quinta-feira, 19 de novembro de 2015

ASNO VERMELHO

“Raul Castro não é pior que Fidel Castro. Ninguém pode ser pior que Fidel, é humanamente impossível. Os discursos intermináveis ao sol a que nos submetia torraram minha tolerância para com este asno vermelho.” (Cubaninho)

PORCO CAN ! Prévia da inflação em 12 meses atinge o maior nível desde 2003: 10,28%

SACRAMENTO!- Taxa de desemprego de outubro foi a maior desde 2007

A taxa de desemprego apurada nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil ficou em 7,9% em outubro de 2015,

Dilma extermina o passado, o presente e o futuro



Dilma Rousseff é a única unanimidade que não é burra. No Pará, o seu governo também é visto como um desastre de proporções amazônicas.

A desaprovação do quadro abaixo chega a impressionantes 90,6% entre os eleitores de 16 a 24 anos, de acordo com o Paraná Pesquisas. É natural: ao exterminar as conquistas do passado e cancelar as possibilidades do presente, Dilma Rousseff está acabando com o futuro.

O Antagonista

Triste, lastimável, nojento, vergonhoso



A frase de Marco Aurélio Mello ao Globo, sobre a situação política brasileira:

"É um quadro muito triste. É lastimável o que nós estamos presenciando. Porque se aguarda daqueles que ocupam cargos importantes, como são os cargos nas chefias do Legislativo, do Executivo e do Judiciário, uma postura que sirva de norte ao cidadão. E essa postura nós não estamos constatando."

Não é apenas triste e lastimável, ministro, é nojento, repugnante, indecente, execrável, vergonhoso.

O Antagonista

Por que o crescimento dos liberais está assustando a esquerda Por Instituto Liberal

Temos presenciado recentemente no Brasil um fenômeno considerado impensável há alguns anos atrás: a derrocada da hegemonia esquerdista/progressista no campo dos debates e das ideias. A recente escalada do pensamento liberal por aqui é um episódio digno de estudos aprofundados para a posteridade.
Se por um lado muitos de nós, liberais, assistimos resignados à ascensão lulopetista nas duas ultimas décadas, é fato inconteste que esse quadro tem mudado, sobretudo no (longo e tortuoso) governo Dilma Rousseff. A velha esquerda, tão acostumada ao monopólio dos discursos, está se vendo em uma situação inusitada. Não mais pode vomitar suas falácias aos quatro ventos. Tem encontrado, com frequência cada vez maior, oposição preparada e combativa entre liberais e conservadores. É bastante provável que você, leitor, já tenha se deparado com situação semelhante, seja nas redes sociais, com aquele seu colega militante sendo execrado ao defender o indefensável, seja em sua vida real, na faculdade, por exemplo, quando aquele professor marxista, boquiaberto, viu seu discurso sobre as mazelas do capitalismo contestado por um aluno cuja cabeceira da cama ostenta exemplares de As Seis Lições e O Caminho da Servidão.
Esse novo cenário, contudo, não é fruto do acaso. Há causas para tanto. Organizações como o próprio IL, o Instituto Mises Brasil, além dos diversos grupos e comunidades de estudo liberal espalhados Brasil afora, proporcionam esse crescimento. Obras clássicas da Escola Austríaca estão hoje a um clique do leitor interessado, formando, para desespero dos esquerdistas, novos “austríacos” todos os dias.
Outro fato interessante é a presença, cada vez mais comum, de liberais (ou simpatizantes) nos meios de comunicação. Se é fato que a imprensa ainda é majoritariamente inclinada à esquerda, não há como não destacar o trabalho de gente do gabarito de Rodrigo Constantino e o sucesso do seu recém descontinuado blog na revista Veja (que vacilo, hein, Veja…), além de sua coluna em O Globo e blog neste mesmo IL. Há também outros jornalistas não tão alinhados com os ideais liberais, mas, sim, companheiros na batalha contra o atual governo e sua ideologia. Reinaldo Azevedo, Paulo Eduardo Martins, Luiz Felipe Pondé, Rachel Sheherazade, entre outros, desempenham, todos eles, papéis importantes na imprensa. São, no mínimo, o contraditório necessário para minar a predominância dos que simpatizam e/ou que estão na folha de pagamento (ou seria Empenho, Cynara?) do atual governo. Se não estão propriamente a divulgar as ideias de Mises, é certo que estão a combater, de maneira bastante contundente, as mentiras propagadas pelos camaradas do PT, e isso é sim extremamente importante, pois oferece ao grande publico uma oportunidade de buscar novas ideias, uma terceira via entre o “socialismo petista” e o “capitalismo tucano”.
E é aí que surge outro fenômeno digno de reconhecimento: o Partido Novo.
Fundado em 2011 por gente sem ligação tradicional com a politica, o NOVO, como tem sido chamado, teve seu registro aprovado em 15 de setembro último, e já figura como segundo maior partido com simpatizantes na rede social Facebook, atrás somente (e por enquanto!) do PSDB. Seus detratores, desonestos como sempre, buscam minimizar suas conquistas, seu sucesso. Afirmam, equivocadamente, que política se faz nas ruas, não no Facebook – argumento que só faz demonstrar o quão ignorantes e mentirosos eles são, visto que não há organização séria que não foque boa parte de seus esforços nas redes sociais.

 E o NOVO tem usado essas ferramentas de maneira brilhante. Com um dialogo fácil, João Dionisio Amoedo, presidente do partido, tem buscado desconstruir alguns conceitos enraizados na cultura brasileira. O mito do governo grátis, Privatização e Livre Mercado tem sido assuntos cada vez mais presentes na mídia desde que o NOVO tomou forma. Ainda há um longo caminho a ser percorrido até que o partido se estabeleça como um dos protagonistas da política nacional, mas as perspectivas são boas. Liberais de renome têm depositado sua confiança no partido, como, por exemplo, Hélio Beltrão, presidente do Instituto Mises Brasil, e Rodrigo Saraiva Marinho, do Instituto Liberal do Nordeste, outra organização importantíssima em um reduto considerado de predominância petista. Sabem que politica não se faz só com ideias, mas também (e principalmente!) na pratica. É, em última instância, o princípio da Semeadura e Colheita. Há que se plantar as ideias liberais para colher um país mais livre. E para tanto se faz necessário o engajamento.
Embora tenhamos tido avanços importantes na difusão das ideias liberais, o cenário político tradicional é onde menos há reflexo desses avanços. Declarar-se liberal era até pouco tempo atrás sentença de morte política. A predominância esquerdista era tamanha que o próprio PFL (Partido da Frente Liberal, atual DEM) recusava a alcunha. O cenário é, hoje, um pouco mais brando. Liberalismo já não é tabu entre os políticos. Devido à crescente demanda da população por menor peso do estado, menor burocracia, a classe política tem se obrigado a debater esses assuntos, não só no campo econômico, mas também no das liberdades individuais. Vale destacar aqui a atuação do jovem deputado gaúcho, Marcel Van Hattem, que em seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, tem se mostrado uma grata surpresa politica. Dotado de ótima oratória, discurso afiado e bom conhecimento das pautas liberais, Marcel tem sido a pedra no sapato dos esquerdistas gaúchos. Aproveitando ao máximo a reverberação das redes sociais, promove discursos inflamados contra o atual governo, como no episódio em que encontrou a comitiva da deputada Maria do Rosário, durante sua campanha em 2014, e, aos berros, achincalhou a petista. O vídeo postado nas redes sociais rendeu milhares de visualizações e compartilhamentos e foi determinante para a chegada do então candidato ao Palácio Farroupilha.
O mais curioso disso tudo é que, enquanto os liberais galgam espaço na política, o lado de lá vem descendo ladeira abaixo. Os atuais índices de reprovação à esquerda são históricos. E não estamos falando só de números e estatísticas. A reprovação é manifesta. E a esquerda tem experimentado dela nas ruas, restaurantes, livrarias e até mesmo em hospitais. O próprio Lula, outrora imune, tem sido frequentemente hostilizado junto a seus pares. Enquanto o PT enfrenta o maior êxodo desde a sua fundação, a dita direita (não necessariamente liberal) surfa a onda da popularidade. O exemplo cabal disso são as recepções quase que holliwoodianas ao deputado federal Jair Bolsonaro nos aeroportos do Brasil.
Somado a isso tudo, não poderia deixar de citar duas organizações em especial: o Movimento Brasil Livre (MBL) e os Estudantes Pela Liberdade (EPL). Ambas, instituições de destaque em seus meios. Ambas, motivo de desvario esquerdista.
O MBL tem desempenhado importante papel na pressão sobre o governo. Suas barracas armadas no gramado do congresso são traços duma resistência a muito adormecida no Brasil. Resistência não do tipo baderneira, daquelas que, entre uma depredação e outra, protesta contra o estado pedindo… mais estado! Os jovens lá acampados retratam o descrédito do povo em suas instituições. Se chegaram ao extremo de nesse momento abrir mão do conforto dos seus lares, do carinho de suas famílias, não foi por falta de tentativa de estabelecer dialogo. O atual governo tem se mostrado prepotente e incapaz de ouvir quem quer que seja. Inclusive seus aliados, o que tem causado constrangimentos recorrentes à presidente. Apesar dos sórdidos ataques do MST ao grupo, que se confirmaram após ameaças do líder do governo, deputado Sibá Machado (PT- AC), o MBL permanece firme e aumentando cada vez mais o numero de “acampados”. Também parece legar novas lideranças. Kim Kataguiri, um dos principais nomes do grupo, foi eleito recentemente um dos 30 jovens mais influentes do mundo pela revista Time.
O objetivo do EPL, entretanto, é outro. A organização, formada por estudantes, tem foco na propagação de ideias e difusão de conhecimento. Sua contribuição à causa liberal se dá através dos vários projetos executados por seus coordenadores (dentre os quais, este que vos escreve) espalhados por todo o Brasil, além de parcerias com empreendedores e associações comerciais. Assim como o IL e o IMB, atua na raiz da questão, fomentando o liberalismo e os ensinamentos da Escola Austríaca de Economia.
Enfim, nobre leitor, o momento é de mudança. É preciso saber aproveitar as oportunidades que se apresentam para não desperdiçar o vento favorável. Todas as instituições citadas acima têm cumprido seu papel na árdua tarefa que é lutar por um Brasil mais livre. Cabe a você prestigia-las da maneira que melhor lhe convir.
A esquerda sangra. O governo sangra.
Sejamos nós, liberais, uma opção de mudança!
*Marlon Reguelin é empreendedor e coordenador local do EPL. 

Instituto Liberal- Frase do dia

“Vá à Bolsa de Valores de Londres … e você verá que os representantes de todas as nações se reúnem ali para tratar dos seus interesses. Ali, judeus, muçulmanos e cristãos lidam uns com os outros como se fossem todos da mesma fé – e aplicam a palavra infiel apenas a indivíduos que vão à falência. Lá, o presbiteriano confia no anabatista e o Anglicano aceita uma promessa do Quaker. Ao deixar essas reuniões livres e pacíficas, uns vão para a sinagoga, outros para as igrejas ou mesquitas, além daqueles que preferirão uma boa bebida, …, mas todo mundo está feliz.” Voltaire

Instituto Liberal- Voto impresso é vitória da democracia sobre o petismo de Dias Toffoli Por Lucas Berlanza

Notícia ruim chega rápido, dita o imaginário popular. Aqui, quando estamos felizes, fazemos questão de trazer a notícia boa também o mais rápido que pudermos! Neste final de um ano cercado de expectativas, tormentoso, complicado, em que acabamos por ter muitos motivos para lamentar, de que o país deve se despedir ainda mergulhado em um tremendo impasse político-econômico, podemos enfim celebrar uma conquista concreta e significativa. O veto da presidente Dilma ao projeto do voto impresso, defendido por políticos como Jair Bolsonaro (PP-RJ), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Ana Amélia (PP-RS), foi derrubado na sessão de ontem à noite (18/11) no Congresso Nacional.
Conforme relata o Valor Econômico, quase todos os partidos apoiaram amplamente a derrubada do veto, o que inclui até mesmo partidos de extrema esquerda, que, talvez seguindo a opinião pública para variar um pouquinho, contrariaram a agenda tradicional do petismo. O PDT também defendeu a posição histórica de seu ícone, o esquerdista Leonel Brizola, a favor da impressão. No total, a vitória esmagadora da democracia foi consagrada com 368 votos a 50 na Câmara, e 56 votos a 5 no Senado; na primeira, apenas um partido orientou contrário. Isso mesmo, o PT. No Senado, ao menos, a estrela vermelha liberou seus parlamentares para votar como bem quisessem.
A partir de agora, as urnas eletrônicas, já na eleição municipal de 2016, precisarão imprimir o registro do voto, que será então verificado pelo eleitor – sem contato manual – antes de ser depositado em local lacrado previamente. O processo do voto permanece protegido em seu caráter secreto – apenas se cria uma alternativa para robustecer as garantias da autenticidade dos votos do cidadão brasileiro. Na Veja, estão reproduzidas declarações de parlamentares que defenderam a causa na sessão. Cássio Cunha Lima, do PSDB, chamou a atenção para a necessidade de permitir ao eleitor brasileiro “o comprovante do exercício máximo da sua cidadania” e “permitir que o nosso sistema eleitoral possa ser auditado”. Mendonça Filho, do DEM, disse o óbvio: “não dá para confiar em um sistema que não permite checagem. O voto precisa ser verificado, caso seja necessário auditoria nas urnas eletrônicas”. Ronaldo Caiado, em matéria de sua página pessoal, acrescenta de forma pertinente que “não existe democracia sem contraprova. O PT queria o que ao defender a manutenção do veto? Deixou apenas um recado à sociedade que não quer auditoria da urna eletrônica – e por quê? Nas redes sociais, os jovens só falam em fraude da urna e manipulação do resultado. O argumento de gasto é indefensável e até os custos alegados são na verdade bem baixos”.
O “argumento de gasto” a que Caiado faz referência é a desculpa de Dilma, ratificada pelo líder do PT na Câmara, José Guimarães, para se negarem a ouvir o clamor do eleitorado nacional. Segundo eles, haverá um impacto financeiro considerável para acrescentar o novo recurso ao sistema. Bobagem. O PT se alinha a outros partidos e movimentos integrantes do Foro de São Paulo que perpetraram a mesma lógica em seus países, sendo, por exemplo, as urnas eletrônicas da Venezuela, da nossa conhecida empresa Smartmatic, claramente fraudáveis, como demonstrou a falha exibida em rede nacional quando o tiranete Maduro tentou demonstrar o procedimento do voto. Essa mesma empresa, aliás, nos presta esse serviço e é alvo de suspeição em nações desenvolvidas. Ao longo do tempo, porém, a esquerda brasileira – e isso não era exclusividade do PT – vinha exortando os brasileiros a um ufanismo boboca, imbecil, de se acreditarem superiores por fazerem uso de um sistema eleitoral informatizado. Resultado rápido, dizem. Por que imitar aqueles retardados dos países desenvolvidos que preferem confiar no papel em vez de seguir os passos da nossa civilização superior e nossa democracia sólida, não é mesmo? Países como Estados Unidos, Alemanha, vivem nas cavernas. Bom mesmo é adotar a urna eletrônica!
Felizmente, depois das justificadas suspeitas nas eleições de 2014, diante de um sistema quase impossível de verificar, essa palhaçada não cola mais, e sequer o Congresso pôde referendá-la por mais tempo. O resultado é, principalmente, um soco no ego de Dias Toffoli, ministro do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, “ex”- advogado petista nas campanhas de Lula. Todo poderoso senhor do processo, Toffoli encheu a boca, recentemente, em entrevista para o programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, para asseverar que nossas urnas são até mais seguras que os equipamentos da NASA (!!)! É, senhor Dias Toffoli, essa bravata pedante não prosperou.
A vitória do voto impresso deve ser celebrada como uma vitória da democracia, e um triunfo da sociedade civil sobre o autoritarismo e a falta de transparência lulopetistas – o que é melhor, obtido através das vias institucionais. Não é uma garantia absoluta e impermeável de que jamais haverá fraudes, de que não pode haver pressões que desencorajem uma oposição no futuro a pedir a auditoria que poderia confirmá-la, entre outras dificuldades que ainda poderiam ser criadas, mas sem dúvida é um avanço fundamental no desenvolvimento de nossa democracia representativa. Os interessados no sistema atual vociferarão que optamos pelo retrocesso. É um excelente sinal de que a decisão é correta e justa. Uma injeção de ânimo para os sinceros defensores da democracia liberal!

Confirmado: o monstro está morto



Confirmado: Abdelhamid Abaaoud, o belga mentor dos ataques em Paris, foi mesmo morto em Saint-Denis.

Menos um monstro.
A casa de Abaaoud caiu literalmente

O Antagonista

A Itália em alerta



Os Estados Unidos avisaram a Itália sobre atentados iminentes no país. Cinco suspeitos foram identificados pelos americanos. A polícia italiana iniciou a caça.

O prefeito de Roma, alvo principal, pediu aos cidadãos que mantivessem o sangue frio.

O Antagonista

O TROFÉU CAGADA DO SÉCULO VAI PARA... Os eleitores de Dilma Rousseff!

“Fidel sempre teve discursos longos e enfadonhos. Tão sonolentos que até mesmo ele dormia de olhos abertos.” (Cubaninho)

“Em Cuba somos todos livres para conversar em voz baixa com o nosso eu interior.” (Cubaninho)

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- quinta-feira, janeiro 30, 2014 QUANDO CITAR OFENDE

Até hoje ainda não decidi o que é pior, se mexer em vespeiros ou em dogmas, sejam eles religiosos ou científicos. Já perdi um excelente amigo de longa data por afirmar que a teoria da relatividade Einstein é na verdade um plágio de Poincaré. Não que eu entenda de teoria da relatividade. Mas português eu entendo.

A glória de Poincaré foi salva por seu amigo holandês Hendrik Antoon Lorentz, prêmio Nobel de Física (1902). Em 1921, após o triunfo do eclipse do sol de 1919, o comitê Nobel se reuniu com um primeiro pensamento: "Nós devemos dar o prêmio Nobel a Einstein, pela relatividade". Lorentz protestou: "Não é justo!". E publicou um ensaio sobre a vida de Poincaré que ele havia escrito em 1914. "Poincaré obteve uma invariante perfeita das equações da eletrodinâmica e formulou o 'postulado da relatividade', termos que ele foi o primeiro a empregar".

Constrangido, o comitê Nobel pensou melhor e, após alguns meses de reflexão, decidiu dar o prêmio Nobel a Einstein, não pela relatividade... mas pelo efeito fotoelétrico. Marchal não cede: Poincaré é o pai do princípio da relatividade e o fundador da relatividade restrita.

Um prêmio Nobel de Física recomenda ao comitê Nobel não conceder o prêmio a Einstein pela teoria da relatividade e o comitê acata sua sugestão. Isto é perfeitamente inteligível, basta saber ler. Por ter citado este episódio, lá se foi um bom amigo. Mais ou menos como nos anos 60, quando amizades no Brasil eram desfeitas por acontecimentos no longínquo Vietnã.

Sobre a crônica em que comento a retratação de Hawking a respeito dos buracos negros, recebi esta mensagem de Arnaldo Sisson, cheia de bile e insultos pessoas, como se eu tivesse posto em jogo a honra de sua mãe:

"O Janer entende de buracos negros. De física quântica também, daquela física quântica que trata do microscópico(!?). Mesmo usando a torção de palavras, coisa característica deste tipo de idiota, não dá pra sustentar que essa parte da física trata do microscópico. Talvez esse exator de exatidões não tenha ainda percebido que existe uma enorme diferença entre microscópico e sub microscópico. Só para explicitar que esse cara não sabe o que escreve, embora escreva bem. É um ficcionista como um desses que escreve livros do gênero "O Código Da Vinci" só que sem sucesso. Inveja qualquer que seja mais lido que ele. Na ordem natural das coisas ele, que monta nu (o cavalo também), sabe. Astrofísica inclusive. "

Não tenho notícia de um bobalhão maior. Se se pode contrariar a besteira de que a teoria dos buracos negros surgiu com Hawking: "A idéia de um corpo maciço que nada pode escapar foi formado primeiro pelo geólogo John Michell em uma carta escrita para Henry Cavendish em 1783 para a Royal Society" (google). Dai para frente, muito chão, muito pensamento, coisa que evidentemente esse luminar desconsidera e afirma "textualmente" a mentira que a idéia é do início do século vinte, expondo claramente que não sabe do que fala. Qualquer texto desse falhado é bem escrito, mas sempre tolo e pretensioso. Que o clima está mudando qualquer um com mais de vinte anos sabe de ver e sentir, mas caras desse tipo sempre são do contra. Se a mídia fala em aquecimento então é coisa de comunista... "

Não cara. Coisa, isso sim, de colunista sem mercado, sem trabalho, só pensão. Pego pesado porque esse é um cretino. Como ele, que outro haverá? Certa vez, pretenso intelectual, afirmou que a Rússia jamais teve Nobel de literatura (está em texto publicado). Não sabe nada de nada, sabe que não sabe, mas como todos dizem bobagem, ele também. A propósito: um exame mais apurado do que o Hawking disse, aponta que o que ele afirmou foi que os buracos negros teriam um natureza diferente daquela que ele afirmou antes, jamais disse que não existem. Os caras bons também erram e admitem. O Janer não, mas o Janer não é bom, é só pretensioso."

Antes de ir adiante, desfaço uma afirmação falsa do leitor. Sisson, que pelo jeito é meu fiel leitor, parece costumar ler os textos em transversal. E que transversais! Chegou a pular três longos parágrafos de minha crônica. Nunca afirmei que a Rússia jamais tivesse tido um prêmio Nobel. Pelo contrário, afirmei que um de seus nobéis foi fruto de uma fraude. Y a las pruebas me remito. Há sete anos, escrevi:

Em 1965, no auge da Guerra Fria, o escritor russo Mikahil Aleksandrovich Sholokhov recebeu o Nobel de Literatura por sua obra Don Silencioso, epopéia em torno à vida, aspirações e tragédia dos cossacos do Don durante a guerra e a revolução.

E aqui começam os problemas. Considerada uma das obras primas da literatura universal, Don Silencioso é um romance telúrico que exige um vasto conhecimento de sua geografia, de seu povo e de sua história. Foi publicado em 1928 e logo traduzido a todas as línguas de cultura do mundo. “O autor conhece a fundo a história dos cossacos do Don – escreve o dissidente russo Roy Medvedev, em Qui a écrit le “Don Paisible”? – em particular o final do século XIX e o início do XX. Tudo o que se refere à participação dos cossacos nos combates da primeira guerra mundial revela uma notável compreensão da situação estratégica e do desenvolvimento das operações. Quanto à guerra civil sobre o Don e, particularmente a insurreição de Viochenskaïa, o autor demonstra dispor de informações que nem os historiadores soviéticos dos anos 20 dispunham. (...) O autor conhece enfim à perfeição não somente o mapa das cidades mais importantes (Moscou, Petrogrado, Novotcherkassk, Rostov) mas também a exata topografia da região do Don, com todas suas aldeias, stanitsas e suas pequenas estações”.

Detalhe: Sholokhov nascera em 1905. Não era cossaco, tinha escassa instrução e pouco conhecia a região do Don. No momento da concessão do prêmio, a ninguém ocorreu que um jovem de 23 anos não poderia ter acumulado a necessária bagagem de cultura cossaca exigida para tal empreitada. O livro de Medvedev, que só pôde ser publicado na França, demonstra definitivamente o que até então apenas se murmurava no fechado universo soviético. O livro foi publicado em 1975, coincidentemente o mesmo ano em que Sholokhov, cercado de glórias, comemorava na ex-URSS seu septuagésimo aniversário.

O autor do Don foi em verdade o escritor Fédor Dimitrievitch Krioukov, diretor do jornal Donskié Viédomosti, com o qual colaborava Sholokhov. Cossaco de origem e de coração, Krioukov esteve no front nas épocas descritas no romance, juntou-se à contra-revolução e conheceu de perto seus chefes. Seus manuscritos desapareceram com sua morte, por tifo, em 1920. Na ocasião, estava acompanhado por Piotr Gromoslavski, futuro sogro de Sholokhov, cuja atividade literária tem início quando começa a freqüentar a casa do sogro. Krioukov, obviamente, foi banido dos anais da literatura russa. Sholokhov é hoje conhecido como o primeiro grande escritor russo a ter introduzido o tema dos cossacos na literatura. Em dezembro de 1965, recebeu das mãos do rei Gustavo Adolfo a láurea máxima da literatura ocidental.

Voltando aos buracos negros. A teoria foi esboçada há muito, mas só tomou corpo e ganhou difusão com o físico britânico. Ao contrário do que pressupõe Sisson, cada vez que comento o assunto, começo alertando que nada entendo de Física. Mas, como disse, de português eu entendo. 

A afirmação de que a idéia é do início do século XX, como também as menções ao mundo microscópico, não são minhas, mas da reportagem do Estadão que se reporta ao artigo original da Nature. Como também a afirmação de que sua existência - a dos buracos negros - só pôde ser confirmada a partir da Teoria da Relatividade Geral, que Albert Einstein elaborou em 1915. Ou seja, no fundo, a retratação de Hawking está pondo em xeque a própria teoria da relatividade. Eles, que são físicos, que se entendam. Apenas transcrevo suas declarações.

E isso de afirmar que “que os buracos negros teriam uma natureza diferente daquela que ele afirmou antes”, é uma forma desenxavida de dizer: “eu não tinha razão mas continuo tendo”. 

Já recebi muitos ataques, não por ter feito afirmações sobre ciência ou religião, mas principalmente por ter citado literalmente cientistas e textos bíblicos. Citar certos textos ofende. Daí a me insultar como invejoso, bobalhão, falhado, tolo e pretensioso, isto já me parece mais perturbação mental. Ou talvez religiosa.

“Já que está não sendo possível mudá-los usando bons exemplos históricos e literatura de qualidade, decidi afastar-me definitivamente do rebanho dos quadrúpedes.” (Eriatlov)

ANVISA ALERTA: Tentar entender qualquer discurso de Dilma pode causar danos irreversíveis ao cérebro.

“Com todos os quadrúpedes que temos por aqui ainda tivemos o azar de adotar uma mula búlgara.” (Mim)

“Deus em minha opinião é uma impossibilidade. O socialismo também.” (Eriatlov)

REFLEXÕES SOBRE O TERROR por Roberto Rachewski. Artigo publicado em 17.11.2015

(Publicado originalmente em http://robertorachewsky.blogspot.com.br)
Sexta-feira, 13 de Novembro de 2015, data de uma tragédia anunciada. Este foi o dia em que o ISIS, também conhecido por Estado Islâmico, chegou à Paris, com toda a violência e crueldade que lhe são características.

Paris é o centro do multiculturalismo europeu e foi ali, entre tolerantes, que a intolerância fez suas vítimas fatais.
Depois da chacina, cabe-nos fazer algumas reflexões sobre o acontecimento, suas causas e suas consequências.
Transcrevo aqui, algumas que passaram pela minha mente.
  • A guerra pós-moderna é como a arte pós-moderna. Não se sabe se aquilo é guerra tanto quanto não se sabe se aquilo é arte. Na arte e na guerra pós-modernas podemos deixar de ser meros espectadores para fazermos parte do espetáculo, sem precisarmos entender seu sentido, sua mensagem, seu preâmbulo e seu epílogo. 

  • A arte pós-moderna está cada vez mais próxima da guerra e a guerra pós-moderna está cada vez mais próxima de nós.

  • Civilizar-se significa também domesticar-se, perder ou abdicar daqueles comportamentos de selvageria, caracterizados pela irracionalidade e violência. Quem quer ingressar na civilização deve se submeter a este processo ou simplesmente deve ser deixado à parte.

  •  À parte, até que civilize-se como os demais. Apartheid (separação) com base na cor da pele, como ocorria na África do Sul; ou com base na ascendência religiosa, como ocorria na Alemanha Nazista, é racismo. Quando baseia-se no comportamento violento e selvagem de quem é colocado à parte, é autodefesa.

  • Estados Unidos da América é a civilização levada ao novo mundo. Israel é a civilização levada ao mais velho dos mundos. Não é à toa que ambos são frutos da barbárie que teve a Europa como palco. Parece que a Europa e a barbárie namoram faz tempo. É por isso que os sentimentos antiamericano e antissemita têm e tiveram forte apelo por ali.


  • O mesmo governo que chora as vítimas, massacradas por terroristas armados, desarmou-as, impedindo-as de se defenderem.

  • Interessante saber que fundamentalistas religiosos sabem que nenhum deles matará infiéis, em nome de deus, sem a ajuda de uma arma. Por outro lado, socialistas ateus acreditam que o governo irá salvar a todos de qualquer ameaça. Quem disse que é preciso ser religioso para ter fé?

  • Um homem-bomba é um assassino que julga e condena os outros à morte sem permitir direito de defesa às suas vítimas. Este é o primeiro e mais óbvio de seus crimes. O segundo crime é o que, dado o fato que quase todos os homens-bombas acabam suicidando-se, com a impossibilidade de se aplicar a lei sobre eles, fazem, também, perecer a justiça. 

  • A impossibilidade de se aplicar sobre eles uma punição, fundada nos princípios morais das vítimas e executadas por quem está a elas ligados, é, por si só, um atentado contra aquela civilização, contra aquela cultura, contra aquele povo e contra cada um dos indivíduos que clamam por vingança. A ausência de justiça impede que se restabeleça o equilíbrio, que se cicatrize as feridas e que se toque a vida para a frente com a alma lavada. 

  • O terceiro crime, é condenar os sobreviventes ao ódio, ao medo e à irracionalidade. É aí que reside a glória de qualquer ato de terror. Somente colocando a nossa emoção no devido lugar, subordinando-a à razão, é que conseguiremos não nos subjugar. Quando a racionalidade subsiste a qualquer ato de terror, podemos nos considerar vingados, podemos declarar com orgulho que a justiça prevalecerá, que a morte do suicida foi em vão e que a da vítima inocente não.