segunda-feira, 28 de setembro de 2015

“Até mesmo eu um velho ladrão confesso, que sempre gatunei pouco e sozinho está envergonhado com os petistas. Um recado: O problema do Brasil não é o juiz Moro, é a vossa quadrilha.” (Deputado Arnaldo Comissão)

"Dilma é indigesta tal qual feijoada à noite. Só com muita caipirinha, farinha de mandioca, laranja e sal de fruta." (Mim)

O BALANÇO DO LESMÃO- Dívida pública sobe 3,16% em agosto e atinge R$ 2,68 trilhões

Um governo em liquidação

Um governo em liquidação

Num aperto danado, com 985 mil empregos formais fechados em um ano, a presidente Dilma Rousseff resolveu vender o Ministério da Saúde ao PMDB, em troca de proteção contra o impeachment e de apoio a medidas de ajuste. A oferta, quase no estilo “família vende tudo”, envolve um pacote ministerial. Mas a decisão de trocar o companheiro Arthur Chioro por um peemedebista qualquer tem significado particular.
Durante anos, o governo tentou impingir ao público a imagem de grande preocupação com a saúde. Também tentou propagar o mito de realizações importantes no setor. Além disso, desde a extinção do imposto do cheque, a CPMF, em 2007, petistas do alto e do baixo clero lamentaram, num choro incessante, a perda de um tributo apontado como essencial para a saúde. Agora, de repente, o ministério, até há pouco tratado como joia da coroa, torna-se tão vendável quanto um sofá usado. Além disso, os R$ 32 bilhões esperados da nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira deverão reforçar – quem diria? – as finanças da Previdência. Foi essa a finalidade apontada pelos ministros econômicos quando propuseram a recriação do mais aberrante dos tributos brasileiros.
Nenhum cidadão razoavelmente informado e com pelo menos dois neurônios em operação levou a sério, em qualquer momento, a propaganda oficial sobre a política de saúde – ou, a propósito, sobre a política educacional do PT. Da mesma forma, só os muito desinformados e muito desprevenidos acreditaram no vínculo entre a CPMF e os programas de saúde. O imposto do cheque sempre serviu, de fato, para engordar a receita geral do Tesouro e para sustentar, especialmente no período petista, a gastança do governo federal.
Se educação e saúde fossem mesmo prioritárias, para os governos e para seus aliados, a aplicação de recursos nos dois setores nunca dependeria de verbas vinculadas nem de tributos carimbados. Vinculação fiscal – exceto, talvez, por períodos limitados e em casos muito especiais – distorce o uso de recursos, torna a administração menos eficiente e menos criativa, dispensa a competência e abre espaço para a corrupção. Quando é obrigatório gastar certo volume de dinheiro, a tendência a gastar mal torna-se muito forte. Tudo isso é confirmado pela experiência brasileira. Além disso, a repentina mudança da finalidade oficial da CPMF elimina qualquer dúvida sobre o interesse real do governo.
Parte dos congressistas ainda se opõe, pelo menos vocalmente, à recriação desse tributo. O apoio dos petistas parece garantido. Além do mais, governadores interessados numa lasca do bolo pressionarão parlamentares pela aprovação com alíquota de 0,38%, quase o dobro da proposta pelo Executivo (0,20%). Há, entre os chamados formadores de opinião, quem aponte a CPMF como um tributo justo, por incidir, supostamente, mais sobre o rico e poupar o pobre. Essa crença é uma bobagem. Mesmo se ganhasse uma carteirinha para ficar livre do imposto na ponta do consumo, o pobre ainda seria onerado pela incidência nas fases anteriores da circulação. Cumulatividade é um de seus defeitos.
Os ministros econômicos sabem disso e conhecem também as outras más características do imposto do cheque. Mas deixam de lado esses detalhes, ou por darem pouco valor à qualidade e à funcionalidade dos tributos ou por julgarem muito difícil, talvez impossível, consertar as contas federais sem esse recurso.
Nenhuma solução de maior alcance foi sugerida seriamente. Para conseguir apoio a esse quase nada a presidente põe à venda o governo
A tarefa é complicada, de fato, porque a ampliação constante dos gastos obrigatórios, como os salários, os benefícios da Previdência e também as despesas vinculadas, tornou mais engessado, ano a ano, um orçamento já pouco flexível. Mesmo assim, muito provavelmente seria possível aumentar os cortes, de forma significativa, se houvesse disposição e coragem para uma redução severa dos postos de livre nomeação e para um exame detalhado de todos os programas.
Em 2011, quando houve um ensaio, ou encenação, de faxina ministerial, foi descoberto um enorme desperdício de recursos. Perdia-se muito dinheiro em projetos mal concebidos e mal executados. Gastava-se em programas de utilidade duvidosa. Queimavam-se grandes verbas em convênios com ONGs muitas vezes despreparadas para a prestação dos serviços contratados.
Houve muito barulho, na época, e até a esperança de eliminação das bandalheiras mais evidentes. Nada indica, no entanto, uma alteração efetiva dos padrões dominantes na administração. Ao contrário: nos anos seguintes, bastaria acompanhar a execução dos programas ligados à Copa do Mundo para verificar a persistência, e até o agravamento, dos maiores vícios.
A devastação da economia, acelerada no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, coincidiu com o engessamento maior do Orçamento federal e com maior degradação dos padrões administrativos. O fiasco permanente do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apenas disfarçado pelos números do programa habitacional, confirmou muito claramente a incompetência crescente da gestão pública. Mas o funcionalismo nunca deixou de crescer e o aumento da folha sempre superou a inflação. Ao mesmo tempo, subsídios continuaram e continuam sendo canalizados para grupos escolhidos.
A resposta da presidente consistiu, até agora, em propor remédios para fechar as contas em 2016. Para este ano, a expectativa de um pífio superávit primário de 0,15% do PIB, reafirmada há poucos dias, depende de cerca de R$ 43 bilhões de receitas extraordinárias – tão extraordinárias e voláteis quanto o apoio comprável com nomeações. Nenhuma solução de maior alcance foi sugerida seriamente. Para conseguir apoio a esse quase nada a presidente põe à venda o governo. A Standard & Poor’s limitou-se a rebaixar a nota de crédito do país. A autodegradação do governo é muito mais séria do que isso.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 27/9/2015

D o Baú do Janer Cristaldo- segunda-feira, janeiro 26, 2004 Na Vanguarda

Em meus dias de Estocolmo, mostrei minha carteira de identidade a uma amiga sueca. “Que é isso?” – perguntou – “estás fichado na polícia?” Seu espanto era decorrente de minhas impressões digitais na carteira. Mais tarde, ouvi o mesmo tipo de comentário em Paris. Na exigente Europa, ciosa dos direitos de seus cidadãos, a impressão digital em um documento é vista como estigma de criminalidade e invasão da privacidade. 

No Brasil, desde que me conheço por gente, na hora de pedir um RG, enfiamos os dedos na tinta sem estrilar. Tenho mais de meio século de existência e jamais vi, nesses mais de cinqüenta anos, alguém protestar contra tal absurdo. Mas bastou que os Estados Unidos exigissem impressões digitais para brasileiros que entrassem no país, para que um juiz dos cafundós de Judas se erguesse em seus tamancos e retaliasse com a mesma exigência para americanos que entram no Brasil. O rato que ruge rugiu no Mato Grosso e, com uma penada, passou a ditar a política externa nacional no que tange ao intercâmbio entre países. O Itamaraty, penhorado, agradece. Não precisou sequer mover um dedo para destilar seu terceiromundismo primário. 

Que a medida americana é discriminatória, isso não se discute. Vinte e sete países, em sua maioria europeus, estão isentos de tocar piano, como se diz por aqui. Se a preocupação dos EUA é controlar a entrada de terroristas, teria bem mais razões para identificar europeus que brasileiros ou latino-americanos. A Europa está infestada de organizações terroristas, particularmente a França, Itália, Alemanha e Inglaterra. As madrassas que nutrem o ódio ao Ocidente estão plantadas no velho continente, não no nosso. Mas seria um tanto descortês, da parte americana, exigir dos irmãos de Primeiro Mundo, rituais reservados a criminosos. Quanto a exigir digitais dos bugres que habitam o quintal, por que não? Se até mesmo o ministro de Relações Exteriores brasileiro, Celso Lafer, se humilha tirando os sapatos para entrar no grande país do Norte, por que não se submeteriam seus míseros concidadãos a um procedimento de delegacia? Afinal, neste país incrível não é preciso cometer crime algum para entregar as digitais ao Estado. 

Que a retaliação brasileira é ridícula, tampouco se discute. Os EUA estão preparados com colossais bancos de dados para determinar quem pode ou não pode entrar no país. O Brasil sequer sabe quem entra ou quem sai. De um lado, a arrogância de uma potência que vê no Terceiro Mundo um celeiro de terroristas, mesmo sabendo que o terror tem suas bases no Primeiro. De outro lado, o orgulho ferido de país pobretão, que julga equiparar-se aos ricos imitando suas tolices. 

Vamos brincar de hipóteses. Imagine o leitor que os EUA, não satisfeitos de pedir fotos e digitais de seus visitantes, inventem de reter o passaporte por 24 horas, para registrá-lo na polícia local. No que dependesse do juiz mato-grossense, teríamos uma declaração de guerra. Que pensam estes senhores? Que todo brasileiro é um criminoso potencial? Uma onda de indignação varreria o país todo, pais furibundos protestariam contra a arrogância de uma potência que vê como malfeitores seus rebentos que buscam aperfeiçoamento cultural na Disneylândia. 

Adelante! Imaginemos que além de impor o registro de passaportes na polícia, o governo americano pretendesse monitorar os deslocamentos de todo turista no país. Antes de viajar, você precisa determinar quantos dias vai ficar em Nova York, quantos em Washington, quantos em Seattle. Por favor, determine o dia da chegada e o dia da partida de cada cidade. Não ouse descumprir prazos, sob pena de ter de entender-se com as autoridades. O Brasil todo seria tomado de um profundo ódio ao grande irmão do Norte. 

Como imaginar não custa nada, imaginemos mais um pouco. Suponhamos que o governo americano, para conceder um visto ao cidadão brasileiro, exija que este reserve – e pague – antecipadamente os hotéis em que pretende parar. Nosso ódio transbordaria fronteiras. Que estão pensando esses gringos? Que somos uma nação de caloteiros? 

Só mais um pouquinho de exercício. Imaginemos o cúmulo dos cúmulos: que as entradas em museus e monumentos custem um dólar para americanos e dez dólares para estrangeiros. O Brasil, em uníssono, declararia ódio eterno aos States. 

Deixemos agora a imaginação de lado. Esta é a realidade com a qual se defronta todo cidadão que pretende viajar à Rússia, mesmo hoje, decorridos 14 anos da queda do Muro, 12 anos do desmoronamento da União Soviética. Ao chegar em uma cidade russa, seu passaporte é retido para registro na polícia. Seu roteiro deve ser previamente traçado. Se você pretende viajar de carro pelo país, terá pela frente longos meses de negociações com a Inturist. Ai de você se sair do roteiro ou se demorar mais do que o previsto em uma determinada cidade. Se você gostou de Moscou ou São Petersburgo e quer espichar sua estada por mais uns dias, esqueça. Isto não existe na Rússia contemporânea. 

Sem hotel previamente pago, não há visto. Você faz um vôo cego. Onde aterrissar, aterrissou. E se a hospedagem já está paga, nem sonhe em trocar de hotel caso dele não goste. Na hora de visitar o Hermitage ou o palácio de verão do Czar, outra surpresa nada agradável, típica de país de moeda podre: russo paga 15 rublos. Você paga 250. Sem choro. Se quiser passear de barco pelos canais de São Petersburgo, de novo a facada. Russo paga 15. Você, conforme sua cara ou a conforme a demanda do momento, pagará de 300 a 500 ou mais rublos. Se na época anterior ao desmoronamento do comunista todo turista era um espião potencial, a ser acompanhado de perto por diligentes anjos da guarda, estes tempos são passados. Hoje o turista é um saco de dólares a ser esvaziado. Quanto mais rápido melhor. 

Jamais vi ou ouvi, neste meu mais de meio século de existência, brasileiro algum protestar contra estas exigências ridículas dos antigos países soviéticos que ainda vigem na Rússia. Pelo contrário, voltavam sempre fascinados pela temporada no paraíso. Não tenho informações sobre os demais países da ex-URSS, mas não me espantaria que em algum deles ainda permanecesse em vigor a prática burra. 

Articulistas eivados de antiamericanismo recorrem à metáfora simplória: o Big Brother de Orwell tornou-se uma realidade patente. Ora, o Grande Irmão queria o controle das mentes, não o de digitais. O espírito do Grande Irmão, a bem da verdade, contaminou o Leste. Mas isto esquerdista algum de boa cepa vai admitir. 

O que está contaminando o Ocidente é a estupidez. Não seria o Brasil, sempre na vanguarda, que a ela ficaria imune. 

“Sou muito azarado. Desconfio de que fui batizado com mijo.” (Limão)

“Meu coração é de Jesus e o resto é do Banco Itaú.” (Mim)

“Meu bisavô quando na escola foi abraçado por Stálin. Morreu aos 78 anos e ainda não havia conseguido tirar da pele o cheiro do porco.” (Eriatlov)

“Instituições desmoronam. Obra de cupins petistas.” (Eriatlov)

“Pedro, precisamos animar este paraíso. Peça emprestado ao diabo alguns libertinos.” (Deus)

SAIBA COMO NELSON JOBIM OPEROU NOS BASTIDORES PARA LEVAR O STF A FATIAR E MELAR A LAVA JATO

CLIQUE AQUI para saber como Nelson Jobim ajuda as empreiteiras a se safar das garras do juiz Sérgio Moro. A reportagem é do jornal O Globo.

Os repórteres Raymundo Costa e Juliano Basile, contam na edição de hoje do jornal Valor, que acaba de chegar a Porto Aelgre (14h51min) e já examinada pelo editor, que a decisão do STF de fatiar a Operação lava-Jato e com isto desidratá-la, portanto desfigurar a condução do caso pelo juiz Sérgio Moro e pelo MPF e PF do Paraná, teve a ajuda do ex-ministro Nelson Jobim. Nelson Jobim, conforme reportagem do link acima, tem trabalhado e sido ouvido pelos principais defensores dos empreiteiros envolvidos em roubalheira na Petrobrás.

Sem Márcio Thomas Bastos, o ex-presidente do STF tem assumido o papel de principal estrategista na orientação ás empresas e executivos envolvidos na Lava Jato, dando consultoria, entrando em campo para interlocuções, desestimulando delações premiadas e articulando a defesa dos bandidos do colarinho branco.

Sua atuação é vista como exitosa.

Este caso levado à Corte em velocidade extrema pelo ministro Dias Toffoli é exemplar. Toffoli contou com a ajuda do ministro Teori Zavascki e de Jobim.

Os advogados dos bandidos do PT, mais empreiteiros e políticos presos e investigados, comemoram ruidosamente a decisão do STF, o que por si só a coloca sob grossa suspeita.

Com base na decisão, não só os processos irão para outros Foros, como SP e Brasília, como além disto permitirá que os advogados contestem as decisões já tomadas por Sérgio Moro.

O fatiamento ajuda Lula, Dilma e até Eduardo Cunha e Renan.

Nelson Jobim, conta o jornal, reaproximou-se de Dilma, tanto que foi designado por ela para a posição de observador nas próximas eleições da Venezuela, País onde a Odebrecht também possui obras, tudo depois de lobby de Lula.
Políbio Braga

“Dilma vive para nós, substantivo e não pronome.” (Mim)

“Acho Dilma um caso perdido. Ela não melhora nem tomando vermífugo.” (Mim)

Consulte o Mestre Warte

Classificado- Consulte o Mestre Warte, O Iluminado. Faz leitura das mãos, coxas, pés, inclusive pés de galinha. É o único que realiza mapa astral pelo método das ‘reentrâncias e curvaturas das nádegas’.Sala 1, Edifício Dinheiro Fácil.

As ciências humanas condenadas à irrelevância total


marx e foucault

O Japão pensa em acabar com as universidades de ciências humanas. A ideia, segundo o filósofo Luiz Felipe Pondé, não é toda ruim. É que vem dessas áreas uma quantidade incrível de baboseiras, paridas por “intelectuais” que perderam qualquer contato com o mundo real e também qualquer senso de ridículo.

Inspirados em gente como Marx e Foucault, esses professores espalham pelo mundo, por meio de seus alunos influenciáveis, conceitos toscos, como, por exemplo, a ideia de que sexo é somente uma “construção social”, ou que as leis de mercado são uma invenção dos “opressores”. Pondé, em suacoluna de hoje, desmascara a turma:

Só alguém que delira diz absurdos como os de que a humanidade não está dividida em homem e mulher, mesmo que gêneros minoritários habitem entre nós com todo o direito de assim o ser.

Ou que o corpo seja uma representação social, mesmo que dimensões culturais façam parte de nossa percepção dos corpos. Será que, mesmo diante de um câncer, esses gênios do nada dirão que o “corpo é uma representação social”? Qual seria a “representação social” de um câncer? Opressão celular?

[…]

Transformamo-nos em seres alienados, que acreditam que as bobagens que se fala em aula e em teses descrevem a vida das pessoas. Talvez a melhor forma de descrever aquilo no que se transformou as ciências humanas seja mesmo “masturbação”. Aquele tipo de coisa que parece dar prazer, mas que, na realidade, é prova da incapacidade de gozar “em” alguém real.

Masturbação mental sempre foi a forma pela qual encarei esse tipo de “pensamento” típico das ciências humanas. Esses “intelectuais” parecem mais preocupados com o regozijo diante do próprio espelho, quando repetem essas ladainhas politicamente corretas, do que com a correta compreensão do mundo como ele é. Natureza humana é uma expressão que simplesmente não existe para essa gente. Tudo seria moldado pelas elites opressoras, tudo é ideologia, menos Marx e Foucault.

Para Pondé, que entende do assunto, estamos diante de um caso de surto psicótico mesmo. E o tratamento deveria ser dar um tempo no gozo com Marx, Foucault ou Piketty, segundo o filósofo. É difícil, porém, pois o narcisismo desses “intelectuais” é enorme, e como eles vibram com a autoimagem de “seres conscientes” que navegam acima dos reles mortais “alienados”! “Narcisistas são pessoas incapazes de se arriscar na vida. Preferem lamber suas próprias imagens no espelho”, escreve Pondé.

A “espada samurai” que pretende cortar essa baboseira produzida no conforto das salas de aula das ciências humanas, na segurança de países capitalistas desenvolvidos, serve ao menos para nos chamar a atenção para essa total irrelevância da área hoje. Já teria passado da hora de reconhecer o ridículo em que chegamos nesses cursos de sociologia, antropologia, história, psicologia e tudo mais. Qual o limite?

Rodrigo Constantino

“A tragédia e a chanchada” e outras sete notas de Carlos Brickmann

CARLOS BRICKMANN
É uma frase clássica de Karl Marx, o grande ídolo da esquerda que estudou: a História acontece como tragédia e se repete como farsa. 

Fernando Collor, tentando salvar seu governo ameaçado pelo impeachment, montou o Ministério dos Notáveis, com Marcílio Marques Moreira, Célio Borja, Eliezer Batista. Não se salvou; e jogou a culpa pela tragédia pessoal em seus ministros, por terem compromisso maior com o país do que com o governo.
Dilma Rousseff, tentando salvar seu governo ameaçado pelo impeachment, anunciou publicamente que iria demitir o ministro da Saúde para entregar o cargo ao PMDB. Não conseguiu encontrar um nome, e a crise continua; e o ministro que deixou de ser ministro continua a ser ministro, só que sem mandar nada.
E quem são os notáveis em que Dilma pensa? O deputado Marcelo Jr., da Paraíba; o deputado Helder Barbalho, do Pará, filho dos parlamentares Helder Barbalho e Elcione Barbalho (donos daquele famoso ranário que não tinha rãs, mas ao qual jamais faltaram verbas oficiais), Celso Pansera, do Rio ─ aquele que o doleiro e delator premiado Alberto Youssef chamou de “pau mandado” de Eduardo Cunha. Tudo bem, Pansera costuma ser enviado por Cunha para representá-lo em reuniões menos importantes, mas não é só isso que faz: também cuida de seu restaurante em Caxias, cujo nome é “Barganha”. Outros nomes há, mas para que citá-los se Dilma ainda nem sabe quais pastas serão mantidas ou fechadas?
Com Dilma, a história não se repete como farsa, mas como chanchada.

Elas por elas

Dilma viajou para os EUA sem definir seus ministros. Em compensação, os ministros também não sabem direito quem está hoje na Presidência.

A opinião de quem sabe

Para salvar seu cargo, Dilma concordou com todas as exigências do PMDB. Comentários de Eduardo Cunha, líder operacional do partido, presidente da Câmara Federal (e responsável por aceitar ou rejeitar o pedido de impeachment): 

1 - Não há a menor possibilidade de aprovação da nova CPMF;

- Há grandes possibilidades de que o PMDB deixe o governo de Dilma em novembro.

O governo deu tudo. Os pixulecos foram liberados. E não adiantou nada.

Eles por eles

O pessoal do Instituto do Desenvolvimento do Varejo, que promoveu reunião na Fiesp na sexta, não compartilha as dúvidas dos ministros. O tempo todo trataram o vice-presidente como “presidente Temer”.

Ato falho. Ato muito sábio.

Os olhos da presidente

O helicóptero de Dilma soltou chamas ao decolar, mas seguiu para a Base Aérea, onde ela pegaria o avião para os Estados Unidos. Dilma disse que não percebeu as labaredas. 

É a prova de que falava a verdade ao garantir que não sabia de nada: como saberia do Petrolão, se nem o fogo na cauda conseguiu perceber?

Um, dois, mil Moros

A militância petista que detesta o juiz Sérgio Moro festeja sem parar a decisão do Supremo que divide as investigações sobre casos até agora unicamente de sua responsabilidade. Acham que, com isso, o Supremo quebrou as pernas de Moro e agora será muito mais fácil livrar mensaleiros, petroleiros e outros gatunos da possibilidade da punição. 

Acontece que Moro já foi recebido em São Paulo, no lançamento de um livro, com palmas e flores; foi aplaudido numa palestra com líderes empresariais; é cumprimentado nas ruas. Será que outros juízes não se sentirão tentados a buscar este reconhecimento público? Ou não se sentirão obrigados a julgar com severidade, seguindo o exemplo de conduta de Moro? Ou não estarão dispostos a demonstrar que Moro não é o único juiz corajoso o suficiente para enfrentar o poder político, empresarial e econômico da alta gatunagem?

Se isso acontecer, muita gente vai ter saudades dos tempos em que só Sérgio Moro e seu pessoal de Curitiba mandavam nos processos.

Pão com pão

Na guerra petista contra Moro há lances engraçados. Um deles é uma reportagem com título na linha “Provas duvidosas nos processos”, algo assim. Os três entrevistados faziam duras referências ao juiz e criticavam suas sentenças: um jurista tradicionalmente ligado ao PT, por ideologia e laços de família; o advogado de um dos réus condenados por Moro; e o presidente da CUT, aquele que ameaçava pegar em armas contra os adversários dos petistas. 

Se até estes estivessem a favor de Sérgio Moro e da Polícia Federal, quem estaria contra?

PT, saudações

Como na mata, os pixulequinhos crescem à sombra do pixulecão. São Bernardo, SP, reduto político de Lula, fortaleza do PT, tem como prefeito um ex-presidente da CUT, Luiz Marinho. A funcionária municipal Neide Aparecida conseguiu licença médica para uma cirurgia. E foi localizada pela BandNews FM

Onde? No Egito. Sim, Egito. Disse que no período de licença médica pode fazer o que quiser. A Prefeitura, por ordem de Luiz Marinho, não comentou o assunto. Ah, sim: Neide foi candidata a deputada federal em 2014. Pelo PT.

Quadrinha

QUADRINHA DO POVO

A esquerda desgraça
Sempre traz no seu discurso o bem do povo
Só que enquanto na mesa deles vai camarão
O seu José divide por quatro um ovo.

“Dilma tem outra por dentro. Desconfio que seja a Cristina Kirchner.” (Eriatlov)

“Enquanto o PT faz de conta que governa, o PSDB faz de conta que é oposição.” (Eriatlov)

“Do PT nada se perde, tudo se transforma em coisa pior.” (Eriatlov)

Previsões



A consultoria de investimentos Whatscall prevê que:

1 - Dilma Rousseff deve cair entre dezembro deste ano e março de 2016.

2 - Sua queda vai refrescar a crise financeira do Brasil.

3 - Quando o país finalmente se livrar de Dilma Rousseff, o dólar vai se estabilizar no patamar de 3,50 reais.

O Antagonista não é uma consultoria de investimentos, mas concorda com os pontos 1, 2 e 3.

O Antagonista

PSOL PERDE SEU ÚNICO SENADOR E SEU ÚNICO PREFEITO DE CAPITAL

Depois de perder o senador Ranolfe Rodrigues, o PSOL acaba de perder o prefeito de Macapá, Cássio Luís. Ninguém aguenta mais Luciana Genro e sua troupe psólica. Foi todo mundo para o Partido de Marina, Rede Sustentabilidade.

PB

Mim- *O PSOL é um partido do atraso. Mas Marina Silva também não representa o melhor do pensamento moderno.

“Imagino o sofrimento de um político inteligente e honesto neste país. É estapear-se dia e noite com ladrões e cavalgaduras.” (Eriatlov)

“O Estado deve ser do tamanho mínimo possível para que qualquer roubo seja imediatamente detectado.” (Eriatlov)

“O Estado, esse ladrão, é mesmo um baú sem fundo.” (Eriatlov)

“Não, não é o senhor. O bom humor é o meu pastor.” (Mim)

“Sujeito sem noção que vota em tipos como Maduro, Dilma e Cristina Kirchner têm mesmo que tomar laxante de mangueira em tambor de 18 litros.” (Eriatlov)

John Locke- “Todos sendo iguais e independentes, ninguém deverá prejudicar a vida, saúde, liberdade ou posses dos outros”.

Portal Libertarianismo- O humilde argumento em prol da liberdade

[Este artigo corresponde ao 8º capítulo do livro "Liberdade - A ideia que está mudando o mundo", lançado em formato digital pelos Estudantes pela Liberdade.] 
Eu poderia estar errado sobre praticamente tudo. O que não sei supera tanto o que sei que meu conhecimento efetivo parece tão pequeno quanto um pequeno barco em um oceano de ignorância.
Eu não me envergonho de admitir esse fato desagradável, não somente porque não há vergonha em admitir a verdade, mas também porque todo mundo está no mesmo barco. Nossa ignorância – o que não sabemos – sempre e consideravelmente supera nosso conhecimento. É verdade até mesmo para os mais educados e espertos.
Reconhecer tal fato deveria nos tornar humildes. E essa humildade, tendo em vista a forma pela qual o governo opera, deveria nos tornar libertários. O libertarianismo é a filosofia da humildade, a qual nos aceita como somos e nos concede a liberdade de fazer o máximo dentro de nossas capacidades. E é a filosofia que compreende o quão prejudicial as falhas humanas podem ser quando associadas ao poder coercivo do governo. O libertarianismo limita os governantes porque reconhece que os governantes são apenas pessoas normais que exercem um poder extraordinário – e que o dano que aquele poder pode infringir com frequência supera o bem que pode prover. O libertarianismo é baseado na humildade e se recusa a tolerar a arrogância daqueles que se consideram superiores ou mais fortes do que os outros.
Vamos começar analisando o que significa ter uma visão humilde de nossas pretensões de conhecimento. Cada um de nós certamente parece saber muito, do que comemos pela manhã ao número de luas que orbitam Marte. Nós sabemos que George Washington foi o primeiro presidente dos Estados Unidos da América, Boris Yeltsin foi o primeiro presidente da Federação Russa, e que dirigir bêbado é uma má ideia.
Se analisarmos a história intelectual de modo geral, vemos uma convicção refutada após a outra. O que era uma verdade científica 300 anos atrás é, hoje, palavrório. Outrora, os mais brilhantes acreditavam que você poderia entender a mente e o caráter de um indivíduo através do estudo das protuberâncias de sua cabeça, teoria a qual recebeu um nome cientificamente pomposo: frenologia. Os sábios e os grandes pensadores estavam uma vez certos de que a Terra estava no centro do universo.
Não é somente a ciência que não parece acertar sempre e de forma definitiva. Pessoas muito inteligentes argumentam sobre complexos problemas filosóficos desde sempre. Dois mil e quinhentos anos atrás, Platão pensou que tinha descoberto o real significado de justiça. Desde então, muitos filósofos dele discordaram – mas nenhum ofereceu uma alternativa que, em si, não fosse suscetível a um bom contra-argumento.
Devemos sempre ser céticos quanto a alegações de conhecimento absoluto. Se você acredita que uma questão filosófica já foi resolvida, você está quase certamente errado. Se você acredita que a ciência, hoje, entende um tópico na sua totalidade, você provavelmente concluirá que não é assim dentro de alguns anos. Além disso, se somos devidamente céticos quanto ao conhecimento da humanidade em geral, devemos ser ainda mais céticos com relação a afirmações de certeza vindas de indivíduos de nossa espécie. Porém, tudo isso não nos impede de frequentemente sentir como se não pudéssemos estar errados.
Foi na faculdade que comecei a entender quão comum é a arrogância intelectual. Fiquei perplexo com a amplitude de conhecimento que meus professores julgavam ter. Nos filmes de comédia norte-americanos do início do século XX, um PhD sentia-se qualificado a criticar os estudos de vanguarda da Física e palestrar aos seus alunos sobre quais tipos de câncer deveriam receber maior financiamento. Isso também acontece fora da universidade, em especial, na política. Quantos norte-americanos analisam a fantástica complexidade de nosso sistema de saúde e dizem, “Oh, eu sei como resolver isso”? Quantos eleitores, mesmo sem um conhecimento básico de economia, pensam saber quais propostas efetivamente promoverão a prosperidade? É preciso algum esforço para admitir que estamos errados sobre coisas nas quais temos boas razões para acreditar. Mas, pelo menos, deve ser mais fácil reconhecer quando claramente não sabemos nada sobre um assunto.
Além disso, a maioria de nós não é devidamente cética quanto à transição entre o conhecimento de fatos e o conhecimento de valores. Considere os nutricionistas, por exemplo. Eles acreditam que sabem quais alimentos são mais saudáveis, isto é, que nos dão mais nutrientes com as menores chances de nos fazer mal. Se consumirmos a substância X, podemos esperar o resultado Y. (É claro, mesmo esse conhecimento mudou drasticamente nos últimos anos). Todavia, note que esse “é” não significa “deve”. O que é saudável é uma questão totalmente diferente do que eu devo comer.
Eu posso reconhecer que batatas fritas não são tão saudáveis como brócolis refogado, embora ainda esteja certo de que, hoje, eu deveria comer batatas fritas no jantar. Pois o que eu deveria comer não significa, necessariamente, a mesma coisa que ‘o que é mais saudável para mim’. “Deveria” pode incluir outros valores, tais como o prazer que obterei, os preços variados das alternativas e assim por diante. A nutrição diz respeito a um valor – o que é saudável – mas não tem nada a dizer sobre os outros.
O ceticismo apropriado se aplica tanto aos outros quanto a nós. Eu deveria ser cético sobre as afirmações de certeza absoluta, assim como ser cético quanto à veracidade das minhas próprias convicções.
Obviamente, tal ceticismo não deveria nos fazer abandonar todas as pretensões de conhecimento, mas sim nos levar a adotar uma atitude de humildade. Por saber que os outros enfrentam as mesmas dificuldades na apuração da verdade, também devemos esperar humildade de parte dos nossos oponentes intelectuais.
É nesse ponto que a humildade nos impele ao libertarianismo. Se abraçarmos o ceticismo legítimo sobre o conhecimento tanto da verdade como dos valores, deveríamos hesitar antes de convencer pessoas que discordam de nós a seguirem nossas convicções. Deveríamos hesitar, em outras palavras, antes de usarmos um cassetete ou chamar a polícia para que o faça.

“O duro para Dilma é que João Santana cria loas, mas não administra bosta nenhuma.” (Eriatlov)

“Dilma é como um susto que não quer passar.” (Mim)

“Não acredito que a América do Sul já teve em algum momento de sua história tantos jumentos no comando.” (Eriatlov)

“A capacidade gerencial de Dilma é título de um filme: Lendas da Paixão.” (Mim)

Sinistro Dias Tóffoli, o fatiador. Fatiou a Lava-Jato para favorecer os amigos no poder. O fatiador, isso vai pegar.

Do blog do Noblat- O que empesteia o ar

O que empesteia o ar

Dilma rainha (Foto: Arte: Antônio Lucena)Arte: Antônio Lucena
Ricardo Noblat
“Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”, ensinou Fernando Pessoa, o maior poeta da língua portuguesa.
Ou como ensinou Lula em reunião com correligionários, a propósito da conjugação de crises que ameaça derrubar a sua sucessora: vale a pena perder ministérios, mesmo os mais importantes, desde que não se perca a presidência e não se vá preso. Para ele, o mais seria diletantismo ou poesia.
Na esteira da demonstração de pragmatismo de Lula, merece ser lembrado o que disse Jorge Viana (PT-AC), vice-presidente do Senado, ao comentar para a revista Carta Capital, na semana passada, a situação vivida pela presidente Dilma Rousseff.
Disse Viana: “Para salvar o governo, a única solução é piorar o governo. Seria melhor ter perdido a eleição”. Bingo!
É difícil apontar quem expressa melhor o sentimento que contamina o PT desde janeiro último – se Lula, capaz de tudo para não perder o controle sobre a presidência, ou se Viana, que inveja a posição confortável dos eleitores do PSDB de Aécio Neves.
O ideal para Viana teria sido a eleição de Aécio, o infeliz a quem caberia administrar a herança maldita de doze anos do PT.
Na dúvida, premiem-se os cartões de Lula e de Viana. Até aqui, o partido navega dividido entre os que pensam como um e como o outro. O próprio Lula, até outro dia, pensava como Viana. Queria ver Dilma pelas costas.
Os empregados no governo ou que desfrutam de sinecuras, esses entregariam a alma ao diabo em troca da permanência de Dilma no poder até 2018.
Pois vai que contrariando as expectativas, o país começa a crescer a partir de 2017... Vai que a população reconhece o empenho de Dilma para que tudo melhorasse...
Ou vai que a Operação Lava Jato, uma vez enfraquecida pela decisão do Supremo Tribunal Federal de fatiá-la, provoca menos danos ao PT do que hoje se imagina... Pronto: Lulalá de novo, e pelo bem do povo!
O PT de Viana é mais pessimista. Não vê saída para Dilma. Reconhece que os erros cometidos por ela na condução da política econômica no seu primeiro governo cobrarão um preço alto para ser corrigidos.
Entende, assim, que o partido lucraria com a piora do governo, a sua ruína, e, finalmente, a passagem para a oposição, seja a Temer ou a Aécio. Oposição rima com recuperação.
O estado de decomposição do governo Dilma empesteia o ar, particularmente o de Brasília. E esse é o problema do cadáver insepulto: incomoda todo mundo.
Por que tantos petistas, de olho nas próximas eleições, começam a deixar o partido? O que Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, haveria de preferir? Concorrer à reeleição com Dilma na presidência ou com ela aposentada?
Ocorre que Dilma, aconselhada por Lula, acha que descobriu o caminho para adiar o seu fim: terceirizar o governo ao PMDB.
Disposta a cortar 10 dos atuais 39 ministérios, ela ofereceu seis ao baixo clero do PMDB – inclusive o cobiçado Ministério da Saúde, com um orçamento de R$ 10 bilhões. Esse irá para um “laranja” de Eduardo Cunha, presidente da Câmara.
“A renúncia é a libertação. Não querer é poder”, escreveu Pessoa. Que como político seria um ótimo poeta.
Querer é poder. Por ele, vale a pena mentir para vencer, governar à base de mentiras, abandonar a esquerda pela direita, e engrossar o coro contra a roubalheira, enquanto se recriam as condições para que ela nunca desapareça. Afinal, de conivência com a corrupção, Dilma entende.

DIFERENÇAS

O deputado Jair Bolsonaro (PTB-RJ) saiu em defesa de Eduardo Cunha. “Quatro delatores não o citaram. Quando um o mencionou, é indiciado. A presidente Dilma foi citada por todos e ninguém faz nada”.

Cláudio Humberto

PSB NA OPOSIÇÃO

O PSB define no próximo dia 15, na reunião da Executiva Nacional, o posicionamento oficial de oposição ao governo Dilma Rousseff.