quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

TRANSPORTE PÚBLICO PARA PESSOAS OU PARA PESSOAS POBRES? por Edésio Reichert. Artigo publicado em 12.02.2017

Não precisa ser instruído nem muito inteligente para chegar em qualquer cidade, próximo de 100 mil habitantes ou mais, e perceber como são excludentes e prejudiciais, as decisões de nossos administradores e legisladores públicos, a respeito do que significa transporte público para pessoas. Pouquíssimas cidades fogem a essa situação. Estas não são objeto deste artigo, assim como não é, o metrô, por ser transporte que se aplica a poucas cidades.
Toda pessoa maior de idade tem direito a ter um veículo? Sim. Toda pessoa maior de idade, que tem um carro, tem direito de ir trabalhar com ele? Sim. Se toda pessoa que possui veículo utilizá-lo como meio de transporte para ir trabalhar as ruas comportam? NÃO.
Então o que leva uma pessoa a decidir ir trabalhar com o próprio carro? Seguramente, a condição financeira que tem, aliada à praticidade que gera. Logo, aquele que vai de transporte público - principalmente de ônibus – só o faz por não ter condições de bancar as despesas de um veículo e por não ter outra opção, pois se tivesse não iria de ônibus.
Como é possível considerar o transporte público bom e atraente, se o sonho de quem o utiliza, é não usá-lo mais?
Quer humilhação mais desprezível do que deixar explícito a uma pessoa que ela é pobre? Não basta as dificuldades que ela tem na vida - não importando aqui as razões - o sistema de transporte que está à sua disposição, precisa confirmar que ela não tem condições financeiras para usar outro meio.
Em sua maioria, ônibus e trens urbanos, são sujos, cheirando mal, sem ar condicionado, superlotados, por demais demorados, barulhentos, pontos de embarque e desembarque sem proteção adequada,poucos terminais de transbordo, sem preferência de vias e em semáforos (especialmente ônibus), etc.
Absolutamente claro que é um sistema para pessoas pobres. E grande número dos usuários desse sistema, por sua pouca instrução, jamais poderão conquistar a condição de ir com seu próprio carro trabalhar. Sob esta perspectiva, o mal maior é o que pode se desenvolver no coração dessas pessoas: o ressentimento. Pessoa ressentida não trabalha direito, pode ter mais problemas de saúde, problemas psicológicos, de relacionamentos, dificuldades de colaboração, etc.
Carro e cidade jamais se harmonizarão, não foram feitos um para o outro. Cidade combina com transporte público e sempre pensando em maior número possível, mas para pessoas, não para pessoas pobres.
Aqui reside o principal desafio: mudar a cultura do veículo como meio de transporte dentro das cidades, incluindo as motos, pelos riscos que apresentam. Esta é uma daquelas brigas necessárias, que deveriam ser enfrentadas por administradores e legisladores corajosos, não importando os entraves legais, burocráticos e daqueles que tem mais condições financeiras. Todos os esforços dos homens públicos deveriam concentrar-se nesta direção: PREFERÊNCIA ABSOLUTA para o transporte público, para atrair todo tipo de pessoa. E quem quiser ou precisar do veículo próprio para trabalhar? Sem problemas, saiba que o transporte público terá preferência.
Temos muitas cidades bem organizadas, limpas, com harmonia entre os elementos naturais e os edificados pelo homem; mas quando olhamos o seu sistema de mobilidade, número de veículos, motos, os estacionamentos nos espaços públicos, uma verdadeira tragédia.
Com esse sistema, a vida das pessoas vai sendo sendo sugada pelo tempo, no trânsito, dentro de um carro, em um transporte coletivo, perdendo saúde, convivência familiar, produtividade no trabalho.
Como mudar esta realidade? Certamente não será fácil a solução. Porém o princípio de tudo é ter vontade e coragem de mudar. Além disso, os poucos exemplos de cidades do Brasil e as soluções já encontradas mundo afora, deveriam servir de inspiração, tanto para mudar leis como para criar políticas públicas direcionadas para esta prioridade: TRANSPORTE PÚBLICO PARA PESSOAS.
É surpreendente o número de autoridades que viajam ao exterior e retornam elogiando os sistemas de transporte que lá fora viram. E aqui quase tudo continua como está.
E nossas cidades, cada vez mais populosas, sob o ponto de vista aqui analisado, vão tornando a vida das pessoas num pedacinho do inferno.
* O autor é pequeno empresário no Paraná.
edesioreichert@gmail.com


NOÉ

Noé construiu uma arca a mando do senhor de tal. Ele carregou os bichos como ordenado. Choveu pra mais de metro e o grande barco navegou que navegou. Noé naquela ociosidade chuvosa tinha que fazer algo. Então inventou os Jogos dos Bichos para passar o tempo e faturar algum. Quando as águas baixaram a Arca de Noé estava no Rio de Janeiro. E deu.

NA CASA DE NOCA por José Nêumanne. Artigo publicado em 15.02.2017

(Publicado originalmente no Estadão)
 “Eu quero dizer que é constitucional a figura da anistia, qualquer que ela seja”, disse o mais novo Ruy Barbosa da praça. Trocando em miúdos essa frase cretina, pode-se chegar à conclusão de que, se todos os autores de crimes hediondos forem anistiados por uma benemerência de seus coleguinhas parlamentares, a decisão será fiel à Constituição da República?
Não o leve a mal, caro leitor. O entrevistado de sábado no Estadão quer apenas anistiar os partidos políticos que cometerem crimes fiscais em campanhas eleitorais. “Delação só deve ser admitida com delator solto”. Será que o distinto cavalheiro, que, por enquanto, está solto, se candidata à delação? Qual o quê! Quer apenas desmoralizar delações de criminosos confessos presos para livrar-se das acusações que pesam sobre seus ombros. A que a Operação Lava Jato poderá levar o Brasil, se não for contida sua natureza de “inquérito universal”? A resposta do distinto foi magnânima: “Não acho que deva ser extinta, mas conduzir ao ponto que (sic) estamos chegando da criminalização da vida pública, é o que nos envia para a tirania”. Ou seja, como já disse o padim Lula, político corrupto que ganha eleição deveria gozar de impunidade. E Papai Sarney fez tanto pelo Brasil que não deveria participar dessa tolice de igualdade de todos perante a lei. Com direito a estender a prerrogativa a seus apaniguados?
O autor dessas frases lapidares (são verdadeiras pedradas!) não tem autoridade nenhuma para proferi-las. Mas tem poder. Ah, isso, tem, sim! Pode crer, preclaro leitor. O cidadão chama-se Edison Lobão, tem 81 anos e é maranhense de Mirador. Adquiriu o conhecimento jurídico com que nos tenta impingir as pérolas reproduzidas no Estadão de sábado em entrevista que deu a Julia Lindner e Caio Junqueira, quando era jornalista (medíocre) de província ou carregando pasta de José Sarney, mercê de quem foi governador do Maranhão de de 1991 a 1994, é senador e fez o filho suplente e também titular, enquanto era ministro de Minas e Energia (de 21 de janeiro de 2008 a 31 de março de 2010), no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, depois, durante o primeiro mandato da presidente Dilma Roussef. No Senado, atuou no chamado “baixo clero” e, no Ministério, desempenhou o papel atribuído pela sabedoria popular a quadro de Cristo em prostíbulo: “a tudo assiste e nada fala”. Pois, sob sua carantonha de facínora de faroeste passou despercebido o maior escândalo de corrupção da História da humanidade: o propinoduto da Petrobrás. Por conta dessa distração, coitado, é investigado pela Polícia Federal (PF) e pela força-tarefa da Operação Lava Jato. É que é acusado de prática de corrupção passiva por delatores premiados, alguns dos quais, por sinal, estão soltos. Embora cumpram pena no conforto do lar, sem carregar as bolotas de ferro dos Irmãos Metralha de Walt Disney, mas tornozeleiras bem menos incômodas. Justiça seja feita a Lobão: ele não podia perceber a roubalheira da Petrobrás mesmo, pois, afinal, ocupava-se em não deixar pedra sobre pedra do setor mineral e energético nacional. Nisso, aliás, funcionou com perícia e astúcia.
O poder fica por conta do grupo do PMDB que, sob a liderança de Renan Calheiros, dá as ordens no Senado da República. A ponto de fazê-lo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com prerrogativa de pautar projetos que só serão votados em plenário após passarem por seu crivo. Seu saber jurídico, adquirido na condição de suspeito e acusado, determinará o destino de projetos dos sonhos dele e de mais uma dezena de coleguinhas que frequentam a referida comissão. Tais como a anistia para caixa 2 de partidos e políticos que desconhecem as leis fiscais que as instituições a que pertencem aprovaram por maioria, e o destino dos investigadores que, por ironia do destino, pisam nos seus calos.
A fotografia de André Dusek que ilustra a entrevista do indigitado Grão-Senhor do Norte poderia ser reproduzida e emoldurada na parede da CCJ e também servir de símbolo para a Casa de Noca na qual todos moramos neste país, cuja bandeira clama por “ordem e progresso”, mas onde os políticos preferem anistia só pra eles e instituições policiais e judiciárias amordaçadas e algemadas. Não se trata de uma exclusividade do Poder Legislativo, que tem a agravante de se dizer “representante da cidadania”. No Executivo, chefiado por jurista celebrado, o constitucionalista Michel Miguel Elias Lulia Temer, professor da PUC~SP, exerce-se a mesma caradura com idêntica sem-cerimônia.
Durante nove dias, 147 pessoas (os dados não são oficiais, ou seja, o Estado não os conhece, mas do Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo) morreram na Grande Vitória, desde que as esposas dos policiais militares, reivindicando aumento dos salários dos provedores de seus lares, passaram a ocupar calçadas à frente dos quartéis da PM para evitar que seus consortes saíssem para trabalhar. Desde então, a população capixaba teve interrompidas atividades comezinhas, como frequentar escolas, andar em transporte público e fazer compras. Nesse ínterim, Sua Excelência o constitucionalista-mor se preocupa em censurar veículos de comunicação que noticiam chantagem de hackers que invadiram a intimidade do WhatsApp da primeira-dama, Marcela Temer. E, principalmente, em liberar da enfadonha rotina do serviço o titular do Ministério da Justiça, o também constitucionalista Alexandre de Moraes, para simular sabatina na CCJ do compadre Lobão em madrugadas regadas à “champanhota” de Ibrahim Sued em luxuosas chalanas a deslizarem na superfície do Lago Paranoá.
O excelentíssimo causídico, com seu glabro crâneo à Mussolini, portanto, licenciou-se do cargo e não teve de viajar para cuidar da vida em risco de quem mora em Vitória ou das famílias de cariocas que tentaram assistir ao clássico entre Flamengo e Botafogo no Estádio Nilton Santos, no subúrbio do Rio, domingo à noitinha. Oito torcedores foram baleados (um morreu, outro está em estado gravíssimo) à porta do Engenhão, porque a polícia só foi para as redondezas da praça de esportes depois que o sol sumiu no horizonte e as praias não exigiam mais sua presença.
No lugar do ilustrado Cuca Lustrada, foi a Vitória, em nome do governo, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, que falou grosso, mas nada resolveu. O professor de Direito Modesto Carvalhosa até hoje não entendeu por que tantos constitucionalistas não percebem que, em vez de patrulhar ruas ou transportar meganhas de helicóptero para seus quartéis, o Exército, por ordem do comandante-chefe, poderia ocupar os quartéis, prender os amotinados e assumir o comando da situação. Acrescento que os praças poderiam aproveitar a viagem e retirar, se necessário for no colo, da frente dos portões as senhoras desocupadas que protagonizam um espetáculo grotesco e injustificável, que de tão mambembe nem sequer pode ser comparado ao circo, nobre atividade artística em que brilham bons e honestos palhaços profissionais e temerários e ágeis trapezistas.
Aliás, por falar em espetáculo, o que fazia o casal em prisão domiciliar portando tornozeleiras João Patinhas Santana e Mônica Moura na noite de sábado no show dos Novos Baianos na Concha Acústica do Tca, em Salvador? Será que a PF soteropolitana, responsável por seu isolamento da sociedade, estava cuidando de exigir do presidente a substituição do chefe, num dos maiores acintes corporativistas desde que o primeiro ministério, o da Justiça sem Cidadania nem Segurança Pública, foi criado?
Santo Deus! No fim deste conto de terror, o Lobão Mau vai matar o caçador antes que ele retire a vovozinha de sua pança empazinada?
*Jornalista, poeta e escritor

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- quinta-feira, junho 29, 2006 RICOS E GENEROSOS VERSUS POBRES E MALANDROS

Neste Brasil em que ser milionário é pecado mortal, as grandes fortunas do mundo são vistas como algo demoníaco. Imagine então ser bilionário. Ocorre que nem todos os bilionários são mesquinhos como os milionários Maluf ou Pitta, que correm a proteger seus milhões em bancos cúmplices no Exterior. Bill Gates, por exemplo, é visto entre nós como um reles vilão, criador de um soft proprietário, que seria imposto ditatorialmente a todos os usuários da Internet. Os jornais brasileiros são avaros em notícias sobre a fundação Bill e Melinda Gates, dirigida pelo próprio e sua mulher. Que acaba de receber um aporte de 24 bilhões de euro do também bilionário Warren Buffet. A notícia, encontrei-a em um editorial do jornal espanhol El País. A fundação Gates dispõe agora de 48 bilhões de euro para ações sociais no mundo todo. A cifra equivale, mais ou menos, ao que os Estados Unidos destinam anualmente aos países subdesenvolvidos. Entre os principais propósitos da fundação estão a redução da pobreza, a luta contra as doenças, particularmente a Aids e a poliomielite, o apoio à planificação familiar no Terceiro Mundo, a defesa do aborto e a oposição à proliferação do armamento nuclear. Claro que alguns desses itens não agradarão à Igreja Católica, que prefere ver milhões de indianos, africanos e latino-americanos chafurdando na miséria mas prolíficos, aidéticos mas sem preservativos. Segundo o jornal sueco Aftonbladet, já há padres chamando Warren Buffet de "Dr. Mengele filantrópico".

Ao contrário do que se poderia esperar destes magnatas do capitalismo, eles se opõem à isenção tributária sobre as heranças e são partidários da meritocracia. As estimativas, diz o jornal espanhol, situam em mais de 250 bilhões de dólares o que cidadãos e instituições privadas doam anualmente nos Estados Unidos sob o conceito genérico de filantropia e obras de caridade.

Aqui no Brasil, um presidente da República, inculto mas malandro, usa dinheiro público para reeleger-se. O programa social do governo extorque do contribuinte 62 reais por mês, em média, para dar esmolas a 21% dos domicílios brasileiros. A três meses das eleições, o Supremo Apedeuta, aumentou no último mês em 1,8 milhão o número de famílias beneficiárias do Bolsa-Família, que melhor seria chamado de Bolsa-Reeleição. Até 2005, o programa contemplava 8,7 milhões de pedintes. Este ano, será estendido à pior praga urbana que empesta as grandes cidades. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, até 15 mil moradores de rua receberão o benefício. Não será de espantar que, nos próximos anos, vejamos multidões optando por morar na rua para receber o Bolsa-Reeleição. "Fazer política para pobre é uma coisa muito prazerosa", disse Lula. Particularmente quando esta política é feita com os sofridos ganhos do contribuinte.

Esta demagogia caudilhesca trará danos letais ao futuro do país. Daqui para frente, qualquer político que tenha em seus planos acabar com esta esmola nociva e humilhante, jamais será eleito. A esmola estatal veio para ficar.

DONA MAYSA

Chico Melancia ouviu falar que Dona Maysa tinha mãos mágicas, curava enfermidades, inclusive psicológicas. A consulta era trinta reais, uma pechincha para quem sofria, pois diziam pelas ruas que era cura na certa. Chico não tinha problemas de saúde, e os familiares estranharam quando ele pediu à irmã que obtivesse uma vaga para ele. No dia e hora aprazado o cliente entrou na sala da quase santa e foi direto com ela: “Dona Maysa, paguei a consulta, porém não tenho nada, meu problema é dinheiro”. Então sacou do bolso um volante da mega e pediu para ela marcar os seis números.

PAULINHO, O ENJOADO

Morador da Vila Zulu, Paulinho chega  da escola e pede uma laranja. A mãe:
-Não temos laranja!
-Mamão?
-Não temos!
-Presunto tem?
-Não!
-Mortadela?
-Também não!
-Pão?
-Não!
-Arroz?
-Não!
-Salame?
-Não!
-Bolachas?
-Não!
-Pão seco?
-Neca!
-Não temos nada para comer nesta casa?
-Temos sim! Você é que é enjoado! No forno temos lagosta ao molho branco, bobó de camarão e costeletas de carneiro ao molho de tomate. Na fruteira há tâmaras, damascos, abricós e um pouco de chokecherry. Na despensa há Caviar Almas e outros. Por favor, largue mão de enjoamentos!

O PORCO DO MATO

O porco do mato conseguiu fugir dos caçadores não sem antes levar um tiro. Em disparada fuga foi perdendo sangue até cair enfraquecido numa clareira. Os urubus começaram o reconhecimento de preparação para o almoço. O porquinho olhava para o céu e na mente antecipava seu final melancólico. Mas prometera para seu pai que lutaria até o fim em qualquer circunstância e foi o que fez. Na porta do último suspiro engoliu uma boa dose de estricnina e partiu da vida, não sem antes dar um pequeno sorriso carregado de sarcasmo.

AFLIÇÃO

Ainda clareava o dia chegou quando chegou o vento assoviando  pelas venezianas, fazendo dançar arvores frondosas, tirando do repouso o telhado que dormia, dando vida ao balanço que no quintal servia às crianças. Severa aflição tomou conta do peito dos moradores enquanto a casa tremia confrontando o danado. O zumbido do não visto apenas sentido, mui assustava os grandes e os pequeninos que sabiam que não tinham para onde correr caso o teto fosse embora. Debaixo de uma mesa tosca de pernas grossas talvez fosse o refúgio seguro. O pior de tudo é que o vento não veio sozinho e trouxe consigo o granizo que pipocava em pequenos grãos brancos. O pai abraçava os pequenos enquanto a mãe acendia velas e rezava para Santa Bárbara pedindo proteção. Aos poucos o vento foi amainando e silêncio reinou. Saíram todos para ver os estragos. Nada sério, uma ou outra telha, alguns galhos miúdos quebrados, o cachorrinho Tupi bem na sua casinha. Ufa!

GAZETA DO SALVE-SE QUEM PUDER- PDT lança Ciro ao Planalto

“Se tivéssemos sete vidas seríamos ainda mais dispersivos.” (Mim)

“Mafioso não tem anjo da guarda, tem advogado.” (Pócrates)

“Antes ser um rico infeliz que um pobre desesperado.” (Pócrates)

“Em baile de sapo banda de moscas não toca.” (Mim)

ENTRE ESTAR SÓ E ESTAR SOZINHO

“Com um livro nas mãos você poderá estar só, porém jamais sozinho.” (Mim)

E COMO DIZIA DONA SEBASTIANA

E como dizia Dona Sebastiana Parteira, idosa e ruim de vista chupando uma bola de sinuca: “Nunca vi laranja mais sem suco.”

“Que só espera o tempo passar e não age acaba sendo engolido por ele.” (Filosofeno)

“Quem não saltita não vive” (Lurdes Pulga)

ANIVERSÁRIO

“Hoje é aniversário da minha mulher. Fizemos um jantar especial: camarão ao bafo. Ela entrou com o camarão e eu com o bafo.” (Climério)

O PORQUINHO

Eunício morava numa chácara e gostava de poupar. Seus o pais o aconselharam a colocar moedas no porquinho. Diariamente ele então colocava moedas no porquinho. Porém um dia o porquinho estava de rabo ardido e não aceitou moedas. Acabou mordendo Eunício que foi parar no hospital. O porquinho fugiu em grande disparada, mas parava volta e meia , erguia o rabinho e descarregava alguns reais. Nunca mais foi visto na região, sabe-se apenas que se tornou banqueiro na capital.

MORMAÇO

No mormaço da tarde
Sombra faltando
O sol derrubando as energias
O suor escorrendo
O desassossego invadindo mentes e corpos
Todo o tesouro do mundo
Fica resumido a banho de cachoeira e copos de água fresca.

CLIMÉRIO

“Já estive entre os melhores partidos da minha cidade natal. Mas nada feito, pois a mulher que eu amava queria um inteiro, não tinha nenhum interesse por um partido.” (Climério)

“De tanto a velha encher o saco resolvi cortar a grama do quintal. Sobrou para o SAMU.” (Nono Ambrósio)

DAS CERTEZAS

O nosso mundo particular certo
De certo nada tem
Às vezes quando tudo maravilhoso
Ele dá uma guinada de 360 graus
E todos os nossos sonhos se evaporam
Pois a vida resolveu mostrar sua face mais horrenda.