide o fracassado Esperanto). Que coisa boa ver o ressentimento e a inveja esvaecerem, né, Zé Comuna? Dizem que é bom até para a pele;
7. Substitua sua Fé no Igualitarismo por Outra: Abandonar uma “religião secular” como a Esquerda pode provocar no aluno do programa de desintoxicação ideológica uma perigosa sensação de abstinência. Afinal, era com muita paixão que Zé Comuna devotava seu tempo à missão de “construir um mundo melhor” – antes de arrumar o próprio quarto, claro. É necessário, portanto, que sua energia outrora voltada para eleger Luciana Genro seja canalizada para outras direções, tais como um culto religioso, um esporte, uma nova profissão, uma atividade filantrópica, uma esposa, um filho, um cachorro. Enfim, o importante é ele trocar o anseio por “mudar a humanidade” (para o lamento de Pol Pot e Cia) e passar a buscar, justamente em outros seres humanos, até mesmo em suas imperfeições e falhas, motivações para acordar todo dia e seguir em sua jornada diária;
8. Não abandone os círculos de amizade: Após tanto tempo convivendo com os mais diversos estereótipos da Esquerda, desde os veganos inveterados, passando pelos pichadores do Monumento às Bandeiras, até os ditos socialistas que curtem tomar café na Champs Elysées, Zé Comuna ficará sem nenhum amigo caso simplesmente dê as costas a seus antigos “camaradas”. Ao invés de desdenhar daqueles que não tiveram a mesma sorte, ele deve procurar direcioná-los para o mesmo caminho por ele trilhado – mas sem esquecer-se do 1º passo, ou ele será simplesmente ejetado dessas turmas (tratamento destinado a todo coxinha/fascista/nazista/machista/homofóbico).
Se tudo tiver dado certo, Zé Comuna precisará de um novo apelido após concluído o programa. Mas acredito que seus pais, irmãos e amigos resolverão este problema facilmente, radiantes de poder contar com uma pessoa totalmente renovada em seu cotidiano. Hélio bicudo (um dos fundadores do PT e subscritor do pedido de Impeachment de Dilma Rousseff) e o cantor Lobão (que chegou a pedir votos para Lula ao vivo no Faustão e hoje apoio o livre mercado e a redução do tamanho do Estado) são casos bem sucedidos desta aconselhável transmutação do caráter do indivíduo.
Não se pode perder de vista que a intenção da maioria dessas pessoas comprometidas pelo esquerdismo é louvável. Certa feita um amigo meu, capturado ainda na década de 1990, perguntou-me: “caso Liberais clássicos e Conservadores passem a ser maioria no país, quem irá cuidar da escumalha(sic)?”. Naquele momento, percebi que sua preocupação era digna de elogio, mas suas ações esbarravam no eternomonopólio da virtude, o qual o leva a crer que, se há desamparados, a culpa é da Direita, e só quem pode resgatá-los é a Esquerda. Não se discute que os fins são nobres, mas o debate sobre os meios para alcançá-los precisa acontecer. Se os farrapos da cracolândia merecem nossa solidariedade, também os esquerdistas fazem jus ao nosso apoio e suporte – até mesmo porque nenhum deles pediu para estar em tal situação degradante. Foram abduzidos desavisadamente, e não sairão dessa sem nosso amparo.
Em uma parábola do livro de Mateus, os fariseus indignam-se porque Jesus Cristo mostra misericórdia aos cobradores de impostos e pecadores. Ele demonstra, em verdade, ser capaz de ajudar todos os que estão doentes em sentido espiritual. Eis aí um ótimo exemplo do pretendido com o programa de oito passos do CA: em vez de cortar relações com “progressistas”, mostre-lhes de onde vem o verdadeiro progresso da humanidade.
Um abraço a todos, independente de suas concepções ideológicas, mesmo para os Leninistas, Frankfurtianos e Fabianos – e, claro, para aqueles que nem sabem do que estou falando, mas sustentam a tese de que “empregado não vota em patrão”. Talvez possamos compartilhar os mesmos pontos de vista em um futuro próximo, e quem sabe hoje não seja um bom dia para aderir ao 1º passo do programa, não é? A não ser, claro, que você seja daqueles que ganham muito dinheiro bancando o defensor dos fracos e oprimidos, ou desempenhando papel de guru da Esquerda. Esses vão é remar contra a recuperação do Zé Comuna.
Opa, Zé Comuna não. Agora ele prefere ser chamado por seu verdadeiro nome. Respeitemos sua vontade, pois atravessar uma selva de volta à civilização foi tarefa árdua. Ademais, ninguém está livre: você pode ainda ver um filho ou outro ente querido passar por este calvário, e precisará saber como guiá-lo até a luz. Desejemos muita força para quem está passando por esta situação neste exato momento…
Sobre o autor: Atua como Auditor-Fiscal do Trabalho, e no exercício da profissão constatou que, ao contrário do que poderia imaginar o senso comum, os verdadeiros exploradores da população humilde NÃO são os empreendedores. Formado na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR) como Profissional do Tráfego Aéreo e Bacharel em Letras Português/Inglês pela UFPR. Também publica artigos em seu site: https://bordinburke.wordpress.com/https://bordinburke.wordpress.com/

SÓ LOUCO

NO MANICÔMIO
Dois internos conversando no pátio:
-Eu sempre votei no PT. E você?

-Eu? Eu sou só louco...

SPONHOLZ


"É impossível ter uma sociedade politicamente livre a menos que a maior parte de seus recursos econômicos esteja operando sob o sistema de livre mercado.” William E. Simon

HUMOR ATEU

Assim falou Jesus para Judas: 

 “Meu bom Judas. Depois do galo cantar três vezes, vá e roube uma galinha. Faça uma boa sopa, pois preciso carregar uma cruz e já não suporto mais ficar comendo somente pão e azeitonas.”

ENTRE COMUNAS

1957 - TELEGRAMAS

Mao para Khrushchev: "A China está morrendo de fome. Enviar comida "

Khrushchev responde: "Apertem os cintos"


Mao: "Envie cintos"

HUMOR ATEU

Jesus na cruz falando para seus colegas na cruz:

-Cara, meteram prego na gente! Será que esses romanos dos infernos não conhecem as fitas da 3M?

O IVAN GELHO NO FUTEBOL

“Eram 12 apóstolos que jogavam no time de Jesus. E Judas só traiu Jesus porque foi posto na reserva.”

Deus neura

“Sabe velho, tu estás neurótico. Pare de alucinar, o diabo é tua cria, não vai ter levar para o inferno não!” (São Pedro falando para Deus)

“Pedro, marque consulta com um psicólogo. Preciso entender por que criei o homem.” (Deus)

IGREJA ALAVANCA DA FÉ- A CURA PELO FEL

Hoje trataremos da cura de dores nas costas: 
 Reze 15 vezes a oração do Abreu, Salve os Galos de Rinha ajoelhado sobre uma foto da Dilma  e tome dois comprimidos de Dorflex.
Com certeza você irá melhorar, pois ninguém merece ficar de joelhos sobre a carantonha da Dilma.
Essa experiência nunca mais!

SÃO PEDRO, DEUS E A TV POR ASSINATURA

NO PARAÍSO...

SÃO PEDRO - Deus, os anjos estão pedindo tevê por assinatura no alojamento. Que faço?

DEUS-Está autorizado Pedro. Mas coloque senha nos canais pornôs!  Sabe como é,  os adolescentes são curiosos. E também coloque senha nos canais religiosos, não quero que eles aprendam a mentir ainda tão novinhos.

Cremers inocenta pediatra gaúcha que não quis continuar atendendo mãe petista

O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) arquivou a sindicância que envolve a pediatra Maria Dolores Bressan, que se negou a prosseguir atendendo um bebê de um ano de idade por ele ser filho de uma pessoa ligada ao PT, recomendando que a mãe procurasse outro profissional, cujo nome disponibilizou, colocando a disposição o prontuário da criança. O caso foi denunciado pela ex-secretária estadual de Políticas para Mulheres, Ariane Leitão.

Em março deste ano, conforme Ariane, ela recebeu uma mensagem da médica, pelo Whatsapp, cancelando a consulta e alegando constrangimento invencível, já que eles eram petistas e ela não suportava petistas. Para a ex-secretária, ela misturou assuntos profissionais e pessoais.



O vice-presidente do Cremers, Fernando Matos, salienta que a sindicância foi arquivada por decisão unânime de sete conselheiros. O grupo entendeu que não houve infrações ao Código de Ética, já que a profissional não se recusou a atender uma emergência ou urgência, e ainda indicou outra pediatra e disponibilizou o prontuário.

Políbio Braga

MÍDIA SEM MÁSCARA- O mais absurdo dos Prêmio Nobel da Paz


santostraidor


O Prêmio Nobel da Paz concedido hoje ao presidente colombiano Juan Manuel Santos, não transformará seu plano “de paz” com as FARC em um bom acordo. Esse plano é nefasto para o país e por isso a Colômbia o rechaçou no plebiscito do 2 de outubro de 2016. E o continuará rechaçando, em todos os cenários possíveis, pois esse plano, se for aplicado, destruirá as instituições democráticas do país, prolongará os sofrimentos do povo colombiano e não contribuirá nem à paz nem à concórdia nacional. A Colômbia resistirá até derrotar definitivamente as ambições criminosas das FARC. Nenhum Prêmio Nobel a Santos mudará por arte de magia essa situação.

Desde esse ângulo, o Prêmio Nobel outorgado a Santos é inútil e grotesco. O mais cínico é que esse prêmio é apresentado pelo jurado como uma “homenagem ao povo colombiano que, apesar de todos os abusos sofridos, não perdeu a esperança de conseguir uma paz justa”. Esse jurado zomba de quem? Precisamente, os colombianos que esse jurado diz “homenagear” com o prêmio a Santos foi o mesmo que votou contra Santos e contra as FARC em 2 de outubro, o mesmo que busca, precisamente, uma paz justa e não essa falsa paz baseada na impunidade mais escandalosa para os chefes de uma organização que cometeu toda sorte de crimes de guerra e de crimes de lesa-humanidade.



Dizer que a Colômbia sofreu “abusos”, mostra que os que decidiram dar esse prêmio pretendem minimizar os crimes do narco-comunismo, ou ignoram totalmente o que essa gente fez na Colômbia.



O Prêmio Nobel levará Santos a uma posição razoável? Durante estes seis anos de conversações secretas em Cuba, Santos foi incapaz de exigir aos chefes das FARC que aceitem negociar sua desmobilização sem minar as instituições democráticas e a economia de mercado na Colômbia. O que pretende o defenestrado “acordo” de 297 páginas que as FARC conceberam com Santos, sob as orientações e a vigilância de dois ditadores latino-americanos, é isso. Por isso esse plano foi repudiado no plebiscito.



Os do jurado do Nobel da Paz se equivocaram uma vez mais. Alegam que querem ajudar a que a paz chegue na Colômbia. Na realidade, o que fizeram foi humilhar os que votaram NÃO no plebiscito e, sobretudo, às vítimas das FARC e ao país que sofreu as atrocidades desse bando durante 60 anos. O Prêmio Nobel ajudará Santos e as FARC a tratar de ressuscitar o acordo de 297 páginas jogado por terra pelo voto de milhões de colombianos?



Não somos os únicos que tememos isto. A opinião pública espanhola e imprensa espanhola de renome, que conhecem melhor que a Noruega o drama colombiano, condenam sem vacilar a decisão do jurado do Nobel da Paz. A pesquisa feita pelo diário ABC, de Madri, indica que 83% dos interrogados está contra a concessão desse prêmio a Santos. O diário El Español, de Madri, sublinhou o “descrédito definitivo do Prêmio Nobel da Paz”. O Matutino Ok Diario estimou que “Os noruegueses punem a vontade popular colombiana dando o Prêmio Nobel a Santos”. O portal web Libertad Digital expressou: “Juan Manuel Santos Prêmio Nobel da Paz por claudicar ante o narcoterrorismo”.



O Prêmio Nobel da Paz dado a Rabin, Peres e Arafat, em 1994, por “substituir o ódio pela cooperação” não levou a paz à Palestina, nem impediu que estourasse a segunda intifada em 2000. Outro tanto ocorrerá na Colômbia? O Prêmio Nobel da Paz não se interessa, na realidade, pelos problemas das sociedades. Esse prêmio existe para impor uma visão particular dos conflitos internacionais e beneficiar as relações internacionais da Noruega e Suécia.



Na Colômbia esse prêmio a Santos lança muitas dúvidas. Ajudará o presidente colombiano a enfrentar com energia as reticências dos chefes farianos que não querem que se toque em um só ponto do plano assinado em Havana? Ajudará, pelo contrário, a avançar em seu programa de paz desconhecendo o voto majoritário do NÃO no plebiscito de 2 de outubro passado?



O presidente Álvaro Uribe, líder do movimento em favor de uma paz justa e dentro do sistema democrático, felicitou o prêmio outorgado ao presidente Santos, mas desejou que essa distinção “conduza a mudar acordos daninhos para a democracia”, pois é disso que se trata, de mudar os daninhos acordos de Havana.



O Prêmio Nobel outorgado a Santos não mudou, nem criou uma nova situação. A situação política já existia e só tem dois ângulos: por uma parte, está o resultado do plebiscito de 2 de outubro, que rechaçou o acordo com as FARC. O pacto de Havana ficou pois sem sustento jurídico, morreu. O voto cidadão de 2 de outubro foi um ato jurídico, com poder vinculante. Foi um mandato expresso ao chefe de Estado, que este não pode zombar.



De outro lado, está a posição das FARC. Ao conhecer os resultados do plebiscito o senhor Timochenko disse que o “acordo de paz” era intocável e que eles continuavam exigindo seu cumprimento. O chefe comunista desconheceu assim o voto dos colombianos. E ante essa posição arbitrária surge o fato novo de que o presidente Santos não quis repudiar a tese de Timochenko. Não o fez antes nem depois da reunião com o ex-presidente Álvaro Uribe e com o ex-procurador Alejandro Ordóñez. Após ser informado do Prêmio Nobel tampouco se pronunciou a respeito.



Essa tensão, que está sendo agravada pelos que pretendem organizar manifestações de rua “pró-paz agora”para deixar no limbo o histórico plebiscito, terá que ser resolvida em um ou outro sentido pelo chefe de Estado colombiano, com prêmio ou sem Prêmio Nobel. Ele desconhecerá a vontade popular expressada legítima e legalmente no plebiscito? A notícia de que Santos está fomentando, mediante personalidades da Corte Constitucional, a repetição do plebiscito, é um mal indício. Que se cuide de acalmar a cólera dos cidadãos que querem a paz, mas que rechaçam o tipo de paz condensada na gororoba de 297 páginas. Agora mais do que nunca, graças ao Prêmio Nobel outorgado, a opinião pública nacional e internacional estará muito mais atenta ante cada gesto, em um ou outro sentido, do presidente Juan Manuel Santos.




Tradução: Graça Salgueiro

INSTITUTO MISES BRASIL- Estilo de vida minimalista, frugal e com extremo conforto? Foi o capitalismo quem permitiu isso

Jeffrey Tucker
A grande notícia sobre o iPhone 7 é a eliminação dos fios do fone de ouvido.  O conforto trazido por essa inovação é sem precedentes: você agora não tem aquela tranqueira convoluta e emaranhada, que se enrosca nas coisas ao redor, e que você tem de dobrar pacientemente toda vez que vai guardá-lo.  Mais uma inconveniência da vida é abolida.  Mais um pequeno progresso ocorre no mundo.
Analisando tudo o que ocorreu ao longo dos últimos 15 anos, é impressionante contemplarmos o quanto se tornou possível levar uma vida que parece ser minimalista e, ainda assim, com extremo conforto.  Digo "parece ser" porque, na realidade, o "minimalista" é uma ilusão.  Temos muito mais coisas do que jamais tivemos e, ainda assim, tudo está bem mais condensado. 
Quase tudo está em nossos smartphones e computadores, em não em formato físico, atravancando um espaço precioso em nossas residências.
O que torna o minimalismo possível
Nas últimas semanas, assisti a vários vídeos sobre o estilo de vida minimalista e devo dizer que, no geral, concordo com seus proponentes.  Há algo de calmo, de esclarecedor, de tranquilizante em viver sem muitas coisas ao seu redor.  Traz uma certa serenidade à vida.
Um grande amigo meu é adepto desse estilo de vida, tendo escrito um artigo — "Por que prefiro viver de aluguel em um pequeno apartamento em vez de comprar uma enorme casa" — que se tornou altamente popular entre os adeptos do minimalismo.  Eu mesmo também tenho ido nessa direção.
A cada ano dos últimos dez anos tenho me desfeito de uma enormidade de coisas, jogando nas caçambas enormes sacos contendo itens que não uso mais.  É algo enormemente gratificante poder se livrar de entulhos.  Sim, em alguns casos pode ser uma decisão dolorosa — a pior foi a que tive de tomar em 1987, quando joguei 500 discos de vinil na lixeira.  Eles ocupavam praticamente dois metros e meio em minhas prateleiras e pesavam uma tonelada.  Repentinamente, joguei tudo fora e os substituí por alguns CDs.  E então comecei a acumular CDs. Vários CDs.  Até chegar ao ponto em que várias gavetas lotadas de CDs também foram para o lixo.
Hoje, todas essas músicas físicas foram substituídas por... um notebook.  E o mesmo ocorreu com várias outras coisas.  As prateleiras de livros que costumavam dominar a casa em que passei minha juventude, ocupando espaço precioso, hoje estão dentro do meu tablet, do meu smartphone e do meu Kindle. 
Com um detalhe: tenho hoje muito mais livros do que jamais tive.  Só que agora eles não ocupam espaço nenhum e não pesam absolutamente nada.  Mais ainda: posso levá-los (todos eles!) para qualquer lugar e posso lê-los a qualquer momento.
Lembra-se do catálogo?  Quem é jovem, provavelmente não.  Era comum as pessoas terem pelo menos uns três daqueles tijolos, que ocupavam um enorme espaço nos armários (eles raramente cabiam em gavetas).  Hoje, eles nem existem mais.  Pelo seu smartphone, você descobre o telefone de qualquer empresa.  Mais: pelas redes sociais, você entra em contato com qualquer pessoa do seu passado.  Você não mais precisa de saber onde ela mora para procurar seu telefone em um catálogo.
Lembra-se de quando você recebia jornais físicos?  Todos os dias, você tinha de se livrar daquele trambolho, que ocupava um grande espaço na lixeira.  Hoje, você pode lê-los em seus aplicativos, em sua cama.  Revistas?  Mesma coisa.
E o que dizer então daqueles enormes armários de arquivos, para armazenar todos os tipos de documentos burocráticos importantes?  Você tinha de tê-los.  Eles eram desumanamente pesados.  Se caíssem em cima de alguém, poderia matar.  Hoje, ninguém mais os tem, exceto aqueles monumentos ao atraso que são as repartições públicas.
Lembra-se da sua escrivaninha? Ela tinha de ter compartimento para tudo. Tinha grampeadores,rolodex, pilhas de papeis, impressoras, corretivos, durex, fita crepe, cola, clips, e vários calhamaços de manuais de instrução para softwares. Havia materiais acumulados para pesquisa.  Havia arquivos de contas pagas. Havia envelopes e selos para enviarmos correspondências. Tínhamos tesouras, relógios, rádios, um globo terrestre, dicionários e variados tipos de enciclopédias.
Havia também álbuns de fotos e caixotes e mais caixotes de fotos que um dia colocaríamos em um álbum, mas que nunca o fizemos.  E havia também cartões de natal do ano passado e de vários anos anteriores.
E os livros de receita?  Em termos de espaço, eram piores que catálogos.  Havia um livro para cada estilo de comida, para cada canto do planeta, para cada propósito.  Hoje, com dois toques no seu smartphone, você tem acesso a qualquer receita que você queira.
Pense no interior de uma casa ou apartamento do passado.  Era repleto de coisas para guardar coisas.  E de coisas para guardar essas coisas que guardavam outras coisas.  Não é que éramos mais materialistas.  Todas essas coisas eram necessárias.  E essa era a única maneira de tê-las e mantê-las.  Hoje, tudo o que temos de ter é um lugar para dormir, algo para esquentar comida fria, um forno e um fogão, alguns pratos e talheres, e algumas roupas.  Pronto.  Todo o resto cabe em seu smartphone, tablet e notebook.
Lembra-se dos mapas?  Você tinha uma pilha deles em sua casa e no porta luvas do seu carro.  Caso quisesse um mapa rodoviário mais detalhado, você tinha de ter um enorme mapa dobrável.  À medida que você ia dirigindo, você tinha de ir desdobrando as páginas e virando o mapa na direção correta.  Com o tempo, ele inevitavelmente ia ficando amarfanhando, se desintegrando e rasgando, até finalmente ficar completamente inútil.  Aí você tinha de comprar outro. 
Provavelmente, você tinha uma bússola também.
E, certamente, uma pilha de fitas cassetes, com oito músicas de cada lado, a qual tinha de ser manualmente trocada em seu toca-rádio.  Ou CDs.  Lembro-me de gente que comprava máquinas gigantes para colocar no porta-malas do carro, as quais comportavam 250 CDs, e que eram controladas de dentro do carro.
Uma insanidade. Hoje, tudo isso já é museu.
Você pode ter tudo isso em pequenos dispositivos.  Toda a poupança que isso lhe possibilitou é incalculável.  Hoje, ao toque dos seus dedos, você tem acesso a músicas, filmes, fotos, livros, enciclopédias, notícias, e ainda pode guardar todos os seus arquivos nas nuvens.
Toda essa transformação é indescritivelmente impressionante, além de ser charmosa e bela.  Hoje, temos aposentos limpos, abertos, arrumados, sem tralhas e tranqueiras ocupando espaço.  E dizemos a nós mesmos: aprendi a viver sem acumular.  Aprendi a viver sem ter muito.  Descobri a maneira certa de viver!
Sim, mas quem permitiu esse estilo de vida minimalista foi o capitalismo.
Sobre esses encantamentos com o pouco
Isso deve ser ressaltado: esse estilo de vida minimalista, o qual eu também sigo, não é simplesmente uma escolha pessoal.  Não precisamos nos congratular excessivamente por termos esse estilo.  Foi a tecnologia o que possibilitou essa vida.  E o que possibilitou a tecnologia?  O capitalismo, a economia de mercado e a criatividade de vários empreendedores.
Somos apenas os beneficiados das idéias e do trabalho de terceiros.
E eis o grande paradoxo: o suposto materialismo do capitalismo possibilitou vivermos com cada vez menos dependência do mundo físico. 
Agora, seria bom se pudéssemos eliminar aquele irritante fio que liga nossos aparelhos eletrônicos às tomadas nas paredes.  Por que ainda temos essa coisa horrorosa e incômoda?
Ah, sim, porque a eletricidade é fornecida por um monopólio concedido pelo estado.  Não conte com seu completo desaparecimento em um futuro próximo.  Nessa área, a inovação não é ditada pelo livre mercado.  Consequentemente, continuaremos atados e plugados por um bom tempo.

Instituto Liberal- Capitalismo e Caridade Por Roberto Gomides

capitalismo-caridade

Caridade, segundo o dicionário, significa: Boa disposição do ânimo para com todas as criaturas, bem como, qualquer manifestação dessa disposição.
Henry Hazlitt escreveu, no excelente Economics in One Lesson, que a teoria econômica é assombrada por mais falácias do que qualquer outra ciência conhecida pelo homem, e com certeza a relação existente entre o capitalismo e a caridade é mais um infeliz exemplo.
A liberdade para ajudar o próximo, em contraposição à coerção, de certa forma, desperta desespero naqueles que, por não enxergarem em si mesmos a capacidade de serem caridosos como indivíduos, seja por medo, receio ou qualquer complexo infantil de serem taxados como trouxas, dominados pelas próprias inseguranças, acabam por fazer coro para que essa virtude individual seja coercitivamente imposta pelo Estado.
Ao se deparar com o fato de que existem seres humanos em estado de necessidade, as pessoas tendem a vislumbrar duas hipóteses. A primeira é deixar que o auxílio ao próximo seja livre, de forma que cada um ajude quem quiser, se quiser, e quando quiser. A segunda consiste em retirar recursos coercitivamente de todos os indivíduos da sociedade e canalizá-los para um poder central que poderia coordenar as atividades de forma que sempre existam recursos disponíveis para auxiliar aqueles, que por qualquer motivo, encontram-se fragilizados.
Apesar de sedutora, a segunda hipótese padece pelo erro primário de tentar ser algo que não é. Ora, se a caridade significa a boa disposição para com os outros, como podemos ter a pretensão de universaliza-la ignorando justamente o que a define? Ou seja, beirando o absurdo, tenta-se impor algo que por definição deveria ser voluntário, seja por desconhecimento, interesse próprio, ou, por como Hayek definiu, “pretense of knowledge”.
O esfarelamento patético de nosso Estado gigantesco, que tomou a riqueza dos indivíduos de forma avassaladora durante mais de uma década, justamente quando quem o sustentou mais precisa, demonstrou que estatizar a caridade é como contratar um plano de saúde que não oferece cobertura quando se está doente.
O argumento amplamente utilizado para justificar a falência do nosso welfare state é que tudo seria perfeito, não fosse a corrupção endêmica que impera no país e, baseado nele, apesar da realidade, testemunhamos todos os dias pessoas defendendo histericamente que sem o estado, na tentativa de prosperar, todos viveríamos na miséria…
O argumento é falho por diversos motivos, no entanto, ao meu ver, dois são gritantes. O primeiro é ignorar o fato de que pessoas tendem a tirar conclusões baseadas em perspectivas de longo prazo que não passam de suposições, ignorando o fato de que quem precisa de ajuda, precisa de ajuda hoje e não no futuro, ou seja, não pode se dar ao luxo de esperar o dia em que terão um governo composto por santos desprovidos de qualquer desvio de conduta. O segundo é mais óbvio e consiste simplesmente em desconsiderar que o indivíduo que abre mão de sua riqueza em favor de outro tem muito mais incentivo para monitorar o efeito dessa ajuda e ajustá-la de forma a retirar o beneficiário do estado de fragilidade, conduzindo-o a uma situação de independência o mais rápido possível, reduzindo o risco moral de alguém se aproveitar da benevolência alheia, como por exemplo usar a Lei Rouanet para realizar um casamento.
É inegável a dificuldade de aceitar que pessoas vivam em estado de miséria, mas não podemos terceirizar a solução dos problemas que existem no ambiente em que estamos inseridos depositando no Estado toda a responsabilidade e recursos disponíveis, na vã tentativa de superá-los.
Portanto, se o seu objetivo é que todos tenham a oportunidade de viver dignamente, ajude quem precisa e lute para que você tenha cada vez mais recursos disponíveis para tal rompendo a sociedade com esse gigante ineficiente chamado Estado, em prol de um ambiente propício para o empreendedorismo e as demais atividades econômicas, que são os verdadeiros motores da prosperidade, lembrando sempre que, como disse Frederic Bastiat: A fraternidade forçada destrói a liberdade.
Leitura sobre o tema:
James M. Buchanan, “The Samaritan’s Dilemma.” in Edmund Prelim, ed., Altruism, Morality and Economic Theory (New York: Russell Sage, 1975), pp. 71-85.
Henry Hazlitt, “Poor Relief in Ancient Rome,” The Freeman, April 1971, p. 219.
Richard E. Wagner, To Promote the General Welfare: Market Processes vs. Political Transfers (San Francisco: Pacific Research Institute for Public Policy. 1989).