segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

“Se a cada milhão mal aplicado em nosso país morresse um dirigente político, por certo estariam bilionários todos os fabricantes de caixões e os agentes funerários.” (Mim)

“Sempre tive preocupação com o meu semelhante. Portanto tenho verdadeira ojeriza de obter vantagem à custa do suor alheio.” (Mim)

Não somos Joaquim Levy


Não somos Joaquim Levy

Por Rubem de Freitas Novaes*, publicado no Instituto Liberal
Segundo relato da imprensa, Joaquim Levy, o “Chicago-boy”, passou a ser o queridinho de Davos e do “mercado financeiro”. Aqui no Brasil, economistas representativos de nossa esquerda desenvolvimentista já se insurgem contra a adoção, pelo PT, de um projeto considerado neoliberal, antecipando uma posição de oposição ao segundo governo Dilma. Cabem, portanto, alguns esclarecimentos sobre a Escola de Chicago, onde Levy conquistou o seu PhD em Economia, e sobre o pensamento liberal, em geral.
Nestes 45 anos que se passaram desde a criação do Prêmio Nobel para economistas, nada menos que 30 professores laureados eram de alguma forma associados à Universidade de Chicago, campeã do liberalismo. Milton Friedman e Friedrich Von Hayek, ex professores da Escola, só ficam atrás de Karl Marx, Adam Smith e John Maynard Keynes nas citações na literatura, o que os coloca entre os cinco economistas mais influentes da História. Milton Friedman é considerado por muitos como “o economista do século XX”. Chicago influenciou a revolução liberal da segunda metade do século passado, ajudando a moldar a política econômica de Reagan e Thatcher e dando as bases para o processo de globalização que viria atingir inclusive a China. Aqui, na América Latina, colegas de Levy, orientados por professores de Chicago, transformaram o Chile, de um país apenas mediano na década de 70, na economia mais rica da região em termos per capita e no país menos corrupto, já que a redução com simplificação do Estado é a melhor receita para o combate da corrupção.
Não podem restar dúvidas de que as propostas até agora apresentadas por Levy representam um expressivo avanço sobre a balbúrdia em que se transformou a nossa política econômica depois de estabelecida a “nova matriz” dos heterodoxos instalados no poder. Afinal, para onde quer que olhássemos, o quadro era preocupante. Até nas reservas externas, área onde dispomos de razoável grau de liberdade, passamos a correr riscos, caso não se alterasse a percepção das agências de “rating” em relação ao Brasil. Levy, sem dúvidas, pelo menos no mundo das expectativas, mudou o quadro para melhor. Mas, será que age como um legítimo Chicago-boy?
O ministro, na verdade, torna-se criticável nas hostes liberais por ter aceito um papel secundário: o de fiscalista apenas, que lhe impedirá de comandar medidas de base capazes de realmente resolver sérios problemas econômicos, segundo o que aprendeu e parece acreditar. Levy transmite a impressão de ter ficado num pragmático meio termo, que permite sobrevivência num ambiente político hostil, mas que impede a confiança em dias gloriosos no futuro.
Que a redução de subsídios via crédito, a eliminação da contabilidade criativa, o respeito maior ao sistema de preços livres como sinalizador de produção, investimento e consumo etc. representam importante progresso em relação ao passado recente, não restam dúvidas. Mas, o que dizer do aumento de impostos num país em que a carga tributária já atinge 37% e as despesas públicas 40% do PIB, quando muitas outras medidas de redução de gastos e de privatização poderiam ser tomadas, quando menos para oferecer o bom exemplo?
Como justificar o dreno de mais recursos do setor privado quando temos 39 ministérios, diversas agências públicas inchadas e/ou desnecessárias, funcionários públicos em excesso e com remuneração acima da realidade de mercado, oportunidades várias de venda de ativos e de barateamento de obras públicas etc. etc.? Queremos propostas realmente estruturais como uma reforma da previdência nos moldes do Chile, mudanças nas regras que regem e emperram o setor de petróleo e de energia em geral, maior liberalização do comércio, com abertura de novas frentes no exterior e a flexibilização da legislação trabalhista, mas parece que, de Levy, deixado de fora do núcleo duro palaciano, o que se espera é um simples papel fiscalista, mais para “mão de gato” que “mão de tesoura”. E sabemos que uma obra incompleta, um meio-termo cinzento, pouco fará por nosso futuro. Mais sério: permitirá mais uma vez que se debite, a uma política liberal nunca implantada, o insucesso que provavelmente virá.
Em suma, Levy, dentro das limitações que lhe são impostas, tem se mostrado um profissional diligente e competente, mas está longe de defender e bem representar os ideais liberais. Quem sabe um dia seja capaz de fazê-lo? Mas, enquanto isso, “não somos Joaquim Levy!”.
*O autor, 69 anos, é PhD em economia pela Universidade de Chicago e colaborador do Instituto Liberal-RJ. Foi professor da EPGE/FGV, diretor do BNDES e presidente do SEBRAE.

Uma casa muito engraçada


Uma casa muito engraçada

Fonte: GLOBO
“Era uma casa / Muito engraçada / Não tinha teto / Não tinha nada
Ninguém podia / Entrar nela, não / Porque na casa / Não tinha chão
Ninguém podia / Dormir na rede / Porque na casa / Não tinha parede
Ninguém podia / Fazer pipi / Porque penico / Não tinha ali”
A letra de Vinícius de Moraes me veio imediatamente à memória assim que li a notícia no GLOBO de hoje sobre os vários casos de desleixo e abandono no projeto Minha Casa, Minha Vida, do governo Dilma:
O conjunto azulado se destaca na paisagem pastoril. Ao fundo, um morro foi escavado para aterrar brejos, nascentes e córregos da reserva biológica Poço das Antas, que fluíam para o Rio São João, essencial ao abastecimento de água de meio milhão de pessoas no litoral fluminense.
O projeto é do ano eleitoral de 2010. Previa 66 casas para famílias pobres, com renda até R$ 1,6 mil mensais. Existem apenas 23, em paredes de plástico pré-moldado. Não possuem teto, não há rua, rede de água, esgoto ou energia. Estão abandonadas no meio do matagal.
Quatro anos e duas eleições presidenciais depois, mato e prejuízos emolduram o programa habitacional conhecido como Minha Casa Minha Vida em Silva Jardim, a 130 quilômetros do Rio.
Não é caso isolado. Atrasos e deficiências caracterizam obras em cinco mil municípios com menos de 50 mil habitantes, informa a Controladoria-Geral da União (CGU), vinculada à Presidência da República, em auditoria concluída no mês passado.
O governo petista, como todos já perceberam, é o governo da propaganda enganosa, do estelionato eleitoral, do marketing pérfido. Tudo é pelas aparências. Um terço das casas prometidas entre 2009 e 2010 não foi entregue. Já de 2012 a abril de 2014, durante o governo Dilma, nada menos do que 83% das obras sequer foram iniciadas, segundo a CGU.
Grigori Potemkin foi um oficial russo que construiu falsas fachadas para impressionar Catarina II durante uma visita a Crimeia. Os soviéticos e demais comunistas usaram a mesma estratégia para encantar os progressistas ocidentais, loucos de vontade de enxergar apenas coisas maravilhosas para alimentar sua utopia.
Os petistas, herdeiros intelectuais do socialismo, adotam a mesma tática. Tudo é voltado para a imagem, não para os resultados efetivos na vida dos mais pobres. Estes são usados como mascotes apenas, para que o PT seja visto como o “partido dos pobres”. Os “intelectuais” das elites adoram essa ilusão, e como gostam de se enganar!
Eis o que o Minha Casa, Minha Vida fez até agora: vilas Potemkin! Casas muito “engraçadas”, que não têm teto, pinico, parede, nada! Os petistas morrem de rir. Só não é tão engraçado assim para as famílias pobres que acreditaram nas promessas populistas do PT. As suas “casas” não foram feitas com muito esmero, mas se encontram lá, na Rua dos Bobos, número Zero.
Rodrigo Constantino

Oliver: De gente assim até o diabo corre

VLADY OLIVER
Eu não subestimo a psicopatia de Gilberto Carvalho. É grave. Diferente de seus chefes e mandantes, que conhecem o crime de uma distância segura, só de ouvir falar e rir dos resultados, esse cretino fundamental é um talibã, com as próprias mãos sujas de sangue de prefeitos caídos de caminhões de lixo. Um ressentido. Em suas palavras ecoam aquelas sujeiras de quem desce até o esgoto e volta para cumprimentar os donos da casa, com suas mãos imundas. Daí a dizer um ” não fui eu”, “não sei de quem é esse corpo” e “somos todos inocentes, pois não deixamos provas em contrário” é um pulinho.
Mengueles da vida tinham essa estranha compulsão, de pacato cidadão, acobertando crimes hediondos até difíceis de imaginar protagonizados por um ser franzino e de boas intenções, discursando para otários com aquela cara de paisagem característica de quem flatulou, mas não foi ele. Conheço o tipinho. É um inocente até se provar um culpado; até dar o bote. No reinado manco dessa gente escrota, há aposentos só para este tipo de cardeal da seita picareta. De seus gritinhos de inocência ecoam aquela característica culpa de quem rejeita veementemente a carapuça, embora seja exatamente do seu feitio. Um crápula. Um escroque. Um verdugo.
No posto de carrasco da gangue a que pertence, gosta de lamber botas de mecânicos e scarpins pesados, não sem antes soltar o muxoxo: não é ladrão. A cueca forrada é mero fetiche. Bom mesmo é voltar da execução e repetir o mantra de que seus deuses estão vingados e por aí é por aí mesmo. Bom mesmo é a liturgia; a celebração. O pacto. De gente assim até o diabo corre, meus caros. O chifrudo é ruim, mas tem lá sua ética e sua estética. Este sujeitinho não. Verga conforme o vento. Grita conforme o estupro. Depois diz que não tem nada a ver com a poça de sangue. Cretino.

“Quem sonha, sonha, quem não sonha já pode deitar no caixão e chamar o coveiro.” (Mim)

“Os inúteis discutem o que além de coisas inúteis?” (Pócrates)

“Quando mentimos para não ferir a mentira se transforma em caridade?” (Mim)

GAZETA DO GRANDE CHUPIM- Senado reelege Renan Calheiros, o fiador do Palácio do Planalto

VESPEIRO NEWS- Câmara elege Eduardo Cunha para desespero de Dilma

Peemedebista levou a presidência da Casa com 267 votos. Resultado surpreendeu o Planalto, cuja contabilidade indicava que a disputa terminaria em segundo turno.

“Da morte nem o maior crápula escapa. Isto sim é justo.” (Mim)

“As massas são governadas mais por impulso que por convicção.” (Wendell Phillips)

“A virtude que distingue os homens numa sociedade livre, a essência da visão liberal da vida, é a busca da verdade.” (Frank H. Knight)

“A cada dia novas esperanças. Mudar o que pode ser mudado e resignar-se com o que não pode, seguir em frente.” (Filosofeno)