segunda-feira, 12 de outubro de 2015

“O direito de ser deixado em paz é, na verdade, o começo de toda a liberdade.” William O. Douglas

A vingança dos improdutivos Por Rodrigo Constantino

burocracia

Quando eu era moleque – e agora vou entregar minha idade – um filme fez muito sucesso, chamado “A vingança dos nerds”. Era meio besteirol, mas retratava a reação tardia daqueles que sofriam bullying na juventude por serem mais esquisitos, com elevado QI, mas baixo porte atlético. Eles colocaram a inteligência a cargo da coragem e conseguiram dar uma lição dos brutamontes descerebrados.
De fato, alguns anos depois, vimos a verdadeira “vingança dos nerds” no Vale do Silício, com o setor mais dinâmico da tecnologia produzindo bilionários e milionários aos montes. O fundador do Facebook é um caso clássico, como Bill Gates, da Microsoft. Os nerds realmente provaram seu valor, produzindo bens e serviços amplamente demandados pelos consumidores.
Mas há uma categoria que ficou para trás e, com profundo rancor, também tenta se vingar dos melhores, dos que se destacam pelo próprio mérito. Ao contrário dos nerds, porém, não fazem isso criando nada de valor, e sim ocupando cargos no poder para infernizar a vida dos seres produtivos. Estamos diante de uma “vingança dos improdutivos”, encastelados na burocracia que só cria dificuldades legais para vender facilidades ilegais depois ou para punir mesmo os criadores de riqueza.
Esse foi o tema da coluna de Luiz Felipe Pondé na Folha hoje, citando inclusive Ayn Rand, a filósofa russa ignorada na Academia por ser radical demais na defesa do liberalismo, doutrina inaceitável nos meios universitários. Esses improdutivos tomam a imensa máquina estatal e dela abusam para dificultar ao máximo possível a vida daqueles que querem produzir. Diz Pondé:
No Brasil, abrir uma pequena empresa é um inferno de impostos e siglas, que, por sua vez, se constituem num mercado tecnocrático em si, fazendo do infeliz empreendedor um desgraçado a mercê da última invenção de algum burocrata de Brasília. E todos os neolíticos que apostam na máquina do Estado para fazer “justiça social” batem palmas para essa metafísica do Sudão.
Este tipo de cultura atrasada faz com que aqueles que nada produzem mandem no processo, obrigando você a produzir nada (servindo as exigências burocráticas deles) ou a produzir irrelevâncias que, por si só, servem aos esquemas burocráticos.
Num universo como este (um novo círculo do inferno de Dante), o dinheiro se torna refém de quem nada produz, mas detém os mecanismos de tortura sobre suas vítimas, os produtivos, que os carregam nas costas. Servir a essa máquina se torna a garantia de permanecer existindo dentro dessa cadeia, supostamente produtiva, mas onerada pela metafísica do Sudão que a alimenta.
A corrupção é sintoma claro desse poder todo concentrado nas mãos dos burocratas. Quando o estado estende seus tentáculos a cada canto da economia, claro que todos se tornam seus reféns, e os burocratas, com suas canetadas poderosas, podendo aplicar seletivamente leis absurdas e arbitrárias, conseguem explorar isso como parasitas que vivem acoplados aos hospedeiros.
“Quando produtivos dependem de improdutivos para produzir, estamos numa fria”, resume Pondé com base em Ayn Rand. Todo esse aparato burocrático criado no país serve aos que vivem de “produzir” amarras aos produtivos, dificultando a vida de todos, limitando o avanço econômico, atrasando o progresso. Por trás disso está o oportunismo dos parasitas, claro, mas também seu rancor, seu recalque com aqueles que, de fato, são melhores, mais eficientes, mais ousados.
Pondé também compreende o fenômeno do ponto de vista psicológico, ao concluir: “Imagino um desses improdutivos, com os olhinhos brilhando, acordando de manhã e se perguntando: como posso tornar a vida dos produtivos mais miserável hoje?” Se a “vingança dos nerds” serviu para a produção de várias coisas úteis e desejadas, a “vingança dos improdutivos” não serve para absolutamente nada que preste. É só recalque mesmo, puxando todos para baixo como uma reação vingativa de quem não consegue se erguer por conta própria.
Rodrigo Constantino

“Nunca é tarde para um velho se apaixonar por um brotinho e ser até o resto dos dias um corno feliz.” (Climério)

“A minha mãe teve dois filhos e eu.” (Climério)

Nasa revela detalhes de plano para colonizar Marte

Para os petistas o povo brasileiro pagará as passagens. Só de ida.

ANTES TARDE QUE NUNCA. - Após 500 anos, governo britânico vende sua última parte no serviço de correio

Enquanto por aqui nas mãos da politicagem ralé. Arre!

E AGORA JOSÉ, JOÃO, PAULO, CUNHA E POR AÍ VAI?- 'Dossiê Petrobras' na Suíça aponta mais de 100 contas bloqueadas

TRIBUNA DOS PEDAIS INCONSEQUENTES- Oposição quer incluir 'pedaladas' de 2015 em pedido de impeachment

A GAZETA DO AVESSO- Fidel Castro assina a revista Veja.

A ciência não explica tudo. A religião não explica nada.

Assim falou Zaratustra- “Exorto-vos, meus irmãos, a permanecer fiéis à terra e não acreditar naqueles que vos falam de esperanças supra-terrestres. São envenenadores, quer o saibam ou não.” (Nietzsche)

“Tragam-me cães para companhia. Os homens esgotaram a minha paciência.” (Pócrates, o filósofo dos pés sujos)

“Nada como comer um dia após o outro.” (Fofucho)

“A felicidade é um bicho que ninguém consegue prender para sempre.” (Filosofeno)

“Eu e meu marido fizemos uma sociedade. Ele entrou com o dinheiro e eu com a perereca.” (Eulália)

“Do PT nada se perde, tudo se transforma em coisa pior.” (Eriatlov)

“Deus, o Papa é argentino, o Messi é argentino. Velho, por acaso você também é argentino?” (São Pedro)

“Sempre fui meio ladrãozinho. E não culpo os outros por isso. É coisa que está no sangue.” (Dep. Arnaldo Comissão)

“Fidel já morreu faz tempo. O que falta agora é se deitar.” (Cubaninho)

“Dizem que o fumo causa impotência sexual. Eu nunca fumei e estou broxa. Vai ver fumei muito por tabela.” (Climério)

“Melhor que sexo só mesmo pudim de pão.” (Chico Melancia)

“A menina da casa irá participar do baile de debutantes. Vai ser apresentada à sociedade. Deve ser a apresentação do umbigo pra cima, pois a região do parque já foi apresentada e precisou até de manutenção.” (Bilu Cão)

Pergunta da minha avó noveleira: “ Langeri é a tal calcinha transparente com um fio que corre pela bunda?”

“Sou tão feio que só ando de costas.” (Assombração)

A GAZETA DO AVESSSO- Com o governo do PT o Brasil assume o 1º lugar no ranking mundial de educação

A GAZETA DO AVESSO- Lula acabou de ler A Divina Comédia, de Dante Alighieri.

¿Por qué no te callas?



A intérprete de espanhol que acompanha Dilma Rousseff em suas viagens ao exterior teve seu contrato renovado pelo Itamaraty por 160 mil reais por ano, mais diárias.

A Época informa que seu nome é Letícia Cynthia Garcia e que "ela acumula a missão com um emprego na Autoridade Pública Olímpica, em que fatura 18 mil reais mensais, mais auxílio-moradia no Rio de Janeiro".


Ela não é paga apenas para traduzir as conversas de Dilma Rousseff com Nicolás Maduro, Raul Castro, Cristina Kirchner e outros. Ela é paga, sobretudo, para ficar calada.

O Antagonista

Ladrão é ladrão

A França bombardeou um dos territórios ocupados pelo Estado Islâmico na Síria. Seis jihadistas de nacionalidade francesa foram mortos. Indagado a respeito, o primeiro-ministro Manuel Valls respondeu: "Terroristas não têm passaporte".

 O Antagonista acha o mesmo: ladrão não tem partido. Ladrão é ladrão. Todos têm de ser presos.

Do blog O Antagonista

FILHO DE BOLIVARIANO É FOGO


-Papá, quando nossa vida irá melhorar?
-Quando nosso comandante Maduro acabar com imperialistas!
- Mas por que ele escolheu primeiro acabar com os venezuelanos? Por que não acabou logo com os imperialistas?

VEGETAL SEX

O sujeito foi pego pela mãe metendo ficha numa melancia. Ela ficou horrorizada, mas ele...
-Lembre-se mãe que eu sou vegetariano, então...

A GAZETA DO AVESSO- O livro A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS está proibido na biblioteca da Petrobras.

Adams enfrenta rebelião de servidores na AGU



O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, enfrenta uma rebelião interna que começa a atrapalhar o funcionamento do Executivo no momento em que as crises política e econômica ficam cada vez mais intensas. Ele também é apontado como um dos principais responsáveis pela fracassada estratégia governista de tentar barrar o julgamento das contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff no Tribunal de Contas da União (TCU).

Em campanha para equiparar os salários da AGU aos dos funcionários do Judiciário, procuradores e advogados do órgão deflagraram uma "operação tartaruga" velada, que tem atrasado a entrega de pareceres necessários à tomada de decisões de todas as esferas da administração federal. Isso porque as assessorias jurídicas dos ministérios precisam apresentar pareceres sobre medidas e decisões para embasar as ações do Planalto.

O clima de rebelião na AGU vem ganhando uma proporção de "crise jurídica" na Esplanada dos Ministérios. A preocupação dos ministros está na paralisação da análise jurídica de projetos do governo. Por outro lado, há quem diga que os funcionários do órgão estão agindo de forma imprópria para que os servidores tenham aumento.

Servidores também reclamam que a atuação de Adams na AGU tem por objetivo mais auxiliar a gestão Dilma do que o Estado brasileiro. No dia seguinte ao julgamento das contas no TCU, a União dos Advogados Públicos e Federais do Brasil (Unafe) divulgou uma dura nota na qual diz que Adams, "com sua visão distorcida da Constituição, tenta transformar a AGU em um aparelhado órgão de governo".

Como exemplos, além da tentativa de impedir que o TCU analisasse as contas presidenciais de 2014, a nota cita o empenho do ministro em viabilizar acordos de leniência com as empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato e a defesa que fez para que a Corte não bloqueasse os bens da ex-presidente da Petrobrás, Graça Foster, em processo que investiga denúncias de irregularidades na compra da Refinaria de Pasadena, nos EUA, pela estatal.

A operação tartaruga não é a única maneira como os servidores têm demonstrado sua rejeição a Adams. Segundo a Unafe, foram registradas 2.531 declarações de entrega de cargos - assinadas por advogados públicos federais que não possuem cargos de confiança comissionados - comprometendo-se a não assumir essas funções e recusando viagens. Entre eles, estão cinco Procuradores Regionais Federais e os cinco Procuradores Regionais da União.

Saída - No Planalto, a avaliação é de que a decisão do TCU deve apressar a saída de Adams da AGU, ainda que se saiba que a estratégia de defesa das contas tenha sido articulada também por outros ministros, como José Eduardo Cardozo (Justiça), Aloizio Mercadante (Educação) e Nelson Barbosa (Planejamento) e avalizada pela presidente.

O próprio Adams, porém, já disse a amigos que pretende entregar o cargo em breve. O mais cotado para substituí-lo, atualmente, é Beto Vasconcelos, secretário Nacional de Justiça. A ideia do governo é aproveitar a insatisfação do ministro para dar uma nova cara à AGU.

Os sinais de divergência entre o Planalto e Adams já têm sido emitidos publicamente. O novo ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, deixou claro em entrevista coletiva na quinta-feira que, agora, a estratégia do governo para salvar o mandato de Dilma era política e concentrada no Congresso, e não a exposta por Adams nas últimas semanas: uma disputa judicial no Supremo Tribunal Federal.

Adams não quis comentar sua situação política. Em nota, a AGU informou que os integrantes da instituição estão cumprindo suas atribuições em observação aos prazos legais. Diz ainda que os pedidos de exoneração feitos pelos advogados da União e dos procuradores federais são direcionados às respectivas chefias e estão sendo autorizados de acordo com o interesse e conveniência da administração pública. O órgão ressaltou, ainda, que a iniciativa de deixar os cargos cabe a cada membro.

(Com Estadão Conteúdo)

A GAZETA DO AVESSO- Lula bebe água e passa mal.

A GAZETA DO AVESSO- Zé Dirceu recebe de presente na prisão o livro MEU LUGAR PREFERIDO.

A GAZETA DO AVESSO- Presidente renuncia e vai ser massagista da seleção de Dunga.

Economia Compartilhada (Uber, Airbnb, etc.) .vs. Regulações do governo

Augusto Nunes- Flavia: Só o Gabeira voltou diferente

Pena que a autora do comentário enviado à coluna às 12h28 deste domingo tenha optado pelo anonimato. Gostaria de saber quem escreveu o texto que, pela limpidez da forma e pela lucidez do conteúdo, merece ser reproduzido na seção Opinião. As observações sobre Fernando Gabeira feitas por Flavia, prenome extraído do email, compõem um elegante e inteligente contraponto ao artigo do Oliver publicado logo abaixo. Vale a pena ler os dois, amigos. (AN)
Parece que algumas pessoas ainda desconfiam da sinceridade e visão da política do Gabeira. Eu gostava dele enquanto ele lutava contra a ditadura militar, me perdi dele durante o exílio e achei o máximo quando ele ressurgiu no Rio de tanga roxa. Como dizia o Paulo Francis, pior que patrulha de ex-fumante é patrulha de ex-comunista. Acho que ele dizia ex-trotskista, mas dá no mesmo.

É preciso ter feito parte dos partidos clandestinos, é preciso ter ouvido as infindáveis discussões entre maoístas, trotskistas, e outros istas, é preciso ter ficado sem respostas ao fazer uma pergunta inteligente prá saber como funciona o PT, o Foro de SP, a cabeça da Marina e outras coisitas mais.
Lá nos meus 15 anos, durante uma daquelas intermináveis reuniões de centro acadêmico, eu disse e perguntei: Gente, eu acho que conquistar o poder é fácil. O que eu quero saber é o que vamos fazer depois. E me responderam: Você quer saber demais. Faça o que for decidido aqui e pare de querer saber demais. Ali eu vi que não tinha jeito. Nunca votei em comunista, porque é uma contradição.
Eu sonhava subir a rampa do Planalto num tanque de guerra, e quem viesse atrás saberia o que estava apoiando. A esquerda chegou ao poder via Gramsci, via engodo, mentira, distorção da realidade. Gabeira sabe disso. Ele também sabe, talvez mais do que alguns que ficam invocando seu passado de torturas, que quanto mais a pessoa se comprometia, menos chances tinha de voltar atrás, pensar, mudar de ideias.
Quando veio a Anistia, eu estava empolgadíssima, lendo e ouvindo todas as entrevistas dos nossos valentes que voltavam lá de mundos mais avançados e — principalmente — mais bem informados. Achava que estavam voltando cheios de novas propostas e soluções. Ledo engano! Voltaram todos iguais, como se tivessem passados o exílio em estado de vida suspensa, congelados e duros.
O único que voltou diferente foi o Gabeira. E voltou falando em ecologia, em verde, em temas que, não por acaso, são caros à esquerda alemã e europeia. Ele continuava na vanguarda, mas com um discurso melhor. É surreal, nós continuamos tentando ser de esquerda e somos taxados de coxinhas neoliberais! Bom, todos esses rótulos que se danem! Nós continuamos tentando ir prá frente e o PT é o atraso.
Isso desqualifica a análise que o Gabeira faz do PT? Acho que não. Ele conhece os companheiros. Sabe como são atrasados e tacanhas. Sabe como eles pensam. Eu tenho uma mágoa muito grande de ver a palavra democracia enxovalhada na boca do PT. Eu e o Gabeira estávamos lutando pelo fim da ditadura militar, mas não pensávamos o futuro como uma democracia, sinto muito.
O importante é que nós MUDAMOS. A nossa cabeça mudou. É isso que faz do ser humano uma criatura especial. Nós podemos aprender.
Hoje, nós sabemos que o PT nunca lutou nem luta pelos direitos de ninguém. Hoje está claro, até para os mais idealistas, que a esquerda só tinha um plano de PODER, conforme eu descobri em 1968. Chegaram lá e o futuro acabou. Ficaram desnorteados, nunca se deram conta que agora podiam pegar a caneta e fazer a reforma agrária. Em vez disso, criaram o MST, prá ficar em só um exemplo.
Enfim, viva o Gabeira.
Eu confio nele, porque nós temos a frustração de nunca ter realizado o nosso sonho de melhorar o Brasil. Ficamos votando no menos pior.
Lutamos contra a ditadura militar e agora nem temos como lutar claramente contra uma ditadura fantasma, que se faz de democracia. Nos sentimos meio loucos de dor, desesperados como aqueles que eram declarados loucos e despachados para hospícios siberianos.
Talvez um dia a gente chegue ao fundo do poço e comece a voltar à boa luta. Talvez ainda nos reste um tempo para ver a maré mudar. Mas são anos e anos, gerações de completo desperdício.
O que foi isso, companheiro?

Oliver: O drama dos pés esquerdos

VLADY OLIVER
Leio Gabeira sempre com aquela impressão de que ele esconde a verdade, exibindo a coisa em gotas homeopáticas. Oriundo das hostes da petralharia, não dá pra fingir que não conhecia o lulão e sua gangue de vagabundos amestrados, todos se preparando sorrateiramente para viverem das benesses de uma ditadura no lombo dos incautos.
Acredito que ele só apareça na “mídia” para chutar esse cachorro morto porque o bicho já não lhe oferece a devida “utopia socialista” com que esses indivíduos aparecem de tanga de crochê e pedalando suas patéticas bicicletinhas mancas na lagoa. Essa é a mentalidade reinante.
Como desconfio de toda planta carnívora que vejo em minha frente, não por terem “uma consciência” do que fazem, mas simplesmente porque o reflexo condicionado as leva a fechar suas folhas e digerir o inseto sem comê-lo, não vejo muita diferença entre a roubalheira epidêmica que nos assola e os convertidos em pencas, depois que a coisa mostrou sua verdadeira natureza torpe.
Nunca estive do outro lado para conspurcar meu cérebro com ideias mancas. Isto não me faz mais democrata que um Gabeira, muito pelo contrário. Só me faz, no entanto, conhecer o caminho da redenção pela outra ponta; a ponta dos que foram feitos de besta. Dos que foram ludibriados por uma sofisticada organização criminosa, que o texto elegante de Gabeira nunca denunciou a tempo.
No mais, insiste aqui no mantra esquerdossauro de que a grana roubada foi para pagar campanha política e comprar deputados, e não em benefício de um projeto de poder muito mais amplo, abarcando protoditaduras em toda a latrino-américa. Os antagonistas hoje fazem chacota com o Foro de São Paulo. Sem perceberem, fazem o serviço sujo da quadrilha, que quer limpar as gavetas da agremiação criminosa e dar-lhe uma importância menor do que ela evidentemente teve neste contexto sujo.
Na verdade, o Foro de São Paulo era um banco. Um banco para onde migrou toda a nossa grana, usada para turbinar exércitos de saliva, MAVs picaretas, organizações paramilitares, movimentos de quadris em nome de uma causa pilantra e cabeças que odeiam a classe média que pagou a conta toda. Difícil provar que a função era essa, se nem contabilidade oficial a coisa tem. O fato é que é sintomático que, bastou acabar a grana que irrigava a repartição pilantra para anunciarem em uníssono que “os comunas precisam de uma nova agremiação que os represente”.
Queima de arquivo, meus caros. É lá que estariam as provas de que esses calhordas não passam de um bando de embusteiros, querendo se locupletar do nosso dinheiro. De que lado você está, Gabeira? De você não é possível esperar ingenuidade, meu chapa. Vai contando aí o que você sabe que a gente avalia se você está falando a verdade dessa vez. Não me engana não.

Do blog do Augusto Nunes

“Dilma está mais para lá. Para cá é um lugar onde ela nunca esteve.” (Mim)

Valentina de Botas: Zeus enviou ao Brasil uma pândora trôpega

Se o Paraíso for como no “Sonho de um homem ridículo”, o conto de Dostoiévski, em que a harmonia entre as pessoas tornadas hipóteses – como diz a Emília ao Visconde de Sabugosa – era tanta que a linguagem estava abolida e a comunicação se dava por telepatia, sem os riscos que fazem estimulante a existência: o risco da precipitação na dúvida entre a espera necessária e a angustiante perda de tempo, o risco de um mal-entendido e do respectivo esclarecimento acompanhado da epifânica restauração da verdade, o risco de um poema ou de um deleitoso “te quiero” como só a musicalidade do espanhol é capaz; então, Deus que me perdoe, mas receio que o céu seja o tédio em plenitude com toda essa perfeição eternidade afora.
Sem um inferno ou céu segundo nossos conceitos, os imortais deuses gregos que inventaram Pandora viviam num tédio de matar naquela eternidade sem fim. Os homens os salvavam sempre: nada como haver um planeta cheio de mortais cujo destino parecia à disposição do entretenimento das divindades. Zeus já tinha castigado Prometeu pelo roubo do fogo, mas e quanto àqueles bichos da Terra tão pequenos?
Como se sabe, acertou as contas enviando a sedutora, dissimulada e perspicaz – assim feita para obter abrigo na humanidade – Pandora com a tal caixa. Zeus não criou o mundo, apenas lhe deu cosmicidade, organizando os domínios entre os deuses; como o jeca que não inventou a corrupção, mas a aprofundou na sagração dela como modo de permanecer no poder, determinando entre os comparsas os quinhões de esbulho do país.
Nessa ordenação, enviou-nos a tal pândora trôpega que seduziu não pelo charme que lhe falta, mas pela chave do cofre que ele lhe passou. Para cumprir a missão vigarista, Dilma Rousseff se empenhou também em crimes fiscais em 2014 e, inutilizando o argumento inútil de que os crimes de um mandato não comprometem o mandato seguinte, em 2015 inclusive, segundo nova denúncia do procurador Júlio Marcelo de Oliveira.
Território linguístico inóspito à perspicácia e onde prolifera a mentira, o dilmês instaura o ethos político – pelo conceito de Barthes – da presidente de estupidez mitológica na biografia do jeca como o pior erro (para ele) desse zeus degenerado porque espera para logo, depois de espalhadas tantas cafajestices, no fundo da caixa de pândora, o impeachment.

Leandro Narloch- O que pensa Angus Deaton, o Nobel de Economia de 2015



1. Desigualdade é uma consequência inevitável da prosperidade

No filme A Grande Fuga, 250 prisioneiros da Segunda Guerra Mundial escapam de um campo nazista. A fuga foi uma excelente notícia para os que conseguiram fugir, mas provocou uma desigualdade entre os prisioneiros. Se antes estavam todos igualmente presos, com o episódio alguns conquistaram a liberdade, enquanto outros permaneceram no presídio. Na soma geral, porém, nenhum prisioneiro ficou numa situação pior.

Angus Deaton, economista que ganhou o Nobel de Economia esta semana, se inspirou nesse filme para dar o título do seu livro mais famoso – A Grande Fuga – saúde, riqueza e as origens de desigualdade. Até a Revolução Industrial, o mundo todo era igualmente miserável. A prosperidade que surgiu a partir de então tirou alguns países da miséria, enquanto outros ficaram para trás. A desigualdade aumentou, ainda que ninguém tenha piorado de situação. Diz ele:

Desigualdade é frequentemente uma consequência do progresso. Nem todos enriquecem ao mesmo tempo, e nem todos tem acesso imediato às medidas profiláticas mais recentes, seja o acesso a água limpa, vacinas ou a novas drogas de prevenção a doenças. Desigualdade, por sua vez, afeta o progresso. Ela pode ser boa; crianças indianas percebem o que a educação pode fazer e também vão para a escola. E pode ser má se os vencedores tentam impedir os outros de segui-los, puxando para cima as escadas atrás deles.

*

A Revolução Industrial, começando na Inglaterra nos séculos 18 e 19, iniciou o crescimento econômico que tem sido responsável por centenas de milhões de pessoas escapando da privação material. O outro lado da mesma Revolução Industrial é o que os historiadores chamam de ‘Grande Divergência’, quando a Inglaterra, seguida um pouco depois pelo noroeste da Europa e pelos Estados Unidos, se afastou do resto do mundo, criando um enorme golfo entre o Ocidente e o resto, que não foi fechado até hoje.

2. Mais que a renda, foi o conhecimento que nos tornou mais saudáveis

Uma ideia bem aceita entre demógrafos e economistas é que o aumento da renda a partir da Revolução Industrial causou a enorme melhoria da saúde e da expectativa de vida nos últimos três séculos. Com mais comida na mesa e dinheiro para bancar descobertas médicas, as pessoas viveram mais e melhor. Um europeu médio hoje é 11 centímetros mais alto e vive quatro décadas mais que no século 18. Angus Deaton concorda que a renda contribui para a saúde, mas dá pouca importância a essa relação. Mostra, por exemplo, que em 1750 famílias ricas e bem alimentadas tinham a mesma expectativa de vida que os pobres. Para ele, o que nos tornou mais saudáveis não foi tanto o crescimento econômico, mas o maior conhecimento sobre germes e doenças.

3. A ajuda à África atrapalha

Angus Deaton abraça a ideia de que a maior parte da ajuda humanitária mais prejudica que ajuda a África. Para ele, o que os países mais pobres precisam é de instituições que propiciem o crescimento econômico, e muitas vezes a ajuda humanitária enfraquece ainda mais as instituições:

A ajuda estrangeira mina o desenvolvimento da capacidade do estado. Isso é mais óbvio nos países onde o governo recebe grandes quantias de ajuda direita. Esses governos não precisam de contato com os seus cidadãos, nem parlamento e nem sistema de coleta de impostos.

@lnarloch

Jorge Maranhão: “A política não pode ser reduzida a politicagem”

Jorge Maranhão: “A política não pode ser reduzida a politicagem”

Da série da corrupção dos valores: a política
Independentemente da decisão do plenário do TCU sobre as contas do governo Dilma, e de seu destino político no Congresso Nacional, uma coisa todos podem estar certos: algo mudou definitivamente na relação da sociedade com a corte de contas que assessora o Legislativo federal.
O interesse despertado acerca do tribunal de contas tem levado movimentos de controle social a fazerem vigília em frente à sede da instituição, com suas velas acesas formando o já conhecido “SOS TCU”. E isto constrange a ação política de suas excelências deputados e senadores. Organizações de servidores dos tribunais de contas, como ANTC, Ampcon e AudTCU, e até associações de outras carreiras de Estado como a ANAUNI, dos advogados públicos, ou da ANPR, dos procuradores da República, também agiram, fazendo divulgar notas em apoio à autonomia constitucional do tribunal e repudiando ingerências políticas. O que também constrange a classe política. Além do que, cidadãos comuns têm criado petições em sites de abaixo-assinados. Toda essa movimentação e interesse de amplas camadas da sociedade sobre o que se passa numa das instituições de Estado mais importantes, posto que fiscalizadora dos gastos públicos, foi uma das notícias mais importantes que tivemos nos últimos tempos. Pois se trata de saber de sua efetividade ou não. O que prova que estamos construindo instituições junto com uma cultura de plena cidadania contra a cultura de impunidade, a miséria política dos que se apossam da República e, sobretudo, a corrupção generalizada de valores morais cultivada no nosso imaginário social.
E um desses valores mais desentendidos ou corrompidos – principalmente por parte de políticos profissionais e produtores de conteúdo de uma boa parte da mídia – é justamente a política. Quando se desentende a nobre atividade da política como reles disputa partidária, briga pelo poder, negociatas de varejo do toma lá, dá cá, escaramuças entre grupos corporativos, ou mesmo a batalha diuturna da demagogia pelo voto nosso de cada eleição.
Política é colocar – e fazer colocar – o interesse do país acima das ambições partidárias ou eleitorais do momento
O que temos hoje? A presidente da República pensa na política como instrumento para se safar de um processo de impedimento. O presidente da Câmara dos Deputados pensa na política como estratégia para encobrir graves acusações de desvio de recursos públicos. A cúpula do Judiciário pensa na política como facilitadora de seus pleitos corporativos por maiores vencimentos e outros penduricalhos disfarçados de prerrogativas. A grande mídia pensa na política como fonte de quid pro quorocambolescos e policiais para conquistar leitores e audiência. Ora, convenhamos, a política não pode ser reduzida a politicagem, ou associação para o crime de pilhagem da coisa pública.
Política é muito mais que isso. Para além da definição que diz “a arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados”, política é colocar – e fazer colocar – o interesse do país acima das ambições partidárias ou eleitorais do momento. Ou simplesmente, colocar o interesse público acima do interesse privado ou corporativo de qualquer espécie. Para que se garanta de fato o interesse maior de quem carrega nas costas a conta toda do poder público que são os cidadãos eleitores e pagadores de impostos. Se políticos profissionais não pensam, no fundo, nos interesses do país, que seja então a sociedade a fazer isso.
Uma das propostas de um programa de desenvolvimento da cultura de cidadania é empoderar um número cada vez maior de cidadãos para que, por sua própria conta e conhecimento, venham a fiscalizar o uso dos recursos públicos. Henrique Ziller, auditor de controle externo, gravou um vídeo-depoimento para nosso programa de Agentes de Cidadania sobre uma iniciativa na área da saúde pública, a Auditoria Cívica da Saúde. O Instituto de Fiscalização e Controle, de Brasília, percorre regularmente diversas cidades pelo Brasil – devidamente acompanhado por auditores de tribunais de contas e membros do Ministério Público, além de advogados, contadores e especialistas em saúde pública – para oferecer palestras a grupos de cidadãos interessados em aprender como monitorar os gastos no setor. Depois, são elaborados relatórios com sugestões e medidas a serem tomadas para corrigir os desvios. Essas minutas são levadas aos gestores públicos e a partir daí são acompanhadas pelo próprio Ministério Público.
Segundo Ziller, os resultados têm sido bastante positivos e poderiam ser ainda melhores: “A presença do cidadão no município é um fator muito importante para o sucesso das iniciativas dos órgãos de controle. Por sua vez, estes precisam compreender o que está sendo feito e se mostrarem abertos a essas parcerias que, com certeza, terão resultado excelente para a população em geral”. O maior trabalho de cidadania de uma verdadeira elite – os melhores de nós, e não necessariamente os mais afortunados – começa na conscientização e na mobilização de outros cidadãos para a importância do controle social sobre políticos, gestores e orçamentos públicos.
Como está dito em nossa apresentação: “A política é importante demais para ficar nas mãos dos políticos”, uma paródia da célebre frase do diplomata americano Chester Bowles “O governo é grande e importante demais para ficar nas mãos dos políticos”.
Fonte: Época, 8/10/2015

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- quarta-feira, outubro 29, 2008 DEUS NUNCA PERDE

No livro A Força da Fé, escrito pela jornalista Iva Oliveira, a apresentadora Ana Maria Braga, que já venceu dois cânceres, atribui sua cura à intervenção divina e a correntes de oração.

“Sei também que as mensagens positivas e as correntes de oração que fizeram para mim foram fundamentais para que eu pudesse enfrentar momentos tão difíceis. Recebi muita energia da família, dos amigos e dos telespectadores. Essa fé transformou a minha vida, apesar de que Deus sempre teve um significado muito grande para mim, mesmo antes de ficar doente”. 

Ah! Eu conheço essas correntes. Quando minha mulher adoeceu, diversas correntes de oração foram formadas em várias capitais do país. Os participantes todos estavam convictos de que ela seria curada pelo poder da fé. “Estamos empenhando nossos créditos junto ao Poderoso” - disse-me um deles. Eu, que jamais acreditei nessas baboseiras, não podia reclamar. Estava de mãos atadas. Era um gesto de carinho em relação à Baixinha e isso não é coisa que se possa recusar.

Ela acabou partindo. De repente, mudou completamente a visão dos crentes: “agora, ela está em um mundo melhor”. Ora, se ao morrer vamos para um mundo melhor, por que não rezavam então os crentes para que morresse logo? Por que faziam correntes para que ficasse neste mundo pior? Esta pergunta jamais me foi respondida.

Com a mesma nonchalance de um Abraão ou Moisés, Ana Maria Braga tem comunicação direta com o Poderoso:

“Eu nunca deixei de falar com Deus. Também rezava muito na época em que estudei em colégio de freiras. Tinha até calos nos joelhos, pois era o dia inteiro rezando”. 

Não só com o Poderoso, mas também com demais potestades:

“Desde aquela época, passei a ser devota de Nossa Senhora de Lourdes e sempre tive São Benedito na minha cozinha. Porém, de uns tempos para cá, como todo mundo sabe, Nossa Senhora de Fátima Peregrina se transformou em minha grande companheira. Não que eu tenha deixado de ser devota dos outros santos, mas Nossa Senhora de Fátima passou a ter um significado muito grande porque entreguei minha vida em suas mãos na época do meu segundo câncer. Foi quando ela começou a me visitar em casa. Estava muito carente e a chegada da santa foi uma bênção. Ela virou uma grande amiga. Toda noite, conversava com ela. Chorava a seus pés e encontrava forças para lutar contra a doença. Nossos diálogos eram tão intensos que ouso dizer que ela sorria para mim. Hoje, além de recebê-la com freqüência em casa, onde há um altar reservado para ela, faço uma missa em sua homenagem anualmente, porque prometi que assim seria caso sobrevivesse. É a minha maneira de agradecer”.

Ao ter detectado seu último câncer, por via das dúvidas Ana Maria Braga buscou medicina de ponta em Miami, para ver se havia metástases. O resultado foi negativo. Espanta saber que a moça buscou resposta na vã ciência dos mortais, quando poderia interrogar o Onisciente. Se tem tanta intimidade com Deus, a ponto de falar com ele a qualquer hora, bem que poderia perguntar-lhe sobre a evolução da doença. Ou, se não quisesse desviar a atenção do Senhor de suas graves preocupações com o universo, bem que podia perguntar para a Fátima, sua grande amiga.

Em vez de entregar-se aos cuidados do Senhor ou aos braços de sua grande amiga, Ana Maria Braga preferiu internar-se em um dos mais reputados hospitais de São Paulo, o Sírio Libanês. Em vez de entregar-se à graça divina, prudentemente, preferiu fazer quimioterapia. Uma vez curada, encomenda missas não para seus médicos, nem para o Sírio Libanês, mas para a Fátima Peregrina. Insólita homenagem, afinal a Fátima - como também as demais Marias, que no fundo são uma só - está desde há muito nos céus e não precisa de missa alguma.

“Considero-me atualmente uma pessoa espiritualizada, pois, além da crença nos meus santos, sigo princípios do budismo, acredito na vida após a morte e vou tirando um pouquinho de cada religião”. Quer dizer, uma fichinha em cada fé. Nunca se sabe. De qualquer forma, melhor apelar à boa medicina.

Deus sempre ganha. Se a pessoa se cura, é porque Ele a curou. Se morre, é porque Ele, em sua misericórdia, a levou para um mundo melhor. Razão tinha Sua Santidade Bento XVI, ao afirmar que a palavra divina é mais sólida que ações na Bolsa. Largue suas ações da Vale, Petrobras, Volkswagen. 

Faça como Ana Maria Braga, aposte no Verbo divino.

‘Não é preciso um Fiat Elba como prova de peculato’

O Globo
Em entrevista ao colunista Jorge Bastos Moreno, em seu programa “Preto no branco”, exibido neste domingo no Canal Brasil, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, falou sobre o processo de pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff e as discussões que o tema tem provocado; se cabe ou não impugnação ao mandato.
— É um mecanismo que está no texto constitucional. Agora se tem que perguntar se tem fundamento jurídico e político para isso. Também tem que se aceitar que não é necessário que se tenha um Fiat Elba, como sempre se fala, ou uma prova concreta que o presidente cometeu peculato — disse o ministro, numa referência ao carro usado pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello, para fins pessoais, comprado com dinheiro de uma conta fantasma de PC Farias, seu tesoureiro de campanha. — O crime é de responsabilidade política, contra o orçamento, contra a probidade da administração.
Mendes é um dos ministros que analisam o pedido impugnação da chapa Dilma e o vice-presidente Michel Temer, que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra por abuso de poder econômico. A Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (Aime), a pedido do PSDB, aberta na semana passada será um processo longo segundo juristas e uma decisão final ainda pode ser alvo de recurso no Supremo.
Do blog do Noblat

“Governo eleito em urnas eletrônicas, pois. Mas o resultado tão pífio faz supor que melhores coisas sairiam de eleitos em urnas funerárias.” (Pócrates)

“Inflação , desemprego, a coisa está ficando feia. Lá em casa já estamos fazendo churrasco de ovo.” (Climério)

“Quando assisto The Walking Dead imediatamente me lembro do governo Dilma. Ela não é um zumbi?” (Mim)

“O governo Dilma é um filme de terror com reprises diárias.” (Eriatlov)

"MALIDO DA LAINHA" por Percival Puggina. Artigo publicado em 12.10.2015

Quer acesso a recursos públicos para si ou para seu projeto político? Esteja atento ao conselho de Eça de Queiroz em deliciosa crônica de 1871: faça-o numa associação. "Nada há para esses feitos quanto apoiar-se numa associação. A associação inocenta tudo e tudo purifica". Quanta razão tinha o mestre! Que o digam os promotores de invasões. Numa associação, aplicam-se sobre os autores dos crimes camadas e mais camadas de teflon político e jurídico.
 A decisão tomada pelo TCU na última quarta-feira foi, como diria o ministro Roberto Barroso, do STF, um ponto fora da curva. Fugiu à regra. Imediatamente, os membros da associação subiram às tribunas e microfones para defender o governo. Na Assembleia Legislativa gaúcha, um deputado afirmou que as pedaladas fiscais não eram novidade. Já eram praticadas em outros governos. Desceu triunfante da tribuna e ouviu do deputado Marcel Van Hattem que, no autoindulgente senso petista, se um crime não for original, inédito, não é crime...
 Foram os erros e crimes cometidos ao longo dos últimos 13 anos que, primeiro, proporcionaram a Lula seus anos de Midas e, em seguida, nos precipitaram na crise atual. Agora, em nome do caos que produziram, pedem benevolência para manterem a associação e se preservarem no poder. Ora, o Brasil não pode ser uma terra sem lei. São as crianças que brincam dizendo que lei é o "malido da lainha". Isso não serve para adultos, não serve para homens de Estado. Senhores, não podemos deixar o passado no cabide, por mais que convenha à associação. Aliás, não será entre pessoas condenadas pelo próprio passado que vamos encontrar estadistas para nosso futuro.
 As instituições nacionais foram se convertendo, gradualmente, em associações para os fins que Eça ilustrou com seu fino humor. Como consequência, o povo brasileiro - fato sublime - ergueu-se vários degraus acima delas e assumiu a tarefa de pô-las a dançar segundo a música constitucional. O povo fez a bagunçada orquestra sentar e começar a arranhar cordas e resfolegar trompetes e oboés. Por que sublime? É que essas pessoas, indiferentes aos xingamentos dos que as chamam golpistas, coxinhas, lacerdistas, reacionárias, elitistas, e outros adjetivos menos asseados, arregimentam-se para mobilizar as instituições da república. Irrita-se a associação com essa gente de verde e amarelo, rosto exposto e modos civilizados, com lenço e documentos, que não está a serviço de nenhum bandido, seja de que banda ou bando ideológico for. Aliás, como pode alguém indignar-se quando o povo clama às instituições que cumpram seu dever e elas começam a fazer isso?
Zero Hora, 11 de outubro de 2015

Cláudio Humberto

TEMER COMANDA ‘ARTICULAÇÃO POLÍTICA PARALELA’ A falta de habilidade de Dilma com a base aliada no Congresso fez com que o vice-presidente Michel Temer assumisse, não-oficialmente, a articulação política “paralela” do governo. A desastrada reforma reforçou a atuação de Temer, que organiza reuniões no Palácio do Jaburu e trata diretamente com parlamentares. Temer intercedeu no PMDB e garantiu votar na próxima semana o veto de Dilma ao reajuste do Judiciário, que custará R$ 26 bilhões a mais no orçamento até 2018.

 QUE FIQUE CLARO Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) garante que os peemedebistas independentes votarão a favor do veto: “Mas por causa do Temer”.

 QUEM MANDA Temer tem influência até na oposição, que, de olho na queda de Dilma, promete dar quórum na sessão da próxima terça-feira (13).

 ESTADO NOVO Aliados e oposição concordam: Temer articula em “causa própria”. Um aumento de gastos teria enorme impacto num possível governo Temer.


 EX-ARTICULADOR-GERAL Temer chegou a ocupar oficialmente a posição de “articulador-geral” de Dilma, nas negociações com o Congresso. Não durou

 AQUI ME TENS DE REGRESSO O deputado Leonardo Picciani (RJ) tenta se reaproximar de Eduardo Cunha, que o retirou do baixo clero. O hoje líder do PMDB avisou que apoiar o governo não implica em romper com o presidente da Câmara.

 OTIMIZANDO Com a Lava Jato na cola, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve considerar apenas o pedido de impeachment de Dilma apresentado pelo jurista Hélio Bicudo, considerado irrespondível.

 DEVERES E OBRIGAÇÕES “O Brasil espera que esta Casa (Câmara) cumpra seu dever. Esta Casa espera que a sociedade compre sem dever”, ironiza o deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR), sobre as tentativas de aumento de imposto.

 JÁ HÁ FUNDAMENTO O deputado Mendonça Filho (DEM-PE) diz que a rejeição das contas de Dilma não precisa ser aprovada no Congresso para dar andamento ao impeachment. “O parecer do TCU já é suficiente à base legal”.


FATOR SERRA É tão real a aproximação de José Serra do PDMB que medalhões já manifestam receios, a começar pela paulistização do partido. Além de o fato de Serra “só pensar naquilo”: a presidência da República.



 CÃES DE GUARDA Crítico do governo, o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) mal acredita no erro político primário do governo, ao tentar desacreditar o TCU: “Isso foi obra da ala radical do PT”. Deu no que deu.

 NO MURO A tendência é o “novo blocão”, sem o PMDB, seguir governista, mas o líder Dudu da Fonte (PE) garante respeitar a posição de cada partido. O grupo se compõe de 82 deputados do PP, PTB, PSC e PHS.

 DESASTRE A reforma de Dilma foi tão desastrosa que tem aliado torcendo para Dilma pegar um voo Malaysian Airlines na próxima viagem à Ásia.