quarta-feira, 13 de julho de 2016

Quem sabe

A história de baixinhos invocados começou com Napoleão Bonaparte?

Marajá

“Deus é um marajá. Trabalhou seis dias e caiu na aposentadoria.” (Climério)

Eu e Woody Allen


“Eu e Woody Allen temos coisas em comum.”
“Inteligência e humor fino?”
“Nada disso. Óculos e calvície.”

Millôr- As vozes inaudíveis do Universo

Millôr- As vozes inaudíveis do Universo

Do paraíso

“Creio que a única serpente que falou com Eva no paraíso foi a serpente do Adão.” (Limão)

Demorou

“Como demorei para me encontrar na vida quando aconteceu quase não me reconheci.” (Mim)

Pócrates

“Tentei mudar o mundo e consegui quatro pontes de safena.” (Pócrates)

Humor ateu

“Sabe velho, acho que um bailão aqui no paraíso levantaria o astral dos residentes.”(São Pedro)

Solidão

“A solidão quando se é imposta contribui para o conhecimento de si mesmo.” (Filosofeno)

Suplício

“Filmes dublados: Um suplício para os ouvidos. Ainda bem que o controle remoto salva.” (Eriatlov)

Sonho

“Sonhei que o país estava em festa. Dilma e todos os esquerdistas tinham fugido para Cuba e deixado o nosso país em paz.” (Mim)

DO BAÚ DO JANER- quarta-feira, junho 30, 2004 MEMÓRIAS DE UM EX-ESCRITOR (XVIII)

Em 1981, voltando de uma viagem à Romênia, fui convidado por um professor da PUC de Porto Alegre, para participar de um painel sobre o socialismo. Éramos três os expositores e meus dois colegas se debulharam em louvores sobre as virtudes do sistema e confrontos com o capitalismo podre ocidental. Quando chegou minha vez, fui contando em detalhes o que havia acabado de ver. 

Miséria por todo lado, pessoas famintas disputando quase a tapa um pedaço de carne, isso quando surgia carne nos mercados de gôndolas vazias e lúgubres, onde a mercadoria que mais dava o ar da graça eram longas filas de pás, enxadas, baldes e utensílios do gênero. Comestíveis, que é bom, nem pensar. Em hotéis de primeira categoria, faltavam lâmpadas e papel higiênico. Na portaria dos hotéis, cada vez que reclamava da falta de papel, a funcionária me perguntava quantos dias ficaria ali. Avaliava então minhas trocas metabólicas, puxava um rolo do balcão e me passava algumas tiras. Considerando-se que eu pagava em dólar, moeda que sempre foi bem-vinda no finado mundo socialista, pode-se imaginar as condições de higiene em que vivia o cidadão romeno comum, dispondo apenas de seus inúteis lei (plural de leu, a moeda local). 

Falei das lavouras onde cereais e batatas apodreciam no chão, em um total de 40% a 50% da colheita. Pois a ninguém interessa colher nada, se deste gesto não recebe lucro algum. Concluí com um exemplo que me parecia determinar, mais que qualquer complicada teoria econômica, a derrocada do socialismo. Estava em uma praia em Mangália, no Mar Negro, a sete quilômetros da fronteira com a Bulgária. Dois garçons abrem um bar à minha frente. Espalham as mesas na areia, dispõem toalhas, seguram-nas com pedrinhas. Cerveja, pensei. Santa ingenuidade. Não havia cerveja. Água mineral, então. Nada feito. Mas a sede nos faz perder a compostura. Pedi então um desses xaropes horrendos ianques, coca ou pepsi. Muito menos. 

Apostei mais alto. Naquela região há uma interessante cachaça de ameixa, a Haidouc. Por haidouc entende-se uma espécie de gaúcho eslavo, o homem mais ou menos nômade que habitou aquelas plagas, em época que as potências não haviam estabelecido fronteiras fixas. Pois nem a cachaça da região havia no bar. Vodca é o que não vai faltar, pensei. Faltava. Comecei a delirar: vinho, uísque. Nada. Nada para beber? Nada. Muito bem. Para comer o que é que tem? Nada. Mas como, isto não é um bar? É, mas o distribuidor não vem hoje. E por que vocês abriram o bar? Nós somos funcionários. Somos pagos para abrir o bar. 

Volto a Porto Alegre. Ali estava, singelamente, o fato que minaria o socialismo: uma sociedade não avança se a ninguém interessa vender algo a alguém. Surgisse ali na praia um moleque com um balaio vendendo cerveja e pastéis, iria preso como inimigo do socialismo, sabotador da sociedade ideal. É utopia desvairada, afirmei, alguém pretender que o homem trabalhe sem pensar em lucro. Meu anfitrião agradeceu-me, encerrou os debates e mais ou menos desculpou-se ante a platéia, que eu fora convidado para discutir a teoria socialista, e não a prática. 

Pena que na prática a teoria é diferente, protestei. Pouco dias antes do fuzilamento dos Ceaucescu, diga-se de passagem, era proibido entre a elite bem-pensante de Porto Alegre contestar o regime romeno. Um deputado gaúcho teve inclusive de recolher às pressas um seu livreco de viagem, onde saudava Nicolae Ceaucescu como a Águia dos Bálcãs. 

JOGOS PERIGOSOS- Relatório de inteligência revelado por VEJA classificou como “nível 4”, em uma escala de 1 a 5, risco de atentado durante Jogos

THE ENRABA NEWS- Aprovada MP que libera FGTS como garantia a consignado

“Nada é o que se parece. Nem o nada.” (Mim)

“Até mesmo um olhar perdido encontra alguém de interesse.” (Mim)

“Muito amor esvazia o bolso, mas enche a casa de filhos.” (Mim)

“Quem bate, esquece. Quem apanha, fica com manchas.” (Mim)

“Rio, porque chorar sempre é mais caro.” (Mim)