O predomínio do casamento monogâmico no reino de Cristo é comumente
atribuído a considerações éticas. Isto é tão absurdo quanto atribuir à guerras a
mesma consideração. A simples verdade é a de que tais considerações não passam de
deduções extraídas da experiência e são rapidamente abandonadas quando a
experiência se volta contra elas. No presente caso, a experiência ainda está
abundantemente a favor da monogamia; os homens civilizados a preferem, porque
acham que a monogamia funciona. E por que funciona? Porque é o mais eficiente de
todos os antídotos disponíveis aos alarmes e terrores da paixão. A monogamia, em
suma, mata a paixão – e a paixão é o mais perigoso de todos os inimigos da suposta
civilização, a qual é baseada na ordem, no decoro, na repressão, na formalidade, no
trabalho e na disciplina.
O homem civilizado – o homem civilizado ideal – é aquele que nunca sacrifica a
segurança dos seus por paixões particulares. Ele chega à perfeição quando deixa de
amar apaixonadamente – quando reduz a mais profunda de suas experiências
instintivas, do nível do êxtase para o nível de um mero estratagema para municiar
exércitos ou construir fábricas, mandar reformar suas roupas, reduzir a mortalidade
infantil, arranjar mais inquilinos para cada senhoria ou informar a polícia sobre o
que qualquer cidadão pode estar fazendo de dia ou de noite. A monogamia consegue
tudo isto ao destruir o apetite.
Ela força as duas partes contratantes a uma intimidade
tão persistente quanto não atenuada; estão sempre firmemente de acordo em muitos
pontos. Pouco apouco, o mistério do relacionamento se evapora e o homem e a mulher
atingem aquele ponto assexuado de irmão e irmã. Portanto, aquele maximum de
tentação de que fala George Bernard Shaw já contém em si as raízes da sua própria
decadência. Todo marido começa por beijar uma garota bonita (sua esposa) e termina
maquiavelicamente evitando beijar aquela com quem ele partilha diariamente as
refeições, os livros, as toalhas de banho, a carteira, os parentes, as ambições, os
segredos, as doenças e os negócios – um procedimento tão romântico quanto o de
mandar que lhe engraxem os sapatos. Nem mesmo o inato sentimentalismo do homem
consegue superar o desgosto e a chatice disso tudo. E nem mesmo a capacidade
histriônica da mulher pode ver nisto qualquer sombra de volúpia ou espontaneidade.
Os defensores da monogamia, iludidos pelos seus reflexos morais, deixam de
usufruir todas as vantagens que há nela. Considere, por exemplo, a importância moral
de preservar a virtude dos não-casados – ou seja, daqueles ainda capazes de se
apaixonar.
O atual plano para se lidar com, digamos, um jovem de vinte anos é cercá-lo de espantalhos e proibições – para tentar convencê-lo logicamente de que a paixão é
perigosa. Isto é um abuso e uma imbecilidade – abuso, porque ele próprio já sabe que
ela é perigosa; e imbecilidade, porque é impossível sufocar uma paixão lutando contra
ela. A maneira de matá-la é dar-lhe corda sob condições desfavoráveis e
desanimadores -- para verga-la ao chão, pouco a pouco, até reduzi-la a um absurdo ou
horror. Muito mais ainda poderia ser conseguido se fosse proibida a poligamia a estes
jovens antes do casamento, mas permitida a monogamia. A proibição, neste último
caso, seria relativamente fácil de impor, ao invés de impossível, como no outro. A
curiosidade ficaria satisfeita; a natureza sairia da jaula; mesmo o romance teria a sua
chance, 99% dos jovens se submeteriam, mesmo porque seria mais fácil submeter-se
do que resistir a ela.
E o resultado? Obviamente seria louvável – isto é, aceitando-se a atual
definição de louvável. O resultado final, seis meses depois, seria um jovem desiludido e
no cabresto, tão desprovido de paixão quanto um velho de oitenta anos – em suma, o
cidadão ideal do reino de Cristo.
1921
quinta-feira, 25 de maio de 2017
A PEDRA
Havia uma
grande pedra no alto do morro que dava a impressão que logo iria cair. Um
especialista foi chamado e disse: “não há perigo, está firme, não cai, eu
garanto!” Nisso uma mosca pousou na pedra, a dita firme rolou e achatou o
especialista. Ele ficou bem amassadinho.
ESPERANÇA
Formigas
caminham despreocupadas pela varanda
enquanto o cão preguiçoso boceja deitado satisfeito na cerâmica fria.
Nuvens passeiam pelo céu, sem pressa. O sol vespertino é forte; o verde das
árvores se destaca; o cantar dos pássaros presos é triste. Alados libertos
cruzam os ares fazendo alarido e lamentando a má-sorte dos irmãos engaiolados.
Não tem jeito, quem está na gaiola canta de tristeza, mas os obtusos pensam que
é de alegria. Quem canta seus males espanta; eles sabem disso mais do que
ninguém. Uns poucos ainda olham para cima com esperança de um dia poder
novamente voar. A esperança, sempre ela, junto do ser até o derradeiro suspiro.
ABUTRES
Dois
abutres armados rondam por horas as casas no Belvedere. Estacionam o automóvel
e observam como agem os proprietários de belas residências. Quem entra e quem
sai, descuidado, não descuidado. Então naquela tarde uma mulher deixa o portão
aberto. Os abutres entram de armas nas mãos. Observam todos as salas, não encontram
vivalma. Acham estranho, mas vão em frente. Procuram pelo cofre, vasculham até
encontrá-lo. Um dos gatunos é especialista, em poucos minutos consegue abri-lo.
No cofre não encontram joias e nem dinheiro, tampouco documentos importantes.
Dentro do cofre há apenas uma foto da progenitora dos meliantes dando de mamar
para dois marmanjos no corredor de um bordel.
NÃO ERA PARENTE
O
sol se põe e há um homem morto caído no meio da rua. A multidão se aglomera
para ver o cadáver. O povo gosta de ver a desgraça dos outros. Não existe muito
sangue no asfalto, apenas um leve filete saindo do nariz do pobre. Uma
bicicleta torta atirada ao lado já diz tudo. A mulher de blusa vermelha olha
bem de perto para ver se não é um primo seu. Um homem de camiseta amarela e
boné branco também chega bem perto para ver se o reconhece. Nada. Vem o perito,
faz os procedimentos e o leva embora. O atropelador, em casa, sossegado, toma
mais uma cerveja. Dias depois, descoberto pela lei e questionado o porquê de
não ter prestado socorro, diz: “Que importa? Não era meu parente!”
MISES BRASIL- Uma solução prática para acabar com o poder dos políticos, dos lobistas e dos grupos de interesse
O governo por loteria é uma medida já historicamente testada

Os libertários desejam que as atividades do estado sejam reduzidas ao máximo para abrir mais espaço ao livre mercado. Quando o estado encolhe, quando seus gastos e suas regulações diminuem, o livre mercado — isto é, a livre interação comercial dos indivíduos — cresce.
No entanto, o sistema de democracia baseado em partidos políticos e em eleições fomenta exatamente o contrário. Eleições tendem a ser ganhas por aqueles políticos que mais prometem "almoço grátis" para grupos específicos do eleitorado.
H.L. Mencken já dizia que a democracia possibilita que os demagogos, "em virtude de seu talento para o absurdo e para as tolices", insuflem a imatura imaginação da massa.
E acrescentou:
Os políticos raramente, se nunca, são eleitos apenas por seus méritos — pelo menos, não em uma democracia. Algumas vezes isso acontece, mas apenas por algum tipo de milagre. Eles normalmente são escolhidos por razões bastante distintas, a principal delas sendo simplesmente o poder de impressionar e encantar os intelectualmente destituídos.Será que algum deles iria se arriscar a dizer a verdade sobre a real situação do país? Algum deles iria se abster de fazer promessas que ele sabe que não poderá cumprir — que nenhum ser humano poderia cumprir?Iria algum deles pronunciar uma palavra, por mais óbvia que seja, que possa alarmar ou alienar a imensa turba que se aglomera ao redor da possibilidade de usufruir uma teta que se torna cada vez mais fina?Eles todos prometerão para cada homem, mulher e criança no país tudo aquilo que estes quiserem ouvir. Eles todos sairão percorrendo o país prometendo remediar o irremediável, socorrer o insocorrível, e organizar o inorganizável. Todos eles irão curar as imperfeições apenas proferindo palavras contra elas. Quando um deles disser que dois mais dois são cinco, algum outro irá provar que são seis, sete e meio, dez, vinte, n.Em suma, eles saberão que, em uma democracia, os votos são conseguidos não ao se falar coisas sensatas, mas sim ao se falar besteiras; e todos eles dedicar-se-ão a essa faina com vigoroso entusiasmo.
Ao final, todos pagam a conta. Neste processo, o estado cresce, os gastos públicos aumentam, a dívida pública dispara, a carga tributária explode e toda a economia sofre.
Continue lendo...http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2693
A LÍNGUA DE LULA
“Se Lula da
Silva fosse colocado numa panela para ser reduzido, após horas de cozimento
sobraria no utensílio uma enorme língua sem serventia.” (Eriatlov)
PERIGO
“Quando o
sujeito se arvora em defensor do povo e promotor de justiça social é bom usar
cuecas de aço; vai tentar enrabar quem produz.” (Eriatlov)
Chegou a hora de desmascará-los, desarmá-los e confiná-los
Chegou a hora de desmascará-los, desarmá-los e confiná-los
A foto ao lado mostra muitos guerrilheiros comunistas urbanos devidamente mascarados, o que por si só demonstra o caráter criminoso com que foram para as ruas os jagunços contratados pela CUT, Força Sindical, PT e seus aliados da escumalha esquerdista que sobrou do saque aos cofres públicos que seus líderes produziram durante 13 anos, sob os governos Lula e Dilma.
É inacreditável que a PM continue tolerando bandidos políticos mascarados, sem identificá-los devidamente para apuração de fichas corridas.
O que mais chama a atenção na foto é a presença de bandoleiros encapuzados ou cobertos de confecções negras, aparentemente dispostas a buscar alguma identificação com os "jihadistas islâmicos" ou até mesmo já alinhados com eles.
O grau de disposição para a luta, a organização armada, as armas usadas e a ferocidade na destruição de bens públicos e privados, estão demonstrando que essa gente passa por momentos de desespero político invencível, o que resulta em clara opção pela violência física, mesmo que não tenham acumulado força para chegar a algum tipo de vitória.
Fica evidente o desprezo pelo estado democrático de direito.
Ao conjunto da sociedade brasileira, a opção é impedir pela lei e pela ordem que a liberdade não seja usada pelos herdeiros das roubalheiras petistas para acabar com a liberdade.
Políbio Braga
SAÍDA OU DESTINO? por Gilberto Simões Pires. Artigo publicado em 22.05.2017
(Publicado originalmente em pontocritico.com)
DESTINO!
Quando alguém se dispõe a viajar, ou se locomover, certamente tem na cabeça o destino. Quem não tem destino definido é porque resolveu andar à toa, sem se preocupar com que encontrará pela frente desde o ponto de partida.
SAÍDA???
Pois, o que mais chama a atenção neste nosso cada dia mais pobre Brasil, é que muita gente, quando percebe que estamos em maus lençóis, só faz uma pergunta: - QUAL É A SAÍDA? Ora, não estamos em busca de uma SAÍDA, mas de um DESTINO.
DANOS ECONÔMICOS
Vejam, por exemplo, o que neste momento em que a crise política atingiu um novo patamar, produzindo DANOS ECONÔMICOS ainda mais sérios (como se isto fosse possível depois de uma queda de quase 9% do PIB nos últimos três anos), são raros os brasileiros que têm mostrado preocupação com o DESTINO a ser alcançado.
TRÁGICO
Volto a afirmar, por pura reflexão técnica e matemática, carregadas de total bom senso e muito discernimento, que a viabilidade econômica no nosso país (mesmo que muito tímida) depende das REFORMAS que estão tramitando no Congresso.
REFORMAS
Isto significa, para maus e bons entendedores, de forma absolutamente irrefutável, que sem estas REFORMAS (Trabalhista e Previdenciária) o destino do Brasil é TRÁGICO. Em termos comparativos, é o mesmo que a VENEZUELA experimentou, cujos resultados (lamentáveis) estão aí para serem vistos e muito bem compreendidos.
PASSO IMPORTANTE
Deixo bem claro que não defendo governos e muito menos governantes. Defendo planos econômicos decentes e promissores. O fato é que presidente Temer, ainda que esteja numa situação complicadíssima politicamente, deu um passo importante ao livrar o Brasil da Matriz Econômica Bolivariana e, a partir daí encaminhar REFORMAS mínimas para tentar uma recuperação econômica.
FUTURO DO BRASIL
Como as forças contrárias às REFORMAS (notadamente o exército formado por 15.007 sindicatos, que não querem apenas a saída de Temer mas, principalmente, a volta de Lula) resolveram entrar de cabeça nesta luta política, visando, objetivamente, restaurar a MATRIZ DO ATRASO. Caso saiam vitoriosos o futuro do Brasil é NEGRO.
COMPRA DO INGRESSO
Gostem ou não, o fato é que os brasileiros que estão sendo seduzidos pelas propostas arquitetadas pelo Foro de São Paulo, que apoia a volta de Lula e seus parceiros, o que menos querem é uma SAÍDA. Estão, isto sim, adquirindo o ingresso para o MESMO DESTINO escolhido pela Venezuela. Será um encontro e tanto, não?
OS BOLIVARIANOS CONSEGUIRAM
OS BOLIVARIANOS CONSEGUIRAM
“Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”
Sob a “fantasia” de PROTESTOS CONTRA AS REFORMAS, os desesperados esquerdistas – especialmente aquela turma que grita FORA TEMER (depois der terem votado em massa nele como vice da ANTA) – conseguiram organizar badernas e vandalismos de tamanha monta que o EXÉRCITO está vindo naturalmente para as ruas sem necessitar de um chamado de nenhuma autoridade.
PORQUE É CASO DE SEGURANÇA NACIONAL!
Exatamente como foi em 1964!
Desta vez os militares não virão ajudar na segurança da Copa, das Olimpíadas. Nem para meter o peito na guerra contra os traficantes no Rio. Ou para resolver o descaso nos presídios, construir estradas e pontes, atuar no Haiti, como pediram os governos de LULA E DILMA.
E não é necessária nenhuma “engenharia intelectual” para descobrir quem são os responsáveis pela orquestração das manifestações conjuntas de hoje – no DF e RJ. Para completar, os líderes da CUT e das Centrais Sindicais ainda tiveram a desfaçatez de declarar que a “manifestação pacífica (sic) fugiu ao controle”. Então tá! Contem outra anedota, que nesta nem uma criança vai acreditar... Que burrice magnífica desta gente que se acha inatingível!
Eles tanto fizeram até que conseguiram aquilo que sequer era interesse ou desejo dos comandantes das FFAA. Tirar o Exército da caserna.
Casualmente, e vejam só que curiosa coincidência, os baderneiros mais violentos atuaram com as caras cobertas por máscaras.
Ora, que eu saiba só o ZORRO e o BATMAN usaram máscaras para defender a ordem e a justiça. Todos (eu repito: TODOS) OS OUTROS QUE PRECISAM SE DISFARÇAR PARA COMETER QUALQUER ATO, sempre foram – e são – foras da lei, marginais ou delinquentes. Ou, estão sambando numa festa à fantasia.
E, estes delinquentes, como os baderneiros da CUT e dos Sindicatos, devem pagar a sua conta com a Justiça. E sem receber nenhuma benesse pela Convenção dos Direitos Humanos, pois tais DIREITOS não podem (e nem devem) proteger marginais e bandidos.
Pois, quem sai de casa durante um dia normal de trabalho com a finalidade única de se mascarar para quebrar e brigar é, além de de grande covarde – um bandido com instinto animal. Um legítimo mercenário!
Portanto, PAU NELES. E SEM DÓ OU PERDÃO. E NEM COGITAR DE ANISTIÁ-LOS DEPOIS!
Enfim, finalmente, o EXÉRCITO NACIONAL ESTÁ RETORNANDO APÓS 53 ANOS, PARA SALVAR A POPULAÇÃO DECENTE E QUE NÃO É TELEGUIADA, DA TENTAVIVA ESPÚRIA DE COMUNIZAREM O PAÍS.
A GANG destes bolivarianos que tanto fez, roubou, zombou do povo, agora acha ruim que as pessoas de bem reajam?
Que venham as FFAA para remendar o serviço mal feito lá nos anos 60/70.
E VIVA O BRASIL VERDE E AMARELO!
Marcelo Aiquel – advogado (24/05/2017)
Blog do Políbio Braga
GEISEL E FIGUEIREDO ESTAVAM CERTOS
“Generais Geisel
e Figueiredo estavam certos. A abertura política trouxe o lixo político para
dentro de nossas vidas.” (Eriatlov)
DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- quarta-feira, novembro 30, 2011 DOIS EMBUSTES QUE SÓ ENGANAM PESSOAS CULTAS
Comentando a crônica de ontem, um leitor achou minha análise um pouco preconceituosa: “tirou base por sua vida, lembre sempre que existem outros no mundo. Vivemos sim, num mundo de conflitos, certamente sem respostas. E o capitalismo a qual Adam se refere não é o econômico, e sim o de imposições, de relações triviais (a exemplo da internet, que massificou os relacionamentos). Um grande abraço!”
Que vivemos em um mundo de conflitos, disto não tenho dúvida alguma. Só não vejo porque "prazer profundo, com troca entre pessoas" seja difícil, cheio de conflitos. Vivo bem, tenho meus prazeres, tanto os profundos, como diz o psicanalista, como também outros nem tão profundos. Há décadas, não vivo conflito algum.
Mas o psicanalista precisa encontrar conflitos, mesmo onde não existem. Ou não ganha seu pão. Quando teço críticas à psicanálise, não falta psicanalisado que, papagueando Freud, ache que estou precisando de uma análise. Ora, vivo serenamente minha vida, não tenho conflitos de ordem alguma. Por que razões iria eu pagar um vigarista para me ouvir? Meus amigos e amigas me ouvem com prazer, sem que eu precise desembolsar um vintém. Vivia em conflito, isto sim, quando era adolescente. Não por ser adolescente, mas porque a idéia de Deus me foi enfiada a machado na cabeça. Mas logo abandonei a crença em Deus e minha vida se tornou um mar de rosas. Há mais de quarenta anos não sei o que seja conflito.
Diz ainda o leitor que o capitalismo ao qual Adam se refere não é o econômico, e sim o de imposições, de relações triviais (a exemplo da internet, que massificou os relacionamentos. De acordo quando à primeira parte. Aliás, não falei em capitalismo econômico. Quanto à Internet ter massificado os relacionamentos, não acompanho este raciocínio. Internet não tem responsabilidade alguma pela massificação. Muito antes das redes sociais, futebol e rock há muito vinham uniformizado as pessoas. E muito antes ainda, lá atrás, as religiões eram um poderoso fator de massificação da sociedade. Utilizo diariamente a Internet e não me sinto nenhum pouco homem-massa. Pelo contrário, uso a rede para manifestar minha individualidade. Não fosse a Internet, eu não teria voz. Massificadora é a imprensa escrita, onde qualquer opinião mais contundente é censurada pelos editores.
Isso de afirmar que "o capitalismo trivializou a paixão, fez com que as pessoas se desiludissem em relação ao amor" é grossa besteira. A idéia de amor evoluiu, desde os poemas de Safo de Lesbos até nossos dias, passando pelo amor cavalheiresco e pelo amor cristão. Amor é um sentimento literário, alimentado e desenvolvido através dos séculos, e espanta ver um psicanalista usar uma palavra que designa uma ficção como se significasse algo real. Swift, ao responder a uma jovem que estava em vias de casar-se, foi preciso: “o amor é uma paixão ridícula, que não tem razão de ser, fora dos livros de recreação e dos jornais. Hoje, este sentimento é a mola que impulsiona o mercado em datas como dias dos pais, dos namorados, da mãe e Natal.
Quando me falam de amor, gosto de contar um episódio narrado por Morton Hunt, em A História Natural do Amor. Em uma aldeia nos confins da África, um antropólogo tentava explicar aos nativos o que seria este sentimento. Contou então uma lenda, sobre um cavaleiro que sai em busca de uma donzela e enfrenta montanhas, abismos de dragões para conquistá-la. Um ancião da tribo, interpretando o sentimento dos demais, perguntou:
- Por que ele não procurou outra moça?
Um outro leitor me pergunta se considero comunista qualquer pessoa que critique o capitalismo. Não necessariamente. Mas a entrevista de Phillips tem um viés nitidamente comunista. Não é que o capitalismo tenha trivializado o amor. Ocorre que este sentimento transformou-se através dos tempos. Ao atribuir ao capitalismo a trivialização do amor, o psicanalista deixa entender que há um sistema alternativo onde o amor não foi trivializado. Ora, só há dois sistemas políticos no Ocidente, o capitalismo e o socialismo. (E não me venham com a piada de que as sociais-democracias constituem uma terceira via). Até pode ser que Phillips não se pretenda comunista. Mas pensa como tal. Vejo todos os dias, à minha volta, pessoas que talvez nem saibam o que seja comunismo. Mas pensam de modo idêntico aos comunistas. São comunistas sem sabê-lo.
Por outro lado, estou cansado de ver esses intelectuais que vivem em plena sociedade de consumo, que fazem suas fortunas graças ao sistema capitalista e depois saem a condenar o sistema. O que, aliás, lhes rende ainda mais dinheiro. É o caso do lingüista americano Noam Chomski, que fez fortuna, literária e pessoal, criticando a sociedade que o embala e sustenta e louvando regimes onde estaria na cadeia mal abrisse a boca. Ou de Michael Moore, que fez fama e fortuna mentindo em seus filmes sobre o país que o abriga e protege.
Esses personagens são universais. Entre nós temos, sem ir mais longe, Jorge Amado. Passou boa parte de sua vida condenando o capitalismo e louvando as ditaduras comunistas. Em O Mundo da Paz, insultou o Ocidente e particularmente Paris. Foi inclusive proibido de entrar na França. Onde foi morar depois de tornar-se rico atacando o Ocidente? Foi morar em Paris, na Rive Droite, em uma mansão com vista para a Notre Dame.
O mesmo diga-se de Chico Buarque, que sempre denunciou o capitalismo e alinhou-se com os países socialistas. Jamais disse uma palavrinha contra as ditaduras comunistas. Muito menos contra o regime da Disneylândia das esquerdas, a Cuba de Castro. Foi por acaso morar em Pequim, Moscou ou Cuba? Nada disso. Hoje tem apartamento na privilegiada e caríssima Île de la Cité, quase ao lado do apartamento de Amado.
Psicanálise e marxismo, costumo afirmar, são dois embustes que só conseguem enganar pessoas com certa cultura. Analfabetos não fazem psicanálise nem aderem ao marxismo. Ambas as doutrinas estão sendo celeremente desmascaradas. Nesta Pindorama que sempre vive a reboque do pensamento contemporâneo, gozam ainda de boa saúde.
Que vivemos em um mundo de conflitos, disto não tenho dúvida alguma. Só não vejo porque "prazer profundo, com troca entre pessoas" seja difícil, cheio de conflitos. Vivo bem, tenho meus prazeres, tanto os profundos, como diz o psicanalista, como também outros nem tão profundos. Há décadas, não vivo conflito algum.
Mas o psicanalista precisa encontrar conflitos, mesmo onde não existem. Ou não ganha seu pão. Quando teço críticas à psicanálise, não falta psicanalisado que, papagueando Freud, ache que estou precisando de uma análise. Ora, vivo serenamente minha vida, não tenho conflitos de ordem alguma. Por que razões iria eu pagar um vigarista para me ouvir? Meus amigos e amigas me ouvem com prazer, sem que eu precise desembolsar um vintém. Vivia em conflito, isto sim, quando era adolescente. Não por ser adolescente, mas porque a idéia de Deus me foi enfiada a machado na cabeça. Mas logo abandonei a crença em Deus e minha vida se tornou um mar de rosas. Há mais de quarenta anos não sei o que seja conflito.
Diz ainda o leitor que o capitalismo ao qual Adam se refere não é o econômico, e sim o de imposições, de relações triviais (a exemplo da internet, que massificou os relacionamentos. De acordo quando à primeira parte. Aliás, não falei em capitalismo econômico. Quanto à Internet ter massificado os relacionamentos, não acompanho este raciocínio. Internet não tem responsabilidade alguma pela massificação. Muito antes das redes sociais, futebol e rock há muito vinham uniformizado as pessoas. E muito antes ainda, lá atrás, as religiões eram um poderoso fator de massificação da sociedade. Utilizo diariamente a Internet e não me sinto nenhum pouco homem-massa. Pelo contrário, uso a rede para manifestar minha individualidade. Não fosse a Internet, eu não teria voz. Massificadora é a imprensa escrita, onde qualquer opinião mais contundente é censurada pelos editores.
Isso de afirmar que "o capitalismo trivializou a paixão, fez com que as pessoas se desiludissem em relação ao amor" é grossa besteira. A idéia de amor evoluiu, desde os poemas de Safo de Lesbos até nossos dias, passando pelo amor cavalheiresco e pelo amor cristão. Amor é um sentimento literário, alimentado e desenvolvido através dos séculos, e espanta ver um psicanalista usar uma palavra que designa uma ficção como se significasse algo real. Swift, ao responder a uma jovem que estava em vias de casar-se, foi preciso: “o amor é uma paixão ridícula, que não tem razão de ser, fora dos livros de recreação e dos jornais. Hoje, este sentimento é a mola que impulsiona o mercado em datas como dias dos pais, dos namorados, da mãe e Natal.
Quando me falam de amor, gosto de contar um episódio narrado por Morton Hunt, em A História Natural do Amor. Em uma aldeia nos confins da África, um antropólogo tentava explicar aos nativos o que seria este sentimento. Contou então uma lenda, sobre um cavaleiro que sai em busca de uma donzela e enfrenta montanhas, abismos de dragões para conquistá-la. Um ancião da tribo, interpretando o sentimento dos demais, perguntou:
- Por que ele não procurou outra moça?
Um outro leitor me pergunta se considero comunista qualquer pessoa que critique o capitalismo. Não necessariamente. Mas a entrevista de Phillips tem um viés nitidamente comunista. Não é que o capitalismo tenha trivializado o amor. Ocorre que este sentimento transformou-se através dos tempos. Ao atribuir ao capitalismo a trivialização do amor, o psicanalista deixa entender que há um sistema alternativo onde o amor não foi trivializado. Ora, só há dois sistemas políticos no Ocidente, o capitalismo e o socialismo. (E não me venham com a piada de que as sociais-democracias constituem uma terceira via). Até pode ser que Phillips não se pretenda comunista. Mas pensa como tal. Vejo todos os dias, à minha volta, pessoas que talvez nem saibam o que seja comunismo. Mas pensam de modo idêntico aos comunistas. São comunistas sem sabê-lo.
Por outro lado, estou cansado de ver esses intelectuais que vivem em plena sociedade de consumo, que fazem suas fortunas graças ao sistema capitalista e depois saem a condenar o sistema. O que, aliás, lhes rende ainda mais dinheiro. É o caso do lingüista americano Noam Chomski, que fez fortuna, literária e pessoal, criticando a sociedade que o embala e sustenta e louvando regimes onde estaria na cadeia mal abrisse a boca. Ou de Michael Moore, que fez fama e fortuna mentindo em seus filmes sobre o país que o abriga e protege.
Esses personagens são universais. Entre nós temos, sem ir mais longe, Jorge Amado. Passou boa parte de sua vida condenando o capitalismo e louvando as ditaduras comunistas. Em O Mundo da Paz, insultou o Ocidente e particularmente Paris. Foi inclusive proibido de entrar na França. Onde foi morar depois de tornar-se rico atacando o Ocidente? Foi morar em Paris, na Rive Droite, em uma mansão com vista para a Notre Dame.
O mesmo diga-se de Chico Buarque, que sempre denunciou o capitalismo e alinhou-se com os países socialistas. Jamais disse uma palavrinha contra as ditaduras comunistas. Muito menos contra o regime da Disneylândia das esquerdas, a Cuba de Castro. Foi por acaso morar em Pequim, Moscou ou Cuba? Nada disso. Hoje tem apartamento na privilegiada e caríssima Île de la Cité, quase ao lado do apartamento de Amado.
Psicanálise e marxismo, costumo afirmar, são dois embustes que só conseguem enganar pessoas com certa cultura. Analfabetos não fazem psicanálise nem aderem ao marxismo. Ambas as doutrinas estão sendo celeremente desmascaradas. Nesta Pindorama que sempre vive a reboque do pensamento contemporâneo, gozam ainda de boa saúde.
TUTELA
“Querer
tutelar o semelhante e impor seu modo de vida é coisa de crente fanático e
comunista. Liberdade, respeitando o direito alheio, consciência, dever e ação
responsável.“ (Eriatlov)
UM DIA IRÁ FEDER
“O socialismo
comunismo é como uma caixa de merda que levam para lá e para cá. Dizem que não
irá feder, mas não tem jeito, um dia fede.” (Eriatlov)
PARA QUEM USAR A GENTILEZA
“A gentileza
deve ser usada para os bons e pacíficos. Para os brutos e maus o melhor bom dia
é o cassetete.” (Eriatlov)
QUEM ROUBOU?
Leonardo
Andrade guardou seu milhão de dólares num cofre seguro. Quando após um mês
abriu o cofre para verificar não havia mais dinheiro. Roubo? Quem roubou e
como? Ninguém mais entrou na casa, somente ele sabia a combinação. Vieram os
peritos e não conseguiram uma explicação. Chamaram então o professor Luxemburgo
que tinha explicação para tudo. Então examinando o interior com sua lupa ele
descobriu num cantinho escuro do cofre o bichinho comedor de dinheiro de barriguinha
estufada arrotando verdinhas.
ABLUTOFOBIA
Rinaldo não
tinha medo de uma arma apontada para si. Mas caso lhe apresentassem um
chuveiro, sabonete e toalha de banho ele caía em prantos. Lavava-se com
paninhos molhados, isso quando a catinga já estava afetando os vizinhos. Sofria
o pobre de ablutofobia, doença que o isolava das pessoas. Porém mesmo com toda
carniça uma boa alma descobriu serventia para Rinaldo. Foi contratado por
Adamastor como segurança na sua boate. Deu certo, nem arma usava. Quando
acontecia uma confusão bastava Rinaldo erguer os braços que todos caiam ao chão
ou fugiam porta afora. Um gambá perto dele era café pequeno. Mas perdeu o
emprego quando se tratou e passou a andar limpo.
ADAMASTOR
Metido ele
sempre fora, não pedia licença para ninguém. Então Adamastor chegou ao bar do
Nilo na tarde de sexta-feira e bebeu todas sem pestanejar. Começou então a
torrar a paciência do proprietário que manteve a calma. Porém quando quis beber
também a dos outros tomou um tiro.
GINA
Gina, dezoito
anos, bela e frágil, meiga e prestativa. O pai Ernesto era um cavalheiro. A mãe
Andradina uma caninana. Certa amanhã Gina acordou tossindo e vomitando pétalas
de rosas. A mãe não se aguentou- “Ainda vomitasse dólares ou euros.” Gina
morreu no outro dia, seu corpo exalava um maravilhoso perfume. Foi o velório
mais cheiroso do mundo. Até hoje a ciência ainda não conseguiu uma explicação.
Os pais de Gina ainda vivem. Ele, culto e aberto ao mundo; ela; caminhando pra lá
e pra cá matando grama com cuspe.
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