sábado, 31 de outubro de 2015

SOB A MARQUISE



Sou simples, faço minhas coisas.  Naquele dia a chuva caía forte na tarde. Saí do banco desprotegido então parei sob uma marquise. Logo estávamos em mais de dez entre mulheres e homens. Tentei puxar conversa para passar o tempo enquanto descia o aguaceiro. Todos usavam máscaras de carranca e não queriam papo, absorvidos por certo em suas complicadas vidas, ou achando que um papo camarada comigo não valeria a pena. Fiquei na minha, pensando em coisas boas que ainda teria no dia, como visitar minha mãe e comer pão caseiro da hora. Não demorou e meu motorista chegou, deixando todos ali perplexos com o meu belo automóvel. Embarquei no meu Rolls Royce sob abanos tímidos e sorrisos falsos dos companheiros de marquise.

“Quem acredita em Chapeuzinho Vermelho acaba sendo comido pelo Lobo Mau. É preciso filtrar certas amizades.” (Pócrates)

“Um homem com etiqueta de preço é falso.” (Filosofeno)

“A melhor coisa para se abrir portas ainda é ter a chave certa.” (Filosofeno, o filósofo que dorme sobre o capim)

“A morte. Tão natural e tanto mistificada.” (Filosofeno)

"Não pretendo morrer perguntando se a minha vida valeu a pena." (Filosofeno)

“A mãe de Hitler achava ele um anjinho. O certo é que mães também se equivocam.” (Filosofeno)

"Os nossos grandes erros são cometidos quando pensamos que não somos mais tolos." (Filosofeno)

“É preciso ter uma audição sensível para ouvi-los. Os desesperados com a vida gritam para dentro.” (Filosofeno)

“A sorte não agracia fulano ou beltrano por merecimento. A sorte cavalga no vento, e sem escolher cai às vezes no colo de um imprestável.” (Filosofeno)

“Deus e o Diabo são mais jovens que o homem. São construções de sua fábrica de domínio.” (Filosofeno)

“Antes sofrer por compreender que ser um feliz enganado.” (Filosofeno)

“Há lugares que não nos agradam. É verdade. Mas quando nenhum lugar nos agrada, será que não há algo de errado conosco?” (Filosofeno)

INQUIETUDE

INQUIETUDE

Mar
Campo
Serra
Floresta
Cerrado
Deserto
Cidade grande
Cidade pequena
Vila
A verdade é que nenhum lugar é bom
Quando não se está em paz.

SIMPLIFIQUE

SIMPLIFIQUE

O que é a vida senão dor e riso?
Sonhos são destruídos
No sopro das horas
É o simplificar das coisas
Que dá ao ser o tempo necessário
Para valorizar aquilo que é de fato importante.

O infanticídio de meninas na China e o silêncio das feministas Por João Luiz Mauad

A boa notícia do dia foi que a China pôs fim à “política de filho-único”, em vigor no país há quase 40 anos.  A partir de agora, os casais estão autorizados a ter até dois filhos.  Não é nada, não é nada, já é um grande avanço, principalmente para as meninas.
Poucas tiranias são tão ou mais nojentas do que proibir indivíduos de terem quantos filhos desejarem.  Tal política atenta contra os mais comezinhos direitos humanos, mais especificamente contra a liberdade individual.  Além de, quando realizada em larga escala, produzir efeitos sociais terríveis.  Apesar disso, as chamadas políticas de planejamento familiar compulsórias sempre foram defendidas com vigor pelos socialistas, planejadores centrais empedernidos por natureza.
A “política de filho-único” determinada pelo Partido Comunista Chinês foi implementada a partir de 1979, sob pena de altas multas e, até mesmo, perda de emprego, entre outras sanções, para não falar da burocracia necessária para obter a autorização estatal.
Aos olhos das autoridades chinesas, o direito de reprodução é efetivamente um privilégio concedido pelo Estado, cujo exercício está condicionado ao cumprimento de certos deveres para com o governo e seus agentes.
Numa sociedade com os costumes patriarcais arraigados, como na China, geralmente é a mulher a responsável legal pelo controle de natalidade familiar, sendo contra ela também aplicadas as sanções previstas.  Mas este não foi, nem de longe, o maior dano impingido contra as mulheres pela famigerada política.
Como os meninos são culturalmente preferíveis, a prática do infanticídio feminino tornou-se endêmica em algumas áreas do país, desde que a referida política entrou em vigor. O desequilíbrio de gênero resultante, entretanto, ficou mais acentuado depois de 1986, quando testes de ultra-som tornaram-se mais fáceis de realizar e provocaram abortos em massa de fetos femininos.  A coisa tomou tal dimensão que, em 1994, o governo proibiu os médicos de divulgarem o sexo dos bebês durante o pré-natal.
No total, estima-se que os chineses realizaram mais de 336 milhões de abortos, desde então. Além disso, os funcionários médicos chineses esterilizaram quase 200 milhões de pessoas, a maioria mulheres, desde que a política foi implantada. Esses mesmos agentes também inseriram mais de 400 milhões de dispositivos intra-uterinos (DIU) em mulheres jovens, muitas vezes pela força.
Em resumo, o infanticídio de meninas, o aborto de fetos femininos e os constantes abusos contra as mulheres chinesas são uma constante há, pelo menos, 35 anos na China.  Malgrado tudo isso, foram muito poucas as vozes feministas que se levantaram contra esse verdadeiro genocídio, a exemplo, aliás, do que também ocorre em relação aos freqüentes abusos contra as mulheres nos países islâmicos.
Por que será?  Minha suspeita é que a causa feminista, muito além dos direitos das mulheres que alega defender, transborda ideologia para todos os lados.

“Quando PT sair do poder quero ver é conseguir colocação no mercado para mais de cem mil chupins colados na administração direta e estatais. Teremos que costurar os bolsos?” (Eriatlov)

ORGANIZAÇÃO É ISSO!- Rio 2016: etapa crucial do plano de segurança nem sequer saiu do papel

PODER

PODER

No altar da hipocrisia
Discursam os vermes
Para uma plateia de tontos

Salvos alguns poucos
Ninguém mais acredita
No palavrório vazio

Tudo foi planejado
Para a eternização no trono
Porém se esqueceram de combinar com os russos.

LULA E DILMA RECONHECIDOS NO PURGATÓRIO

Lula e Dilma morreram e chegaram ao purgatório. Realizados os procedimentos de instalação foram passear na praça, pois no purgatório o sofrimento é divido em apenas em uma hora diária de sofrimento nas labaredas. Neste primeiro passeio foram por acaso vistos por um brasileiro que pegando rapidamente um megafone alertou o povo purgatoriano:
“Estes dois aí mandaram no Brasil por muitos anos. São eles, Lula e Dilma.  O nosso país não era um paraíso, não mesmo,  mas sim um purgatório melhorado que esses dois transformaram num inferno sem fim! O que iremos fazer com eles?"
Então o povo do purgatório correu atrás dos dois gritando em uníssono: Fora PT! Fora PT!
No final da tarde o ônibus do inferno passou para pegar os dois que estavam escondidos numa delegacia.

O que tem de pilantra rezando para que uma pneumonia ataque o juiz Sergio Moro...

Marcelo Ode- Não basta ser corrupto, é preciso ser antipático também. É um tipinho que estraga até o ar de Curitiba.

DIÁRIO DO SPA CURITIBANO- Marcelo Odebrecht: 50 Tons de safadeza

...após o sobrinho, nora e filhos se enrolarem em casos de corrupção, diz o humorista Zé Simão, o Lula já pode ser processado por formação de família. (Diário do Poder)

‘TOP TOP’ DEVE DEPOR SOBRE TRÁFICO DE INFLUÊNCIA

Os deputados Alexandre Baldy (PSDB-GO) e Miguel Haddad (PSDB-SP) entram na CPI do BNDES com requerimentos de convocação do de Marco Aurélio Garcia, aspone para assuntos internacionais aleatórios de Lula e agora de Dilma. O conhecido “Top Top” é suspeito de tráfico de influência na concessão de crédito do banco de fomento do governo federal para o financiamento de ditaduras africanas.

Cláudio Humberto

ERENICE E ‘APS’ PODEM TER ATUADO NO CASO GRIPEN

Investigadores ligados à Operação Zelotes apuram indícios de que Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil do governo Lula, defendia os interesses dos caças suecos Gripen, na disputa pela compra bilionária dos aviões de combate pelo governo brasileiro. Seu parceiro nesses entendimentos seria o lobista Alexandre Paes dos Santos, conhecido pelas iniciais “APS”, preso na quarta etapa da Operação Zelotes.

Cláudio Humberto

NADAS

Somos insignificantes para o universo
Um nada do todo
Mas diante de alguns valores da sociedade humana
Alguns serem se embriagam na fonte da vaidade
E vão construindo pela vida castelos de areia
Que se desmancham com o sopro da morte.

COM ELE OU SEM ELE VAI TER JOGO

A mesa estava posta. Ela soube pela vizinha que o marido ficara no boteco jogando baralho e bebendo pinga. Debruaçada na janela esperava por ele; já passava das oito e nem sinal do dito. Estava toda maquiada e perfumada, bem disposta para uns amassos. E o maridão lá no boteco tomando pinga, esquecido de casa. Esperou mais meia hora e como o especial não apareceu, abriu a porta do guarda-roupa e disse para o Ricardo sair: estava na hora do show.

“A coisa está tão desavergonhada em nosso país que nos roubam e ainda dão recibo.” (Mim)

"O torresmo também salva." (Fofucho)

"Adoro frutas no café da manhã. Uma melancia e um cacho de bananas." (Fofucho)

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

“A minha mulher somente me proíbe de olhar para mulheres feias. Diz ela não temer a concorrência.” (Mim)

“Quaisquer que sejam os nomes que derem aos partidos políticos, eis a pergunta que sempre estará esperando por uma resposta: você acredita na força e na autoridade, ou acredita na liberdade?” Auberon Herbert

- Políbio Braga- Veja diz que apartamento de R$ 2 milhões de Miami é do deputado gaúcho Marco Maia, PT de Canoas

Veja diz que apartamento de R$ 2 milhões de Miami é do deputado gaúcho Marco Maia, PT de Canoas

Ex-vereador petista diz à polícia que ex-presidente da Câmara dos Deputados. o gaúcho Marco Maia, PT de Canoas, é o verdadeiro dono de apartamento em Miami. O imóvel foi comprado com dinheiro oriundo das arcas da corrupção. Maia é também dono de uma suntuosa mansão em Canoas. 

Isto é o que revela reportagem de Veja, assinada por Rodrigo Rangel.

Leia tudo:

O petista Marco Maia, ex-presidente da Câmara, garante que “passou uma temporada” no apartamento do “amigo” por “empréstimo” e apenas “uma vez”(André Borges/Folhapress)
As histórias mais comuns de corrupção normalmente envolvem a parceria de um empresário ganancioso com um político desonesto. O primeiro é agraciado com contratos públicos milionários. Em troca, distribui recompensas como malas de dinheiro, carros importados, imóveis de luxo. No rastro da Operação Lava-Jato, a Polícia Federal descobriu que um grupo de petistas montou um esquema de negócios escusos no Ministério do Planejamento. O padrão era o mesmo do petrolão. Em troca da assinatura de um contrato vultoso, a empresa repassava parte do valor recebido para o PT. Seguindo o dinheiro, os policiais e procuradores identificaram quem arrecadava e quem recebia a propina. Chegaram então a figurões do PT beneficiados pelo dinheiro sujo na forma de financiamento de campanha eleitoral, presentes e regalias, entre elas o direito de usufruto de um apartamento em Miami. Chamou a atenção dos investigadores esse imóvel de alto padrão fincado no belíssimo litoral da capital hispânica dos EUA, refúgio de fortunas honestas e desonestas.

A história do apartamento em Miami começou a ser contada em agosto passado, quando a Polícia Federal prendeu Alexandre Romano, ex-vereador petista de Americana, no interior de São Paulo. Romano atende pelo apelido de Chambinho.

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"O horror em estado bruto". Por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa*

Artigo publicado originalmente no Blog de Ricardo Noblat, 30 de outubro de 2015


Barbara Oliveira de Sousa foi presa em abril deste ano por tráfico de drogas. Detida, foi enviada para o presídio Talavera Bruce. Foi submetida a exames médicos? Houve algum exame para ver se ela era portadora de alguma doença que pudesse contaminar as outras detentas? Por ser, ao que parece, uma evidente usuária de drogas, algum psicólogo foi ouvido para ajudá-la a passar pela abstinência e verificar se ela era um perigo para si mesma e para as colegas de cela?

Não.

Como manda a Lei, ela foi ouvida por algum juiz logo após sua prisão? Sua família foi avisada de sua detenção?

Não. Logo após a prisão, não. Foi ouvida, sim, e acompanhada por um defensor público, mas somente em agosto, portanto três a quatro meses depois da prisão. Na audiência, ela não soube dizer se estava grávida ou não.

Ela não soube dizer, mas seu bebê sabia que era preciso ‘saltar para a vida’, na belíssima expressão de João Cabral de Melo Neto. Ele nasceu em 11 de outubro e pelo que saiu nos jornais, dois dias depois foi enviado para um abrigo, não teve que ficar internado, o que indica que nasceu com nove meses de gestação.


... "Casos como esse talvez sejam comuns em nosso sistema penitenciário vexaminoso, que só os italianos acreditam ser de primeira linha. No Talavera Bruce há 30 internas grávidas, sendo que apenas três estão sentenciadas: as outras 27 são presas provisórias. (Presas provisórias? Por quanto tempo estão ou ficarão nessa situação?)"...


Se foi esse o caso e deve ter sido assim, Bárbara já devia apresentar sinas evidentes de gravidez. Não foi por outro motivo que o Juiz da 25ª Vara Criminal, ao fim da audiência, encaminhou um pedido para que ela fosse submetida a um teste de gravidez. O magistrado também pediu que ela passasse por exames para detectar a dependência química e a sanidade mental.

Foi cumprida a ordem do juiz?

Não, naqueles dias não. Só esta semana, depois do parto, ela foi encaminhada ao Hospital Penitenciário Heitor Carrilho.

Casos como esse talvez sejam comuns em nosso sistema penitenciário vexaminoso, que só os italianos acreditam ser de primeira linha. No Talavera Bruce há 30 internas grávidas, sendo que apenas três estão sentenciadas: as outras 27 são presas provisórias. (Presas provisórias? Por quanto tempo estão ou ficarão nessa situação?).

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária - SEAP, informou que todas as gestantes que dão entrada no sistema são encaminhadas para o Talavera Bruce, onde ficam divididas em duas celas. Ainda segundo o órgão, todas são acompanhadas e fazem exame pré-natal. (O Globo)

Mas Barbara com certeza não fazia parte de "todas". Não fez nem exames de rotina, que dirá o pré-natal.
Esquizofrênica recebendo remédios controlados, segundo sua família; dependente de drogas, segundo consta na ficha de entrada do SEAP, o fato é que Barbara, agressiva e incontrolável, foi enfiada numa cela solitária.

E o que aconteceu nessa cela no dia 11 de outubro, aqui na Cidade Maravilhosa, não é roteiro de filme de terror. É o relato nu e cru de como o horror anda tomando conta de nossas vidas aqui no Brasil.
Barbara, com as cruciantes dores do parto e encerrada numa cela isolada, berrava dizendo que estava tendo um filho. Segundo suas colegas de prisão, apesar dos gritos de todas pedindo socorro para a parturiente, ela, trancada no Isolamento, só foi atendida horas depois.

E saiu da prisão com o filho nos braços e o cordão umbilical ainda ligado ao seu corpo.

É um retrato hediondo do Brasil. Triste, medonho, brutal...

Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa* - Professora e tradutora. Vive no Rio de Janeiro. Escreve semanalmente para o Blog do Noblat desde agosto de 2005. Colabora para diversos sites e blogs com seus artigos sobre todos os temas e conhecimentos de Arte, Cultura e História. Ainda por cima é filha do grande Adoniran Barbosa. 

https://www.facebook.com/mhrrs e @mariahrrdesousa

"Coração de mãe". Por Nelson Motta*

Que Lula que nada, que Dilma menos ainda; nesses dias desatinados o rumo e o destino do país passam pelo que pensa e sente dona Marisa Letícia, que manda em Lula e está como uma leoa ferida porque tem dois filhos na mira da Polícia Federal. Mãe é mãe, por piores que sejam as acusações aos filhos, mesmo provadas, eles serão sempre inocentes, e se não forem tanto, terão sido as más companhias, os falsos amigos que se aproveitam deles, será sempre por injustiça e perseguição.

Embora não se saiba o que pensa e sente dona Marisa, já que em oito anos de lulato ela nunca abriu a boca (cada vez maior) em público, não se sabe de nenhuma opinião dela sobre nada. No núcleo duro lulista, sabe-se que ele morre de medo da "Galega", e uma vez chegou a se queixar a jornalistas que, por desobedecê-la em alguma decisão política, estava sofrendo uma greve sexual em casa e, sabe como é, Lula não passa sem um sexozinho.

Para ser candidato a prefeito do Rio de Janeiro, o deputado Eduardo Paes teve que ir a Brasília pedir desculpas de joelhos à "Galega", implorar o seu perdão, e ser esculachado por ela, por ter acusado seu filho Lulinha, que enriqueceu com a Gamecorp, na CPI dos Correios. Lula, cínico, perdoou, mas disse que, sem o aval da patroa, não poderia apoiar Eduardo e a aliança com o PT carioca. Parece ficção, mas revela como a poderosa loura foi decisiva na história do Rio de Janeiro.

Dilma só foi ao aniversário de Lula em São Paulo depois de longa negociação de Jaques Wagner com dona Marisa, que estava furiosa e atribuía a ela e ao ministro da Justiça a busca da Policia Federal no escritório de seu filho.

Imaginem as opiniões da eminência loura sobre o atual momento do Brasil e da família Lula da Silva. E buzinando no ouvido de Lula dia e noite suas ideias, conselhos e ordens. Quem está com nós, quem está contra, que mentira contar, que balde chutar, quem jogar ao mar. É arrepiante.

O pior é que ela nunca vai poder usufruir do tão sonhado triplex do Guarujá, que, diz Lula, ela comprou por R$ 48 mil da Bancoop, e depois do escândalo foi colocado à venda por R$ 1,5 milhão. Pobre Lula.

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*Nelson Motta é jornalista, compositor, escritor, roteirista, produtor musical e letrista brasileiro. É colunista dos jornais O Estado de S. Paulo, O Globo e da TV Globo.

Valentina de Botas: Os ministros da Justiça provam que o lulopetismo é incompatível com o estado de direito democrático

VALENTINA DE BOTAS
Quantos passados um homem tem? José Eduardo Cardozo foi vereador e deputado federal antes de suceder Tarso Genro que sucedeu Márcio Thomaz Bastos no Ministério da Justiça. MTB, o grão-duque do lulopetismo, usou o aparelhamento ideológico da PF naquelas operações espetaculares em que era presa e exposta gente de pijama para mostrar que no governo do PT a elite também estava à mercê do primitivismo. Pela delinquência atávica da seita, em vez de sanear as indignidades contra suspeitos pobres, o PT as distribui nazelite não cooptada. A Justiça, desfazendo os abusos, soltava meio mundo.
Enquanto a prestidigitação justiceira do teje preso passava no Jornal Nacional, nos bastidores o jeca fundava a república pixuleca, o mensalão comia solto – depois de preso também – e o petrolão jorrava oculto. Mensalão? A piada de salão do Delúbio era caixa 2, na piada terminológica do ministro. E MTB, seguro de que sua obra a ser continuada no sucessor garantiria a liberdade dos companheiros, foi descansar sem dar um pio sobre Lidiane Alves Brasil – a menina paraense que conheceu o inferno inteiro de uma cela masculina onde foi enjaulada – e ignorando os calabouços medievais que fazem Cardozo preferir morrer a habitá-los ou tampouco saneá-los.
Antes veio Tarso Genro cuja, digamos, gestão cuidou de um único condenado, o Battisti. Não pela sordidez das prisões nossas, Tarso e linhagem ignoram torturados sem pedigree ideológico, o problema era a Itália que, teimando prender condenados, queria o condenado Battisti numa prisão italiana que seria o paraíso para qualquer brasileiro condenado órfão de Ministro. Livrando Battisti, Tarso mandou para a prisão os inocentes boxeadores cubanos culpados do anseio de se libertar do paraíso castrista. Então, Tarso se retirou cheio de inspiração grudenta para aqueles poemas dele.
Na coleção individual de patifarias para servir o partido, Cardozo silenciou quanto à execução da brava juíza Patrícia Acioli por milicianos no Rio de Janeiro. Antagonizando com o PT, ela cumpria a lei mandando prender bandido, e Cardozo ponderava que, ora essa, a juíza deveria ter esperado o sistema prisional melhorar. Afinal o PT só estava no poder havia 9 anos e é impossível fazer isso em 9 ou 90 anos com ministros da justiça do partido, não de Estado.
A relativa longevidade dos titulares do Ministério da Justiça, pelo qual o PT tem sintomática predileção, num regime que faz da descontinuidade administrativa mais uma forma de continuar não servindo os brasileiros, integra uma estratégia espúria acionada também quando os lulopetistas descobrem que boa parte – a melhor parte – das instituições resiste perigosamente à capitulação que buscavam e os Silvas deles estão sujeitos à lei como quaisquer Silvas. MTB e Tarso Genro são o passado que interessa na linhagem degenerada que Cardozo dignifica cumprindo a mesma missão nunca para o interesse do país, mas sempre para o da súcia, num empenho que aflora tão asqueroso quanto inútil. O Brasil não pode mais permanecer à disposição das patologias do PT, partido incompatível com o estado de direito democrático.

A GAZETA DO AVESSO- Dilma renuncia e pede Cunha em casamento.

CAPITÃO ALGEMAS DE OURO ESBRAVEJA- Marcelo Odebrecht contesta Lava Jato e diz ser alvo de ‘publicidade opressiva’

GAZETA DO CIMENTO MOLHADO- Construção civil deve perder mais de meio milhão de vagas

Na Venezuela, escassez de remédios compromete tratamento de asma

Para a Venezuela sair do buraco quem precisa faltar é Maburro e o chavismo. Até lá...

O RETORNO DOS ESPELHOS

 Anilda, 26 anos, morena, não que fosse feia, mas se achava. Sempre se punha defeitos. Por este motivo certo dia mandou retirar todos os espelhos da casa e pôs óculos escuros no marido. Só saía à rua disfarçada de homem, até bigodes usava. Não tinha amigas, vivia reclusa por não ter auto-estima. Na sua cabecinha era a mulher mais feia do planeta. Passava os dias numa tristeza só. Nem fazer compras lhe dava ânimo, coisa difícil de ser ver numa mulher. Porém um fato ocasionou uma mudança radical na sua maneira de agir. Anilda tomava banho numa tarde de maio quando o telhado do banheiro desabou, e junto dele veio Amauri, o filho do vizinho de 15 anos. Com ela pelada na sua frente, ainda assustado, ele confessou ser seu admirador, e que diariamente a espionava no banho fazendo certos maroteamentos. Anilda ficou tão lisonjeada que nem mesmo brigou com o menino, deu-lhe sim uma beijoca e o mandou para casa. Sentiu-se uma gata, o sol voltou a brilhar no seu mundo. No mesmo dia mandou comprar espelhos novos.

MESTRE YOKI, O BREVE

“Mestre, as mulheres são menos inteligentes do que os homens?”
“Só quando se casam com canalhas.”


 “Mestre, qual o caminho para sabedoria?
“Ter sempre em mente um caminhão de dúvidas.”



“Mestre, para que servem os políticos brasileiros?”
“Para nos irritar.”

“Mestre, o senhor acredita em reencarnação?”
“Nem morto.”

"Maduro e Morales estiveram em Cuba há poucos meses para o aniversário de Fidel. Junto com o aniversariante chegaram muito perto do bolo, que acabou pegando gosto de ranço." (Cubaninho)

DELÍRIO

DELÍRIO

Homens estão nos chiqueiros lambuzados de esterco.
Mulheres ficam de quatro no pasto e abocanham grama.
Vacas sobem nos telhados tendo gatos sobre suas costas catando carrapatos.
No boteco cachorros bebem pinga e jogam baralho fazendo algazarra.
Andorinhas tomam banho de piscina usando biquínis coloridos.
Comunas teimam em dar aulas sobre democracia enquanto acobertam ditaduras.
Por favor, me façam sair desse delírio etílico!

OVNI

OVNI 

 Não fazia muito que Romualdo e Natália conversavam na varanda. Observavam o céu estrelado, a bela lua que dominava o firmamento, quando notaram um objeto luminoso e colorido que se aproximava da casa. Uma tremedeira tomou conta deles. Pensamentos horripilantes vieram à mente do casal tirados dos filmes do gênero, em que seres humanos são abduzidos e tratados como cobaias. O objeto voador prateado e cheio de luzes pousou no terreno em frente e uma portinhola se abriu. Uma pequena mão espalmada se mostrou e uma voz feminina foi ouvida: Por favor!Vocês podem me emprestar alguns absorventes?

Na tua casa passava o arrumador de guarda-chuva? E o padeiro de carrocinha? E o afiador de facas e tesouras?

Você também era daqueles que procurava frestas para ver suas vizinhas peladas?

Na sua casa faziam picolé de Q-SUCO?

Você também colocava o chiclete Ping-Pong no açúcar depois que acabava a sua doçura?

“Fui educado pelo olhar e pela cinta do meu pai.” (Pócrates)

LEMBRANÇA- Eu tinha 12 anos quando meu pai comprou a nossa primeira geladeira. Fiquei três dias chupando gelo, foi de murchar os beiços.

Do Baú do Janer Cristaldo- quarta-feira, fevereiro 28, 2007 ALÉM DE PEDÓFILOS, CALOTEIROS

Se você expulsa a natureza pela porta, ela volta a galope pela janela, diziam os antigos. Inimiga de todo prazer e particularmente dos prazeres sexuais, a Igreja católica está recebendo o troco: é hoje a instituição que tem mais alto número de profissionais envolvidos em crimes sexuais. Com a agravante de que são crimes cometidos contra crianças.

Para fugir às indenizações milionárias devidas às vítimas de pedofilia, as igrejas americanas estão usando um expediente contábil. Declaram falência. Os santos ministros da Santa Madre estão se revelando, além de pedófilos, caloteiros.

Do Baú do Janer Cristaldo- MEUS FILMES DILETOS





Por falar em filmes, há alguns meses um amigo me perguntava quais eram meus filmes prediletos. O dileto entre os diletos, que vejo e revejo com prazer, é A Festa de Babete, de Gabriel Axe. Certamente, o mais belo e sensível filme que já vi. Mexeu muito comigo também The Map of Human Heart, de Vicent Ward, que creio que não passou no Brasil. No fundo, a busca de uma filha pelo pai, um esquimó que, por circunstâncias da vida, tornou-se fotógrafo em um bombardeiro inglês durante a Segunda Guerra. Comovente.

Mash, de Robert Altman e A Vida de Brian, de Terry Jones, até hoje me fazem rir, particularmente este último. É a mais ferina sátira já feito pelo cinema ao cristianismo. Palombella Rossa, de Nanni Moretti, ataca os comunistas. (Só passou no Brasil quase clandestinamente, em um festival no Rio). Louve-se o engenho do cineasta: consegue fazer um filme dinâmico e divertido que se passa praticamente o tempo todo dentro de uma piscina.

Já ri muito com o primeiro O Incrível Exército Brancaleone , de Mario Monicelli. Curiosamente, revendo o filme com minha filha, há coisa de um ano, não achei muita graça. 

Morri de rir vendo East Side Story, produção alemã da romena Dana Ranga. (Passou em um cinema escondido nos confins de São Paulo. Quando fui ver, tinha apenas três espectadores). Sempre me comovem La Strada e Noites de Cabíria, de Fellini. Como aliás quase todos seus filmes. Adoro Bas Fond, do Kurosawa (vi o filme em Paris, não sei qual o título brasileiro), como também seus demais filmes. Curto muito também o Buñuel, particularmente O Anjo Exterminador. Falando nisso, alguém viu J'irais comme un cheval fou, do Arrabal? Vale a pena. Pelo que sei, também não passou no Brasil.

Outro filme belíssimo que vi foi Lepota Poroka (em francês, La Beauté du Peché), do iugoslavo Zivko Nikolic, com uma atriz divina, Mira Furlan. Uma moça que vivia nas montanhas da Iugoslávia, vai trabalhar em uma colônia de nudismo na costa croata. O conflito cultural é inevitável. Em Estocolmo, lá por 71, vi outro belo filme que jamais deu as caras por aqui, The Bus, do turco Tunç Okan. Um grupo de imigrantes turcos clandestinos é jogado dentro de um ônibus, que é abandonado em plena T-Centralen, a estação central do metrô de Estocolmo. Foi o primeiro filme que vi sobre a condição do imigrante na Europa.

Enfim, a lista seria grande. Suécia, Finlândia, Dinamarca têm excelentes produções que desconhecemos. A propósito, outro filme que me lavou a alma, foiO Filósofo, filme alemão cujo autor agora não lembro. É a história de um jovem conferencista que vai escolher um terno para sua palestra em uma loja e é atendido por três mulheres divinas, uma mais linda que a outra. As três adotam o "filósofo" e o cercam com muito sexo e mimos. Genial! Se alguém o encontrar em alguma locadora, recomendo vivamente.

Escrevi muito tempo sobre cinema e estudei um ano de cinema na Stockholms Universitet. Em sua cinemateca, vi filmes desde os primórdios do cinema, que jamais foram vistos por estas bandas. Durante meus quatro anos de Paris, com 
minha credencial de jornalista, não pagava entrada em sala alguma. Foi uma festa. Um de meus critérios básicos: não ver filmes franceses. Com isto não quero dizer que os filmes franceses sejam ruins. Apenas que não gosto do jeito deles filmarem. São muito literários. O cômico francês Louis de Funès estabelecia uma diferença entre o cinema francês e o americano. Diante de uma porta, no cinema americano o personagem abre a porta e entra. No cinema francês, o personagem não abre a porta sem antes falar: "Voilà, la porte!" E só depois entra.

Ultimamente, os melhores que vi foram Adeus Lênin, do alemão Wolfgang Becker, e Slogans, do romeno Gjergj Xhuvani, uma sinistra comédia situada nos dias da ditadura de Nicolae Ceaucescu.

Claro que poderia acrescentar muitos autores americanos. Gosto muito do Peckinpah, particularmente de The Wild BunchApocalypse Now, do Coppola, é um grande filme. Tive o privilégio de vê-lo em 1979, no Festival de Cannes, quando se apresentava hors concours. A sala do Palais de Festivals, então na Croisette, foi adaptada com seis pistas de som para a exibição do filme. O efeito foi arrepiante: se você estivesse no meio da sala, como eu estava, sentia-se no meio do tiroteio. A experiência foi única, pois na época o máximo de pistas de som de uma sala eram quatro.

Muito Além do Jardim, de Hal Ashby é outro filme importante. Nos remete imediatamente a nosso Primeiro Magistrado, o Supremo Apedeuta. Gostei muito também de Deliverance, do John Boorman (não lembro o título brasileiro).

Enfim, há muita coisa boa no mundo cinematográfico para se ver e certamente deixei de lado muitos filmes que foram importantes em minha vida. Mas todas estas coisas boas nada têm a ver com o Oscar.

“Minha tia solteirona já dizia: mais vale um homem feio em casa do que dois bonitos na casa da vizinha.” (Chico Melancia)

“Coragem é o que temos quando não vemos outra saída.” (Climério)

“Não há bem sempre dure nem mau governo que nunca termine.”(Filosofeno)

Instituto Millenium- Esses lixeiros da imprensa’ Postado por: Eugenio Bucci 30/10/2015 em Artigos

‘Esses lixeiros da imprensa’

“É de mencionar, por exemplo, a circunstância de frequentar os salões dos poderosos da Terra, aparentemente em pé de igualdade, vendo-se, em geral e mesmo com frequência, adulado, porque temido, tendo, ao mesmo tempo, consciência perfeita de que, abandonada a sala, o anfitrião sentir-se-á, talvez, obrigado a se justificar diante dos demais convidados por haver feito comparecer esses ‘lixeiros da imprensa’”
Max Weber, em A Política como Vocação
As denúncias de “manipulações” dos meios de comunicação viraram lugar-comum
O eclipse da razão se aprofunda. A conjuntura nacional vive dias de breu e de loucura. Os discursos se embaralham uns aos outros, como numa peça teatral em surto, com os vilões tomando para si as falas dos mocinhos e vice-versa. Em meio a tantas confusões, a mais espantosa é a aliança discursiva entre os donos de riquezas privadas acumuladas graças ao Estado e os militantes de esquerda que um dia sonharam em acabar com o capital.
De repente, os porta-vozes de empreiteiras mastodônticas viraram adeptos do media criticism. Já em julho, advogados dessas empreiteiras que adoram o capital, mas detestam o regime de concorrência de mercado, começaram a acusar as investigações da Lava Jato de serem um reality show. De terno e gravata, aderiram às teses de Noam Chomsky, com pitadas conceituais da Escola de Frankfurt. Foi assim que a mais anticapitalista das teorias da comunicação veio prestar socorro às causas de empresas cuja mentalidade anticomunista é mais atrasada que o latifúndio.
E aqui estamos nós. As denúncias de “manipulações” dos meios de comunicação viraram lugar-comum na argumentação das empreiteiras, numa estridente troca de sinal. Os bilionários convertidos ao media criticism lançam mão do mesmíssimo palavreado adotado pelo leninismo degradado em stalinismo e, mais presentemente, em chavismo histriônico. As fabulações de “campanhas difamatórias para derrubar o governo”, de “orquestrações midiáticas para destruir um projeto” e de “complô moralista para desestabilizar as instituições” aparecem tanto nas alegações processuais do capital anticoncorrencial (que quer ficar eternamente no paraíso da acumulação primitiva) como nas perorações fundamentalistas dos que cultuam um bolchevismo que nunca existiu (e nunca quis ser o que seus sacerdotes tardios imaginam que foi). Os herdeiros do patrimonialismo pátrio se aliaram aos herdeiros de uma concepção idealizada da ditadura do proletariado.
É, pois, o caso de perguntarmos: mas o que é que uns e outros têm em comum, afinal? Aparentemente, nada. São antagônicos em suas linhagens históricas. Enquanto uns guardam montanhas de dinheiro, montanhas ainda maiores do que as barragens das hidrelétricas que foram contratados (pelo Estado) para construir, os outros guardam montanhas de pretensões teóricas e se reivindicam seguidores de uma tradição de combate ao capitalismo. Uns e outros são antípodas. Não obstante, estão juntos. Cerram fileiras no discurso. Falam as mesmas frases. Pois bem: por que isso? Se são uns o oposto dos outros, por que se aliaram? Será que os ameaça um inimigo comum? Será que pelo menos isso eles têm em comum, um inimigo?
Parece que sim. A julgar pelo que uns e outros andam dizendo, o inimigo que ambos atacam em parceria é essa entidade que eles preferem chamar de “mídia”. Vejamos, então, as razões por que uns e outros veem a “mídia” como inimiga. Bem sabemos que as razões estão todas eclipsadas, mas, ainda assim, poderemos detectá-las ao longe, mesmo que elas insistam em permanecer invisíveis.
Busquemos as razões. Que “mídia” é essa que eles combatem com tanto fervor reacionário (no caso de uns) ou “revolucionário” (no caso de outros)? Certamente o problema de uns e outros não é a “mídia” em geral. O problema não está nas telenovelas, na indústria de videogames, no mercado fonográfico, nas redes sociais, nos programas de auditório, na publicidade, nos sites eróticos, nos blogs católicos, nada disso. O que os apavora não é a “mídia” em geral, mas a imprensa, só a imprensa. Eles combatem a prática do jornalismo, embora não ousem dizer esse nome. Não pegaria bem.
E por que detestam o jornalismo a esse ponto? A resposta agora é mais fácil: detestam porque o jornalismo vive de expor o que uns e outros gostariam de esconder (ou precisam, desesperadamente, esconder). Uns e outros, claro, dissimulam seus ataques. Não falam contra as qualidades do jornalismo. Seria contraproducente. Em sua estratégia de marketing político, atacam o jornalismo por seus defeitos (e o que não falta é defeito no jornalismo). Dizem que a “mídia” é sensacionalista – e muitas vezes é. Dizem que os “vazamentos” são “seletivos” – e são mesmo. O que os enfurece, porém, não são esses defeitos (dos quais já se valeram inúmeras vezes), pois o que uns e outros não suportam não são os defeitos, mas as virtudes da imprensa: a sua vocação compulsiva de revelar segredos de interesse público.
Nesse ponto, resulta bastante óbvio que uns e outros, contra todas as aparências, têm algo em comum além do inimigo comum: eles são o poder. Uns sempre foram o poder econômico, outros se alçaram ao poder político. E porque são o poder têm outra coisa em comum: os segredos. Há que guardá-los muito bem guardados (na Suíça, talvez). Para guardar os segredos de que são sócios, uns e outros, “os poderosos” desta terra adulam os jornalistas, que convidam para jantar em seus salões. Depois, a sós, se comprazem em xingar os repórteres de “lixeiros”.
Uns aprenderam a falar na língua dos teóricos de esquerda. Outros aprenderam a usufruir a fortuna da direita. Juntos, dizem que o maior demônio do Brasil é a imprensa, quer dizer, “a mídia”. Não aturam ver seu próprio lixo revolvido pelo jornalismo. Para continuar com seus negócios, dependem das trevas e do eclipse da razão. A imprensa, por mais defeituosa que seja, só vive na luz.
Fonte: O Estado de S.Paulo, 29/10/2015.

Instituto Millenium- Custo Lula, custo Dilma

Custo Lula, custo Dilma

Tudo somado e subtraído, a presidente Dilma conseguiu abrir um buraco de R$ 230 bilhões em apenas cinco anos. Seu governo saiu de um superávit de R$ 128 bilhões em 2011 para um déficit efetivo em torno de R$ 100 bilhões neste ano. Gastou todo o saldo e mais quase o dobro. E para quê?
Para driblar a crise internacional e turbinar o crescimento — dizem a presidente e seu ex-ministro Guido Mantega.
Crescimento?
Em 2011, quando se fez o superávit primário de 128 bi, o Produto Interno Bruto brasileiro cresceu razoáveis 3,9%. Nos três anos seguintes, quando supostamente estaria sendo turbinada pelo gasto e crédito públicos, a economia minguou: expansão média de 1,5%, a menor entre os países emergentes mais importantes. E desabou neste ano para uma recessão em torno de 3%, no momento em que se realiza o maior déficit público da história.
A gente tem de reconhecer: foi uma obra-prima de política econômica a tal nova matriz. Pelo avesso
Apesar do baixo crescimento, a inflação rodou sempre acima dos 6% ao ano, contra uma meta de 4,5%, e isso com preços importantes, como gasolina e energia elétrica, controlados e mantidos lá em baixo, na marra. Reajustados esses preços, porque estavam quebrando a Petrobras e o setor elétrico, a inflação disparou para os 10% deste ano, um número que reflete melhor a realidade.
Finalmente, a taxa básica de juros, reduzida artificialmente para 7,25% em 2012, também para turbinar o crescimento, serviu apenas para liberar mais inflação. Aí, o Banco Central saiu atrás e puxou os juros para os atuais 14,25% que, embora muito elevados, não conseguem mais conter uma inflação perigosamente indexada.
A gente tem de reconhecer: foi uma obra-prima de política econômica a tal nova matriz. Pelo avesso. Gerou ao mesmo tempo recessão, inflação alta e juros na lua. E o déficit público de R$ 100 bi.
O governo está confessando um rombo de R$ 52 bi. Mas, para isso, conta com uma receita de R$ 11 bi com a venda de concessões de hidrelétricas — um negócio que depende de uma MP ainda a ser votada pelo Congresso, que não está nem um pouco animado. Sem isso, o déficit já passa dos R$ 60 bi — e ainda é preciso somar as pedaladas, os R$ 40 bi que o governo federal deve ao BNDES, Banco do Brasil e à Caixa. Assim, o buraco efetivo passa fácil dos R$ 100 bi.
Claro que a recessão derruba as receitas do governo e ajuda no déficit. Mas houve também muita incompetência.
O governo prometeu vender ativos, de imóveis a pedaços de estatais, e não conseguiu. Disse que faria dinheiro com a privatização de um elenco de rodovias, portos e aeroportos. Não saiu uma sequer até agora. (Sabe como é, tem que preparar a papelada, montar projetos, muita trabalheira…).
O governo contou com dinheiro que depende de aprovação do Congresso (CPMF e repatriação), mas não mostrou a menor capacidade em operar as votações, mesmo tendo distribuído ministérios e cargos em estatais.
É o mesmo tipo de incompetência que derrubou a Petrobras. Quando Lula era presidente da República e Dilma presidente do Conselho de Administração da estatal, a empresa se meteu em projetos megalomaníacos, da exploração de poços do pré-sal, a refinarias, navios, sondas e plataformas de exploração.
O caso das refinarias Abreu e Lima e Comperj já é um exemplo mundial de má gestão, sem contar a corrupção. Menos conhecida é a história das sondas. O governo estimulou a criação de uma empresa, a Sete Brasil, para construir 28 sondas no Brasil. A empresa, com dinheiro da Petrobras, já gastou mais de R$ 28 bilhões e não entregou uma sonda sequer. E pior: sabe-se agora que a Petrobras, dada sua capacidade de produção, não precisava desses equipamentos.
Lula e Dilma empurraram a Petrobras para essa loucura. E para quê?
A produção de óleo da estatal é hoje praticamente a mesma de 2009. Foi de 2,1 milhões de barris/dia para 2,2 milhões. Nisso e nas refinarias, inacabadas e precisando de sócios para concluir a metade das obras, a Petrobras gastou cerca de US$ 260 bi! E gerou uma dívida bruta que chega hoje a US$ 134 bilhões.
Isso é custo Lula mais custo Dilma, consequência de erros de avaliação, má gestão e projetos mal feitos. No balanço do ano passado, a estatal aplicou uma baixa contábil de R$ 31 bilhões nos orçamentos das refinarias Abreu e Lima e Comperj, por “problemas no planejamento dos projetos”. E anunciou o cancelamento das refinarias do Maranhão e Ceará, que não saíram do chão, mas cujos projetos custaram R$ 2,7 bilhões. Eram inviáveis, disse a empresa.
Só isso de explicação?
É, só isso.
A corrupção é avassaladora, mas capaz de perder para a ineficiência.
Fonte: O Globo, 29/10/2015.

O cerco se fecha – Editorial Folha de S.Paulo

Repete-se, sobretudo no contexto da Operação Lava Jato, a tese de que nenhum cidadão, no Brasil contemporâneo, está acima da lei. Uma figura, no entanto, parece ter-se mantido ainda preservada sob um manto de intangibilidade.
Não tanto por sua conduta, mas pelo significado político de que seu nome se cerca, o ex-presidente Lula (PT) permanecia, desde o mensalão, ao largo das diversas investigações, processos e condenações que atingiram personagens fundamentais de seu círculo de poder.


As últimas ações do Ministério Público e da Polícia Federal indicam, todavia, que nem mesmo o líder máximo do petismo está acima das atenções da Justiça. Casos muito suspeitos, aos quais não cabe reagir com sectarismo nem precipitação, vão corroendo a aura de intocabilidade que o protegia.
Seguindo ordens da Justiça Federal, a polícia realizou na última segunda-feira (26) uma operação de busca e apreensão na empresa de marketing esportivo LFT, de propriedade de um filho de Lula.
Não o fez por motivos descabidos. Investigava as ações de uma empresa, a Marconi e Mautoni, suspeita de ter dado propina a políticos para que se estendessem os benefícios fiscais concedidos a duas montadoras de automóveis.
A mesma empresa pagou R$ 1,5 milhão à firma de Luis Cláudio Lula da Silva, sem que fique claro que serviços de marketing esportivo seriam úteis às suas atividades.
Igualmente inexplicado é o empréstimo de R$ 1,5 milhão concedido por um lobista, Fernando Baiano, a um empresário do agronegócio, José Carlos Bumlai.
Segundo a delação premiada de Fernando Baiano, o dinheiro depois teria sido repassado a uma nora de Lula, em troca de um favor feito pelo ex-presidente a uma empresa envolvida na Lava Jato.
O estágio das investigações é ainda incipiente, mas não há dúvida de que o cerco em torno do líder petista começa a se estreitar.


Acuado, o lulismo reage nos bastidores num aparente inconformismo contra a atitude do Ministério da Justiça, que teria "perdido o controle" sobre a Polícia Federal.
Não fosse pela enormidade por trás desse inconformismo –a ideia de que a PF deveria agir a serviço do partido no poder, e não com autonomia–, cumpriria lembrar que a operação se deu em obediência à determinação de uma juíza cujo histórico mais a aproxima do que a afasta das tendências de esquerda.
Ao ex-presidente Lula e seus familiares, como a qualquer cidadão, está assegurado o direito de defesa e o de não ser perseguido arbitrariamente pela polícia. Seria omissão da parte desta, entretanto, recusar-se a investigar os indícios que se acumulam em torno dele.
A menos que admita tal desejo, só cabe ao lulismo defender-se às claras sobre todos os episódios que projetam suspeitas sobre seu líder

 (Folha de S.Paulo, 30/10/15)

Desemprego na Grande Porto Alegre alcança dramáticos 10,1%

Pulou de 9,7% em agosto para 10,1% em setembro o índice de desemprego na Grande Porto Alegre. É disparado o pior número em um ano. É um número dramático. A renda média também despencou, caindo 9%. Os números locais colocam-se muito acima da média nacional (8,7% de desemprego no trimestre encerrado em agosto).

Políbio Braga

“Os últimos empregados a chegar serão sempre os primeiros no olho da rua.” (Pócrates)

“Pobre de espírito é o sujeito que deve uma vela para cada santo.” (Mim)

“Cabral descobriu o Brasil no ano de 1500 e até hoje ainda estamos com a bunda ao vento.” (Pócrates)

“Todo e qualquer fanatismo faz mal aos olhos: cega.” (Filosofeno)

“Mulheres que somente dão atenção para homens motorizados acabam atropeladas por ciclistas.” (Climério)

O déficit de 117,9 bilhões de reais



Dilma Rousseff cravou, na semana passada, que o déficit em 2015 seria de 51,8 bilhões de reais.

Ontem o secretário do Tesouro deu um novo número. Ele disse que, caso o governo decida quitar imediatamente as pedaladas, o rombo será de 110 bilhões de reais.

Algumas horas depois, o relator da proposta que muda a meta fiscal desmentiu-o.

O déficit de 2015, segundo os últimos cálculos, poderá chegar a 117,9 bilhões de reais – o equivalente a 2,05% do PIB.

É preciso obstruir a votação da nova meta fiscal.

O Antagonista

Reinaldo Azevedo- Os petistas só se lembram de defender o Estado de Direito quando são eles os alvos

Uma dos aspectos do petismo que mais me causam asco é que os companheiros só se lembram de defender fundamentos do Estado de Direito quando se trata de beneficiá-los. Se for para prejudicá-los, nunca! Se ilegalidades atingem seus adversários, eles as aplaudem, quando não as promovem. São hipócritas, autoritários e institucionalmente trapaceiros. Por que digo isso? Vejam o caso da intimação de Luís (começarei a grafar com “s”) Cláudio, filho de Lula, para depor num dos inquéritos da Operação Zelotes. Foi feita às 23h de terça-feira, quando ele voltava da festa de aniversário de pai. É estranho? É. Foi realizada fora de hora? Foi. É preciso explicar? É. Eis, então, o problema. Quantas vezes o senhor José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, cobrou a Polícia Federal sobre procedimentos heterodoxos?

Será que adversários do governo nunca foram alvos de exageros, de ações espalhafatosas, de certa atração pelos holofotes? Ora, consultem o arquivo do meu blog para ver. E, no entanto, qual era a resposta a procedimentos assim, especialmente no primeiro mandato de Lula? “Ah, esse é um governo que não poupa os ricos…” Eu, Reinaldo Azevedo, reclamei aqui de ações da Polícia Federal que surpreendiam as pessoas de manhã, ainda de pijama ou camisola, com homens armados até os dentes e as indefectíveis algemas, mesmo não havendo a menor chance de a pessoa fugir ou agredir um agente do Estado. Pior: com câmeras de televisão e holofotes na cara. E sabem o que aconteceu? Tomei porrada. Eu estaria contra a severidade investigativa… Ah, mas agora é o filho de Lula! Agora é o filho do Babalorixá de Banânia!

Eu não acho que se a Polícia Federal ou qualquer ente do Estado devam ser livres para agir como lhes der na veneta, seja com Fábio Luís, seja com o Zé da Esquina, seja com um bilionário. Eles têm de se comportar dentro da lei. Mas é isso o que Lula e o PT estão pedindo? Não! Eles não estão apenas indignados com a intimação fora de hora. Isso é só um pretexto. Eles não se conformam é com o fato de o rapaz ser um dos investigados; eles não se conformam é que os valores republicanos valham também para os aristocratas do clã Lula da Silva; eles não se conformam é com o fato de que todos possam ser iguais perante a lei.

Eu defendo o que defendo pouco me importando quem esteja no poder ou quem seja o alvo do Estado. Se esperam que eu vá aplaudir o que me parece uma ação óbvia de constrangimento, podem esquecer, não vou. Se acham que apoiaria qualquer ilegalidade só porque atinge gente que acho que tem de estar fora do poder — e, a depender do caso, na cadeia —, também podem tirar o cavalo da chuva. Ao contrário: eu quero justamente é a igualdade. Por isso mesmo, se a Polícia Federal, durante as investigações, chegou a operações no mínimo heterodoxas envolvendo um dos filhos de Lula, o que se há de fazer? Investigar, ora essa! Mas não! O PT logo denuncia uma conspiração porque, no fundo, o que quer é impunidade.

 E acaba vendo diminuída a legitimidade de sua reclamação quando esta, num primeiro momento ao menos, parece justa. Ah, sim: também vi alguns coleguinhas que andavam se divertindo com certa irascibilidade das forças policiais ficar de coraçãozinho mole, agora que o alvo é o filho de Lula. Indignação seletiva não é indignação, é canalhice moral.

A Polícia Federal tem de explicar apenas por que foi à casa de Luís Cláudio às 23h, já que o rapaz não está abaixo da Lei. E o PT e Lula têm de explicar por que acreditam que ele está acima da lei.

“De mulher feia e cadeia tem sempre quem gosta.” (Mim)

“O guloso deseja que as panelas não tenham fundo.” (Mim)

"Dizem que os ladrões quando morrem vão para o inferno. Sendo assim, no paraíso há muitas vagas." (Mim)

Instituto Liberal- Frase do dia

“Para o esquerdista, cada problema social tem um remédio fornecido pelo Estado à espera de ser administrado… Porém, só porque você tem uma tremenda quantidade de emoção e frustração acumulada em torno de uma determinada causa, isso não transforma a sua legislação favorita em algo prático, eficaz ou realista.” David Harsanyi

Portal Libertarianismo- Uma estratégia eficiente para derrotar o estado: “agorismo” por Nicholas Hooton

A ideia de me filiar ao Partido Libertário já me seduzia há muitos anos quando eu descobri, pela primeira vez, a filosofia libertária, assim como seduziu muitos antes e depois de mim. O website do Partido surgiu na minha frente, e com alguns cliques e espaços eu poderia ser um membro de carteirinha de uma organização que apoiava a liberdade.
No fim das contas, o mesmo pensamento racional e autoexame que me levou ao libertarianismo revelou-me os verdadeiros motivos por trás do meu desejo de me filiar: uma necessidade psicológica básica de atenção e de ser parte de algo. Eu estou feliz em informar que eu saí do website sem me filiar, e assim quero permanecer.
Posteriormente, aprendi quão perto estive de nunca saber a paz e a prosperidade que advém do entendimento e prática do anarquismo. A tentação não tinha sido somente uma de puramente fazer parte, mas de obter poder – poder político, nesse caso. Eu sabia que, se me candidatasse a um cargo político, eu provavelmente necessitaria o apoio financeiro de um partido político, e me candidatar como democrata ou republicano teria sido um ato absolutamente hipócrita.
Enquanto os “partiarcas” estavam ocupados sacrificando os princípios no altar da intriga política, a “nova esquerda libertária” nasceu. Alguns se chamavam voluntaristas e rejeitavam todos os meios políticos para alcançar os objetivos libertários. Os voluntaristas são conhecidos por se absterem de votar, alguns até afirmam que este é um ato imoral. Eles também são conhecidos pela não-cooperação pacífica. Em nenhum lugar essa estratégia tem sido melhor explorada e posta em prática, todavia, do que na escola de pensamento dentro desse movimento que se chama “agorismo”.
Na sua obra, Konkin descreveu o que ele chamou de “contra-economia” ou “toda a ação humana (não-coerciva) cometida em oposição ao estado”. Agorismo é a “integração coerente da teoria libertária com a prática contra-econômica”. A contra-economia inclui as atividades do mercado negro – atividades ilegais que não são violentas ou invasivas e, portanto, “sem vítimas” – e as atividades do mercado cinza – atividades que não são ilegais mais conduzidas de maneira proibida pelo estado.
Muitos ficam chocados quando se deparam com a contra-economia pela primeira vez. Praticar atividades ilegais não é como eles visualizam seu ativismo político ou a forma pela qual eles mudam suas vidas; mas o fato é que praticamente todo mundo pratica ou regularmente pratica tais atividades. Se você já teve uma banca de limonadas ou um brechó, ou vendeu algo online sem se sujeitar a todos as leis tributárias e regulatórias aplicáveis, você é um contra-economista. Se você já usou uma receita médica vencida, ou a receita médica de outra pessoa, ou fumou maconha, você é um contra-economista. Se você não pagou de acordo o seu imposto de renda, mesmo sem saber, mesmo sendo alguns centavos, você é um contra-economista.
Meu pai me ensinou as primeiras lições em contra-economia, embora eu não soubesse até muitos anos depois. Ele me ensinou a comprar e vender carros. Nessas transações, o vendedor poderia oferecer ao comprador a oportunidade de informar um preço de venda bem reduzido de forma a reduzir o valor dos impostos que o comprador terá de pagar.
Como vendedor, meu pai foi para mais viagens do que posso me recordar e com frequência me levava para viajar com ele. Eu recordo que ele tinha um detector de radar para evitar multas por velocidade. Ele também tinha um rádio PX com o qual podia interagir com comboios de caminhão e ser informado onde havia radares e coisas do tipo. Ele me ensinou o linguajar e me ajudou a entender como ganhar a confiança de outros operadores de rádio através da construção de uma reputação.
Atividades como essas e muitas outras oferecem uma estratégia coerente e realista para enfraquecer e, em última instância, substituir o estado. Como os agoristas praticam o comércio fora do radar com outros agoristas e comerciantes libertários, as organizações como redes de escambo, cooperativas, associações de ajuda mutual, sistemas de troca locais, firmas de arbitragem, e redes de segurança podem pouco a pouco oferecer alternativas viáveis aos serviços e ostensivamente oferecidos pelo estado. A prosperidade seguirá.
Uma sociedade é simplesmente um grupo de dois ou mais indivíduos, e um mercado é simplesmente um lugar ou sistema no qual dois ou mais indivíduos dedicam-se à troca. Se a filosofia moral libertária é válida, se o princípio de não-agressão é realmente um princípio ético universal pelo qual a interação humana deveria ser guiada, então ele é verdadeiro em todas as épocas e lugares, em todas as sociedades e mercados.
Saber que você é livre, que você sempre foi, e que você sempre será, é uma das ideias mais pacíficas e liberais que descobri. Você é livre. Qualquer agressão cometida contra você pelo estado ou qualquer outra pessoa ou organização é ilegítima, e você tem o direito de se defender. A questão não é o que você fará para alcançar uma sociedade livre. A questão é o que você fará, todo e cada dia, para responder à significativa ameaça criminal existente nessa sociedade livre hoje. Eu admito que o agorismo é a única resposta filosoficamente coerente à questão.
Veja também
// Tradução de Matheus Pacini. Revisão de Ivanildo Santos III. | Artigo Original

Instituto Liberal- Autores liberais- Roberto Campos

literatura
alanternanapopa1 ° – “A lanterna na popa” – Roberto Campos
O grande Roberto Campos lançou no ano de 1994 o livro de memórias “A lanterna na popa”. Campos buscava realizar a síntese da sua vida desde quando passou a defender posições liberais, como sendo a defesa da liberdade, segundo palavras do ex-deputado, ex-senador e ex-diplomata, uma espécie de apostolado. Campos dizia que defender o liberalismo no Brasil era como realizar pregações no meio do deserto. No prefácio do livro, Campos afirma o seguinte:
“Em nenhum momento consegui a grandeza. Em todos os momentos procurei escapar da mediocridade. Fui um pouco um apóstolo, sem a coragem de ser mártir. Lutei contra as marés do nacional-populismo, antecipando o refluxo da onda. Às vezes ousei profetizar, não por ver mais que os outros, mas por ver antes. Por muito tempo, ao defender o liberalismo econômico, fui considerado um herege imprudente. Os acontecimentos mundiais, na visão de alguns, me promoveram a profeta responsável. O século que vivenciei foi aquele que Paul Johnson (nasc. 1928) descreveu como o século coletivista. Tanto a democracia como o capitalismo sofreram graves desafios. A revolução comunista de outubro de 1917 representou um desafio simultâneo à democracia e ao capitalismo. As democracias ocidentais sobreviveram à I Guerra Mundial, mas viria depois, nos anos trinta, uma rude prova para o capitalismo liberal – a Grande Depressão. A economia de mercado, em fase de deflação e desemprego, parecia ser um sistema terrivelmente inepto, comparado à alternativa do planejamento central. E surgiu um outro tipo de desafio – o coletivista – que também desprezou a democracia e prostituiu o mercado, proclamando como supremos valores a raça, o estado leviatã e a expansão territorial.”

ISENÇÃO BEM BOLADA

Jeferson Monteiro, que criou o “Dilma Bolada”, recebia R$ 20 mil por mês para realizar seu trabalho para o PT e Dilma. Mas o publicitário se declarou “isento” na declaração de Imposto de Renda.

Cláudio Humberto

Forno frio

A CPI do BNDES caminha para recomendar a extinção do BNDESPar e dificultar a autorização de empréstimos internacionais. O presidente da comissão, Marcos Rotta (PMDB-AM), não acredita em “pizza”.

Cláudio Humberto

FAMÍLIA LULA PREFERE VIVER EM IMÓVEIS DE ‘AMIGOS’

Enrolada em acusações de corrupção, a família Lula da Silva mantém um suspeito hábito de morar em imóveis que não lhe pertencem, ao menos oficialmente. Assim como Lula nos tempos de sindicalistas vivia em uma casa supostamente de propriedade do compadre e advogado Roberto Teixeira, seu filho Luiz Cláudio da Silva há três anos reside em imóvel de uma empresa controlada pelo mesmo Teixeira. E Fabio Luiz, o “Lulinha”, escolheu viver em apartamento pago por um amigo.
O AMIGO GENEROSO

Lulinha optou por um apartamento na exclusiva região dos Jardins, em São Paulo, pago pelo amigo empresário Jonas Leite Suassuna Filho.

 CARO ALUGUEL

 Em 2010, o apartamento onde Lulinha morava, nos Jardins, tinha aluguel mensal fixado em R$ 12 mil mensais.

 GANHOU UPGRADE

 Lulinha foi para outro apartamento do mesmo Jonas, em Moema, cujos vizinhos pagam ao menos R$ 40 mil entre aluguel, condomínio e IPTU.

 SUBIU DE VIDA

Quando Lula foi eleito em 2002, consta que Lulinha ganhava R$ 1.300 em um zoológico. Em 2010, já era sócio de ao menos seis empresas.

Cláudio Humberto

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Cunha, Dilma e Lula estão jogando xadrez. Para ver quem vai primeiro para...o xadrez!

“Sibá não é nome de cachorro. Sibá é nome de jaguara. Portanto, respeite o seu cão, não o nomeie Sibá. “ (Eriatlov)

O PÃO É DE AÇÚCAR, MAS O RESULTADO É AMARGO- Pão de Açúcar tem prejuízo de R$ 122 mi no 3º trimestre

E PRA ELA ESTÁ TUDO BEM- Investimento estrangeiro direto no Brasil cai 40%, aponta OCDE

Fluxo de recursos somou US$ 31 bilhões no primeiro semestre, contra US$ 51 bilhões no mesmo período do ano anterior. No mundo, volume de investimentos cresceu 13%

“Amor à primeira vista bem pode ser um cisco no olho.” (Chico Melancia)

“Todo fanatismo leva ao ridículo.” (Filosofeno)

“Mulher leviana pesa é na cabeça do homem.” (Mim)

PROFISSÃO

É pouco depois da hora de almoço. Homem maltrapilho está deitado no banco da praça descansando, todo suado, atraindo moscas. Antes das duas da tarde ele fica em pé e caminha até a esquina. Senta-se na calçada e estende o boné para angariar esmolas. Assim passa o resto do dia. Quando os sinos da catedral batem seis horas ele recoloca o boné na cabeça. Logo surge um Corolla preto, o motorista desce e diz para ele:
-Vamos patrão?