quinta-feira, 30 de novembro de 2017

SILÊNCIO


SILÊNCIO
As noites são silenciosas nos cemitérios
Porque os fantasmas não falam
Só usam mímicas.

BANANAS

Aconchegadas na fruteira
São elas irmãs verdes deitadas
Ouvindo as conversas da casa
Em absoluto silêncio
Enquanto esperam pelo amarelo doce do amadurecer.

TED THOMPSON- BRIGA DE CASAL


Verão, céu azul, sol da tarde quase indo embora. Ted caminhava pela praia de Palmas tomando água de coco, admirando gaivotas, quando observou um casal que chamava a atenção dos presentes pelos gritos e sopapos que trocavam. Alguns estultos pediam mais violência. Ele foi para perto e pediu gentilmente que parassem, no que não foi atendido. Falou para eles que briga de casal deveria ser resolvida entre quatro paredes e não em público, coisa vergonhosa. Foi o que bastou para ser insultado. Como sempre acontece em suas encrencas, tolerância zero. O pau comeu para o casal. Com as mãos espalmadas bateu na face dos briguentos com vontade, deixou suas orelhas vermelhas, deu mais algumas rasteiras, tirou suas roupas, surrou as nádegas e os mandou para casa. Quando alguém disse que iria chamar a polícia por causa da surra ele falou: “Diga antes que quem está aqui é Ted Thompson; eles me conhecem e sabem de que lado estou”.

PERU INÁCIO


Dezembro estava chegando e o peru Inácio não queria morrer. Rezava que rezava para ser poupado nas festas de natal e novo ano. Já não dormia mais, sua angústia era visível. Suas colegas galinhas tentavam consolá-lo dizendo que a vida é mesmo assim; hoje uns e amanhã outros. O galo médico receitou até um ansiolítico. O padre Bode João rogava-lhe que tivesse esperança. Inácio olhava para o ceú azul e não sentia nenhuma alegria, sua única visão era ele bem bronzeado sobre uma farta mesa, rodeado de arroz, saladas e de pessoas embriagadas. O caso é que dezembro chegou e o bom Inácio foi ao forno. Ficou bem moreninho como ele mesmo imaginara; sem dúvida um belo peru. As galinhas amigas agora rezam por sua alma, orientadas pelo Bode João.

O FORTE E VALENTE


Turíbio era forte e valente como nenhum outro. Na verdade não tinha mais adversários na sua região. Derrubou todos que estiveram em seu caminho. Seus amigos o convenceram de sair no braço com um leão, na porrada. Pois os tais conseguiram um leão e colocaram os dois frente a frente numa jaula enorme . O valente foi todo pintado pra batalha, uma mistura de ninja, apache e soldado em guerra na floresta. E o dito leão por ser um bicho burro e desinformado não sabia quem era Turíbio, o forte e valente. E assim sendo um animal totalmente por fora, comeu o valente ainda no primeiro round.

GINA


Gina, dezoito anos, bela e frágil, meiga e prestativa. O pai Ernesto era um cavalheiro. A mãe Andradina uma caninana. Certa amanhã Gina acordou tossindo e vomitando pétalas de rosas. A mãe não se aguentou- “Ainda vomitasse dólares ou euros.” Gina morreu no outro dia, seu corpo exalava um maravilhoso perfume. Foi o velório mais cheiroso do mundo. Até hoje a ciência ainda não conseguiu uma explicação. Os pais de Gina ainda vivem. Ele, culto e aberto ao mundo; ela; caminhando pra lá e pra cá matando grama com cuspe.

NÃO SE META


A ponte, o rio veloz lá embaixo, a névoa e o desejo de saltar. O homem salta, bate n’água, um barco que passava salva o suicida. O homem balança a cabeça, abastece de impropérios o pescador que o salvara, fica fora de si; queria mesmo morrer. O pescador não se faz de rogado: sacou do revólver e o matou com dois tiros. Pegou quinze anos por matar um suicida.

LÃ E CARNE

Genara era uma ovelha descontente que resolveu fugir dos campos e ir à cidade para cortar sua lã, pois sofria com o calor e principalmente queria ver como era o mundo longe da verde relva. Após muito andar chegou à terra do cimento e aço. Obteve informações e correu até o primeiro barbeiro. Lá chegando perguntou:
-O senhor corta lã de ovelha?
Respondeu o barbeiro um pouco espantado:
-Não só corto a lã como também degusto a carne.  
E dito isso deu uma paulada na ovelha Genara que morreu no ato. O barbeiro foi para casa feliz levando nas costas o futuro assado da noite de seu aniversário.

LENO


Leno sempre teimoso, birrento, quebrando regras. Há dez anos passou próximo de um lago e na borda dele havia uma placa- “LAGO CONTAMINADO. PROIBIDO BANHO.” Prato cheio para ele que tirou as roupas e se jogou n’água. Depois disso perdeu o emprego, todos os amigos e amigas, até parentes próximos. Somente os pais o suportam com galhardia. Faz dez anos que Leno cheira a merda.

LEOCÁDIO


Salta! Pula! A multidão reunida no centro da cidade ansiosa aguardava lá embaixo pelo último ato do suicida. Finalmente ele se jogou do telhado. Os mais sensíveis fecharam os olhos antes do choque fatal. Então antes de espatifar-se no chão Leocádio abriu suas belas asas e alçou voo para navegar sob o resplandecente azul do céu. Antes contornou e fez um rasante mostrando a língua para os abutres que pediam por sangue.

ELOGIO


“Acho o elogio importante. Mas se não for sincero o elogio gera um efeito contrário e mina as chances de aproximação.” (Filosofeno)

CONHECIMENTO


“Não se doma o bicho conhecimento sem esforço.“ (Filosofeno)

EM FRENTE


“A cada dia novas esperanças. Mudar o que pode ser mudado e resignar-se com o que não pode e seguir em frente.” (Filosofeno)

CONTRATEMPOS


“A nossa vida é repleta de contratempos. Só quem está morto não tem incômodos.” (Filosofeno)

CONVIVÊNCIA


“Às vezes a solidão nos obriga a uma convivência difícil.” (Filosofeno)

FILOSOFENO


“Enquanto os bons ficarem calados em suas casas os maus continuarão a fazer discursos.” (Filosofeno)

LIMÃO


“Sejam casais criativos ou vivam no inferno da modorra.” (Limão)

MIM


“Por aqui as leis são claras. Tão claras que para lê-las faz-se necessário usar óculos escuros.” (Mim)

LEÃO BOB


“Minha mãe ficou fã de Elvis depois que comeu um turista que usava uma camiseta estampada com a foto dele. ” (Leão Bob)

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

PROBLEMAS NATURAIS

Tempo virá em que uma pesquisa diligente e contínua esclarecerá aspectos que agora permanecem escondidos. O espaço de tempo de uma vida, mesmo se inteiramente devotada ao estudo do céu, não seria suficiente para investigar um objetivo tão vasto... Este conhecimento será conseguido somente através de gerações sucessivas. Tempo virá em que os nossos descendentes ficarão admirados de que não soubéssemos particularidades tão óbvias a eles... Muitas descobertas estão reservadas para os que virão, quando a lembrança de nós estará apagada. O nosso universo será um assunto sem importância, a menos que haja alguma coisa nele a ser investigada a cada geração... A natureza não revela seus mistérios de uma só vez.


Sêneca, Problemas Naturais Livro 7, século I

O PAÍS QUE FAZEMOS por Alexandre Garcia. Artigo publicado em 29.11.2017



Leio, aqui em Portugal, que estão presos todos os governadores do Rio de Janeiro, assim como todos os presidentes da Assembléia fluminense, eleitos desde 1995. Nesses 22 anos que se passaram, a maioria do eleitorado do Rio de Janeiro optou por eles, assim como a maioria dos deputados estaduais escolhidos pelo eleitor fluminense. Vamos culpar Garotinho e Rosinha, Cabral e Picciani ou responsabilizar o eleitor? Meus amigos cariocas afirmam que o último governador do Rio bem escolhido foi Carlos Lacerda. E faz 57 anos que Lacerda foi eleito - pelo diminuto Estado da Guanabara. Desde então, lamentam meus amigos cariocas, “coitado do Rio de Janeiro”.

Ora, não é preciso demonstrar que se alguém é mal escolhido, a responsabilidade é de quem o escolheu. Se temos maus políticos, corruptos, incompetentes, mentirosos, ignorantes - a responsabilidade é dos mandantes que os fizeram seus mandatários, seus representantes. Tampouco é necessário demonstrar que os escolhidos não são diferentes dos que escolhem. Há uma certa projeção do eleitor no seu eleito. E também existe a ingenuidade e a desinformação que fazem o eleitor ser amestrado pelo candidato que mais e melhor mentir.

Aliás, a ignorância abundante neste país também é causa de termos tantos políticos deploráveis. Tem gente que acha que o bolsa-família vem da bondade do governante, o mesmo acontecendo com a aposentadoria. Não sabem que governos não geram riqueza. Governos arrecadam riqueza e a distribuem, na forma de serviços públicos. No Brasil a distribuição é feita a pretexto de fazer justiça social. E a maioria aplaude governo doador. Não sabe que está sendo enganada pela demagogia do espertalhão populista, que deixa de prestar os serviços públicos que deve - segurança, saúde, educação, justiça - para dar esmola com o trabalho alheio. Só quem gera riqueza é a atividade econômica das pessoas e empresas - que separam quase 40% de tudo o que produzem e ganham para pagar a governo se sustentar mordomias dos três poderes e fingir-se de caridoso.

Aqui em Portugal vejo claramente como a atividade econômica gera bem-estar, depois de anos da quebradeira causada pelo governo socialista, tal como aconteceu com a Grécia e acontece com a Venezuela. E os espertalhões no Brasil continuam a se aproveitar da ignorância do povo que sai despreparado da escola. São aproveitadores fisiológicos associados nessa dilapidação material e moral com fanáticos ideológicos que fizeram da política uma seita. O país está pagando por isso. É hora de examinar bem o que aconteceu com o Rio de Janeiro. Foram décadas de permissividade por parte dos cidadãos fluminenses. Ou de cumplicidade, escolhendo representantes que mereceram cadeia. Já está na hora de pensar, porque vêm aí as urnas de 2018.

"PROGRESSISTAS" SE REVIGORAM NA TRAGÉDIA MORAL DO PAÍS por Percival Puggina. Artigo publicado em 28.11.2017



No dia 27 de novembro, zapeando na TV a cabo, passei pela Globo News exatamente quando a apresentadora do Estúdio I, Maria Beltrão, perguntou aos universitários que completam a mesa do programa: "Qual o estreito limite entre o conservadorismo e a extrema-direita?". De saída, Maria já entendia tratar-se de um limite "estreito". E não o conseguia definir. Foi o mais parecido que ela encontrou para evitar o vocábulo "inexistente", que era, este sim, seu estreito entendimento.

Maria está satisfeita com o Brasil que vê. Está convencida de que pessoas conservadoras, com princípios e valores, cumpridoras de suas obrigações, respeitadoras dos demais e da lei, são a parte pior da tragédia nacional. Ela acha que nosso país precisa derrubar mais e mais valores morais, tornar-se mais e mais permissivo, debilitar mais e mais os laços familiares, extinguir mais e mais interditos e proibições. Maria está convencida da relatividade do bem e do verdadeiro. Maria não conhece o "estreito limite" entre liberdade e libertinagem. Maria queria o Queermuseu cheio de crianças. Maria sorria deslumbrada para aquele casal que dava nome neutro ao bebê que iria nascer para não intervir na escolha de sua identidade sexual. Maria acha aquilo lindo. Maria incorporou a intelligentzia de algum Centro Acadêmico e ficou assim, "progressista" para o resto da vida.

No dia 28, o time de "progressistas" do programa Timeline da Rádio Gaúcha ensaiou o linchamento público de um vereador de Bento Gonçalves que foi salvo pela firmeza de sua posição em defesa do projeto que cria lugar especial na biblioteca pública municipal para obras impróprias a menores. A impropriedade ou não do catálogo do Queermuseu foi mote da entrevista. A fumaça de uma censura (ainda que meramente etária e legal, em conformidade com o ECA) pairava sobre os microfones. Os "progressistas" pareciam querer um catálogo daqueles na mão de cada criança do Brasil. Davi Coimbra chegou ao cúmulo de indagar se as conhecidas referências bíblicas a relações incestuosas dariam causa a interdição do Livro Sagrado de judeus e cristãos.

Na percepção dos "progressistas", à medida em que avança sua luta "politicamente correta", libertadora dos instintos, e à medida em que tombam os limites, em que são obtidas vitórias no combate à autoridade, à repressão policial, à posse de armas, à religiosidade, à moral cristã (mas nem uma tênue palavra sobre a sharia), o país vai tomando o jeito que eles gostariam que tivesse. Só pode ser isso. Talvez digam que a insegurança, a violência, a criminalidade, a degradação cultural, professor apanhando de aluno, sejam consequência do "fenômeno das drogas". E novamente se enganam porque transformam em causa aquilo que é consequência.

As drogas, senhores e senhoras "progressistas", são efeito da sistemática desconstrução dos valores morais; da libertinagem e da procriação irresponsável, com a decorrente ruptura dos laços familiares e sumiço da missão educadora dos pais. As drogas são consequência de se estar mais preocupado com quem põe um livro aqui ou ali do que com a necessidade de proteger a inocência infantil. As drogas são decorrência da repulsa a toda autoridade, do império dos sentidos, da perda da noção de limites e da omissão de quem os deve estabelecer. Tanto assim é que os dependentes químicos, quando se percebem no ápice de seu holocausto pessoal, procuram uma dessas benditas fazenda de recuperação onde vão encontrar o que perderam: valores, autoridade, disciplina, trabalho, ordem e espiritualidade com os que redescobrem o bem e fortalecem sua vontade para enfrentar as tentações do vício. E só assim dele se libertam.

Mas de que adianta falar dessas coisas a "progressistas" comprometidos com tudo que leve à gandaia geral?


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* Percival Puggina (72), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

BABY LAMPADA


Coisa própria da juventude; o afobamento, o medo do futuro, não ter o apoio da família; tudo isso faz do ser inexperiente uma vítima. Pois foi o que aconteceu com Baby Lâmpada, que preferiu espatifar-se no chão ao saber que estava grávida. Tudo por medo, pelo verdadeiro pavor de dar a luz pela primeira vez.

FUMANTE


Breno tinha ojeriza de cigarro. Ninguém podia fumar dentro e nem fora de sua casa, dentro do seu carro ou perto dele, mesmo se estivesse na rua. Na sua empresa não contratava fumantes, não os queria por perto. Caso visse um fumante na mesma calçada, atravessava. Mas o destino às vezes é cruel; pois o mimo de Breno, Sandra, filha única amada adorada da qual fazia toda e qualquer coisa para agradar, apaixonou-se por um fumante inveterado. Então agora vemos Breno, o detestador de fumantes no meio da fumaça da sala deixando limpo o cinzeiro do futuro genro e pitando seu cigarrinho também, afinal nada melhor que um cigarrinho para acalmar os nervos.

O VELHO EREMITA


O velho eremita tentou mudar os homens de sua comunidade por anos seguidos. Foi infeliz no seu projeto. Desiludido subiu numa grande árvore e disse que somente desceria de lá quando os homens da sua vila fossem menos astutos e canalhas. Pois a grande árvore morreu e virou petróleo; o velho eremita também. Caso contrário ele ainda estaria lá, esperando pela mudança.

PÉS SUJOS


Fazia tempo que Noar não esfregava os pés. Preparou uma enorme bacia, sabão, água quentinha e uma boa esponja vegetal. Então Noar foi esfregando, esfregando e a sujeira saindo, saindo. Mais água quentinha, mais sabão, e esfrega, esfrega, e a sujeira saindo, saindo. Sem exagero, com o barro que saiu dos pés desse vivente, a Olaria do Zé Arnaldo fez dois mil tijolos, e o homem ficou tão leve que parecia um astronauta pulando na lua.

MEMÓRIA FALHA


“Terceira idade é o cão. Escondi uns trocados e agora não consigo lembrar onde.” (Nono Ambrósio)

NONO AMBRÓSIO


“Meus filhos pensam que a casa dos nonos é supermercado. Nos visitam só para fazer o rancho.” (Nono Ambrósio)

SOVINÍCIUS PESSOA


“Não tenho medo da morte. Tenho pavor é de ficar miserável.” (Sovinícius Pessoa)

NADAS

Somos insignificantes para o universo
Um nadas diante do todo
Mas diante de alguns valores da sociedade humana
Alguns serem se embriagam na fonte da vaidade
E vão construindo pela vida castelos de areia
Que se desmancham com o sopro da morte.


TRISTEZA NO CIRCO

Era um circo pobrezinho
De parcos recursos e lonas rasgadas
Não tinha animais em jaulas
Nem mesmo um velho leão desdentado
Sobrevivia de espetáculos de lutas e palhaçadas
Mas era um circo alegre
Porém um dia o circo pobre
Além de pobre ficou triste
Seu artista principal foi morto num bordel
Numa incrível covardia
Meus olhinhos de criança
Viram quando saiu o cortejo
Acompanhado por dois palhaços
E nenhuma multidão.

RESISTENTE


“Rio e tento fazer rir para resistir a tanto atraso em nosso país. Não sou um comediante, sou um resistente.” (Climério)

FILHOS


“A minha mãe teve dois filhos e eu.” (Climério)

ASPAS


“Dos amores passados é sempre mais saudável se lembrar dos beijos que das guampas.” (Climério)

CLIMÉRIO


“Com o bolso recheado de verdinhas eu sou irresistível”. (Climério)

TUDO CERTO!

PÓCRATES


“Não se deve dar um harém para um garanhão que definha.” (Pócrates)

NONO AMBRÓSIO


“Pórco can! Engoli um Ciali e a Nona saiu de casa para ir à missa. Fiquei no prejuízo.” (Nono Ambrósio)

LIMÃO


“Pergunto para digníssimos cornos e outras excelências: por que não temos prisão perpétua para latrocidas?” (Limão)

BILU CÃO


“A menina da casa irá participar do baile de debutantes. Vai ser apresentada à sociedade. Deve ser a apresentação do umbigo pra cima, pois a região do parque já foi apresentada e precisou até de manutenção.” (Bilu Cão)

AVÓ NOVELEIRA


 “Eu gosto de frases com defeito”.

ASSOMBRAÇÃO


“Estou uma mulher mais feia do que eu. Ao acordarmos não sei quem se assusta mais.” (Assombração)

terça-feira, 28 de novembro de 2017

FOI


Quando Joel completou trinta e três anos viu uma luz e dentro dela uma voz que dizia ‘vá!’. Ele foi, errou um degrau, caiu da escada e quebrou o pescoço. Foi mesmo.

DEFUNTO INDIGNADO


Morreu Inácio Gomes. Velório grande na comunidade. Coroas de flores de lotar estádio de futebol. Mas acontece que os Gomes não gostam dos Fagundes nem perto, nem longe. Pois até os Fagundes vieram prestar condolências. Pois não é que o defunto pulou do caixão e de dedo em riste disse: “Se é para ser velado até pelos Fagundes, eu não morro mais!”- E dito isso saiu porta afora esbravejando contra tudo e todos.

O CONSELHO DOS SÁBIOS


2.099. Os homens mais sábios do planeta se reuniram em Genebra na Suíça para decidir qual deles era o mais sábio para presidir o conselho que governaria o planeta terra dali por diante. Todos se apresentaram como candidatos e fizeram suas explanações dando mostras de suas ideias. Após um mês de árduos debates ainda não haviam encontrado um nome de consenso e quando a palavra “burros” foi dita no plenário. Acendeu-se uma chama de ira e todos se engalfinharam com sangue nos olhos usando facas e estiletes, já que armas de fogo eram proibidas. Não sobrou um só dos sábios vivo. Dona Cleusa que cuidava do cafezinho tomou posse da cadeira presidencial vazia dizendo: É cum eu!

NA FRUTEIRA DO SUPERMERCADO

NA FRUTEIRA DO SUPERMERCADO

- Você é um mamão?
-Não, não sou mamão.
-Não é mamão?
-Não. Sou melão.
-Nunca ouvi falar.
-E você o que é?
-Banana caturra.
-Nunca ouvi falar.
-Sou artista, eu canto.
-Eu também. Canto até em espanhol.
-El dia que me quieras?
-Sim.
-Vamos cantar em dupla?
-Vamos!... Acaricia mi ensueño
El suave murmullo
De tu suspirar.
Como ríe la vida...
Nisso se intromete na conversa o abacate.
-Vocês podem ficar quietos, estou tentando dormir.
-Dormir agora durante o dia?- pergunta o melão.
-Sim, ainda estou verde, preciso amadurecer.
Nisso uma distinta senhora passa pela fruteira e leva os dois artistas para sua casa, alegrando por hora o verde abacate que cochila entre macias palhas.



CARRAPATOS PÚBLICOS


Como gosmentos insetos
Os inaptos se agarram ao poder
Não podendo contar com seus talentos
Para uma ascendência decente
Urge aos jumentos
A prática na administração
Da velha arte do puxa-saquismo
Desprezada por quem é capaz.

VAI QUE É TUA UFSC!- TRF-4, Porto Alegre, nega recurso do ex-petista André Vargas, condenado a 13 anos de cadeia no Paraná


A REVOLTA DOS MAMADORES FEDERAIS- Universidade Federal de SC faz ato público contra a Lava Jato e em defesa de Lula


NOVIDADE?- Black Friday teve promoções falsas de preços, diz Jornal do Comércio

DO BLOG DO POLÍBIO BRAGA

É estarrecedora a revelação feita pelo Jornal do Comércio, Porto Alegre, ao informar que durante uma semana, um grupo de repórteres acompanhou a evolução dos preços de 719 produtos ofertados pelos sete maiores varejistas brasileiros, tudo para estabelecer comparações entre o que aconteceu antes e no dia do Black Friday (sexta-feira passada).


- Metade dos produtos da Black Friday teve promoção falsa, ou seja, as redes inflaram os preços antes para diminuir depois, mas até cobraram mais caro no próprio dia da promoção.

O jornal aponta como caso emblemático de preços até majorados, o da geladeira duas portas da Electrolux, 475 litros, que no dia da Black Friday foi vendida por R$ 2.908,00 e no dia 12 custava apenas R$ 1.900,00.

As vendas pela internet também foram objeto de aumentos grosseiros de preços:

- A Sbumarino vendia a lava-roupa Eletrolux, 16kg, por R$ 1.530,00, mas no Black Friday, dia seguinte, ofereceu o mesmo produto a R$ 1.597,00.

E OS OUTROS?- TRF-4 decide manter Eduardo Cunha na prisão de Curitiba


GAZETA DO PEITO PELUDO DE DRACENA- Juízes do TRF-4, Porto Alegre, decidem manter bloqueio da fortuna pessoal de Lula (R$ 16 milhões)


DOMINAÇÃO

Dominação não é amor
É dor
Ato que subtrai do ser
O direito de escolha
E atropela a dignidade.


MADRUGADA

Gosto da madrugada
A madrugada nos subúrbios
Quase silenciosa
Não fosse pelos cães
Gatos
Galos
E alguns bêbados voltando para casa
A madrugada é o sono profundo da noite
E paradoxalmente é a companheira dos insones.

OGROS


“Grande parte da Católica Apostólica Romana é constituída de ogros vermelhos. E eles atacam quem a sustenta. Está na hora de reagir. Cortar o financiamento via dízimo e outras contribuições.” (Eriatlov)

SPONHOLZ

SPONHOLZ

SPONHOLZ

DESGRAÇA


“Chegou o tempo da desgraça. Celerados nos governam e fazem leis.” (Eriatlov)

OS NOSSOS


“Nossos corruptos são mais corruptos que os corruptos dos países vizinhos. Com certeza não é motivo para orgulho nacional.” (Eriatlov)

THATCHER


“Eu não quero ir para o céu. Eu quero é ser governado por uma nova Margareth Thatcher.” (Eriatlov)

O FORTE DELA


”Os números não são o forte da Dilma. Nem as letras. Forte mesmo é a sua arrogância bestial.” (Eriatlov)

MAL


“Não existe mal que perdure para sempre. Mas alguns demoram demais para ir embora.” (Eriatlov)

O MELHOR PRESENTE


“O melhor presente de aniversário que já ganhei foi o fim do imposto sindical.” (Eriatlov)

SOCIALISTAS


“Socialista brasileiro não pode ver uma teta estatal que já prepara o bico para mamar.” (Eriatlov)

ERIATLOV


“Caso o Brasil não fosse um país sério veríamos políticos ladrões candidatos a novos cargos e ainda falando do rabo dos outros”. (Eriatlov)

MESTRE YOKI

-Mestre, Lula ou Dilma?
-Miami.

BILU CÃO


“Venderam o Split. Estou vendo um cãozinho torrado no próximo verão.” (Bilu Cão)

ERIATLOV


“Ator global é sinônimo de pobreza intelectual. Não sabe interpretar a história, tampouco a realidade que o cerca.” (Eriatlov)

DEUS

Por mera curiosidade Deus pergunta para São Pedro:
-Pedro, temos algum político brasileiro aqui no paraíso?
-Nenhum chefe. Se não me engano temos dois no purgatório e o restante no foguinho.

FOFUCHO


“Não se fazem mais mulheres como antigamente. Nem lasanhas.” (Fofucho)

FILOSOFENO


“Os maiores exploradores da ignorância estão nos púlpitos e nos partidos políticos. Às vezes estão juntos.” (Filosofeno)

MIM


“A ignorância quando acompanhada mostra-se cheia de coragem”. (Mim)

LIMÃO


“Sou rejeitado por todos, até mesmo pelo mosquito da dengue.” (Limão)

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

SENHOR AMADEU


Amadeu chegou até a secretária do diretor da fábrica número doze dos Biscoitos Amadeus e solicitou uma entrevista. Depois de quatro horas ainda estava lá esquentando banco. No outro dia antes da sete da manhã o tal senhor Amadeu estava na fábrica apresentando o novo diretor à secretária.

NA SAVANA


Marcio estava caçando leões na savana africana. Separou-se do grupo, foi em frente sem temer o pior. Depois de caminhar por meia hora deu de cara com um leão de juba enorme, não mais que vinte metros dele. Preparou a arma e disparou ‘clack’ falhou. O leão quieto olhando para ele. Disparou de novo ‘clack’, nada. O peludo não se conteve, ficou de barriga para cima rindo debochadamente do caçador. Quando Marcio estava se preparando para correr o leão disse: Alto lá! Não vá embora antes de fazermos uma foto com sua cabeça dentro da minha boca! Marcio voltou ao Brasil antes dos companheiros. Segundo se soube veio a nado.

O FILHO PRÓDIGO


Artur era um menininho levado de oito anos que vivia com seus pais num bairro de classe média alta em São Paulo que um dia sumiu de casa; polícia, buscas, detetives, nada de encontrá-lo. Apesar da dor a vida seguiu seu rumo sempre com ele no coração. Dez anos se passaram quando Artur bateu à porta. Bateu com uma marreta, derrubando-a, enquanto seus comparsas realizaram uma limpa geral nas joias e do dinheiro que havia no cofre. Educado, ele ainda deixou um bilhete: “Artur esteve aqui.”

Charles Darwin

É mais frequente que a confiança seja gerada pela ignorância do que pelo conhecimento: são os que conhecem pouco, e não os que conhecem muito, os que afirmam tão positivamente que este ou aquele problema nunca será solucionado pela ciência.

Charles Darwin, introdução, The descent of man (1871)



FUI A CUBA PARA VER AS REALIZAÇÕES DO GOVERNO COMUNISTA: É DE ARREPIAR!Por Roberto Rachewsky, publicado pelo Instituto Liberal



Fui a Cuba para ver, in loco, as realizações do governo comunista. Visitei casas de família, um hospital, uma escola, modelos das políticas de moradia, saúde e educação implantadas ao longo das últimas seis décadas pela chamada “revolução”.

Voltei com uma infecção intestinal de fato e com a alma emocionalmente desarranjada por testemunhar tanto a miséria quanto o sofrimento, a dissimulação e a desconfiança de quem as experimenta.


O medo e a desesperança que eu enxerguei por trás dos brilhantes olhos negros e dos largos sorrisos brancos só podem existir onde a civilização não chegou ou, se houve um dia, partiu há muito tempo.

A infecção intestinal vai passar rápido, espero. O desarranjo emocional, eu não sei. Sei que há os que voltam sem um e outro. Sem o primeiro é sorte. Sem o segundo, é azar.

Abaixo algumas informações publicadas durante a viagem em minha página no Facebook. Minhas fotos de Havana estão disponíveis para quem quiser ver na hashtag #cubadeverdade .

Tirem suas próprias conclusões sobre o que é viver no “paraíso” comunista implantado por Fidel Castro, Che Guevara e seus lunáticos seguidores:

O acesso à Internet em Cuba ocorre somente em alguns hotéis e de forma precaríssima. Mesmo num hotel 5 estrelas tem hora que não funciona. Cai a conexão a todo momento e ela é lenta. O povo não tem acesso livre, então as pessoas tentam capturar o sinal de Wi-Fi para se comunicar com parentes. É de arrepiar ver a alegria desse pessoal quando conseguem conexão para matar as saudades de quem está longe, algo que para nós é corriqueiro, aqui é limitado pelo governo.

É claro que há lugares bonitos, ainda que deteriorados; é notório que há gente alegre, ainda que sofrida; é compreensível que se escute música por todos os cantos, é uma das formas de sobrevivência. Mas, no final é revoltante que tudo isso esteja envolto por uma pobreza e precariedade impressionantes.

Uma professora ganha do governo 10 CUCs, o que paga menos de dois breakfasts ou 5 horas de internet, se lhes fossem perdido o acesso. Então, ela complementa a renda trabalhando como camareira no hotel. Quando ela ganhar o nenê, terá o privilégio de usufruir da licença-maternidade por seis meses, com um pequeno detalhe: sem direito à remuneração, que já não serve para nada mesmo.

Água em Havana só é fornecida em quantidade suficiente para lavar roupas aos domingos. O cubano não-privilegiado precisa armazenar água em baldes e tonéis durante a semana porque às vezes nem aos domingos há água em abundância.

O racionamento de luz é permanente, o fornecimento de energia começa, com sorte, às 18:00 e vai até às 8 horas, na maioria dos bairros. Não há regularidade nem para restaurantes que atendem o turismo. Pode-se chegar em um deles e o encontrá-lo fechado porque na noite anterior não haver energia para manter os mantimentos. É um horror.

As crianças cubanas são obedientes. Elas são ensinadas e doutrinadas nas escolas. Pelos 10 anos de idade, se dão conta da realidade e questionam os pais sobre as discrepâncias do que lhes foi ensinado com a experiência que a vida proporciona. Então são educadas em casa a manterem um duplo comportamento: a falsa aceitação do regime e um ódio atávico aos que os mantêm na miséria sem perspectivas de experimentarem a liberdade que todo ser humano sonha um dia usufruir.

Havana é uma cidade em ruínas, como somente as que viveram em guerra chegaram a experimentar. Uma cidade que viveu seu esplendor e se tornou um amontoado de relíquias decrépitas. Os prédios modernos são frios e opressivos, como aqueles que os conceberam. Povo alegre por natureza, transformou a alegria em profissão. Na intimidade, quando ganham confiança, expõem o que é viver numa ilha-prisão. Havana com seus cortiços, como as favelas brasileiras, indianas ou chinesas, têm sido glamourizadas somente por aqueles que lucram com a pobreza alheia.

DEPUTADO ARNALDO COMISSÃO


“Perto do Calheiros eu sou um menininho virgem que acredita na cegonha e em Papai Noel.” (Deputado Arnaldo Comissão)

PERFEITO

Mesmo que o mundo fosse habitado somente por pombinhas brancas
Não seria um lugar perfeito
Pois todos hão de convir
Que alguém terá que alimentar e limpar o cocô das donzelas.

CLIMÉRIO


“Fui o primeiro menino excomungado da minha comunidade. Colei na porta da igreja uma foto do Papa com a legenda ‘O Pinóquio de Batina’.” (Climério)

ERIATLOV


“Lula é a prova viva que para fazer o mal não é necessário ter todos os dedos.” (Eriatlov)

CHICO MELANCIA


“Tenho um primo de 24 anos que já ficou mais tempo preso do que mamando.” (Chico Melancia)

SATANÁS FERREIRA


“Quanto mais tempo convivo com os políticos brasileiros mais saudade eu tenho do inferno.” (Satanás Ferreira)

PULGA LURDES


“Nem todo o sangue do mundo consegue satisfazer uma pulga invejosa.” (Pulga Lurdes)

OS ELEFANTES BRANCOS DAS ESTATAIS FEDERAIS por Econ. Ricardo Bergamini. Artigo publicado em 27.11.2017



No Brasil, empresa privada é aquela que é controlada pelo governo, e empresa pública é aquela que ninguém controla (Roberto Campos).


São 150 empresas estatais federais (elefantes brancos) e suas centenas de subsidiárias onde existem algumas curiosidades, tais como: empresas com patrimônio líquido (PL) negativo e outras empresas dependentes exclusivas do tesouro nacional.

Por que não iniciar a privatizaçao ou extinção das empresas com PL negativo e dependentes exclusivas do tesouro nacional?

Esses "elefantes brancos" somente servem para gerar déficit público e empregos para apadrinhados de políticos, além de ser o principal ninho petista. E o mais grave é que o "prostíbulo BNDES" financia muitas delas. Uma imoralidade sem precedentes. No Brasil é proibido ser normal.

- Em 2016 o tesouro nacional colocou R$ 15,1 bilhões na lixeira das estatais dependentes exclusivas do tesouro nacional e está orçado colocar mais R$ 18,4 bilhões em 2017).

- Em junho de 2017 a dívida das estatais era de R$ 428,0 bilhões.

- Em 2015 as empresas com patrimônio líquido negativo totalizaram passivo a descoberto da ordem de R$ 24,5 bilhões. Em 2016 totalizaram passivo a descobeto de R$ 33,3 bilhões.

- Em 2006 existiam 431.259 servidores ativos nas estatais, já em junho de 2017 saltou para 516.375, cujo crescimento foi de 19,74% em relação ao ano de 2006.

- Em 2006 somente nas empresas dependentes exclusivas do tesouro nacional tinha um efetivo de 34.616 servidores ativos, já em junho de 2017 saltou para 72.810 servidores ativos, cujo crescimento foi de 110,34%.

* Informações completas e os anexos mencionados estão disponíveis no 3º Boletim das Empresas Estatais Federais - 2º Trimestres de 2017 - Ministério do Planejamento

PÓCRATES


“Alguns filhos são como gordura e atacam o fígado dos seus pais.” (Pócrates)

MIM


“Caminhamos na escuridão e não temos ninguém confiável para segurar a lanterna.” (Mim)

FOFUCHO


“Determinação não é o meu forte. Meu último regime durou duas horas.” (Fofucho)

LUCRÉCIO


Assim como as crianças tremem e têm medo de tudo na escuridão cega, também nós à claridade da luz às vezes tememos o que não deveria inspirar mais temor do que as coisas que aterrorizam as crianças no escuro...

 Lucrécio, Sobre a natureza das coisas (cerca de 60 A.C.)

QUEM MANDA


"Se alienígenas estiverem observando através de telescópios, eles vão pensar que cachorros são os líderes do planeta. Se você visse duas formas de vida, uma delas fazendo cocô e a outra carregando esse cocô, quem você assumiria que manda mais?"

Jerry Seinfeld

URNAS


“São as urnas eletrônicas que carregam as cinzas da nossa falecida esperança.” (Limão

LIMÃO


“Sou cítrico e crítico. Um azedo enfim.” (Limão)

ERIATLOV


“Infelizmente a idiotice é uma doença contagiosa.” (Eriatlov)

MALDITO ATRASO

Libertários, uni-vos!
O estado sugador
Incrustado de parasitas
Protege e realimenta o ciclo
Da servidão contribuinte
O monstro faminto
Não sacia a sua fome destruidora
De empregos
De sonhos
De um futuro promissor
Precisam os homens de visão
Sair de suas poltronas
E dar um basta definitivo
Nesta herança maldita que nos atrasa.

A RAIZ DO CRIME por Alexandre Garcia. Artigo publicado em 26.11.2017



Aqui em Portugal os jornais noticiaram com destaque a morte do antigo chefe mafioso Salvatore Totò Riina, nascido em Corleone, na Sicília, cidade que inspirou Mário Puzzo a escrever O Poderoso Chefão. Totò morreu na cadeia, um dia depois de completar 87 anos, de câncer nos rins. Foi ele que mandou explodir o carro onde estava, com a mulher, o juiz Giovanni Falcone, da operação Mãos Limpas, tão estudada pelo juiz da Lava-Jato, Sérgio Moro. Os juízes Falcone e Borsellino foram assassinados em 1992 e no ano seguinte Totò estava preso. As autoridades foram ajudadas por delações premiadas, como a de Tomaso Buschetta, preso no Brasil. Totò ao morrer já estava 24 anos atrás das grades, cumprindo 26 condenações a prisão perpétua. Sem direito a tornozeleira ou prisão domiciliar, ou semi-aberto. Morreu sem abrir a boca para contar suas ligações com políticos de Roma.

A Itália é o berço do Direito Romano, que é ensinado a todos os brasileiros que queiram ser advogados. E foi a Justiça italiana que condenou, em todas as instâncias, à prisão perpétua, o assassino de quatro pessoas, Cesare Battisti. Mas ele está livre, porque fugiu para o Brasil com passaporte falso. Ele sabe que aqui é o país da impunidade; por isso foi para o Brasil. Desde menino vejo em filmes americanos que o bandido, para escapar impune, vai para o Brasil. Foi assim com o assaltante do trem pagador inglês, Ronald Biggs. Em vez de ser preso, ficou famoso no Brasil. No Brasil, bandidos ficam famosos. No caso do tetra-assassino Battisti, ganhou a proteção do Presidente da República, Sr. Lula.

É o país onde mesmo que a Justiça mande prender, o Legislativo manda soltar. E se argumenta com Montesquieu, com a separação de poderes, autônomos e funcionando como pesos e contrapesos do poder, o que sugere o trocadilho “presos e contrapresos”. Outros são condenados várias vezes, mas cumprem a pena em casa, dançando em festas - como se divertem com este país festivo! A lei permite que o condenado só cumpra uma sexta parte da pena e ja vai saindo das grades. Outros nem querem sair, porque de lá ficam comandando o crime nas ruas, mandando matar os rivais, como fazia Totò antes de ser preso. Depois, ele ficou incomunicável com o mundo. Aqui, não; tem o celular, tem advogados, tem amigos entre autoridades.

Aqui, assaltante é preso mas é solto em 24 horas e pode continuar o exercício de sua profissão. É protegido pela lei, por advogados, por militantes dos direitos humanos, pelos que odeiam a polícia. Aliás, muita gente se queixa da insegurança mas odeia os defensores da lei. Muita gente se queixa de bala perdida, mas cheira a cocaína com que se compram fuzis. Muita gente se queixa de que as leis são fracas, mas trata de enfraquecê-las ainda mais, desrespeitando-as sempre que for de seu interesse egoísta e incivilizado. Dá arrepios de pensar que na nossa cultura Totò quem sabe pudesse ser candidato à Presidência da República. Parece que vivemos num hospício legal, jurídico, político e de incivilidades.

CUT PROMOVE DEMISSÕES APÓS ANOS DE FARTURA


O fim do imposto sindical é o pretexto usado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) para cortar 60% dos seus empregados, por meio de demissão voluntária. A milionária CUT, que faturou R$59,8 milhões em 2016, quer fazer acreditar que depois de faturar tanto durante os governo do PT, não se preparou para os tempos de vacas magras. A entidade embolsou 12,4% da arrecadação dos seus 2.423 sindicatos.

 BOLADA EXTINTA- Os sindicatos faturaram R$3 bilhões somente no ano passado com as contribuições obrigatórias, que a reforma transformou em voluntárias.

 POR ENQUANTO- A CUT deu prazo até o dia 4 de dezembro para que seus empregados façam adesão ao programa de demissão voluntária. Depois vai demitir.

 CASA DE FERREIRO- A alegação de queda de receita para justificar demissões nunca é aceita pela CUT quando empresas privadas fazem o mesmo.

Claudio Humberto

SOVINÍCIUS PESSOA


“Não sou apenas um mão de vaca. Minha mão de vaca está envolta em cimento.” (Sovinícius Pessoa)

SATANÁS FERREIRA


“Não é fácil ser feliz sendo vermelho, chifrudo e tendo uma rabo enorme.” (Satanás Ferreira)

domingo, 26 de novembro de 2017

LEÃO BOB


“Minha família tem um acordo com o capeta. Quando estamos na mira os rifles falham.” (Leão Bob)

FILOSOFENO


“Não ensine palavrão à criança, deixe-a aprender por conta”. (Filosofeno)

HUGO


Hugo é um paraibano de trinta e seis anos, natural de João Pessoa e que nasceu com sete dedos na mão direita. Tem dois filhos pequenos e trabalha na construção civil como pedreiro. No momento está construindo sua própria casa nas horas de folga. Hugo é um exemplo de boa gente e trabalhador. Não vive de favores de compadres e escumalha, é honesto com seus sete dedos e ao contrário de certos tipos que mesmo tendo apenas quatro dedos numa das mãos se locupletam fartamente com dinheiro público sem ficar rubros.

ENGAIOLADO


O domingo era de sol. Poucas pessoas estavam na praça naquela hora. Enquanto o pipoqueiro gritava, o guarda municipal dormia num banco sombreado. Um pombo manso catava milho pela calçada. Crianças brincavam na areia com seus baldes e pás. Era um domingo normal como outro qualquer já passado. Foi quando passou por mim um pássaro enorme com um homem engaiolado. O homem preso não gritava, não cantava. Através das grades de sua prisão vi apenas duas lágrimas caindo dos seus olhos. O pássaro proprietário parecia feliz.

HERNILDA MOSCA


A família de Hernilda Mosca chegou à festa e sobrevoou a mesa repleta de delícias. Alvos escolhidos, atacaram em massa pousando nas guloseimas com suas patinhas imundas. Porém sofreram um contra-ataque rápido ...Vapt! Vapt! Vapt! Fim da jornada . Não contaram para elas que era uma festa de sapos.

POR LIVRE OBRIGAÇÃO


Paulino corria pelo campo aberto e de vez em quando olhava para trás. O suor descia pelo rosto, os pés doíam, os dedos faziam força para fugir dos sapatos. O sol ardia na pele e as bochechas estavam em brasas. Uma pequena brisa amainava um pouco o mal-estar do calor. Quando subia uma pequena elevação pedregosa teve que esquivar-se de uma cobra cascavel. Adiante se deparou com um encontro de escorpiões, tendo que dar saltos acrobáticos para escapar ileso. Passou por uma cerca de fazenda e foi recebido a tiros pelos peões. Vomitou de medo e cansaço. Depois atravessando um milharal foi corrido por porcos do mato. Olhou para trás e viu à distância homens montados em velozes cavalos vindos em sua direção. Não demorou muito para desmaiar diante de um muro de pedra. Foi logo alcançado pelos cavaleiros, medicado e levado de volta à cidade. Após ser lavado, vestido e perfumado, foi entregue à noiva na porta da igreja.

EU TENHO MEDO DE FHC. ELE TROUXE PARA NOSSAS VIDAS A DESGRAÇA CHAMADA LULA E O PT


A VOZ DO MACACO FABIANO- FHC diz que teme presidência de Jair Bolsonaro


GAZETA DO BAGUAL DO ATRASO- Marina Silva lançará candidatura na semana que vem


SATANÁS FERREIRA


“Inquisição? Nada sei, era com o povo de Deus, eu não estava lá.” (Satanás Ferreira)

PULGA LURDES


“Os Pets estão acabando como a nossa raça. Cadê o Greenpeace?”(Pulga Lurdes)

UMA FAMÍLIA DE NEGÓCIOS

-Pai, o Palocci vai nos entregar!
-Pois é. Será que Síria nos recebe como perseguidos políticos?

TARA CRÔNICA


“Os governos brasileiros não copiam os bons governos mundo afora. Mas há uma tara crônica em copiar os falidos.” (Mim)

MIM


“Fazer filhos sem planejar e depender de creches do estado. Trepar é fácil, o duro é sustentar a prole.” (Mim)

SATANÁS FERREIRA


“Quando Maduro chegar ao inferno o colocaremos para fazer o trabalho do papel-higiênico.” (Satanás Ferreira)

NONO AMBRÓSIO


”Estou tão acabado que preciso de ajuda até para cuspir.” (Nono Ambrósio)

LEÃO BOB


“Não conheço o Brasil. Mas fiquei sabendo que lá tiveram uma anta presidente.” (Leão Bob)

JOSEFINA PRESTES


“É claro que existem lésbicas entre religiosas, como em qualquer outra instituição para mulheres. Não posso negar que recebi algumas lambidas.” (Josefina Prestes)

FOFUCHO


“Eu acredito em discos-voadores. Não foram eles que trouxeram para o planeta o sagu?” (Fofucho)

FILOSOFENO


“Stálin foi humano, detestavelmente humano”. (Filosofeno)

EULÁLIA


“Ao encarar o espelho pela manhã sem maquiagem ouço minhas rugas e pés de galinha gritando por socorro.” (Eulália)

ERIATLOV


“O petróleo pode ser nosso, mas o dinheiro da venda é deles: sindicalistas, políticos e burocratas.” (Eriatlov)

DEUS


“Pedro, o paraíso está cada vez mais sem graça. Este povo só pensa em rezar. Acho que vamos organizar um bingo.” (Deus)

DEUS


“Pedro, o povo pratica swing aqui no paraíso? Não? Então convoque as velhas e vamos nos divertir no inferno.” (Deus)

CUBANINHO


“Aqui em Cuba somos todos alfabetizados, mas só podemos ler bulas e o JORNALECO OFICIAL.” (Cubaninho)

CHICO MELANCIA


“Detesto o socialismo. Certa vez tive uma namorada que socializou a perereca.” (Chico Melancia)

AVÓ NOVELEIRA


“Lula é um gambá sindical que agora só bebe uísque de 30 ânus.”

ASSOMBRAÇÃO


"Antes um feio livre que um bonito encarcerado.” (Assombração)

A GAZETA


A GAZETA DO AVESSO- Nicolás Maduro publica seu primeiro livro de poemas: “ALGEMADOS COM FOME.”

sábado, 25 de novembro de 2017

A DIFERENÇA BÁSICA ENTRE GLOBALISMO E GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA: UM É O OPOSTO DO OUTRO por Thorsten Polleit. Artigo publicado em 24.11.2017



(Publicado originalmente em www.mises.org.br)

Com a ascensão do populismo nos países desenvolvidos, a globalização econômica caiu em descrédito. Cada vez mais pessoas estão rejeitando a globalização com o argumento de que ela não apenas é injusta como também representa a fonte de todos os males — sendo inclusive a fonte de crises econômicas e imigrações em massa.

Esse tipo de condenação generalizada e abrangente da globalização, porém, apresenta dois erros graves: ela não só é factualmente errada — a globalização econômica comprovadamente aumentou o padrão de vida da população mundial — como também é conceitualmente errada.

Existe o globalismo e existe a globalização. O globalismo é um conceito político. Já a globalização é um conceito econômico.

Globalização econômica
A globalização econômica significa "divisão do trabalho em nível mundial".

A população de cada país se especializa naquilo em que é boa, adquirindo assim uma vantagem comparativa em relação às outras: faço aquilo em que sou melhor que os outros e vendo para eles; e compro dos outros aquilo que eles fazem melhor do que eu. Todas essas transações econômicas devem ser feitas o mais livremente possível, sem a intervenção de governos na forma de tarifas protecionistas e de outras barreiras alfandegárias. (Veja aqui um exemplo prático).

A consequência deste arranjo foi, é e sempre será um aumento no padrão de vida de todos os envolvidos.

Hoje, nenhum país é capaz de viver em autarquia, produzindo absolutamente tudo de que sua população necessita para viver decentemente. Caso um país realmente tentasse produzir tudo o que consome, isso não apenas seria um monumental desperdício de recursos escassos, como também levaria a custos de produção e, consequentemente, preços exorbitantes, afetando drasticamente o padrão de vida da população.

Pense em uma simples camisa. Fabricada na Malásia utilizando máquinas feitas na Alemanha, algodão proveniente da Índia, forros de colarinho do Brasil, e tecido de Portugal, em seguida sendo vendida no varejo em Sidney, em Montreal e em várias cidades dos países em desenvolvimento (ao menos naqueles que são mais abertos ao comércio exterior), a camisa típica da atualidade é o produto dos esforços de diversas pessoas ao redor do mundo. E, notavelmente, o custo de uma camisa típica é equivalente aos rendimentos de apenas umas poucas horas de trabalho de um cidadão comum do mundo industrializado.

Obviamente, o que é verdadeiro para uma camisa vale também para incontáveis produtos disponíveis à venda nos países capitalistas modernos.

Como é possível que, atualmente, um trabalhador comum seja capaz de adquirir facilmente uma ampla variedade de bens e serviços, cuja produção requer os esforços coordenados de milhões de trabalhadores? A resposta é que cada um desses trabalhadores faz parte de um mercado tão vasto e abrangente, que faz com que seja vantajoso para muitos empreendedores e investidores ao redor do mundo organizarem operações de produção altamente especializadas, as quais são lucrativas somente porque o mercado para seus produtos é de escala global.

Esta especialização tanto do trabalho quanto da produção, ao longo de diferentes setores industriais ao redor do mundo, é exatamente o fenômeno da globalização econômica.

(Recentemente, um homem resolveu fabricar, do zero, um simples sanduíche. Ele plantou o trigo para fazer o pão, retirou o sal da água do mar, ordenhou uma vaca para fazer o queijo e a manteiga, matou uma galinha para retirar o filé de frango, fez o próprio picles e teve até de extrair o mel do favo. Seis meses e US$ 1.500 depois, o sanduíche ficou pronto. E, a julgar pela reação dele próprio, a qualidade do produto final foi medíocre).

O fato é que, hoje, nenhum país produz apenas para satisfazer suas próprias necessidades, mas também para atender a produtores e consumidores de outros países. E cada país se especializa naquilo que sabe fazer melhor.

A globalização econômica, com o livre comércio sendo seu componente natural, aumenta a produtividade de todos os envolvidos. E, consequentemente, aumenta também o padrão de vida de todos. Sem a globalização econômica, a pobreza neste planeta não teria sido reduzida com a intensidade em que foi nas últimas décadas.

Por fim, vale ressaltar que todo e qualquer indivíduo é, em si mesmo, um defensor árduo da globalização econômica, mesmo que ele não saiba disso. As pessoas acordam cedo e vão trabalhar exatamente para ganhar dinheiro e, com isso, poderem consumir o que quiserem. As pessoas trabalham e produzem para poder consumir produtos bons e baratos, independentemente de sua procedência. Eles podem ser oriundos de qualquer parte do mundo; o que interessa é que sejam bons e baratos. Isso é globalização econômica.

Impor obstáculos a esse consumo — isto é, restringir a globalização econômica — significa restringir a maneira como as pessoas trabalhadoras podem usufruir os frutos do seu trabalho. No mínimo, isso é imoral e anti-humano.

Globalismo
Logo de início, é fácil ver que o globalismo — que também pode ser chamado de globalização política— não tem absolutamente nada a ver com a globalização econômica.

Globalização econômica significa livre comércio e livre mercado. Trata-se de um arranjo que não apenas não necessita da intervenção de governos e burocratas, como funciona muito melhor sem eles. Indo mais além, trata-se de um arranjo que surge naturalmente quando não há políticos e burocratas impondo obstáculos às transações humanas.

Já o globalismo é o exato oposto: trata-se de um arranjo que só existe por causa de políticos e burocratas. Seria impossível haver globalismo se não houvesse políticos e burocratas.

O globalismo é uma política internacionalista, implantada por burocratas, que vê o mundo inteiro como uma esfera propícia para sua influência política. O objetivo do globalismo é determinar, dirigir e controlar todas as relações entre os cidadãos de vários continentes por meio de intervenções e decretos autoritários.

Eis o argumento central do globalismo: lidar com os problemas cada vez mais complexos deste mundo — que vão desde crises econômicas até a proteção do ambiente — requer um processo centralizado de tomada de decisões, em nível mundial. Consequentemente, leis sociais e regulamentações econômicas devem ser "harmonizadas" ao redor do mundo por um corpo burocrático supranacional, com a imposição de legislações sociais uniformes e políticas específicas para cada setor da economia de cada país.

O estado-nação — na condição de representante soberano do povo — se tornou obsoleto e deve ser substituído por um poder político transnacional, globalmente ativo e imune aos desejos do povo.

Obviamente, a filosofia por trás dessa mentalidade é puramente socialista-coletivista.

Representa também o pilar da União Europeia (UE). Em última instância, o objetivo da UE é criar um super-estado europeu, no qual as nações-estado da Europa irão se dissolver como cubos de açúcar em uma xícara quente de chá. Foi majoritariamente disso que os britânicos quiseram fugir.

Ao menos para o futuro próximo, este sonho burocrático chegou ao fim. O desejo de impor uma uniformidade afundou em meio a uma dura e difícil realidade política e econômica. A UE está passando por mudanças radicais — culminando com a decisão dos britânicos de sair dela — e pode até mesmo entrar em colapso dependendo dos resultados eleitorais em alguns importantes países europeus (França, Holanda, Alemanha e possivelmente Itália) neste ano de 2017.

Com Donald Trump na presidência americana não há mais qualquer apoio intelectual dos EUA ao projeto de unificação européia. A mudança de poder e de direção em Washington diminuiu o poder de influência dos globalistas — o que permite alguma esperança de que a futura política externa americana seja menos agressiva em termos militares. Trump — ao contrário de seus antecessores — ao menos não parece querer impingir uma nova ordem mundial.

Por outro lado, os defensores da globalização econômica têm motivos para estar preocupados. O governo Trump vem ameaçando utilizar medidas protecionistas — majoritariamente na forma de tarifas de importação — para supostamente estimular o emprego e a produção nos EUA, mesmo com toda a teoria e realidade econômicas demonstrando que o efeito será o oposto.

Tamanha interferência na globalização econômica, o que representaria um retrocesso no tempo, não apenas seria um ataque à prosperidade, como também pode se degenerar em conflitos políticos, reacendendo antigas rixas e contendas. Não precisaria ser assim.

Para atacar e até mesmo aniquilar o globalismo não é necessário atacar e fazer retroceder a globalização econômica.

A globalização é Steve Jobs, Jeff Bezos e Michael Dell; o globalismo é George Soros, o CFR, a Comissão Trilateral, os Rockefeller, os Rothschilds e a ONU.

Conclusão
Ao passo que o globalismo representa o autoritarismo e a centralização do poder político em escala mundial, a globalização econômica — que nada mais é do que a divisão do trabalho e o livre comércio — representa a descentralização e a liberdade, promovendo uma produtiva e, ainda mais importante, pacífica cooperação além fronteiras.

A restrição à globalização econômica — ou seja, o protecionismo — nada mais é do que o medo dos incapazes perante a inteligência e as habilidades alheias. Tal postura, além de moralmente condenável, por ser covarde, é também extremamente perigosa. Como já alertava Bastiat, se, em vez de nos permitirmos os benefícios da livre concorrência e do livre comércio, começarmos a atuar incisivamente para impedir o progresso de outras nações, não deveríamos nos surpreender caso boa parte daquela inteligência e habilidade que combatemos por meio de tarifas e restrições de importações acabe se voltando contra nós no futuro, produzindo armas para guerras em vez de mais e melhores bens de consumo que eles querem e podem produzir, e os quais nós queremos voluntariamente consumir.

Como também disse Bastiat, quando bens param de cruzar fronteiras, os exércitos o fazem.

Por isso é de extrema importância preservarmos a globalização econômica.


* Economista-chefe da empresa Degussa e co-fundador da firma de investimentos Polleit & Riechert Investment Management LLP. Professor honorário da Frankfurt School of Finance & Management.

UM ANO APÓS A MORTE DO CAVALO, AS OVELHAS AINDA SÃO PRESAS por Yusnaby Pérez. Artigo publicado em 25.11.2017



Cuba comemora o primeiro aniversário da morte de Fidel Castro, focada em um processo eleitoral que implicará mudança presidencial, em uma situação de regressão econômica, hostilidade dos Estados Unidos e estagnação em suas reformas.

A vontade do líder da revolução cubana foi cumprida: nenhuma rua, praça ou edifício, tem seu nome, nem há estátuas ou monumentos dele em Cuba, mas Fidel Castro (1926-2016) é constantemente lembrado.

"Sempre no presente", o jornal Granma, órgão do Partido Comunista Comunista de Cuba (PCC, único), destacou em sua capa na sexta-feira, sublinhando que "a Revolução Cubana, o trabalho perfeitamente construído entre todos, é o maior legado de Fidel. "

A Granma também dedicou um suplemento especial de 12 páginas à Fidel, reproduzindo na capa o "conceito da Revolução" que ele lançou em 2000 e uma foto da guerrilha em Sierra Maestra com mochila e rifle no ombro.

Em Havana e Santiago de Cuba, uma cidade no sudeste da ilha onde as cinzas do "Comandante-em-Chefe" são enterradas e onde Raúl Castro deve comparecer no aniversário, estão planejadas atividades culturais e políticas, sem alterações na vida diária.

Os jovens cubanos vão fazer uma vigília no sábado à noite na histórica escada da Universidade de Havana.

Os cartazes de "Fidel entre nosotros" e "Yo soy Fidel" abundam nas ruas da capital cubana e em anúncios de televisão.

No ano seguinte à sua morte, em 25 de novembro de 2016, os cubanos viram algumas expectativas legítimas: as reformas de Raúl Castro "acabaram sendo muito graduais e irregulares", de acordo com um relatório do economista cubano Pavel Vidal, do Universidad Javeriana de Colômbia, enviada à AFP.

Em agosto, a entrega de licenças para o trabalho privado foi congelada em uma série de atividades e outras foram eliminadas.
De acordo com o ex-diplomata e acadêmico Carlos Alzugaray, há "atrasos" em três objetivos: descentralização estatal, maior abertura ao setor privado e unificação monetária.

Politicamente, ele ressalta, ainda devemos superar "a velha mentalidade" e atualizar a ordem legal e institucional, "porque ninguém pode governar Cuba como Fidel e Raúl fizeram".

Esta desaceleração foi mais dramática devido à deterioração da economia: o objetivo anual de crescimento anual de 2% foi ajustado, em julho, para 1% em julho. A CEPAL estimou recentemente em 0,5% e alguns economistas até previram um valor negativo, como os -0,9% de 2016. Isso sem mencionar os danos causados pelo furacão Irma, ainda não quantificado, que afetou quase toda a ilha em setembro, especialmente os domicílios.

Paralelamente, o presidente Donald Trump endureceu o embargo contra Cuba, limitou mais visitas americanas e voltou ao idioma da Guerra Fria, "um revés" na política de seu antecessor, Barack Obama, segundo Raúl.

Um dia após o aniversário da morte de Fidel, os cubanos vão votar nas eleições municipais, um processo que terminará em fevereiro com a primeira mudança geracional em 60 anos: um novo presidente sem sobrenome Castro e que não será uma figura histórica da revolução.

Todas as previsões coincidem que o atual primeiro vice-presidente, Miguel Díaz-Canel, engenheiro de 57 anos, ocupará a presidência de Cuba, depois de uma lenta carreira política, passo a passo, em todos os níveis de poder.

No entanto, não há nenhuma indicação de que Raúl Castro deixará a liderança do Partido, o principal escritório político do país, pelo menos até seu próximo Congresso, em 2021.

"Nesse cenário, nos próximos dois anos, a agenda e o estilo operacional do governo provavelmente não vão mudar muito", estima Michael Shifter, do Diálogo Interamericano, um centro de análise em Washington.

No entanto, o académico cubano Arturo López-Levy, da Universidade do Texas-Rio Grande Valley, acredita que esta mudança "oferece oportunidades para outras políticas, de acordo com a visão da nova geração que ocupará as melhores posições".

Trata-se do "fechamento de uma era política cubana", acrescenta, mesmo que ele tenha um roteiro até 2030 aprovado pelo Partido.
Raúl Castro deixará pendentes uma reforma constitucional e eleitoral essencial. Também novas leis de negócios, imprensa e cinema.

"É possível que essas medidas pendentes sejam um lastro, mas também podem fornecer uma nova agenda para o presidente", diz Shifter. "Pode se tornar a carta de apresentação", concorda López-Levy. Apesar de um "pouso suave" estar previsto para a nova equipe de Diaz-Canel, de acordo com López-Levy, a adoção dessas medidas pendentes pode causar um choque "mais ou menos agudo entre a mentalidade nova e antiga no poder", diz Alzugaray.

* Texto de Yusnaby.com
** Tradução de Percival Puggina

VEM AÍ O MINISTÉRIO DOS ESTADOS? por Percival Puggina. Artigo publicado em 24.11.2017



Em O Espírito das Leis (1746) Montesquieu recomendou que as repúblicas, para fins de segurança contra inimigo externo, adotassem o modelo da Federação, ou seja “uma convenção pela qual vários corpos políticos consentem em se tornarem cidadãos de um Estado maior que querem formar”.

Foi nesse ânimo que, 30 anos mais tarde, as 13 colônias inglesas na América se organizaram na Convenção de Filadélfia e constituíram os Estados Unidos. Entre as características da nova nação se incluía a preservação das autonomias dos estados, integrados a um corpo nacional para fins comuns. Um século e pouco depois, na primeira constituinte republicana, o Brasil adotaria o mesmo modelo, em tom mais moderado. Abandonou, então, o regime monárquico e a forma unitária de Estado.

De lá para cá, se existe uma vocação percebida na história da nossa república, é a vocação para federalismo na teoria e para centralismo na prática. Nossa Federação não esconde suas tendências suicidas. "Todo poder à União!", parecem bradar quantos chegam à presidência da República. E a corte da burocracia federal aplaude em pé. Poder centralizado, político e financeiro, sistemas únicos, programas nacionais, serviços federais, bases nacionais comuns, parecem ser melhor do que mulher, do que doces portugueses e do que uísque aged 30 years.

A relação entre democracia e descentralização é autoevidente. Pelo viés oposto, quanto mais centralizado o poder, mais ele avança na direção do autoritarismo ou, mesmo, do totalitarismo.

A Constituição de 1988 reafirmou o compromisso com a intenção federativa a ponto de incluir os municípios como entes federados, concedendo-lhes autonomia política, administrativa e financeira. Até parece. O que se viu a partir daí foi uma re-centralização, acompanhando a deterioração fiscal dos entes federados.

Melhor e mais destapado exemplo disso aconteceu no dia 1º de janeiro de 2003 quando Lula, num de seus primeiros atos como presidente da República, criou um Ministério das Cidades, que logo se tornaria a cereja do bolo na mesa central do poder. É o ministério pelo qual todos brigam e o que maior poder de barganha tem no jogo do poder, pois dele sai o dinheiro para obras e programas municipais. Acaba de se tornar posto de provimento por indicação do presidente da Câmara dos Deputados.

A centralização estimula a corrupção e as más práticas políticas. Ademais, a dependência induz o dependente à irresponsabilidade. A falência dos entes federados brasileiros e o suicídio da Federação pode acabar gerando um Ministério dos Estados, onde se entregarão os dedos porque os anéis já foram. É preciso deixar de lado a desídia segundo a qual, como tenho tantas vezes afirmado, "está tudo errado, mas não mexe", e repactuar o Brasil. A situação está para lá de ridícula.

HERBERT E A MORTE


Herbert era um grande mágico. Tão bom que por mais de uma centena de oportunidades enganou a morte quando ela veio para buscá-lo. Foram tantas vezes que a morte desistiu de levá-lo, cansou-se. Desde então Herbert vaga pelo mundo sem descanso. Aquilo que poderia ao olhar superficial ser uma dádiva, tornou-se um fardo duro de carregar. Herbert ainda vaga por aí, saturado da vida, esperando que a morte reconsidere.

MANUEL


Manuel artesão sempre adorou fabricar brinquedos de madeira, era sua vida e alegria. Não se casou, não tinha filhos ou parentes vivos. Homem magro e pequeno, quando morreu aos oitenta anos foi enterrado dentro de um bilboquê.

GARGANTA PROFUNDA


Ano de1973, Cine Boss em Belém do Pará, filme Garganta Profunda. Raul e João Paulo entraram escondidos no cinema subornando o lanterninha. Mal tinham eles quatorze anos, loucos por sacanagem. Quietos e com os olhos arregalados sentiam uma intensa vibração que percorria seus corpos. Porém antes mesmo de Linda Lovelace engolir a primeira cobra foram eles atacados e devorados pelo esfomeado leão da Metro, que ali estava porque adorava carne humana e sabia que em exibição de filme pornô encontraria um manancial. Consegui fugir andando de arrasto por entre as cadeiras.

ESQUECIDO


Guilherme é um sujeito muito esquecido. Esquece coisas nos lugares mais impróprios e jamais se lembra de ir buscá-los. Ontem fez doze anos que deixou a mulher na casa da sogra.

DONA MEIGA


Filha de Bastião Louco e Eldorina, Dona Meiga nasceu e viveu por mais setenta anos em Barra do Sarapião. Teve uma infância normal entre algumas dezenas de cadáveres de amigos do pai. Adulta, um doce era Dona Meiga. Vivia da lavoura e nas horas de folga matava alguns conterrâneos em troco de uns cobres. Não judiava é verdade, somente matava a tiros como manda o bom figurino. Mas era na matança muito delicada e deveras tão gentil que alguns até agradeciam por estar entrando pra bala.

PUTA QUE PARIU


Ontem à tarde estava eu numa estrada poeirenta no interior de Arapiraca, sujo e irritado com o calor, encostado num poste aguardando pelo ônibus quando pousou na estrada um objeto voador e dele saiu um ser estranho que perguntou se eu queria ir para algum lugar específico que eles me dariam carona. Respondi que desejava ir para a casa do diabo lá na puta que pariu. Então ele me respondeu que a Venezuela estava fora do itinerário. Foi embora e sumiu entre as nuvens.

SOVINÍCIUS PESSOA


“Para mim o dinheiro não traz felicidade quando o vejo em mãos alheias.” (Sovinícius Pessoa)

PULGA LURDES


“Peço não me confundam com chatos. Eles são meus primos.” (Pulga Lurdes)

SATANÁS FERREIRA


“Só fala mal do inferno quem não conhece a Venezuela de Maduro.” (Satanás Ferreira)

PÓCRATES


“Pós-morte existe o outro lado. O lado de dentro do caixão.” (Pócrates)

DUBLAGEM


“Sou das legendas. Normalmente a dublagem estraga a obra.” (Limão)

NONO AMBRÓSIO


“Campeão de reumatismo e impotente. Pórco can! E ainda dizem que é a melhor idade. Imagine se não fosse!” (Nono Ambrósio)

LEÃO BOB


“Meu pai já comeu muitos estrangeiros. Diz ele que os ingleses são apetitosos, porém um pouco duros. Já os franceses são macios, mas o odor da carne é forte.” (Leão Bob)

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

MIM


“Nenhum adulto foi completamente feliz na sua infância se não comeu ovo cozido meio mole na casca, paçoquinha de amendoim, sorvete seco, maria-mole e picolé de água nos domingos normais e Skimó no aniversário.” (Mim)

LEÃO BOB


“Precisamos evoluir. Quem sabe ainda teremos açougues nas savanas?” (Leão Bob)

CLIMÉRIO


“Na quarta-série primária fui considerado o melhor aluno da classe. Então imagine só que raça.” (Climério)

SIMPLIFIQUE

O que é a vida senão dor e riso?
Sonhos são destruídos
No sopro das horas
É o simplificar das coisas
Que dá ao ser o tempo necessário
Para valorizar aquilo que é de fato importante.



VIDA

A vida é mesmo um flash
E muitas vezes não nos damos conta disso
Ontem menino descalço correndo
Hoje homem vivido aos poucos morrendo
Parece que o tempo não passou
Foi ontem
Pois mesmo um centenário que é para poucos
É um trem bala japonês sem escalas
Tive momentos ruins
Porém muito mais momentos de alegria
Que sempre causam nostalgia
Neste coração agradecido
Penso que a vida não se explica
A vida apenas é
E assim como veio também se vai
Querendo ou não querendo o teimoso
O importante é somar prós e contras
E deixar este mundo com a conta das bondades no positivo.

INQUIETUDE


Mar
Campo
Serra
Floresta
Cerrado
Deserto
Cidade grande
Cidade pequena
Vila
A verdade é que nenhum lugar é bom
Quando não se está em paz.

PÓCRATES


“O inferno eterno é uma impossibilidade. A madeira e o gás são finitos.” (Pócrates)

FILOSOFENO


“O ser que espera suas graças apenas do céu sem dispender trabalho para pensar e também não agir para mudar algo que não lhe agrada, receberá do céu diretamente na sua caixa craniana o diploma de tonto.” (Filosofeno)

GOVERNO COM TV


“O Pedro Cardoso é apenas mais um que defende chupim estatista. Governo não tem ser dono de canal de TV; é só cabide e tretas.” (Eriatlov)

ERIATLOV

“Fechem logo essa TV BRASIL. O povo sofrido agradece.” (Eriatlov)

OBCECADO PELA REALIDADE



Um proprietário de navios estava prestes a mandar para o mar um navio de emigrantes. Ele sabia que o navio estava velho, e nem fora muito bem construído; que vira muitos mares e climas, e com frequência necessitara de reparos. Dívidas de que possivelmente não estivesse em condições de navegar lhe haviam sido sugeridas. Essas dúvidas lhe oprimiam a mente e o deixavam infeliz. Ele chegou a pensar que o navio talvez tivesse de ser totalmente examinado e reequipado, ainda que isso lhe custasse grandes despesas. No entanto, antes que a embarcação partisse, conseguiu superar essas reflexões melancólicas. Disse para si mesmo que o navio passara por muitas viagens e resistira a muitas tempestades em segurança, que era infundado supor que não voltaria a salvo também dessa viagem. Ele confiaria na Providência, que não podia deixar de proteger todas essas famílias infelizes que estavam abandonando a sua terra natal em busca de dias melhores em outro lugar. Tiraria de sua cabeça todas as suspeitas mesquinhas sobre a honestidade dos construtores e empreiteiros. Dessa forma, ele adquiriu uma convicção sincera e confortável de que o seu navio era totalmente seguro e capaz de resistir s intempéries; assistiu a sua partida de coração leve e cheio de votos bondosos para o sucesso dos exilados naquele que seria o seu estranho novo lar; e embolsou o dinheiro do seguro, quando o navio afundou no meio do oceano, sem contar histórias a ninguém.

O que devemos dizer desse homem? Sem dúvida, o seguinte: que ele foi de fato culpado da morte desses homens. Admitisse que ele acreditasse sinceramente nas boas condições de seu navio; mas a sinceridade de sua convicção não o ajuda de modo algum, porque ele não tinha o direito de acreditar na evidência que estava diante de si. Não adquirira a sua opinião conquistando-a honestamente pela investigação paciente, mas reprimindo as suas dúvidas...





William K. Clifford, The ethics of belief (1874)