sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Por que nossos artistas saem do Brasil?

Por Filipe Rangel Celeti, publicado noInstituto Liberal
Vivemos numa sociedade dinâmica. As interações sociais, os costumes, a política e a cultura se transformam constantemente. Entre as mudanças que observamos está a do universo musical.
Há uma análise deste mercado que tem sobrevivido. A partir da ideia de “indústria cultural”, pensa-se numa certa hegemonia do mercado fonográfico. Os donos deste mercado produziriam músicas descartáveis e em grande volume para o consumo imediato. A falta de um julgamento refinado junto com o desejo pelo lucro seria o círculo vicioso que tem feito a qualidade musical decair no mundo globalizado e industrializado.
Desta análise crítica, pode-se extrair algo interessante. O avanço da técnica fez com que o poder dos donos deste mercado fosse dissolvido. Os artistas, hoje, tem mais acesso a equipamentos e conhecimentos, alavancados pela rede mundial de computadores. Com isto, torna-se possível produzir arte fora dos antigos meios e processos das grandes empresas. Não é à toa que grandes gravadoras tem se levantado contra a internet.
Para além do discurso, é preciso compreender um pouco o artista atual, especialmente o artista desconhecido das massas, e seus desafios diante deste mercado tão dinâmico.
Ao falar de mercado, pensa-se rapidamente nos EUA como um local de concorrência e livre mercado. Mas se as distâncias e fronteiras tem diminuído, por que artistas brasileiros tem deixado o país?
Para Jopa Velozo , 28 anos, guitarrista, um dos motivos é “que a estrutura das escolas de música nos EUA é muito superior ao de qualquer faculdade de música no Brasil”. O intercâmbio com musicistas do mundo inteiro também tornam o ambiente mais estimulador. Numa faculdade como a de Berklee, em Boston, há mais de 3 mil músicos. A cidade ainda possui outras boas escolas de música como a New England Conservatory e a Boston Conservatory.
Além da estrutura dos cursos, há um ambiente econômico que favorece o músico nos EUA. “No Brasil, além de ganharmos menos, tudo é muito mais caro. O músico que vem de uma família pobre brasileira sofre muito para ter um instrumento apenas razoável. Ter algo de ponta é quase impossível. Aqui, isso tudo é acessível a todos. Você não vê americano chegar na faculdade com instrumento mais ou menos. Produzir, gravar, tudo é mais acessível.” No Brasil, o Projeto de Lei do Senado nº 86 de 2004, teve sua apreciação adiada no dia 15 de julho de 2014. São mais de dez anos de discussão acerca da isenção de impostos sobre instrumentos musicais importados.
Ao invés de facilitar a aquisição de instrumentos, que possuem cerca de 40% de impostos, o governo brasileiro tem usado o modelo de incentivos fiscais a projetos aprovados pela Lei Rouanet. Grandes artistas e institutos artísticos bem relacionados têm conseguido apoio e são poucos os projetos pequenos e independentes que recebem verba. Tal modelo dificulta a entrada de novos nomes no mundo artístico, fomentando uma manutenção de artistas já consagrados.
Não podemos desconsiderar outro fato importante. Nos EUA, por exemplo, as pessoas estão dispostas a financiar o que gostam. Um produto só permanece sendo ofertado se houver demanda. Enquanto os consumidores brasileiros de músicas não populares não investirem no que desejam ouvir, ficarão reféns do que as massas tem consumido.
Obviamente que nem tudo são flores. Muitas vantagens de sair do Brasil podem ser apenas ilusórias. “Num mercado tão competitivo quanto o da música, é normal entender que para conseguir algo não basta apenas ser bom”, comenta Velozo. Entretanto, nos EUA, além de “existir mais segurança e tudo ser mais acessível a todos, pode-se viver uma vida num padrão bastante superior ao do Brasil.”
Com as facilidades em Boston, Jopa, conhecido pelo projeto Acadêmicos de Milton Friedman, que mistura bossa nova com samba, também toca na banda de rock The Plan of the Plain. Enquanto músicos brasileiros constroem suas carreiras no exterior, o mercado brasileiro, ainda com vencedores previamente definidos, fecha as portas para muitos projetos musicais.

RS- Políbio Braga- Os filhos uruguaios de Olívio Dutra

Saiba tudo sobre a mãe dos dois filhos uruguaios de Olívio Dutra. A mulher, Inês Buzo, cumpria tarefas dos Tupamaros no Brasil.

Exclusivo

A uruguaia Inés Graciela Abelenda Buzo (foto ao lado), citada hoje pelo jornalista Vitor Vieira como mãe de dois filhos que teve na clandestinidade de Porto Alegre com o ex-governador Olívio Dutra, algo que ninguém sabia no RS,  chegou a Porto Alegre com nome falso a Porto Alegre em 1981, vinda de São Paulo, sua primeira cidade no Brasil.

. Ines Graciela chegou a São Paulo em 1976, diretamente de Buenos Aires, onde também vivia clandestinamente, desde que fugira de Montevideu, em 1975 .

. Ela  era militante do  Partido de La Vitória Del Pueblo (Tupamaros) e foi enviada pela facção guerrilheira uruguaia para substituir  Lilian Celiberti na condução de uma célula de militância do PVP.

, Lilian foi sequestrada pelo DOPS gaúcho em 1979.

Viva la revolución continental
Inés tinha a tarefa de facilitar a entrada de foragidos políticos uruguaios no Brasil e dar instrução revolucionária a sindicalistas gaúchos.

. Para viver, Inés Graciela também dava aulas particulares de inglês.

Romance com Olívio foi revolucionariamente tórrido,  clandestino e profícuo
Devido a suas atividades, conheceu e aproximou-se de Olívio Dutra, então presidente do Sindicato dos Bancários/RS.  Os dois iniciaram um relacionamento ardoroso e secreto, pois Olívio era casado e tinha dois filhos.

. Inés Graciela ficou grávida e, em 5 de abril de 1983, nasceu a primeira filha dos amantes, registrada somente pela mãe, com o nome de Ana Inés Abelenda Buzo.

. Logo depois de registrar a filha, a guerrilheira apresentou-se à Policia Federal com sua identidade uruguaia verdadeira e solicitou que fosse regularizada sua situação do Brasil , já que tinha uma filha brasileira.  

. Meses depois, Inés Graciela engravidou novamente de Olívio Dutra, que continuava casado com dona Judite, como acontece até hoje. Em 9 de outubro de 1984, nasceu Rodrigo Alberto Abelenda Buzo, mais uma vez registrado apenas pela mãe, porque o pai não assumiu a paternidade.

. Logo em seguida, a uruguaia decidiu retornar ao seu pais, que foi redemocratizado, levando seus dois filhos. Para isso, as crianças deveriam obter a nacionalidade uruguaia.

Olívio não assumiu as paternidades. Crianças registraram impressões digitais.
Inés foi ao Consulado daquele país acompanhada por amigos que a apresentaram aos funcionários consulares e trataram de resolver o assunto. Nunca Olívio Dutra aparecia.

. As duas crianças, a mais nova de poucos meses, chegaram a marcar suas impressões digitais nas cédulas de identidades uruguais.

. Logo depois, retornaram para Montevidéu, com a ajuda do pai de Inés Graciela, que veio a Porto Alegre buscar a  filha e os netos. 

“Puta eu nunca fui. Mas tenho tendência.” (Ilvania Ilvanete)

“Adoro minha irmã Benaudete. Mas só porque ela me empresta dinheiro que sabe não irá mais receber.” (Ilvania Ilvanete)

“Não tenho amigas. Tenho escadas.” (Ilvania Ilvanete,a hipócrita)

“Sou uma mulher colorida. Cabelos negros, olhos verdes e bunda branca.” (Ilvania Ilvanete)

“Sou uma galinha sim, mas não me peça para pôr ovos. Meu negócio é cuidar dos pintos.” (Ilvania Ilvanete)

“Minha Biz é uma cabrita. Econômica e pouco poluente.” (Chico Melancia)

Como ateu praticante não desejo rezas no meu velório. Sempre existe uma possibilidade de eu ir para o céu. Já imaginou aturar milhões de crentes?

Morrer não é ruim. Danados são os comentários e o processo de canonização.

“Marciano era um homem que tinha todos os defeitos do mundo. Queria mais. Então entrou para o PT.” (Mim)

CÍRCULO OPERÁRIO

Volta pra casa
Dentro do lotação lotado
Vivenciando o desconforto
Há o mormaço
Também o cansaço
Da labuta do dia
Conversa mole
Cérebro lento
Olhos sonolentos
Contando os pontos
Para o banho
Jantar
Cama
E um novo despertar
Para o círculo operário.

“O red agitador Stédile está tão desacostumado às lides do campo que se jogaram uma enxada em suas mãos ele irá pensar que se trata de pedestal de um microfone.” (Mim)

“Existe um Pet-Shop dentro da Petrobrás para cuidar de tantos gatos?” (Mim)

“O petróleo pode até ser nosso, porém o dinheiro quem gasta são eles.” (Pócrates)

“A Petrobras não é pia de água benta, mas todo mundo mete a mão para se benzer.” (Pócrates)

Dora Kramer-Gato por lebre

A eleição presidencial ainda está para entrar na fase da reta quase final para o primeiro turno de votação e o PMDB já ocupa espaço no noticiário com pose de fiador da estabilidade política, garantidor da boa governança.
"Sem o PMDB não se governa", disseram nesta semana em entrevistas distintas o vice-presidente da República e presidente do partido, Michel Temer, e o candidato a vice na chapa do PSB, Beto Albuquerque. Tangenciaram a realidade e afirmaram ambos uma meia-verdade.
Caso seja sobre apoio institucional que falaram, Itamar Franco não o teve e governou. Fernando Henrique Cardoso, tampouco. Contou com uma ala do partido, mas teve oposição ferrenha de outra.
Mas, também podemos examinar a questão pelo aspecto do peso do partido nas decisões de governo. Quando aderiu ao PT de corpo e alma, na reeleição de Luiz Inácio da Silva, em 2006, recebeu do então presidente tratamento social e político de luxo, mas jamais dividiu verdadeiramente o poder com o PT.
No ato de adesão, apresentou uma carta-compromisso com sete pontos "exigidos" pelo partido, entre os quais crescimento do PIB acima de 5%, reformas política e tributária e redução dos gastos públicos.
Ninguém se emocionou com as exigências nem as comprou pelo valor de face. O PMDB continuou onde estava sem dar um pio a despeito de contrariado sobre os itens que considerava indispensáveis à boa governança.
Veio o governo Dilma Rousseff e com ele a explicitação do racha do partido em função da contrariedade extrema com o Palácio do Planalto. Motivo: o PMDB conquistou a vice-Presidência, cinco ministérios e logo percebeu que, de concreto, havia recebido uma casa de reuniões com vista para o lago Paranoá (o Palácio do Jaburu, residência do vice) e nada mais.
Segundo relatos dos peemedebistas, eles nunca tiveram poder real nos ministérios nem influência de fato. Situação corroborada por Michel Temer em recente entrevista, ao falar sobre o papel do ministro Edison Lobão no Ministério de Minas e Energia: "Formalmente ele é o responsável pelo setor, mas na realidade não tem o controle geral".
Ora, se é assim, de onde vem a ideia de que "não se governa sem o PMDB?" Governa-se. Tanto se governa mal quanto se governa bem.
A questão é outra e não diz respeito à qualidade de administração das políticas públicas no Poder Executivo. Tem a ver, isto sim, com o menor ou maior grau de resguardo que o partido é capaz de dar ao Palácio do Planalto no Legislativo e, a depender da extensão e da longevidade das ligações de integrantes da cúpula, até no Poder Judiciário.
O PMDB é importante porque tem poder local. Prefeitos, vereadores, governadores, deputados, senadores, bancadas amplas que lhe garantem o comando do Legislativo, tempo de televisão em períodos eleitorais e disposição de negociar (ou não) esses ativos. Oferece proteção em troca da renovação dos instrumentos desse tipo de sobrevivência.
A isso dá o nome de governabilidade. Mas quem não nasceu ontem não é obrigado a acreditar.
Tempo do onça. Numa curiosa sequência, Luiz Inácio da Silva, José Sarney e João Pedro Stedile trataram Marina como "dona" naquele sentido pejorativo que certos homens de antigamente chamavam de "dona Maria" qualquer mulher ao volante.
No sábado passado, Lula disse que nunca falou mal de "dona Marina" e acrescentou: "Dona Marina não precisa contar inverdades a meu respeito para chorar". Na segunda-feira, Stédile ameaçou: "A dona Marina que não invente de botar as mãos na Petrobrás que estaremos aqui todos os dias (em protesto na sede da empresa)". Na quarta, Sarney, por sua vez, afirmou: "Com essa cara de santinha, ninguém é mais radical e raivosa que dona Marina".
Um jeito rudimentar, antiquado e mal-educado de demonstrar menosprezo.

Costa, peixe pequeno na compra de Pasadena, diz ter levado R$ 1,5 milhão. Imaginem quanto não levaram os tubarões

O Jornal Nacional levou ao ar, na noite de ontem, 18 de setembro, reportagem informando que, no curso da delação premiada que faz, Paulo Roberto Costa revelou ter levado R$ 1,5 milhão de propina pela compra da refinaria de Pasadena. Reportagem da VEJA que veio a público no dia 6 deste mês já trazia a informação de que, segundo o engenheiro, a compra havia sido fraudulenta. Segundo o TCU, o prejuízo da Petrobras com a operação foi de US$ 792 milhões. A novidade agora é o valor da bolada embolsada pelo engenheiro, que está preso.
Entre 2004 e 2012, Costa foi diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras. Ocupou, portanto, esse cargo, em sete dos oito anos do governo Lula e em quase dois do governo Dilma. Ao longo desse tempo, comandou o que pode ser chamado de “Petrolão” — ou o mensalão da Petrobras. As empreiteiras que faziam negócio com a estatal pagavam propina ao esquema e o dinheiro era repassado a políticos. A quais? Paulo Roberto já entregou à Polícia Federal e ao Ministério Público, num acordo de delação premiada, os nomes de três governadores, de um ministro de estado, de um ex-ministro, de seis senadores, de 25 deputados e de um secretário de finanças de um partido. Segundo o engenheiro, Lula sempre soube de tudo. E, até onde se pode perceber por seu depoimento, talvez a presidente Dilma — que era a chefona da área de energia do governo Lula e presidente do Conselho da Petrobras — não vivesse na ignorância.
VEJA teve acesso a parte do depoimento de Paulo Roberto e trouxe, na reportagem do dia 6, alguns dos políticos citados. Entre eles, estão cabeças coroadas da política brasileira, como o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que morreu num acidente aéreo no dia 13 de agosto, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), e Sérgio Cabral, ex-governador do Rio (PMDB). Paulo Roberto acusa ainda Edison Lobão, atual ministro das Minas e Energia, e atinge o coração do Congresso: o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e o do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
PT, PMDB e PP seriam os três beneficiários do esquema, que teria também como contemplados os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Romero Jucá (PMDB-RR), e os deputados João Pizzolatti (PP-SC) e Cândido Vaccarezza (PT-SP), que já havia aparecido como um dos políticos envolvidos com o doleiro Alberto Youssef, que era quem viabilizava as operações de distribuição de dinheiro. O secretário de finanças do PT, João Vaccari Neto, está no grupo, segundo Paulo Roberto.
Pensem um pouco: na compra de Pasadena, Paulo Roberto era peixe pequeno. Mesmo assim, diz ter levado R$ 1,5 milhão. Imaginem quanto não levaram os tubarões.
Por Reinaldo Azevedo

JABUTI PROPINEIRO MADE IN PT- Delator do 'petrolão' diz ter recebido R$ 1,5 mi na compra de Pasadena

JABUTI VERDE AMARELO COM REUMATISMO E BICO DE PAPAGAIO Obra do PAC que espalharia dutos pelo Ceará só foi 10% concluída

“Se eu pudesse comer carne de porco seria o mais novo judeu na praça. Por quê? Nunca vi um mendigo judeu.” (Climério)

“Dormir em má-companhia a gente nem percebe. O duro é ficar acordado.” (Mim)

“Acostume-se! Sempre haverá pedras, espinhos e falsos amigos em nosso caminho.” (Mim)

“Acordo todas as manhãs pensando em viver até cem anos. Mas aí eu penso nos impostos, no preço dos remédios pra ereção, nas rugas....” (Nono Ambrósio)

“A única coisa transparente em alguns governos são as calcinhas das secretárias.” (Mim)

PEDRÃO E DEUS- “Sabe velho, tu estás neurótico. Pare de alucinar, o diabo é tua cria, não vai ter levar para o inferno não!” (São Pedro falando para Deus)

“Quando morrer quero ser cremado. E que do pó misturado a farinha façam biscoitos, bolachas, nega maluca...” (Mim)

“Quase todo sujeito que entra deitado e gelado num cemitério é considerado gente boa. É o verdadeiro milagre da transformação.” (Pócrates, o filósofo dos pés sujos)

Como pode uma presidente tão medíocre, de um governo feito de escândalos ter tantos votos? Será que os parvos se refletem nesse espelho?

É duro viver num país onde os interesses próprios estão acima do bem da sua cidade ou país. Eu me sinto bem por não ser assim.