domingo, 24 de setembro de 2017


“Literatura de qualidade protegem nossa mente contra ideias sem fundamento.” (Filosofeno)

“Caridade não se faz com público, câmeras e microfones.” (Filosofeno)

“Os maiores exploradores da ignorância estão nos púlpitos e nos partidos políticos. Às vezes estão juntos.” (Filosofeno)

“O mundo está muito barulhento. Não se pensa bem quando há muito barulho.” (Filosofeno)

“A tutela do estado só serve para seres menores. Passarinho sabido gosta mesmo é de voar.” (Filosofeno)

PARA ONDE OLHA O MAU

O mau não tem paz de espírito
Não conhece o significado de pombinhas brancas
Simplesmente porque seus olhos e sentimentos estão todos voltados para si.

A NAVE DE KARL

A nave de Karl paira sobre a América Latina
Os povos abduzidos labuzam-se em aleivosias
Bradam nas praças vitaminados por embutidos suínos e cargos:
Lula é inocente!
Maduro é um democrata!
Já os que não premiados com tal abdução se perguntam:
O que nós perdemos?

FAZ BEM

Sentado sossegado numa escada entre jardins
O cão amigo no colo
Flores de todas as cores diante dos olhos
Quase silêncio
E observando um colibri navegando inquieto
Isso tudo faz tão bem que até minhas orelhas sorriem.

MOISÉS


Moisés, podemos dizer, nasceu ladrão. Não tinha sete anos e já roubava bolas de gude, figurinhas e gibis dos amiguinhos. Adolescente, cigarros e bebidas. Um dia seu pai cansado de tudo, pois era um homem de bem, cortou fora suas mãos para que parasse com as gatunagens. Não adiantou. Moisés passou a roubar com os pés.

“O povo venezuelano passa fome, mas garanto que para Nick Maburro nunca falta ração e alfafa.” (Eriatlov)

“É horrível. Eu sofro de depressão pós-prato.” (Fofucho)


“Sou o homem das massas, dos molhos e de toda família que engorda e satisfaz.” (Fofucho)

“Meu Messias, meu sempre salvador é o Miojo.” (Fofucho)

NATURAL E NÃO SOBRENATURAL

Mais de cem bilhões já passaram pelo planeta
Desses nenhum retornou
Então nascer
Crescer
Morrer
Tudo tão natural.

TENTAÇÃO


Ele e ela pegavam o mesmo ônibus pela manhã e trocavam olhares. E assim foi por alguns meses, sem troca de palavras. Ele já casado sonhava com o filezinho. Porém certo dia ao chegar em casa do trabalho deu com ela sentada na sala, de conversa com a esposa. Eram velhas conhecidas. Deu um boa noite sem graça e saiu de fininho. Precisou de uma toalha de banho para secar o suor. Daquele dia em diante só foi trabalhar usando óculos escuros.

MONTEIRO


Monteiro está sentado à beira do abismo. Suas pernas balançam no ar chutando bolas invisíveis. Não se encontra mais consigo mesmo, é o dia de maior desespero. Olha para suas mãos calejadas, suas unhas sujas de terra e grita silenciosamente se tudo que fez valeu a pena. Retira do bolso da camisa e relê o telegrama que trouxe a notícia da morte de seu filho único. O punhal é cravado de novo, mais fundo. Não suporta. Basta. Deixa seu corpo pesado cair no abismo em busca da leveza da vida sem dor.

MESTRE YOKI


“Mestre, por que elegemos tantos corruptos?
“Talvez por ignorância, talvez por semelhança.”

MESTRE YOKI


“Mestre, defina o politicamente correto em duas palavras.”
 “Um saco!”

“Nicolás Maburro para ser um nada ainda precisa crescer muito. Não passa de um nulo raivoso.” (Cubaninho)

“Fidel sempre teve discursos longos e enfadonhos. Tão sonolentos que até mesmo ele dormia de olhos abertos.” (Cubaninho)

“Em Cuba somos todos livres para conversar em voz baixa com o nosso eu interior.” (Cubaninho)

“O governo cubano é o maior mendigo do mundo. Vive do dinheiro expropriado de outros povos por governos amigos.” (Cubaninho)

“Nicolás Maduro é o Raul Castro com dengue.” (Cubaninho)