segunda-feira, 27 de julho de 2015

“Meu velho está firme e forte, quase chegando aos cem anos. Casei-me por dinheiro e pelo jeito não irei aproveitar, pois estou envelhecendo com ele.” (Eulália)

“A vida começa aos quarenta. Começa sim, começa a ir embora.” (Mim)

Paraisópolis é a novela. Já Parasitópolis é a nova sede do governo do PT.

RS- DAER NÃO TEM DINHEIRO NEM PARA TAPAR BURACOS DAS ESTRADAS

O Daer, departamento que cuida das rodovias estaduais gaúchas, admitiu esta manhã que não tem dinheiro nem para tapar buracos no RS.

Foi o resumo da ópera, segundo Ricardo Nunes disse ao programa Gaúcha Atualidade, RBS.

Resta saber o que é feito do farto dinheiro dos pedágios recolhidos pela EGR.
Do blog do Políbio Braga

Suecos insatisfeitos

gripen
Compra de 36 Gripen NG pode não sair
Uma missão sueca desembarcou hoje em Brasília para reuniões no Ministério da Fazenda e no Itamaraty para a última tentativa de fazer o governo brasileiro honrar o que foi acordado sobre as taxas de juros da compra de 36 caças Gripen NG.
Joaquim Levy vem tentando renegociar a compra alegando dificuldades econômicas por parte do governo brasileiro.
Os suecos estão à beira de desistir do negócio de 5,4 bilhões de dólares.
Por Lauro Jardim

SPA FACILIDADE- Em dois dias, 73 presos fogem de duas delegacias no Paraná

OS SAFADOS CONTRA-ATACAM- Odebrecht ataca Moro e não explica anotações cifradas encontradas em celular

“A solidão às vezes nos obriga a uma convivência difícil.” (Filosofeno)

“Os únicos sujeitos seguros no Brasil são os bandidos em prisões de segurança máxima.” (Mim)

“Chorar em velório é fácil. Duro é doar um rim.” (Mim)

“Digo aos amigos que venham me visitar. Sempre arrumo um tempo para falar mal dos outros.” (Climério)

Haciendo

Fonte: 


El Blog de Medicina Cubana

A esa noo...!

Resultado de imagem para VENEZUELA JOKES

FRUTO MADURO

                   

Liberdade é Pessoal - Não ultrapasse, por Adewale B.

Liberdade é pessoal - Salário Mínimo, por Jeffrey Tucker

“Não posso falar mal de sogras. Já tive três e nenhuma delas envenenou a minha sopa.” (Mim)

Jurassic World: não precisa ir ao cinema; é no Brasil mesmo!


Jurassic World: não precisa ir ao cinema; é no Brasil mesmo!

Foto de um participante do Foro de São Paulo
Levei minha filha para ver “Jurassic World” neste domingo. Afinal, trata-se da terceira maior bilheteria da história, e queria checar a alta produção da coisa, já que do resto não esperava muito mesmo. Atende bem às expectativas: diversão garantida por duas horas em que o público é transportado para um mundo paralelo onde dinossauros ganham vida de forma incrivelmente realista. Viva a tecnologia capitalista!
Mas fiquei a pensar sobre os dinossauros depois. Extintos há milhões de anos, seria mesmo interessante trazê-los à vida novamente? Foi quando caiu minha ficha: eles não foram extintos coisa alguma! Quem diz isso nunca foi ao Brasil, nunca frequentou uma reunião da UNE ou do Foro de São Paulo, jamais participou de um evento sindical. Os dinossauros ainda existem! E mais: estão no poder no Brasil!
Senão, vejamos: que outro animal ainda defenderia a ilha-presídio caribenha, feudo dos irmãos Castro, em pleno século XXI? Que bicho, além de um TiranoRex, poderia se empolgar com o bolivarianismo? Alguém consegue imaginar um ser humano moderno repetindo que privatização é “entreguismo” e usando expressões como “exploração burguesa”? É ou não é prova definitiva de que dinossauros ainda existem?
Somente um quadrúpede com sangue quente e cérebro pequeno poderia, por exemplo, defender com unhas e dentes (e que unhas e que dentes!) o “patrono” da educação brasileira, Paulo Freire, aquele que enxergava apenas “oprimidos” e “opressores” nas salas de aula, e não alunos que deveriam aprender e apreender conhecimento objetivo. Que outro animal, além de um “lagarto terrível” que habita o planeta há milhões de anos, colocar-se-ia contra a evolução tecnológica capitalista em nome da “proteção de empregos”?
Mas nem tudo é desespero. Spoiler: o dinossauro terrível, geneticamente modificado, acaba derrotado no final (sério?). E não necessariamente pelos homens, incapazes de lutar no mano a mano com um bicho tão terrível. Ele é derrotado… por outros dinossauros! Eis a sacada, a mensagem captada nas entrelinhas: para derrotar esses monstros, só mesmo… outros monstros! Ei, não falei nada de Eduardo Cunha contra o PT, viu? Foi você quem pensou nisso!
Rodrigo Constantino

OTO

O mordomo Oto amava o amo
Amava a ama também
E na separação dos amos
Ficou o Oto sem um vintém.

“A opinião de um canalha muda conforme lhe pagam.” (Filosofeno)

Socialismo: o entulho da história. Ou: Venezuela repete desgraça soviética, mas a esquerda nunca aprende!


Socialismo: o entulho da história. Ou: Venezuela repete desgraça soviética, mas a esquerda nunca aprende!

Na VEJA desta semana, Eduard Wolf escreve uma ótima resenha do livro Camaradas, do inglês Robert Service, em que narra a ascensão e queda do comunismo. Ele atesta: violência e autoritarismo estão na essência dessa decrépita doutrina. O recado é óbvio para liberais e conservadores, mas precisa ser repetido, pois ainda há muito esquerdista insistindo por aí que houve, na União Soviética (e em todas as demais experiências socialistas), uma “deturpação” da utopia marxista. O problema foram seus líderes, não suas premissas, alegam. Estão errados, claro.
O historiador Richard Pipes já tinha mostrado, antes, que os resultados trágicos do socialismo “real” foram consequência lógica de seus métodos e teorias, que não poderiam levar a destino muito diferente. O socialismo não é uma boa ideia que fracassou; é uma má ideia em sua essência, por desprezar a natureza humana, por tratar indivíduos como insetos gregários, por subverter todo o código de valores “burgueses”, responsável pela relativa ordem a paz dos países desenvolvidos. Service também mostra que a violência era intrínseca ao comunismo, como argumenta Wolf:
Wolf
Ao usar seus “nobres fins” para justificar quaisquer meios, os revolucionários comunistas estão dispostos a tudo, a “fazer o diabo” para chegar e permanecer no poder. O fervor dogmático garante a paz de consciência para todo tipo de crime, praticado em nome do “povo” ou da utopia. A ditadura do proletariado era não só tolerada, como enaltecida enquanto meta “intermediária” para o destino final: o fim do estado. Ou seja: os comunistas pretendiam criar uma ditadura para depois simplesmente aboli-la, sem mais nem menos. É preciso ser ou muito idiota, ou muito cara de pau para crer em algo assim.
Mas não foram poucos os “intelectuais” que flertaram ou se apaixonaram com essa ideologia assassina. Vários pensadores importantes defenderam o comunismo e o socialismo, mesmo diante de seus resultados trágicos. Para eles, ou esses fatos eram simplesmente ignorados, não existiam, ou então eram aceitáveis pelo “bem maior”, pelo prêmio que eventualmente a humanidade ganharia se ao menos insistisse em seu objetivo de forma obstinada. Cadáveres sendo empilhados, miséria se espalhando, mas todo esforço precisava ser redobrado para, finalmente, o mundo ser igualitário, “justo”. Wolf conclui:
Wolf2
Com novo manto, o comunismo continua sendo pregado por quem nada aprendeu com a história. Vide o bolivarianismo chavista, o “socialismo do século XXI”, que voltou a encantar inúmeros idiotas úteis e “intelectuais” em busca de algum ópio para suas angústias existenciais. Essa gente toda defendeu a Venezuela sob o comando do bufão autoritário Hugo Chávez, e muitos fingem, agora, não ter nada a ver com seu resultado catastrófico. Seria, uma vez mais, o caso de uma “deturpação” do socialismo, de algum desvio qualquer.
Uma reportagem de Franz von Bergen no GLOBO de hoje mostra, porém, como a experiência venezuelana repetiu os mesmos passos da União Soviética. Nada disso é coincidência, ou puro acaso. É exatamente o que pessoas razoáveis esperavam dos métodos adotados por Chávez e Maduro. O socialismo nunca foi capaz de produzir resultados diferentes. A Venezuela, cada vez mais parecida com Cuba, segue a mesma ópera bufa soviética, e tudo isso foi previsto pelos liberais e conservadores, e ignorado pela esquerda em geral. Diz o jornal:
Se uma mulher decide sair para comprar carne, a menos que tenha sorte, não conseguirá fazê-lo de uma só tacada. Será necessária uma série de decisões que podem implicar: 1) não encontrar o produto e ter de buscá-lo em outro lugar; 2) encontrar o que buscava, mas enfrentar fila para comprá-lo; 3) substituir a carne por outra proteína; 4) adiar a compra e 5) abandonar a ideia completamente.
O exemplo poderia descrever a rotina de escassez vivida pelos venezuelanos. Mas foi pensado por János Kornai, economista húngaro nascido em 1928 e um dos maiores estudiosos das economias dos países socialistas europeus do bloco soviético. No livro “The Socialist System: The Political Economy of Communism”, Kornai adverte que esse sistema se transformou em uma “economia da escassez”, já que o fenômeno tornou-se “frequente”, “geral”, “intensivo” e “crônico”. Essa foi uma das consequências mais graves do socialismo clássico, que se apoiava na gestão governamental do aparato produtivo e em um planejamento centralizado que aplicava mecanismos de controle para anular a influência do mercado sobre a economia.
Desde que o chavismo se declarou socialista, em 2005, o governo tomou uma série de medidas que levaram o projeto a um modelo parecido ao que fracassou no Leste europeu. Embora com uma nova roupagem de “socialismo do século XXI”, o princípio é o mesmo, porque se controlam diretamente a economia e outras atividades, em vez de supervisar os mercados respeitando as liberdades.
Expropriação de empresas, ataque ao capitalismo, aos ricos e à sua “ganância”, demonização do lucro, discurso populista em prol da “justiça social”, concentração de poder e recursos no estado, antiamericanismo, eis o script ipsis literis dos velhos – e novos – socialistas. Nada mudou, tanto nos meios pregados como, claro, nos resultados obtidos. O socialismo produz somente escravidão, miséria e inanição, escassez generalizada. Mas ainda tem quem o defenda! Os dinossauros continham vivos! É uma doença mental, ou um sério desvio de caráter. Nada mais pode justificar a insanidade de querer fazer tudo exatamente igual, e ainda esperar resultados distintos.
Rodrigo Constantino

Trabalhista britânico renuncia após ser flagrado com cocaína e sutiã


Trabalhista britânico renuncia após ser flagrado com cocaína e sutiã

Ah, a dolce vita da esquerda caviar! Essa notícia é a cara da hipocrisia da esquerda:
O vice-presidente da Câmara dos Lordes britânica, John Sewel, renunciou após a divulgação, no domingo e nesta segunda-feira, de fotos e de um vídeo em que ele aparece consumindo cocaína com prostitutas. A Câmara dos Lordes é a câmara mais alta do Parlamento britânico.
As imagens comprometedoras do lorde escocês, de 69 anos e casado, foram divulgadas pelo tabloide The Sun. Nelas, ele aparece sem camisa utilizando cocaína sobre os seios de uma das mulheres com uma nota de cinco libras enrolada. Em outras imagens, Sewel assina um cheque de 200 libras para uma das prostitutas e é flagrado também fumando charutos e usando um sutiã vermelho.
O Partido Trabalhista anunciou nesta segunda-feira a suspensão de Sewel de seus quadros e informou que vai abrir um processo para excluir o parlamentar da legenda. Entre outras funções na Câmara dos Lordes, Sewel era uma das autoridades parlamentares encarregadas de velar pela boa conduta dos demais membros.
“Estas graves acusações serão transferidas ao responsável pelo regulamento da Câmara dos Lordes, assim como à polícia para uma investigação urgente”, disse a presidente da Câmara dos Lordes, a baronesa Frances D’Souza.
Um lorde no partido trabalhista pregando moralidade enquanto trai a mulher com prostituas em meio a muita droga ilegal: é mesmo um script de filme, não é? Mas é a realidade de muito ícone da esquerda caviar. Ah, se as paredes falassem…
Rodrigo Constantino

“Estou na idade do meio. Meio-pobre, meio-velho- meio-estressado e meio-impotente.” (Climério)

Dilma, a estagiária que fez experimentos com o Brasil. Ou: A embalagem petista está vazia


Dilma, a estagiária que fez experimentos com o Brasil. Ou: A embalagem petista está vazia

editorial do Estadão de hoje está, como de praxe, um primor, tanto em forma como em conteúdo. A descrição que o jornal faz das “habilidades” de nossa presidente é impecável, até porque, convenhamos, elas não existem! Ao conselho do ex-presidente Lula, para que Dilma saia mais às ruas, fale mais com o povo, abrace crianças, enfim, para que seja mais populista como ele mesmo, o jornal rebate alegando que não funcionaria. Afinal, o povo já se deu conta de que comprou gato por lebre, que foi enganado, ludibriado pelo marqueteiro. Diz o editorial:
É preciso acabar de uma vez por todas com a lenda segundo a qual a presidente Dilma Rousseff enfrenta imensas dificuldades políticas porque não é afeita ao varejo das negociações com o Congresso e porque ela tampouco se anima a se expor aos eleitores em busca de popularidade. O desastre de sua presidência não resulta dessas características, e sim de sua incontestável incapacidade de diagnosticar os problemas do País e de ministrar-lhes os remédios adequados. A esta altura, a maioria absoluta dos brasileiros, de todas as classes sociais, já se deu conta de que o problema de Dilma não é sua reclusão ou sua ojeriza aos políticos, mas simplesmente sua incompetência. Prometeram-lhes uma “gerentona” e lhes entregaram uma estagiária.
[...]
Dilma, Lula e os petistas agarram-se assim à crença de que basta melhorar a comunicação com os eleitores para que esse combalido governo comece a respirar e a dar a volta por cima. De fato, a atividade política é baseada em imagem, marketing e slogans, mas, como mostram as agruras de Dilma, só isso não é suficiente: se a embalagem do produto vendido estiver vazia, o consumidor se sentirá enganado e não tornará a comprá-lo.
Que resumo perfeito: os eleitores de Dilma acharam que tinham comprado uma gerentona, mas levaram uma estagiária incompetente e irresponsável, que resolveu brincar de fazer experimentos heterodoxos com o Brasil, impondo sua “nova matriz macroeconômica”, filhote do desenvolvimentismo. Como resposta à reação do povo enganado que agora acordou, o PT oferece não uma mudança radical de rumo, mas a empulhação, o engodo, mais mentiras e passes de mágica, o populismo.
Mas não vai funcionar: mesmo os que votaram em Dilma já perceberam que a embalagem estava vazia quando chegaram em casa. Demorou, é verdade. Mas aconteceu. A farsa acabou. E a estagiária, que nunca deveria ter acumulado tanto poder, será demitida!
Rodrigo Constantino

Comparações

O que é preto e branco e todo vermelho?


FONTE: http://www.commonsenseevaluation.com/tag/communism/page/3/#sthash.f11SCdL2.dpbs

Portal Libertarianismo- Professores universitários deveriam poder manter relações sexuais com seus alunos?

Dois escândalos sexuais em Departamentos de Filosofia têm, bem, escandalizado o mundo acadêmico nos últimos dias.
Um deles, na Universidade de Miami na Flórida, levou à renúncia do professor Colin McGinn. O outro, na Universidade do Colorado, Boulder, resultou na substituição do chefe do departamento, Graeme Forbes.
 O caso do professor McGinn diz respeito a uma série de e-mails e mensagens de texto (SMS) entre ele e uma doutoranda. O conteúdo não foi divulgado e ambas as partes concordaram em não falar sobre o caso; no entanto, certamente, houve insinuações sugestivas e indiretas indecorosas. O caso do Colorado, de acordo com um relatório interno da Universidade, envolveu o departamento de filosofia e sua suposta cultura de interação e abuso sexual em reuniões oficiais e compromissos sociais.
Os casos levaram a muita discussão com respeito aos indivíduos envolvidos, assim como à questão mais ampla da filosofia acadêmica. Essa profissão é majoritariamente masculina (80%), e esse desequilíbrio estatístico levanta questões mais profundas: o estilo de argumentação baseado em confrontos (às vezes brutais) da filosofia é menos atraente para as mulheres? A menor representação feminina, combinada com a dinâmica de poder professor-estudante, levou a uma dinâmica sexual insalubre? Ou, de forma mais grosseira, o mundo da filosofia profissional é um “clube do Bolinha”, como um crítico ferrenho a denominou?
(Os sete departamentos acadêmicos dos quais fiz parte como estudante ou professor sempre me pareceram totalmente assexuais, mas talvez eu simplesmente não tenha sido convidado para as festas certas).
Os casos de Miami e Colorado levantam uma série de questionamentos. Carreiras são importantes. Educação é importante. Sexo é importante. E, como seres humanos, não somos estritamente compartimentalizados: agora eu sou somente um estudioso, agora eu sou somente um ser sexual, agora sou somente um ser social. Regularmente, perseguimos muitos objetivos simultaneamente – vamos a festas, por exemplo, para socializar e comer e aprender coisas e flertar. Mas em outras situações, talvez não seja apropriado perseguir alguns objetivos. Na vida profissional, especialmente de alto risco, devemos identificar princípios que nos ajudem a decidir quais objetivos deveriam ser ou não perseguidos.
Os casos do Colorado e de Miami são tidos como estereótipos – professores mais velhos e mulheres (estudantes) mais novas – com três elementos em ação: 1) a dinâmica de homens que procurammulheres 2) diferença de idade: homens mais velhos que procuram mulheres muito mais jovens e 3) diferença de poder: de uma posição de autoridade, o professor procura o estudante.
Contudo, necessitamos de princípios mais amplos, pois outras combinações são possíveis.
E se a diferença de idade for menor? Roberto é um professor de literatura de 29 anos e Jane é uma estudante de doutorado de 25 anos.
E se os gêneros forem invertidos? Maria é uma professora-assistente de biologia de 26 anos e Gerhard é um estudando de graduação de 24 anos.
E o que dizer combinações entre gays e lésbicas? Tabitha é uma professora de 33 anos e Marika é uma mulher de 33 anos que decidiu voltar à faculdade há pouco tempo.
E se o estudante iniciar o flerte, seja homem ou mulher, novo ou velho, gay ou não?
Quaisquer que sejam os princípios da ética profissional que inventemos, deveriam se adaptar a todas as variantes.
A primeira coisa é identificar os valores envolvidos de cada uma das partes.  A relação é de diversão, educação, trabalho, romance ou o quê? A segunda coisa é priorizar os valores: os valores sendo perseguidos deveriam ter importância relativamente igual a cada uma das partes e a satisfação daquele valor para ambas as partes deveria ser mutuamente importante.
Dois amigos indo ao cinema, por exemplo, sabem que a diversão é o propósito daquela tarde, que ver o filme juntos é do que se trata, primeiramente, seu tempo junto, e que aproveitar o tempo que passam juntos importa. Essa é uma relação saudável. Isso não quer dizer que outros valores não podem ser introduzidos durante essa tarde – desabafar sobre um duro dia de trabalho, flertar, falar sobre investimentos, debater política e assim por diante – mas esses tópicos deveriam ser evitados se fossem de encontro ao proposito principal da relação.
Especificamente no contexto do ensino superior, o valor central é o aprendizado, e a relação central é a do professor-estudante. Cada parte na relação compromete-se a alcançar aquele valor como seu objetivo primário. Cada qual contribui com algo para o processo de aprendizado – conhecimento e tutoria vindos do professor, esforço vindo do aluno. O professor receber valor como resultado – pagamento, a satisfação de exercer a sua profissão e avanço profissional. O estudante também recebe valores – conhecimento, tutoria para a sua carreira e, tomara, um diploma.
Ao mesmo tempo, cada um aderiu a um compromisso para com o outro. O professor deve ser o tipo de professor e mentor que assiste o estudante no crescimento educacional, e o estudante deve ser o tipo de aprendiz e futuro profissional que será um mérito ao professor.
Nada disso exclui outros valores da relação. Professores e estudantes de graduação podem ter se tornado amigos, amantes, casais e assim por diante. Eles podem trabalhar em campanhas políticas ou frequentar a mesma igreja, ou até praticar juntos os mesmos tipos de esportes. Porém, qualquer fator que possa conflitar com a busca daquele valor principal do aprendizado deve ser avaliado com cautela, introduzido na relação primária delicadamente, e, se necessário, colocado de lado para não interferir com a busca do valor principal. Alternativamente, se existe um conflito, entretanto ambas as partes acreditam que o relacionamento amoroso, digamos, é mais importante, então eles deveriam parar de serem professor e estudante.
Combinar a relação professor-estudante com romance é possível, mas obviamente, complicado. O estudante tem que se perguntar: estou conseguindo a nota, a recomendação, o conselho por causa dos meus méritos – ou porque estou dormindo com o professor? E do lado do professor: estou fazendo sexo porque eu sou um trampolim para o avanço do estudante?
E os departamentos acadêmicos são conhecidos como lugares de fofocas. É necessário proteger sua reputação contra ser visto como alguém que falta profissionalismo. Professores não querem a ser conhecidos por usarem suas aulas como locais de caçada para parceiros sexuais, e os estudantes não querem a reputação de dormir com o professor para alcançar seu objetivo.
Do lado positive, como membros de um departamento e de uma universidade, os professores tem um dever para com as instituições e, portanto, tem a responsabilidade de melhorar a reputação daquelas instituições em vez de depreciar. Da mesma forma, os estudantes de graduação quando se juntam a um departamento e a uma universidade.
Também é importante realçar o fato de que os estudantes de graduação são adultos. Não estamos aqui falando de professores que têm relação com menores de idade ou mesmo com jovens adultos, tais como os estudantes de graduação. O estudante típico de doutorado é maduro o suficiente para ter se graduado em uma universidade, o qual normalmente significa ter mais do que 22 anos de idade, e inteligência suficiente para ser um candidato a um diploma de doutorado.
Então, minha resposta a questão de quando os professores podem ter relações sexuais com seus estudantes é: raramente. Nenhuma decisão universal é possível para todos os indivíduos. Os princípios mais importantes são o bom senso tanto do professor quanto do estudante, e o comprometimento real de ambos à integridade da experiência educacional.
// Tradução de Matheus Pacini. Revisão de Vinicius Cintra. | Artigo Original

Sobre o autor

Hicks-Stephen-2013
Stephen Hicks é professor de Filosofia na Rockford University em Illinois. Ele é o autor de "Explaining Postmodernism: Skepticism and Socialism from Rousseau to Foucault" (Scholargy Publishing, 2004). Ele pode ser contactado pelo seu website.

ARTIGO, DAVID COIMBRA, ZERO HORA - QUEM É A ELITE PERVERSA DE LULA

Lula acha que os governos do PT são criticados e que a popularidade de Dilma é de apenas 7% porque graças a ele, Lula, os pobres agora viajam de avião e comem em restaurantes.

Sério, ele pensa isso.

Sua frase, durante um discurso para 200 pessoas no ABC paulista, no fim de semana, foi a seguinte:

"Eu ando de saco cheio. Tudo que é conquista social incomoda uma elite perversa neste país".

Leia todas as últimas notícias de Zero Hora
Leia todas as colunas de David Coimbra

É estranho. Jurava que a elite amava Lula. Afinal, vejamos:

1. Nunca na história deste país, os banqueiros obtiveram tantos lucros como nos governos do PT;

2. A elite política, representada por Maluf, Sarney, Calheiros, Temer, entre outros, sempre esteve fechada com Lula. Um de seus aliados, Fernando Collor, inclusive, pôde montar uma linda coleção de carros de playboy durante as administrações petistas;

3. Empresários emergentes, como Eike Batista, emergiram de vez graças a generosos empréstimos do BNDES, mesmo que depois tenham submergido;

4. Há vários amigos próximos de Lula morando atualmente no Paraná, todos com sobrenomes famosos, como Odebrecht, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez. Um deles até o apelidou, carinhosamente, de "Brahma".


Esses é que são a elite do Brasil. A elite do Brasil mora em tríplex, como Lula. Roda em Maseratis, como Collor. Tem contas na Suíça, como Odebrecht. Assalariados, como eu e a maioria dos meus amigos, não pertencemos à elite. Mas Lula quer dizer que sim. Quer dizer que eu, filho de professora primária e neto de sapateiro, que sustento minha família com meu salário, amigo de aposentados que ganham mil reais por mês, de funcionários públicos que pagam aluguel, de jornalistas que andam de ônibus, Lula quer dizer que eu e toda essa gente que sofre com o desconto do Imposto de Renda, com a falta de água e de luz a cada chuva, com as ruas esburacadas, com os assaltos, com a educação deficiente, com os hospitais lotados e com o preço do tomate, Lula quer dizer que nós somos da elite?

Do blog do Políbio Braga- LAVA JATO REVELA QUE ODEBRECHT PRESENTEAVA GABRIELLI E GRAÇA FOSTER COM CARAS OBRAS DE ARTE

O repórter André Dusek, conta hoje no jornal O Estado de S. Paulo que a força-tarefa da Operação Lava Jato afirma que a Odebrecht, supostamente envolvida com o esquema de corrupção e propinas que se instalou na Petrobras entre 2004 e 2014, presenteou com quadros e pinturas "de alto valor" ex-dirigentes da estatal petrolífera, entre eles os ex-presidentes José Sergio Gabrielli (2005/2012) e Graça Foster (2012/2015).

Leia toda a reportagem:

Na denúncia que apresentou à Justiça Federal na sexta-feira (24) contra o presidente da maior empreiteira do país, Marcelo Bahia Odebrecht, e executivos do grupo - formalmente acusados por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa -, o Ministério Público Federal destaca, às páginas 41 e 42, a apreensão de documento na sede da construtora, intitulado "Relação de Brindes Especiais-2010".

O documento traz "listagem de diversos funcionários da Petrobras, o cargo por eles ocupado e a diretoria a que são vinculados e o respectivo 'brinde' recebido". Os procuradores que subscrevem a denúncia, em 205 páginas, atribuem à Odebrecht pagamento de R$ 389 milhões em propinas para ex-diretores da Petrobras que ocuparam cargos estratégicos na estatal, como Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e Renato Duque (Serviços).

Os procuradores afirmam que Rogério Araújo, alto executivo da empreiteira - afastado do cargo depois que foi preso, em 19 de junho, junto com o líder da companhia -, exercia o papel de "remetente da totalidade dos presentes". Os procuradores concluíram que, pelas anotações, os "brindes" seriam pinturas de artistas como Alfredo Volpi, Cildo Meireles, Armando Romanelli e Oscar Niemeyer.

"A listagem é formada tão somente por funcionários do alto escalão da Petrobras. Como seu presidente à época, José Sergio Gabrielli de Azevedo, os diretores Maria das Graças Foster (na época, diretora de Óleo e Gás), Paulo Roberto Costa, Renato Duque, Jorge Luiz Zelada (Internacional) e Nestor Cerveró (Internacional), além do então gerente executivo de Engenharia Pedro Barusco", assinala a Procuradoria da República.

Reforça a suspeita do vínculo de Rogério Araújo com ex-dirigentes da estatal o número de encontros com Renato Duque na sede da Petrobras, no Rio - 256 visitas, entre 2004 e 2012. Nesse período, ele visitou 167 vezes Paulo Roberto Costa e 39 vezes Pedro Barusco. "As provas demonstram claramente a boa relação de Rogério Araújo com funcionários da Petrobras", dizem os procuradores - segundo eles, Araújo era próximo também de Nestor Cerveró. Gabrielli e Graça foram procurados pela reportagem, mas não quiseram se manifestar.

“Já fui desprezado até por dragão. E olha que ela cheirava a enxofre.” (Climério)

“A clima é bom. Como nascem corruptos neste país!” (Eriatlov)

“Não sei se penso bem ou mal. Eu penso. E não quero ser tutelado por ninguém.“ (Mim)

OS PALHAÇOS MÓRBIDOS

Fonte: 

Kiev Ukraine News Blog

A MÁQUINA DE LAMA por Gilnei Lima. Artigo publicado em 25.07.2015

A internet trouxe vários efeitos benignos, que todos conhecemos. Mas também trouxe alguns vírus: a malignidade da rede aberta. Mesmo assim, qualquer ideia de regular, censurar ou monitorar a rede é uma aberração contra a qual temos que lutar até as vias de fato.

O escritor Umberto Eco chama de "máquina de lama" a miríade de sites destinados a propagar informações falsas - na qual muitos incautos caem -, inverdades e fraudes que versam o outro lado da verdade. Porém, lembro a vocês que não existem dois lados para a verdade: o outro lado da verdade é a mentira. O que tem faces diversas são as opiniões, a visão dos fatos. Mas fato é fato. Não tem meio-fato. O que não é fato, mas divulgado como tal, é factoide, ou seja, mentira. Cuidado com elas.

Eco diz que os sites que espargem verdades inventadas, são a versão atualizada e repaginada, com novo layout editorial, dos veículos sensacionalistas de um passado nem tão distante. Diante desse ambiente, a função da imprensa profissional é apurar fatos, checá-los e, a partir deles, fazer suas análises. Permitindo inclusive, a publicação da opinião do divulgador do fato jornalístico, mesmo diante de uma visão que pode ser controversa. Mas a verdade ignora o lado de quem a divulga. Faz pouco caso da elegância ou da estética. A verdade não participa de concursos de beleza, tampouco de concurso de simpatias. Não tem cores, não tem bandeiras, ideologias ou partidos. Não torce por ninguém, pois que se basta em si mesma, simplesmente por ser a verdade. Isso faz da verdade algo ímpar, sem cópias,subtítulos ou linhas de apoio. A verdade é pontual, e ponto!

A verdade é a ferramenta do verdadeiro jornalismo, e serve de espada e escudo ao leitor interessado. "Os jovens leem os jornais para saber se o que veem na internet é verdadeiro ou falso", disse o escritor há algumas semanas ao jornal espanhol El País, em entrevista.

A análise aparentemente em nível de superfície, feita por Umberto Eco, na verdade tem raízes extremamente profundas e consolidadas, e vale muito para o Brasil do momento. O Brasil atual, o qual nenhum de nós queria ver e ter que conviver. Seguramente gostaríamos que fosse apenas um sonho ruim, daqueles pesadelos que temos depois de um porre de vinho de má qualidade. Muita dor de cabeça e indisposição, mas que passa até a hora do almoço, depois que acordamos. Pena que seja mais que um porre. É uma brutal infecção, gestada há décadas, que agora eclode em septicemia social e moral, com efeitos colaterais de total ausência de ética, decência e moral. Nos tornamos a nação dos desmoralizados.

Nunca antes na história desse país a Justiça, todas as polícias e o Ministérios Público, trabalharam com tanta liberdade...até que a pata suja do Estado começasse a se mostrar, tal como agora, com determinação de que investiguem o Promotor Federal que indiciou Lula; da proibição do Juiz Federal Sergio Moro de emitir decisão sobre indiciamento de Eduardo Cunha, por ordem do ordenança do reino, Ricardo Lewandowski.

Até aqui, antes do retrocesso com sintomas fétidos, empresários e políticos poderosos foram investigados e muita sujeira saiu debaixo do tapete, borbulharam os bueiros entupidos com os dejetos da corrupção. Outros tantos, por decisão abalizada da Justiça, foram encarcerados. Isto foi um sinal de saúde democrática, em meio a história repleta de imoralidade e privação de liberdade e autonomia dos poderes. Um sinal de democracia madura, mas que começa a dar seus sinais de falência, caso a inércia dos cidadãos permita a reconstrução da pizzaria.

Jornalismo não é militância, e nem pode ser. Cabe à imprensa profissional manter a sobriedade. Mais: a serenidade e a independência absoluta. Fazer jornalismo para o leitor é a regra fundamental. Nunca, penas à soldo.

O exemplo mais profundo do jornalismo verdade que se tem buscado - e encontrado em alguns veículos, e em muitos trabalhos independentes, porém muito profissionais - foi a afirmação de Emílio Odebrecht, que disse em entrevista à uma revista, diante da iminência da prisão de seu filho Marcelo: "Ao prenderem o Marcelo, terão que arrumar mais três celas. Uma para mim, uma para o Lula e outra para Dilma".

"A existência da imprensa é uma garantia de democracia, de liberdade", disse Umberto Eco naquela entrevista aos espanhóis. Que as sábias palavras de Umberto façam Eco em nossos ouvidos e que não deixemos passar o bonde superlotado da história, da qual somos partícipes, autores e atores.

Estamos cansados de ser os mal pagos coadjuvantes de um história suja, onde os que nos roubam o circo sempre ficam com a parte do leão.

*Jornalista
 

“Sonhar é bom, mas para realizar sonhos é preciso sair da cama.” (Mim)

“O PT jamais chegaria ao governo não fosse pelos maus políticos que sempre tivemos. Foi cria da desilusão.” (Mim)

No país do Helldyr Macedo eu digo para o meu povo: “Não é preciso pastar para ser feliz.” (Mim)

“A cada novo aprendizado me afasto um pouco mais do fantasma da ignorância.” (Filosofeno)

João Cesar de Melo- Os seis andares de Lúcio Costa

lucio costa


Brasília é um símbolo da arrogância socialista: um poder central que canaliza, por meio da cobrança de impostos, grande parte dos esforços de milhões de cidadãos de dezenas de milhares de cidades e que um dia decide construir uma nova capital marcada por palácios e monumentos, tudo meticulosamente planejado: onde as pessoas devem dormir, onde as pessoas devem comer, onde as pessoas devem trabalhar, onde as pessoas devem se divertir e, obviamente, destinando os melhores edifícios aos donos do poder. Mas, a despeito disso, em sua concepção encontramos um “deslize” conceitual que refuta o discurso socialista e a justificativa da construção da própria cidade. Certa vez, perguntaram ao autor do Plano Piloto de Brasília qual a razão dos edifícios das zonas residenciais terem seis andares, não cinco ou sete. Porque até a altura de seis andares − respondeu Lúcio Costa −, uma mãe pode chamar, pela janela, seus filhos para o almoço ou para o jantar.


 Lembrei-me dessa resposta em todas as minhas caminhadas por Cingapura. Lembrei-me também de uma colocação feita por Hélio Beltrão numa de suas palestras: “As pessoas não moram em países. As pessoas moram em cidades”. Cidades! Com toda a certeza, o que mais influenciou o desenvolvimento de Cingapura foi o fato dela ser uma cidade que vive em função de si mesma. O que se entende como “Estado”, em Cingapura é um aparato muito menor e totalmente voltado para os interesses de seus habitantes, quase como a administração de um condomínio. Seus habitantes trabalham certos de que os impostos não são desviados para atender outras cidades com as quais eles não têm relação direta. Os cidadãos de Cingapura nunca trabalharam para cobrir a ineficiência dos outros. Tal qual a mãe que, por causa do andar baixo em que mora, consegue se comunicar melhor com seus filhos, uma cidade-estado como Cingapura têm melhores condições de se comunicar com sua população e de alocar os recursos dela arrecadados.


 Não há ralos estaduais e federais sugando grande parte dos esforços dos cidadãos. Os problemas de política e de administração de recursos públicos tornam-se mais fáceis de serem detectados e corrigidos. A dolorosa realidade brasileira é que é lá (lá!) em Brasília onde é definido o destino do resultado do trabalho de pessoas comuns que moram em cada grande ou minúscula cidade desse país; e engana-se quem pensa que esta situação apenas tira dinheiro de cidades ricas para sustentar cidades pobres. As cidades pobres são as mais prejudicadas pela federação. Estas cidades, mantidas a força dentro da esfera federativa, são impedidas de criar condições próprias (leis trabalhistas, por exemplo) em função de suas particularidades para, com por meio delas, atrair e fomentar investimentos porque lá (lá!) em Brasília há um exército de burocratas indo e vindo entre gabinetes negociando politica e ideologicamente o destino dos bilhões de reais que tomam até das pessoas mais pobres. Cingapura passou por isso quando estava sob a tutela da Kuala Lumpur.

Seus moradores só puderam fazer algo para si mesmos depois que se livraram da “proteção” federal. A lavagem cerebral coletiva feita pelo Estado ao longo dos seis mil anos de sua história pode ser percebida na crença popular de que toda cidade precisa estar sob um poder regional, e que este precisa estar sob outro poder ainda maior, federal, para manter a paz, a ordem e para moldar a prosperidade. Não! O que cada cidade precisa é de autonomia. Plena autonomia. Se, diante da proposta de cidades autônomas, alguém gritar… “Mas quem irá protegê-las de agressões externas?”, devemos responder: Primeiramente, não estamos mais na Idade Média, onde cidades invadiam outras para se apossar de fontes de água ou de portos. O capitalismo já mostrou que contratos comerciais valem muito mais do que guerras, que é do interesse de todas as pessoas que trabalham manter boas relações com seus vizinhos simplesmente porque eles são seus clientes e fornecedoras. Em segundo lugar, cidades autônomas podem se associar umas às outras na área militar para criar aparatos de defesa, caso julguem necessário. Absurdo não é propor que cada cidade tenha plena autonomia sobre seus recursos. Absurdo é pessoas trabalharem a vida toda para manter aparatos burocráticos que não lhes representam diretamente e que não as beneficiam proporcionalmente aos impostos que pagam. O conceito de União é o maior de todos os engodos impostos à humanidade.

Por trás do argumento de que cidades devem trabalhar em função umas das outras em nome de uma força nacional que gera benefícios comuns, estão os interesses daqueles que não produzem – políticos e líderes socialistas −, mas que vivem à custa daqueles que produzem; e quanto maior o Estado, maior o número desses vermes e mais burocráticos se tornam os processos de decisão sobre a aplicação dos recursos públicos. Entre os esforços de cada cidadão e as assinaturas que decidem o destino dos impostos que ele paga, existem dezenas de palácios, milhares de gabinetes e repartições na esfera estadual e federal que abrigam um exército de funcionários dedicados a tornar sua vida mais cara, mais difícil e mais dependente do Estado. Uma pergunta: Você, leitor, aceitaria que o condomínio do edifício onde mora passasse a ser subordinado à administração de outro, localizado noutro bairro, que por sua vez passaria a ser subordinado à administração de um terceiro, localizado noutra cidade? Aceitaria pagar as mensalidades e as taxas do condomínio de seu prédio sabendo que a metade do valor seria aplicada em outros condomínios?

 Creio que ninguém aceitaria, mas é exatamente isso que cada cidadão aceita diariamente em todos os países maiores do que uma cidade.

Fonte: Instituto Liberal

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Do baú do Janer Cristaldo- domingo, agosto 31, 2008 POR QUE LEMOS?

Em artigo para El País, o escritor espanhol Luisgé Martín propõe uma questão curiosa: ler serve para algo bom? São menos corruptos, despóticos, coléricos ou violentos aqueles que lêem? Segundo o autor, a leitura tem uma utilidade sensorial e uma utilidade prática, mas talvez não tenha nenhuma utilidade ética, que é a que mais se apregoa. “No setor editorial e no mundo literário – um castelo de homens cultos, de cultivadores desse grande bem espiritual que é a leitura – se encontraria a maior concentração de indivíduos biliosos, astuciosos, hipócritas, vaidosos, desequilibrados e tortuosos que conheço. Inclusive, é claro, eu mesmo”.

O escritor faz algumas perguntas: são menos corruptos os que lêem? São menos despóticos em seus trabalhos ou em suas casas? Respeitam mais os sinais de tráfego? Sentem menos cólera, sabem dominá-la melhor? Têm maior clarividência política? São menos violentos? E conclui que ler nem sempre traz proveito.

Sou leitor compulsivo, daqueles que andam sempre munidos de um livro ou jornal. Sofro de uma enfermidade que certos criadores de palavras chamam de biblioagorafobia, ou seja, medo de estar em um espaço público sem um livro na mão. Certa vez, ao revisitar meus pagos, um pedritense que eu não via há décadas, comentou: “me lembro de ti. Quando guri, sempre andavas com um livro debaixo do braço”. Até hoje ando. Há quem pense que estou sozinho quando estou sozinho em um bar. Nada disso. Estou sempre bem acompanhado, seja com um autor, seja com vários. Assim, na condição de leitor compulsivo, me reservo o direito a algumas considerações.

Por que lemos? Meu estímulo inicial foi o fascínio de conseguir decifrar aqueles sinaisinhos. Eu devorava o que me caísse nas mãos, fosse jornal, revista em quadrinhos ou bula de remédio. Li muito a Reader’s Digest em meus dias de campo. A revista, se alguém dela lembra, tinha artigos em seis colunas. Bom, eu lia na reta, seguindo sempre a mesma linha de uma coluna a outra. Não era fácil entender o texto com este método. Enfim, ao final da página eu acabava pondo ordem no relato. Lia muito rápido e misturava sílabas. Durante muito tempo, contei histórias de fábulos. Só bem mais tarde, me dei conta que eram búfalos.

Até aí, o encantamento pela decifração. À medida que lia, o interesse passava a ter outro foco. A leitura, fosse ficção, fosse jornalismo, me trazia notícias de mundos distantes. Ou de épocas distantes. Aos quinze anos, já estava lendo Platão e o Quixote. Sem sair de casa, eu tinha noções da Grécia de antes de Cristo e da Espanha cervantina. Nunca me ocorreu ler tendo como objetivo o aprimoramento moral. Lia para conhecer o mundo e tentar entendê-lo. Foi graças à leitura que consegui libertar-me do jugo da religião, que me fora enfiada goela abaixo quando adolescente.

Lia muito Tarzan na época. Não apenas a revista em quadrinhos, mas também os livros de Edgar Rice Burroughs. Tarzan, em meio à selva, aprendera a ler sozinho. Descobrira livros em uma casa abandonada na floresta e tentou decifrar aqueles sinais. Dava a cada letra um valor fonético, criando assim um idioma próprio. God, para Tarzan, era Bulutumanu. Como chegou lá, não me lembro. Mas sempre me tocou este gesto, de alguém que consegue aprender a ler sem professor.

No ginásio, líamos muito, eu e um pequeno grupo de alunos. Para desconforto dos padres que eram nossos professores. Se hoje há professores que lamentam que os alunos não lêem, naqueles dias nossos professores preferiam que não lêssemos tanto.

Hoje, sexagenário, continuo lendo, talvez com mais sofreguidão do que quando jovem. Durante muito tempo li ficções. Não só li, como traduzi. As ficções me traziam construções intelectuais que propunham mundos imaginários, mas factíveis. Um belo dia, concluí que as ficções não passavam de contos de fada para adultos. E deixei-as de lado. Claro que sempre vou revisitar o Quixote,Viagens de Gulliver ou 1984. Mas as ficções contemporâneas, nunca mais. Tenho me dedicado atualmente à leitura de ensaios, particularmente sobre história e religiões. São para mim muito mais envolventes que histórias inventadas.

E não estou conseguindo dar conta destas leituras. Deve ter uma boa meia centena de livros em minha cabeceira. Ainda não dei cabo de livros da antepenúltima viagem. Talvez nem os leia. Nas viagens seguintes, encontrei títulos que me atraíram mais. Um livro acaba relegando outro à estante dos não-lidos. Uma das coisas que certamente lamentarei em minha viagem rumo ao Grande Nada, será não ter lido o que me propus ler.

Volto à questão proposta por Luisgé Martín. O articulista não vê a leitura como algo que conduza necessariamente a um patamar mais nobre em nossa existência. Eu também não vejo, nem creio que uma pessoa leia para se tornar mais sublime. O mundo está cheio de canalhas esclarecidos, de pessoas que lêem muito para melhor enganar seus semelhantes. Por exemplo, os padres. Ou os psicanalistas. Mesmo os marxistas. A seu modo, como os judeus, os marxistas eram também homens do Livro. A leitura pode libertar. Mas pode também ser um tóxico poderoso. É faca de dois legumes, como diria Lula.

Pelo menos no que a mim diz respeito, leio para entender o mundo e a mim mesmo. Leio também para curtir a beleza. Um poema de Pessoa ou Hernández, um libreto de Da Ponte, são vinhos que nos inebriam a alma.

Livros aproximam pessoas. Certa vez, em Paris, sentei em um café com Sobre Heroes y Tumbas em punho. Já o havia lido há muito, mas dava mais uma olhadela em Sábato para montar minha tese. A meu lado, sentou-se uma menina com El Túnel. O namoro começou ali mesmo. Martín Fierro é outro ponto de encontro. Fiz grandes amizades mundo afora em torno a José Hernández. Um leitor de Fierro sempre adora conversar com outro leitor de Fierro.

Ainda em Paris, ao sentar-me no Deux Magots, um garçom me abordou:
- C’est vrai, Monsieur. Qu’est ce que vous désirez?
Cerveja, é claro. Mas não entendi bem a abordagem. Só fui dar-me conta quando voltei ao livro. Eu estava lendo Les Hommes ont soif, de Arthur Koestler.

Há leituras e leituras, é claro. Nesta minha última viagem, navegando pela costa norueguesa, fiquei contente em ver pessoas munidas de livros, alguns com calhamaços com cerca de mil páginas. Povo culto, pensei. Ledo engano. Sempre que vejo alguém lendo algo, tento ver o título. Tentei e vi. Melhor não tivesse tentado. Profunda decepção com a Noruega. Não encontrei um título decente. Havia muita gente lendo Paulo Coelho - em norueguês -, outros tantos Harry Potter ou o Código da Vinci. Isso sem falar naqueles best-sellers ianques, de autores que vendem milhões mas de cujo nome nem lembro.

Ou seja: ler pode significar muita coisa. Ou coisa nenhuma.

Da coluna do Cláudio Humberto- PENSANDO BEM... ...a Lava Jato prendeu tanta gente graúda da Odebrecht e da Andrade Gutierrez que seus conselhos de administração poderiam se reunir na carceragem da PF.

CONTAS QUE ASSUSTAM A DONA DO JABUTI- JÁ SÃO 255 DEPUTADOS PRÓ-IMPEACHMENT DE DILMA

A TRIBUNA DO ENTÃO-NÃO-IRÁ-SAIR- Dilma promete reforma ministerial após ajuste

Quando o PT disseram que era para ajudar o brasileiro. Na verdade o que fizeram foi enterrar o Brasil e os brasileiros. Cambada!

Acordo e fico imaginando estar no paraíso. Ligo a TV e a primeira figura que me aparece é a capeta planaltina.Arre!