segunda-feira, 27 de outubro de 2014

“O erro de alguns é pensar que um diploma universitário traz embutido o conhecimento universal.” (Filosofeno)

Lênin morrendo

Lênin está morrendo e falando com Stálin, seu
sucessor.
 “A única
 preocupação que eu tenho", diz Lênin, é esta: “será que as pessoas irão
segui-lo?"
 

"O que você acha, camarada Stálin? "
"Eles irão", diz
 Stálin”, eles certamente irão seguir-me. "
"Eu
 espero que sim", diz Lênin, "mas e se o povo não seguir você?”
 “Não há problema", diz
 Stálin”, então eles seguirão você."

“Um homem com etiqueta de preço é falso.” (Filosofeno)

“Há sempre alguém tentando nos desmotivar. É bom dar nessas com pessoas um pé de arruda. ”(Pafúncio)

“Se estamos sozinhos no universo? Penso que não. E para chegarem até nós eles precisarão estar bem mais evoluídos. Virão nos ensinar coisas importantes e com certeza não para demonstrar artes nos trigais.” (Mim)

“ETs desenhando em plantações de trigo? É preciso ter miolo mole para acreditar em tamanha asneira.” (Mim)

“Ter um governo austero? Mas fácil é chover canivetes.” (Pócrates)

“Não ando com garotas de programa. Mal dou conta das velhas de programa.” (Climério)

“Namorar meninota não é comigo. É sabido passar vergonha, pois nem da cama me levanto sozinho.” (Nono Ambrósio)

“Dependendo de quem é corpo os vermes também vomitam.” (Mim)

“Sempre estive entre os piores partidos da minha cidade. Quase todos os pais me conhecem bem.” (Mim)

“A vantagem de se ter muitos defeitos é ninguém defender a nossa canonização.” (Josefina Prestes)

“Bons conselhos normalmente só são ouvidos depois do estrago feito.” (Filosofeno)

“A maldade usa a máscara mais conveniente para conseguir o seu intento.” (Filosofeno)

“Tenho algumas varizes e os calcanhares rachados, mas a bunda é lisa.” (Josefina Prestes)

Contra a absurda Lei da Palmada

Você é a favor de que pais mantenham seus filhos em cárcere privado, sem água, comida e brinquedo, por dias a fio?  Não? Então você tem que defender a proibição do castigo no quarto quando ele for malcriado.  Colocar no quarto ou no cantinho é uma violência similar à do sequestro.
Achou meio exagerado?  É exatamente esse o raciocínio que justificou a Lei da Palmada, ou Lei do Menino Bernardo.  Dar uma palmada é torturar; é violentar.
No mundo real, por outro lado, palmada não é tortura e não traz danos às crianças. Como documentado, por exemplo, por Judith Rich Harris em The Nurture Assumption, as evidências a esse respeito em geral não controlam variáveis básicas (ex: influência genética, cultura do meio infantil do qual a criança participa, etc.) e descartam interpretações alternativas: crianças são mais violentas porque apanham mais ou apanham mais porque são mais violentas?
Quando têm algum rigor, os resultados são fracos, e sempre do tipo: crianças que levam palmada podem ser um pouco mais briguentas.
Mas veja: mesmo que haja algumas consequências negativas, nem por isso se segue que a palmada jamais deva ser usada. A necessidade de controlar a criança no presente pode justificar um pequeno desvio de comportamento futuro. (Ou por acaso é um dever moral deixar que os pimpolhos dominem o lar?) Esse tipo detrade-off é normal na criação dos filhos.
Peguemos exemplos de outras áreas. Ao levar o filho para a praia ou para uma piscina, os pais estão conscientemente aumentando o risco de morte da criança. Mesmo assim, julgam que a diversão daquele momento justifica o risco.  Ao levar o filho para a casa da avó pra passar a noite, os pais voluntariamente aumentam as chances de o filho morrer ou de ter sequelas pela vida toda (ao colocá-lo num carro) para que possam desfrutar uma noite a dois.  É tão horrível assim?  Não.  É natural.
Pequenos riscos e danos fazem parte da vida, e podem ser justificados por ganhos significativos em outras áreas. Da mesma forma, manter a paz no presente pode justificar um microaumento da probabilidade de que o filho arrume briga no parquinho.
A palmada é apenas uma alternativa para coibir maus comportamentos.  Não é das melhores.  Depender menos dela é bom.  Aliás, quanto mais palmada se dá, menos eficaz ela se torna.  Sua vantagem é ser uma punição imediata com baixo custo e alto poder de coibir malcriação.  O castigo, a conversa séria, o "tirar brinquedos" também funcionam em diferentes contextos, mas todos exigem mais tempo e esforço dos pais, que às vezes estão exaustos demais. Às vezes, nada como uma boa palmada, ainda que não seja a ferramenta ideal.
Palmada é como ter um pneu remoldado de estepe. Pior e menos seguro, mas, quando necessário, quebra um galho; melhor com ele do que sem.
O ideal da criação sem palmada pode até ser admirado, mas na maioria dos casos não é realista e por isso não deveria em hipótese alguma ser obrigatório.  A proibição só serve para abolir uma ferramenta dos pais, tornando a criação dos filhos algo mais cansativo, sem dar nada em troca.  Com essas e outras neuroses perfeccionistas que assolam a relação entre pais e filhos, dá pra entender por que ninguém mais quer tê-los.
A proibição depende de imaginar um mundo fantasioso da infância perfeita; trata-se de algo similar à mentalidade que proibiu a propaganda infantil (que, como todo mundo sabe de primeira mão, é coisa inofensiva). Nesse sentido, a escolha da Xuxa como garota-propaganda foi perfeita: uma eterna adolescente que vive num mundo de fantasias infantis e conta com serviçais para toda e qualquer tarefa; e cuja filha, aos 15 anos, ainda tem babá.
O conteúdo da lei é só o começo dos problemas.  É preciso implementar a proibição.  E como é que a Justiça vai descobrir se a palmada ainda vigora nos lares?  A princípio, é mais uma lei que não pegará.
Ou será que o estado vai levá-la a sério?  Nesse caso, e na ausência de Fiscais da Família visitando-nos toda semana pra interrogar as crianças (ainda é cedo pra isso — quem sabe em 2050), a única saída é estimular a cultura da delação.  Seus vizinhos, seus parentes, seus conhecidos; não arrume confusão com eles, ou já sabe…
Ensinamos as crianças a recorrerem à autoridade ao primeiro sinal de conflito, como se fosse um reflexo.  Agora instaremos os adultos a fazê-lo também.  Não é a primeira vez.  Pode ter certeza de que interessa ao estado quebrar laços de confiança entre as pessoas.  Quanto mais as pessoas confiam umas nas outras, menos o poder estatal é necessário.  Já tivemos os Fiscais do Sarney, agora podemos ressuscitá-los, não para multar comerciantes, mas para arruinar famílias. Belo e moral!
Entre a lei que não pega e a vigilância totalitária, minha mulher apontou uma terceira alternativa, e essa é minha aposta.  Para o grosso das pessoas, a lei não vai pegar.  A vida seguirá como sempre.  O custo social da implementação é alto demais.  Mas, de vez em quando, quando um conflito ou desavença surgir, apossibilidade de delatar a palmada às autoridades será mais uma opção do cardápio; mais uma tática possível no arsenal de militantes bem-intencionados ou vizinhos invejosos.  Virá à tona especialmente em disputas virulentas pela guarda dos filhos.
A Lei do Menino Bernardo entrará, assim, no rol das leis hipócritas: aquelas que ninguém espera que sejam seguidas, mas que continuam valendo quando convém. Como a Lei Seca.  Desastrosa se aplicada de verdade, ela é aplicada arbitrariamente, de vez em quando.  Sobrevive como um pequeno exercício de poder para ferrar a vida de algum azarado.
Agora não há mais escolha: ou se opera no (suposto) ideal, ou se está quebrando a lei e pode-se perder a guarda dos filhos e até mesmo ir para a cadeia por um período de 1 a 4 anos.
Mas me digam, o que será pior para uma criança: levar uma palmada no bumbum ou ser tirada à força de seus pais, dada aos cuidados da Assistência Social, ir e vir a tribunais familiares, e ser repassada a uma nova família?
Sendo assim, todo mundo que levou palmada na infância tem agora apenas duas opções: apontar o dedo na cara da mãe e dizer que ela é uma criminosa e que deveria ter sido presa, ou protestar em alto e bom som contra essa lei imbecil.

Joel Pinheiro da Fonseca é mestre em filosofia, editor da revista Dicta&Contradicta e escreve no blog Ad Hominem.

DO BAÚ- Quarta-feira, agosto 30, 2006 REMEMBER KRAVCHENKO

Janer Cristaldo
Há personagens poucos conhecidos entre nós, e no entanto fundamentais para a compreensão do século passado. Um deles é Victor Andreïevitch Kravchenko. Pergunte a um universitário de nossos dias quem é Kravchenko. Só por milagre ele saberá de quem se trata.

Há uns quatro ou cinco anos, escrevi sobre o homem. Alto funcionário soviético que havia trocado a URSS pelos Estados Unidos, relatou esta opção em Eu escolhi a liberdade, livro em que denunciava a miséria generalizada e os gulags do regime stalinista. O livro foi traduzido ao francês em 1947 e teve um sucesso fulminante. A revista Les Lettres Françaises publicou três artigos difamando Kravchenko, apresentando-o como um pequeno funcionário russo recrutado pelos serviços secretos americanos. Kravchenko processou a revista, no que foi considerado, na época, o julgamento do século. No banco dos réus estava nada menos que a Revolução Comunista. Em seu testemunho, Kravchenko trouxe ao tribunal Margaret Buber-Neumann, esposa do dirigente comunistas alemão Heinz Neumann, como também o ex-guerrilheiro antifranquista El Campesino, ambos aprisionados por Stalin em campos de concentração. Kravchenko, que perdeu toda sua fortuna produzindo provas no processo, teve ganho de causa. Recebeu da revista francesa, como indenização por danos e perdas ... um franco simbólico.

A história de Kravchenko é fascinante, envolve diversos países, desde a finada União Soviética até Estados Unidos, França, Alemanha, Espanha, e até hoje não houve cineasta que ousasse transpor sua odisséia para as telas. Seu livro rendeu-lhe boa fortuna. Levado à falência com os custos do processo, foi morar no Peru, onde investiu em minas de ouro e de novo enriqueceu. Acabou suicidando-se em um hotel em Nova York. A partir de seu processo ninguém mais podia negar o universo concentracionário soviético. 1949 é a data limite para um homem que se pretenda honesto abandonar o marxismo.

Estou lendo um belo regalo de um bom amigo, o Diogo Chiuso, L'Affaire Kravchenko, de Nina Berberova, escritora russa que estava em Paris durante o processo. É uma cobertura, dia a dia, dos depoimentos de Kravchenko, de seus opositores e de suas testemunhas. As mentiras dos comunistas franceses de então só encontram paralelo nas mentiras dos petistas de hoje. Edição Actes Sud, 1990. Outro relato excelente tem o mesmo título - L'Affaire Kravchenko - e é assinado por Guillaume Malaurie (Robert Laffont,1982). Quanto ao livro mesmo de Kravchenko, em sua edição francesa - J'ai choisi la liberté - só nalgum sebo parisiense, Éditions Self, 1947. Ouvi falar de uma edição brasileira, mas não tenho certeza de que exista.

Se você lê inglês, pode comprar a versão original - I chose freedom - em http://www.antiqbook.com/boox/srd/21584.shtml. Com paciência, encontra até uma versão para download grátis.

“Minha tia era uma mulher prática. Quando o marido que não valia nada morreu ela vendeu o corpo para uma fábrica de ração.” (Limão)

“Tive uma namorada tão feia que eu só saía com ela de costas.” (Mim)

“Político em alta está sempre rodeado de bajuladores. Fica com a bunda mais doce do que burro no canavial.” (Mim)

“Sou politicamente correto. Beijo mulher feia e não fico encabulado.” (Mim)

“Quanto mais eu conheço os cachorros mais eu cuido dos meus calcanhares.” (Mim)

Como parei de inventar desculpas e finalmente libertei minha mente

Jeffrey Tucker é o CEO do Liberty.Me.  É também autor dos livros It's a Jetsons World: Private Miracles and Public Crimes e Bourbon for Breakfast: Living Outside the Statist Quo

É com bastante frequência que recebo as seguintes perguntas: "Quando foi que você percebeu que não era necessário haver um estado?", "Quando foi que você deixou de defender a existência de um estado?", ou até mesmo "Como foi que você percebeu que era incoerente ser pró-liberdade e ao mesmo defender o monopólio da violência para uma instituição política?".  E há também a pergunta que resume tudo: "Quando foi que você se tornou um anarcocapitalista?"
Não é uma pergunta fácil de ser respondida.  Mudanças profundas na perspectiva intelectual de uma pessoa não ocorrem da noite para o dia.  Primeiro, você cogita a ideia.  Em seguida, você avalia sua plausibilidade.  Você pode até abraçar completamente a ideia, mas apenas de forma abstrata.  A verdadeira mudança intelectual ocorre apenas quando você se torna capaz de ver a ideia funcionando no mundo real — até mesmo em sua vida cotidiana.  É aí que a confiança em uma ideia se impõe.
É justamente por esta razão que nunca entendi como é possível alguém se tornar socialista.  É algo que vai totalmente contra a lógica.  O socialismo é a ideia menos plausível que pode ser imaginada.  Bens escassos não podem ser propriedade de todos.  Não é uma questão de ideologia, mas sim de lógica pura.  Tente socializar seu notebook, ou seus sapatos, seu carro ou qualquer bem de capital ou de consumo.  Duas pessoas não podem ser proprietárias de forma simultânea e integral do mesmo bem.  O socialismo inevitavelmente sempre terminará em controle estatal total.  É por isso que o socialismo gera desastres humanitários sempre que é integralmente implementado.  Socialistas genuínos ou não entendem essa lógica ou simplesmente querem viver no perpétuo autoengano.

VIDA EM CUBA- YOANI SÁNCHEZ- Minhas preocupações


Minhas preocupações


anciano_en_la_calle3
Preocupa-me este velhinho que depois de trabalhar toda a sua vida agora vende cigarros a varejo na esquina. Também a jovem que se observa no espelho e avalia seu corpo para o “mercado do sexo”, onde poderá encontrar um estrangeiro que a tire daqui. Preocupa-me o negro de pele curtida que por mais que se levante cedo jamais poderá ascender a um posto de responsabilidade por culpa desse racismo – visível e invisível – que o condena a um emprego menor. A quarentona de rugas profundas que paga automaticamente a mensalidade do sindicato mesmo que intua que na próxima reunião lhe anunciarão que ficou sem trabalho. O adolescente da província que sonha em escapar para Havana porque em seu povoadozinho só lhe aguardam a penúria material, um emprego mal remunerado e o álcool.
Preocupam-me as amigas junto das quais cresci e que agora – ao correr das décadas – tem menos e sofrem mais. O chofer de táxi que deve levar um facão escondido sob o assento porque a delinqüência cresce mesmo os jornais se negando a noticiá-la. Preocupa-me a vizinha que vem, na metade do mês, pedir emprestado um pouco de arroz apesar de saber que nunca poderá devolvê-lo. Essa gente que permanece nas cercanias dos açougues até chegar o frango do mercado racionado, pois se não o compram nesse mesmo dia sua família não lhes perdoará. Preocupa-me o acadêmico que cala para que sobre ele não chovam as suspeitas e os insultos ideológicos. O homem maduro que acreditou e já não crê e a quem, contudo, sente terror só de pensar numa mudança possível. O menino que depositou seus sonhos em ir para outro país, para uma realidade que nem sequer conhece, para uma cultura que nem sequer entende.
Preocupa-me as pessoas que só podem assistir à televisão oficial e ler só os livros publicados pelas editoras oficiais. O camponês que esconde no fundo da maleta o queijo que venderá na cidade, para que os controles policiais não o encontrem. A anciã que diz: “isto sim é café” quando a filha emigrada lhe envia um pacote com alguma comida e um pouco de dinheiro. Preocupam-me as pessoas que cada vez estão num maior estado de desamparo econômico e social, que dormem em tantos portais em Havana e que procuram comida em tantos latões de lixo. E me preocupam não só pela miséria de suas vidas, mas sim porque ficam mais a margem dos discursos e das políticas. Tenho o temor, a grande preocupação de que o número de desfavorecidos está aumentando e que nem sequer existem os canais para reconhecer e solucionar sua situação.
Tradução e administração do blog em língua portuguesa por Humberto Sisley de Souza Neto

“É preciso coragem para crescer. Sabe quem disse isso? A massa de pão enquanto dormia sobre a mesa.” (Mim)

“Do céu caem coisas que ninguém espera. Meteoritos, pedaços de satélites, bosta de urubu, etc. Menos dinheiro.” (Mim)

“Só queria saber o pouco que penso que sei.” (Filosofeno)

DOEU

Prezados, o baque foi grande, e de algumas coisas estou propenso a desistir. Se o ser prefere à escuridão à luz,o que se pode fazer? Quem planta tomates não irá colher cebolas. Vamos seguir em frente, em busca de mais conhecimento que ilumine os nossos caminhos, um passo após o outro, amanhã tendo mais que hoje e assim por diante.

“Alguns seres passam pela vida jogando flores para seus semelhantes. Outros atirando merda.” (Mim)

TED- PALESTRAS PARA UM MUNDO MELHOR