quinta-feira, 4 de março de 2021
OLHO POR OLHO
Sobre folhas úmidas caídas no solo, inúmeras penas coloridas espalhadas. Apoiado num tronco,agoniza um rapaz de barba rala. Filetes de sangue deslizavam do buraco dos seus olhos arrancados. Morrria aos poucos, sem socorro.A música do vento se ouvia entre o farfalhar das árvores. No chão, um bornal aberto mostrava o corpo de um tucano ainda jovenzinho. Estilingue e pedras sobre uma sacola de pano diziam algo sobre a cena. No alto de uma araucária, un casal de tucanos se consolava, mais nada para fezer.O amado filhinho estava morto, a vingança realizada. Dente por dente, olho por olho.
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“Quando a fome é grande não tem jeito, precisamos apelar. Ontem peleei com um hipopótamo. Quase perdi o pelo.” (Leão Bob)