quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Senado contraria PT e aprova projeto que cria o crime de terrorismo no país

Em sessão tumultuada, o Senado aprovou na noite desta quarta-feira o texto principal do projeto de lei que tipifica o crime de terrorismo, ainda sem punição específica no país. A ausência de uma legislação sobre o tema, além de colocar em xeque a segurança do Brasil em eventos como as Olimpíadas do Rio em 2016, deixa o país sob o risco de sofrer sanções internacionais, como o rebaixamento das agências de avaliação de risco.

O texto relatado pelo senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), aprovado por 34 votos a 18, define o terrorismo como "atentar contra pessoa, mediante violência ou grave ameaça, motivado por extremismo político, intolerância religiosa ou preconceito racial, étnico, de gênero ou xenófobo, com objetivo de provocar pânico generalizado". A pena prevista é de 16 a 24 anos de reclusão. Se o ato resultar em morte, a punição vai de 24 a 30 anos.

Entre as práticas que podem ser equiparadas a atos terroristas estão causar explosão e incêndios em prédios ou locais com aglomeração de pessoas e destruir ou danificar hospitais, escolas, estádios ou instituições onde funcionem serviços públicos essenciais. Para parlamentares petistas, essa previsão poderia criminalizar a atuação de movimentos sociais, uma das principais bases eleitorais do partido. O texto aprovado na Câmara fazia ressalvas às manifestações populares, mas esse trecho foi retirado no Senado.

Ainda assim, a orientação do Palácio do Planalto, a pedido do ministro Joaquim Levy (Fazenda), era de aprovação urgente. A pressa se deve à ameaça de sanções internacionais. O PT, no entanto, contrariou os apelos do governo e de Levy e se posicionou contra a matéria.

Durante a votação, o líder do governo, senador Delcídio Amaral (PT-MS), afirmou que assumiu um compromisso pela aprovação e pediu o aval dos demais senadores petistas. Mas não foi atendido e a bancada do PT orientou o voto contrário ao texto. "No momento em que a oposição tenta ajudar o governo a aprovar uma matéria que é uma exigência internacional e pode levar nosso país a sofrer penalidades, vem o PT e encaminha contra. É difícil entender o grau de confusão que eles se encontram", afirmou o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).

Sem uma legislação nacional sobre terrorismo, o país segue na mira do Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (Gafi), que já ameaçou incluir o Brasil em sua "lista suja" de não cooperantes. Atrasar a matéria deixaria o Brasil mais suscetível a rebaixamentos pelas agências internacionais de avaliação de risco.

O projeto aprovado pelo Senado nesta quarta foi concluído pela Câmara dos Deputados em agosto deste ano, mas sofreu alterações dos senadores, o que faz a proposta retornar à análise dos deputados antes de seguir para sanção presidencial.
VEJA

PREPAREM-SE! COM DILMA NO COMANDO TAMBÉM CHEGAREMOS LÁ!- Europa aprova uso de insetos na alimentação

“Lula vai voltar em 2018? Penso que sim. Mas irá voltar pra Garanhuns. Ou ficar em Curitiba.” (Climério)

Alexandre Garcia- Desemprego é desespero

Ano passado, quando me perguntavam, nas palestras, como iria acabar a desastrada gestão da Presidente, eu respondia: no desemprego. É a cruel e trágica conseqüência final da política de gastar mais do que arrecada. De gastar sem investir, apenas praticando assistencialismo que vicia e não gera resultados para quem se beneficia. Muito emprego para o partido e muito pixuleco para financiar eleição. Como dinheiro não é de geração espontânea, tem que sair do trabalho de alguém. Os contribuintes pagam, o governo gasta e todos ficamos sem serviços públicos proporcionais ao tamanho dos impostos. 

Já são cerca de 3 mil demissões por dia. Muitos demitidos com mais de 50 anos, com 20 ou 30 anos de casa, que são dispensados porque têm os salários mais altos. Gente que sustenta filhos e netos. Muitos jovens que recém começaram e já experimentam a frustração de ficar sem trabalho. E outros que ficam vivendo da ilusão de seus currículos, espalhados pela internet, algum dia serem úteis para preencher alguma vaga. A economia se encolhe e encolhem-se também as folhas de pagamento. É cortar para sobreviver. O desemprego de alguns, pela manutenção de outros no trabalho. O Natal sempre foi a oportunidade de emprego. 

Postos temporários na esperança de se tornarem permanentes. Vendedores se preparam para vender muito e serem aproveitados no posto eventual. Neste ano, é ilusão. Os outros dias festivos, das mães, dos pais, da crianças, foram decepcionantes em vendas e o comércio se encolhe. Quer vender, mas a baixo custo, já que espera vender pouco e não quer ter prejuízo. A indústria, o que dizer? É a que mais sente e, como se não bastasse o aperto doméstico, ainda enfrenta a concorrência chinesa. Pensar que tantas tragédias familiares, por causa do desemprego que já aconteceu e ainda vai acontecer mais, tenham sido causadas por uma única pessoa, a Presidente da República, muito preocupada em ser chamada de presidenta, como ordenou, do alto de sua autoridade. Uma única pessoa, incapaz de reconhecer os erros e corrigi-los. Duas atitudes aparentemente impossíveis para ela, como se fossem cláusulas pétreas. Talvez não seja teimosia, mas apenas incapacidade de perceber. Por isso muita gente desesperada já saiu às ruas pedindo que ela fique desempregada. 

Artigo, Ricardo Noblat, O Globo - Se prenderem Lula, tudo bem

Artigo, Ricardo Noblat, O Globo - Se prenderem Lula, tudo bem

Nas redes sociais, esta montagem revela o desejo de milhões de brasileiros. - 


Entre petistas de alto calibre e ministros do governo, circula a informação extraída de uma pesquisa de opinião pública mantida sob segredo onde ficou comprovado: a maioria dos brasileiros não reagiria negativamente a uma eventual prisão de Lula por conta das investigações da Lava-Jato.

É isso o que tem aumentado o nervosismo de Lula. Ele está com medo até de dormir em casa.

A fúria tomou conta dele por causa da ação da Polícia Federal contra um dos seus filhos, suspeito de envolvimento com a compra de Medidas Provisórias assinadas por Lula quando era presidente. E com a intimação para depor pelo mesmo motivo de Gilberto Carvalho, ex-chefe do seu gabinete.

Seu reencontro, em São Paulo, com Dilma, durante a festa dos seus 70 anos, foi indisfarçavelmente frio. Eles dividiram uma mesa com mais quatro pessoas e mal conversaram. Mas a insatisfação de Lula com Dilma e José Eduardo Cardoso, ministro da Justiça, não é tão grande como pode parecer.

A insatisfação é maior com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente Teori Zavaski, relator da Lava-Jato, que estariam tomando decisões que complicam sua vida. Lula não entende como pode enfrentar problemas com pessoas que lhe devem a indicação para os cargos que ocupam.

Na conta dos dissabores amargados por Lula, está também o comportamento de ministros indicados por ele para o Tribunal de Contas da União, que recentemente recomendaram ao Congresso a rejeição das contas do governo de 2014. Ele os considera uns ingratos.


Lula tomou da Polícia Federal uma bola pelas costas ao se descobrir investigado no âmbito da Operação Zelote, que antes mirava apenas os de agentes da Receita Federal subornados por empresários devedores de impostos. A Zelote está interessada também no favorecimento à indústria automobilística.

Do blog do Políbio Braga

SALIVAÇÕES VENENOSAS DA MOCRÉIA DO CERRADO-- Vendas nos supermercados caem 3,11% em setembro

Relator do Orçamento mantém de decisão de cortar R$ 10 bilhões do Bolsa Família

O relator do Orçamento da União de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), mantém a decisão de cortar R$ 10 bilhões do Bolsa Família. O Orçamento do ano que vem prevê cerca de R$ 28,8 bilhões para o programa, e um corte significaria a redução de mais de 34%. 

Barros esteve hoje com o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, e saiu do encontro dizendo que não discutiu números, e sim os procedimentos para a votação do Orçamento no Congresso Nacional que, segundo ele, deve ocorrer ainda neste ano.

Políbio Braga

Do blog do POlíbio Braga- Manifestantes se algemam a pilastra na Câmara para pressionar Cunha

Manifestantes se algemam a pilastra na Câmara para pressionar Cunha

Oito manifestantes da Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos se algemaram em uma pilastra do Salão Verde da Câmara dos Deputados em mais uma ação pró-impeachment na tarde desta quarta. A intenção é pressionar o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para acolher o pedido de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma.

O grupo representa 43 movimentos de rua de várias regiões do país, 30 integrantes vieram para Brasília.

Confira as fotos dos manifestantes ao lado

Receita Federal recomenda quebra de sigilos de firma do filho de Lula

A Receita Federal recomendou ao Ministério Público Federal que peça a quebra dos sigilos bancário e fiscal da LFT Marketing Esportivo, que tem como sócio Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula.

Os auditores que trabalham nas investigações da Operação Zelotes também sugerem que as mesmas medidas sejam adotadas em relação ao restaurante Sanfelice Comércio de Massa Artesanal, que está em nome de Myriam Carvalho, filha de Gilberto Carvalho, ex-ministro e ex-chefe de gabinete de Lula.


Nos dois casos, a recomendação é que as quebras sejam feitas entre 2008 e 2015, abarcando todo o período de funcionamento das empresas. Ambas foram abertas em 2011. As solicitações, da área de Inteligência da Receita, foram encaminhados aos procuradores da República que atuam na força-tarefa da Zelotes. 

Políbio Braga

Banco Central dos Estados Unidos mantém juros zerados

O Federal Reserve (banco central americano) adiou mais uma vez a aguardada elevação da taxa básica de juros nos Estados Unidos, que está entre zero e 0,25% desde a crise econômica de 2008.

Em comunicado após a reunião de dois dias que terminou nesta quarta-feira, o comitê de política monetária do Fed, o Fomc, disse que observa a evolução da inflação e do desemprego, além do desempenho da economia global, para interromper a política monetária em prática.

Políbio Braga

Instituto Millenium- “Pode haver um apagão de professores”

“Pode haver um apagão de professores”

Segundo o especialista, a aposentadoria é um dos fatores
O químico pernambucano Mozart Neves Ramos conhece educação por (quase) todos os ângulos. Foi aluno da rede pública federal, foi professor de ensino médio de escola pública e de universidade, onde formou muitos dos professores que lecionam hoje. Como reitor da Universidade Federal de Pernambuco e secretário de Educação daquele Estado, chefiou muitos outros. Hoje, dirige a área de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna, ONG dedicada à educação básica, que vai do 1º ano do fundamental ao 3º ano do ensino médio. Em todo esse percurso, acompanhou a carreira de professores no Brasil. Em seu novo livro, “Educação brasileira: uma agenda inadiável” (Editora Moderna), Mozart chama a atenção para o risco de termos um apagão de professores do ensino básico. A carreira de magistério atrai cada vez menos. O apagão se dará tanto por falta de professores para ensinar quanto por falta de qualificação dos valentes que abraçam a profissão apesar de seus problemas. A boa notícia, diz Mozart, é que a Base Nacional Comum, um currículo nacional, pode ajudar a mudar esse quadro, assim como a mobilização das famílias.
Época – Em seu novo livro, o senhor chama a atenção para os problemas que temos hoje com a formação e a carreira de professores. O senhor fala de apagão sistêmico. Do que se trata?
Mozart Neves Ramos – Hoje já existe um apagão em algumas áreas, como física e química, em que a falta de professores chega a 70% em algumas regiões do país. São os professores de língua portuguesa, geografia e história que dão aula dessas disciplinas. Logo que cheguei à Secretaria de Educação de Pernambuco, estava numa escola em Araripina, no sertão do Estado, e perguntei quem era minha colega de química. A professora de geografia se apresentou. Perguntei como ela fazia para dar aula de química, porque eu não conseguiria dar aula de geografia. Ela me disse: “Ah! Pego o livro teste e fico copiando. Se o aluno tiver dúvida, a gente tenta explicar, se não consegue, deixa para a outra semana… às vezes ele se esquece”. Eu tinha acabado de deixar a reitoria da Federal de Pernambuco, não estava preparado para aquilo, quase caí duro. Logo descobri que esse é um problema generalizado. Hoje, a falta de valorização do magistério é tão grave que, se não cuidarmos, teremos um apagão sistêmico, que é a falta de professores de forma geral. Um dado divulgado recentemente pelo jornal “O Globo” mostrou que 40% dos professores do magistério da educação básica devem se aposentar nos próximos seis anos. Baseado no número de jovens que se formam e vão realmente para a sala de aula hoje, não há como repor esse número. O mais grave é que, com o cenário econômico atual, a crise deve ser agravada. A suspensão de concursos públicos federais influenciará governadores e prefeitos a suspenderem também suas contratações.
Época – É possível estimar o deficit de professores?
Mozart – Fizemos um trabalho no Conselho Nacional de Educação em 2007 que já apontava um deficit de 250 mil professores. Metade deles das áreas de química, física, matemática e biologia. Infelizmente, esses números não estão defasados. Programas como o Universidade Aberta do Brasil, que oferece educação à distância, e o Portal Freire, para capacitação, assim como outras iniciativas, ajudaram no aumento de estudantes que entraram nos cursos de pedagogia. Mas o fluxo de saída, que são aqueles que de fato se formam, continua baixo. O caminho dos alunos de pedagogia e de bacharelado, da matrícula à formatura, funciona como um grande funil. A taxa de desistência dos alunos de física, química, biologia e matemática das boas universidades fica entre 50% e 70%. São cursos difíceis e boa parte dos alunos é guilhotinada no caminho, antes de se formar. O bom aluno que se forma nessas áreas vai para o mestrado, com uma bolsa similar ao salário inicial de um professor. Depois de conseguir uma titulação, ele vai buscar alguma universidade para ser professor no ensino superior. Quem dá aula em escola pública hoje é quem se formou em cursos de licenciatura em faculdades particulares, que muitas vezes têm problemas sérios de qualidade. Um estudo da Escola Nacional de Estatística do Rio de Janeiro mostrou que, se as coisas seguirem esse curso, a falta de professores será generalizada em 2028. Hoje, a diferença salarial entre professores e profissionais com o mesmo nível de qualificação é de 43%. Antes do piso salarial dos professores, esse percentual chegava a 57%. Com muita mobilização melhorou um pouco, mas a disparidade salarial continua gritante.
Época – O que se pode fazer para reverter esse quadro?
Mozart – O único jeito é valorizar a carreira do professor. Não falo só de dinheiro. Remuneração é essencial, mas só ela não resolverá a questão. É preciso ter um plano de carreira consistente, atrelado à formação. Hoje, mesmo ganhando pouco, os professores valorizam mais a proposta de plano de carreira do que reajuste salarial. Eles sabem que, quando conseguem muito, chegam a 10% de aumento. Um plano de carreira oferece a segurança de que se chegará a algum lugar por mérito. O profissional tem de ter perspectiva para investir no magistério. Quando eu dava aula, já tinha doutorado por uma universidade federal e meus pais tiveram de me ajudar algumas vezes. Agora, imagine um profissional com doutorado que ainda precisa depender financeiramente da família, sem perspectiva clara de quando a situação melhorará. Como alguém que quer planejar e tocar a própria vida ficará nessa carreira?
Época – E quanto a quem já está na ativa? O que pode ser feito para sanar as deficiências de formação?
Mozart – São dois tipos de abordagem. Um deles é para os professores que dão aula na área em que têm formação, mas que possuem um deficit acumulado de aprendizagem desde o ensino básico, porque muitos deles vieram de escolas ruins e foram para faculdades ruins. Temos de ter outro tipo de curso para aqueles que estão ensinando disciplinas para as quais não tiveram nenhum tipo de preparo. Não podemos simplesmente tirar esses professores dessas áreas porque senão teremos alunos no pátio, fora da sala, sem aula. Temos de dar a formação de que ele precisa. O desafio é fazer isso sem que ele deixe de dar aula. Uma saída seria usar as tecnologias de ensino à distância. Para esses professores mais maduros, as chances de sucesso desse método são grandes. Para os dois casos, tem de haver um movimento de aproximação entre a universidade e as escolas. Os professores universitários têm de se levantar da cadeira e ir para as escolas ou para os centros de treinamento para ajudar na formação dos docentes da rede básica. Isso terá dois impactos importantes. O primeiro é possibilitar o treinamento dos professores sem interromper as aulas das crianças. Não precisaremos despachá-los para a universidade porque ela virá até ele. O segundo será a adequação do treinamento às reais necessidades da sala de aula. O isolamento característico da academia é um dos responsáveis pela formação muito teórica e pouco prática que os estudantes de licenciatura recebem.
Época – A criação de uma Base Nacional Comum, que é a descrição do que cada criança deve aprender a cada ano, pode ajudar a carreira do professor?
Mozart – A Base Nacional Comum pode possibilitar a criação de uma carreira nacional. Essa é uma ideia do senador Cristovam Buarque (ministro da Educação entre 2003 e 2004). Com a base, as universidades saberão o que têm de ensinar aos professores e as escolas saberiam o que cobrar deles. Seria possível criar uma avaliação nacional. O professor pode fazer uma prova para seguir a carreira nacional, financiada em conjunto pelos governos federal, estadual e municipal, com remunerações que hoje as cidades não são capazes de bancar sozinhas. Dependendo da nota, o professor poderá escolher se fica em seu Estado ou se vai para outro que tenha vaga. O governo poderá suprir as necessidades de Estados e municípios com esses profissionais.

Época – Essas medidas serão suficientes para mudar a percepção negativa que a profissão de professor tem na sociedade?

Mozart – A classe média é quem tem a maior capacidade de influenciar essa percepção. É preciso atraí-la para dentro da escola pública, o que não será fácil. A crise que passamos hoje talvez possa gerar essa oportunidade. Muitas famílias da classe média estão com dificuldade para pagar as mensalidades. Se as crianças desses pais, que são mais alfabetizados, forem para a escola pública, não só a percepção, mas a escola, de uma forma geral, poderão melhorar, porque a pressão social para aumentar a qualidade da escola também cresce.

Instituto Liberal- Frase do dia

“Quando os simples atos de comprar e vender são controlados por lei, as primeiras mercadorias a serem compradas e vendidas serão os legisladores.” P. J. O’Rourke (vide o enorme esquema de compra de Medidas Provisórias pela indústria automobilística, atualmente investigado pela “Operação Zelotes”).

“Meu fígado tomou um vareio de costelinha de porco frita que agora não posso ver nem porco vivo sem sentir náuseas.” (Fofucho)

“Resultado do meu exame de coração: Bacon 10 x Artérias 1.” (Fofucho)

“Nunca fui muito competitivo. O único título que ganhei da infância foi o de Maior Comedor de Sorvete Seco da Vila Sapo.” (Fofucho)

“Midas metia a mão, ouro. Socialista mete a mão, merda.” (Eriatlov)

“No Brasil até a luz no fim do túnel está queimada.” (Mim)

DO TWITTER


Ironia capitalista: é preciso pagar para ver túmulo de Marx http://buff.ly/1H9fy7S

“Dilma está em situação pior do que Collor”, diz Célio Borja http://ln.is/com.br/kQyjw

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO*- quinta-feira, junho 27, 2013 QUANDO SER NAZISTA É SER DE ESQUERDA

Triste sina a da direita no Brasil – escrevia eu há oito anos. Em países mais civilizados, ser de direita é apenas não concordar com as propostas da esquerda, direito legítimo de todo cidadão. No Brasil, direita significa portar toda a infâmia do mundo. Que o diga Clóvis Rossi. Em crônica de 2005, afirmou: “É um caso de estudo para a ciência política universal. Já escrevi neste espaço uma e outra vez que o PT fez a mais radical e rápida guinada para a direita de que se tem notícia na história partidária do planeta”. 

Isto é: se o PT se revela corrupto, ele não é mais esquerda. É direita, porque só a direita é corrupta. Mesmo que o PT seja hoje o mesmo desde que nasceu, mesmo que os grandes implicados na corrupção – Genoíno, Mercadante, Zé Dirceu, Lula – sejam seus pais fundadores. Segundo Rossi, o PT guinou para a direita. E por que guinou para a direita? Porque suas falcatruas foram trazidas à tona. Permanecessem submersas, o partido continuaria sendo de esquerda. 

Há uma boa década venho falando naquilo que os franceses chamam de glissement idéologique. O conceito de esquerda sempre muda, à medida em que se corrompe. A direita é o repositório de todos os males do mundo, inclusive os das esquerdas. Pois quando as esquerdas cometem crimes – ou “erros”, como preferem seus líderes – é que não eram de esquerda, mas de direita.

Jornalista pode ser corrupto, canalha e até mesmo medíocre. Mas sempre tem espírito de síntese, ou não é jornalista. Tomei conhecimento há pouco de um vídeo antigo, de 2008, onde Mino Carta, este impoluto porta-voz oficioso do PT, revela notável espírito de síntese. Ser de esquerda, para Mino, é defender a liberdade e igualdade. Mas se o regime vira ditadura, mesmo tendo partido das melhores intenções, o regime é de extrema-direita.

Trocando em miúdos: ditadura de esquerda não existe. É o que o jornalista quis dizer mas não ousou dizer. Talvez porque tal afirmação soe um tanto pornográfica nos dias que passam. Temos então que tanto Stalin como Fidel Castro eram de direita. Segundo Clóvis Rossi, o PT também. E as esquerdas permanecem intactas no sétimo céu das intenções sublimes. 

Já o inverso é permissível. Você pode ter sido de direita a vida toda. Mas se se converte ao socialismo, vira esquerda desde criancinha. Que o diga Luís Fernando Verissimo. Em sua crônica no Estadão de hoje, comenta uma entrevista de Daniel Cohn-Bendit para o último Journal du Dimanche, sobre o que acontece no Brasil, na Turquia e o que aconteceu nas recentes "primaveras" árabes e em 68 em Paris: “Forçando um pouco a cronologia, Cohn-Bendit diz que 68 foi o preâmbulo de 81, quando a esquerda chegou ao poder na França”. E bota forçar a cronologia nisso, pois o presidente logo após 68 foi Georges Pompidou.

Refere-se a François Mitterrand, político arrivista condecorado pelo nazismo que, após ter optado pelo socialismo, virou esquerdista desde o berço. Hoje, o episódio é pouco conhecido até mesmo pelos franceses, e já perdi alguns amigos por tê-lo relembrado. Relembro então de novo. 

Retornemos 33 anos atrás. Eu voltava da Inglaterra com uma amiga. Seriam seis da tarde. Em Paris, mal cheguei em casa, liguei a televisão. Na tela, aos poucos foi surgindo uma imagem. Começou pela testa e foi descendo, em fatias. Antes que tivesse chegado aos cílios, percebi que não era a careca de Giscard d’Estaing. O vencedor das eleições na França, naquele 10 de maio, era Mitterrand. Mesmo a imprensa internacional foi surpreendida. Havia apostado na vitória de Giscard. Só quando caminhões de champanhe começaram a abandonar o QG de Giscard, os jornalistas perceberam que a notícia estava ailleurs.

Minha amiga, gaúcha em trânsito pela Europa, apavorou-se. Confundida pela associação que a imprensa brasileira fazia entre o socialismo francês e o socialismo soviético, queria pegar passaporte e voltar ao Brasil antes que o novo governo fechasse as fronteiras. Verdade que nem só ela se confundiu. Empresários franceses empacotaram seus dinheiros e tentaram sair do país através de discretas fronteiras suíças. Medo bobo. Como bom francês, Mitterrand não iria sacrificar o bem-estar de seus conterrâneos em nome de um ideal besta. Socialismo mesmo - le vrai - a França só recomenda para o Terceiro Mundo.

A eleição de Mitterrand é um desses mistérios que confunde qualquer analista político. Ninguém desconhecia sua participação no governo pró-nazista de Vichy, do qual recebeu, na primavera de 43, a Francisque, a mais alta condecoração conferida pelo marechal Pétain. Tampouco era desconhecida sua participação decisiva, como ministro do Interior, na guerra da Argélia e nas torturas praticadas pelo Exército francês. Defensor de uma Argélia francesa, Miterrand reprimiu com ferocidade os movimentos insurrecionais. Em setembro de 53, declarou: "Para mim, a manutenção da presença francesa na África do Norte, de Bizerte a Casablanca, é o primeiro imperativo de toda política". Em 54, afirmou na tribuna da Assembléia Nacional: "A rebelião argelina não pode encontrar senão uma forma terminal: a guerra". 

Um golpe de imprensa empanava sua trajetória, o falso atentado nas cercanias do Luxembourg. Na noite de 15 de outubro de 59, ao sair da brasserie Lipp, Mitterrand, então senador pela Nièvre, sentiu-se perseguido por um carro. Ele faz um desvio pela avenue de l’Observatoire, pára sua 403, pula uma cerca viva e se joga de bruços na grama. Uma rajada de metralhadora é disparada sobre seu carro. No dia seguinte, o fato está na primeira página de todos os jornais, do Le Monde ao Humanité, o jornal oficial do PC francês.

Aos 43 anos, o político ambicioso vira herói. A glória é efêmera. Três dias depois, o jornal Rivarol, entrevista um dos agressores de Mitterrand, que afirma ter sido o próprio Mitterrand que encomendara o atentado, para fazer subir sua cota de popularidade. O desmonte da farsa caiu no vazio. Processado por ultraje à magistratura, após a cassação de sua imunidade parlamentar, Mitterrand será beneficiado por um non-lieu, como também seus "agressores".

Ex-colaborador de um governo pró-nazista, condecorado por este mesmo governo, mentor da guerra na Argélia e responsável pela tortura de milhares de argelinos, anticomunista ferrenho numa França que sempre nutriu simpatias pelo regime soviético, farsante vulgar capaz de forjar um atentado para ganhar votos, nada disto impediu Mitterrand de derrotar Giscard em 81, com 52,22% dos votos expressos, e de eleger-se por mais um setenato em 88.

Empunhando a bandeira do socialismo, Mitterrand, político de extração nazista e queridinho de Pétain, enganou não só os franceses como o mundo todo. Na época, também se falou em mudanças. Mudou algo na França de 1981 para cá? Estruturalmente, nada. Mudaram apenas fatores que nada têm a ver com orientação política, mas dependem da economia e imigração, como maior desemprego e avanço do islamismo. Se algo novo ocorreu na França de lá para cá foi sua adesão ao euro, mas isso nada tem a ver com socialismo ou Mitterrand.

Para Verissimo, quando opta pelo socialismo, até nazista é de esquerda.

*Janer Cristaldo Ferreira Moreira (Santana do Livramento2 de abril de 1947 — São Paulo27 de outubro de 2014)

“É sal, é sol, é sul” e outras seis notas de Carlos Brickmann

CARLOS BRICKMANN
O mais importante líder sindical que o Brasil já teve chegou a presidente da República, elegeu a sucessora, virou personagem internacional, viajou o mundo inteiro. Mas, ao completar 70 anos, ontem, tudo o que não queria de presente era mais uma viagem. E há chances ─ não muitas, diga-se ─ de que seja a Curitiba.
Data redonda e triste: até o frango com polenta marcado para seu restaurante preferido dos tempos antigos foi cancelado, diante dos problemas que o afligem. Só sobrou festa chique, com a presidente. A busca e apreensão nos escritórios do filho Luís Cláudio, na véspera do aniversário, foi um golpe tremendo. Amigos atingidos, tudo bem, deixa pra lá: Lula esqueceu companheiros próximos, a quem chamava de Guerreiros do Povo Brasileiro, e chegou a insinuar que o empresário José Carlos Bumlai, que tinha entrada livre no Palácio durante seu governo, não era tão amigo assim. Mas filho é filho ─ e é o segundo a virar alvo de suspeitas.
É duro sentir que, exceto os alucinados do lulismo a todo custo (e, muitas vezes, a que custo!), até parceiros antigos, dos tempos anteriores ao Romanée-Conti e aos jatos executivos, hesitam em jurar por ele.
O jornalista Ricardo Kotscho, lulista da velhíssima guarda, amigo fiel e excelente assessor de imprensa de seu governo, escreveu frases reveladoras (http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-kotscho/): “Estou muito triste com tudo isso que está acontecendo, mas na vida a gente colhe o que plantou, de bom ou de ruim, de acordo com as escolhas que fazemos. De nada adianta colocar a culpa nos outros”.
D’além-mar

Quando foram revelados em Portugal os problemas do Banco Espírito Santo, houve quem dissesse que poderiam atingir pai e filho. Agora só falta o pai.

Da Mitologia

Diziam os sábios gregos que, quando os deuses querem destruir alguém, atendem a seus desejos. Pois desde 26 de março de 2015, data do início da Operação Zelotes, a tropa de choque do governo reclama da imprensa a pouca cobertura às investigações.
Com a busca e apreensão no escritório de Luís Cláudio Lula de Silva, a tropa de choque do governo já não tem do que se queixar.

Inferno astral 1 

Lula elegeu o poste e a posta, ambos mal nas pesquisas de opinião pública (Dilma até melhorou um pouquinho, passando de 7,7% para 8,8% de aprovação, pelo levantamento da CNT-MDA ─ ainda assim, seus índices continuam abaixo da taxa de inflação). A Lava-Jato colocou o PT na defensiva e atribui parte do financiamento da campanha petista a dinheiro público, via propinas; as contas do governo foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União; ambos os casos podem levar ao impeachment. Lula foi duramente atingido. Depois de deixar o governo com 83% de aprovação, em 2010, enfrenta hoje a rejeição de mais da metade do eleitorado: 55% dizem que não votariam nele de jeito nenhum.
Tudo bem, faltam três anos para as eleições, as coisas podem mudar, os adversários também têm rejeição recorde. Mas o político novo que vinha para mostrar que era diferente de todos luta hoje apenas para provar que não é pior que os antigos.

Inferno astral 2

Os adversários de Lula também vão mal; mas o juiz Sérgio Moro vai muito bem. Num evento da revista britânica The Economist, em São Paulo, ontem, foi aplaudido de pé pela plateia de empresários. Se quiser ser candidato, é forte. 
E a lista dos que o rejeitam, se for divulgada, vai ajudar a popularizá-lo.

O Mudo falante

Uma das principais forças militares brasileiras homenageou anteontem o coronel Brilhante Ustra, que morreu há poucos dias. A comandanta-chefe das Forças Armadas, Dilma, deve ter odiado; Brilhante Ustra sempre foi um de seus demônios. Mas nada disse. Na ditadura, Ustra chefiou o DOI-Codi, centro da repressão política, de tortura e de mortes.
Porém, mesmo que nada houvesse contra ele, a homenagem teve cunho político que o Exército, o Grande Mudo, deve evitar. E não evitou ─ ao contrário. A Divisão Encouraçada, 3ª Divisão do Exercito, comandada pelo general José Carlos Cardoso, fez até convites especiais. Em curto período, é a terceira vez que o Grande Mudo se manifesta, depois de 20 anos de silêncio. O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, foi o primeiro a falar, considerando “preocupante” a situação do país. O general Antônio Mourão, comandante militar do Sul, criticou os políticos em geral e disse que “mudar é preciso”. Enquanto o Mudo fala, o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, se mantém em obsequioso silêncio.
Talvez entenda a linguagem do Mudo.

O ministro silente

Aldo Rebelo, ministro da Defesa, tem múltiplos interesses. Luta pela substituição do Dia das Bruxas, invenção americana, pelo Dia do Saci; é contra invenções que reduzam a necessidade de trabalhadores. Rejeita palavras estrangeiras. E que fazem seus companheiros da base aliada? Em São Paulo, o prefeito petista Fernando Haddad abençoa um evento que, segundo sua divulgação, é “hipster”, tem “music jam sessions”, “food trucks” e “workshops”. 

Mas, se o ministro não se manifesta nem nos eventos em sua área, vai dizer o que no setor dos outros? 

Contra o golpe de Renan



O colégio de líderes da Comissão Mista de Orçamento finalmente decidiu reagir ao que chama de "manobra regimental" realizada por Renan Calheiros. E está exigindo que o presidente do Senado envie imediatamente a decisão do TCU com a recomendação para rejeição das contas de Dilma.

O requerimento entregue nesta tarde foi aprovado por unanimidade pela CMO. Diz a Folha que, ao término da votação, Nelson Barbosa telefonou para Rose de Freitas, presidente da comissão, prometendo a entrega da defesa do governo até a próxima terça-feira.

O Antagonista

PAGA TONTO! Em 15 anos, número de cargos comissionados no governo federal cresceu 40%

O SENHOR DO IMPEACHMENT CONTRA OS MARUJOS DO MAR DE LAMA por Percival Puggina. Artigo publicado em 27.10.2015

Embora a palavra corrupção seja comumente empregada para designar ações ilícitas visando a ganhar dinheiro, estas não são as únicas condutas que se caracterizam como tais. Nem sempre os ganhos com a corrupção têm natureza monetária. Assim, por exemplo, é corrupção buscar benefício contra a verdade, ou seja, mentindo. É corrupção atribuir a outros as próprias culpas. O emprego de sofismas e falsidades para convencer sem ter razão preenche vasto catálogo de técnicas corruptas, concebidas para induzir ao erro e, disso, levar vantagem. Usar a estrutura do setor público gerando publicidade enganosa, enunciando meias verdades, negociando o inegociável, comprando apoios e produzindo desinformação também é corrupção.
 Haverá quem, adivinhando onde quero chegar, interrogue: "Nesse caso, quem atira a primeira pedra?". É uma pergunta esperta. Ela pretende induzir a uma recíproca absolvição geral, tipo indulgência plenária, da qual todos se tornam credores visto que praticaram os mesmos males. Restaure-se, assim, pelos deméritos alheios, a saúde daquela outra velha senhora, a impunidade. Ora, o crédito à primeira pedra (simbolicamente falando) cabe às instituições da república e à imensa maioria do povo brasileiro. Este, de modo ordeiro e cívico, já vem clamando pelo impeachment em memoráveis manifestações, nas ruas do país. São cidadãos que não endossam acordos velhacos, inconfessáveis, e não aceitam a retórica enganosa, o raciocínio fraudulento, a publicidade mentirosa.
 Pois é exatamente esse tipo de manobra que os governistas puseram em curso. Procuram confundir os atos de repúdio ao governo, expressos nos pedidos de impeachment exigidos nas ruas e formalizados por cidadãos de bem, com o que há de mais desqualificado na oposição parlamentar. Tentam fazer de Eduardo Cunha o símbolo maior dessa oposição, obscurecendo o fato de que os negócios do senhor Cunha aconteceram dentro dos mesmos esquemas investigados na Lava Jato, ao tempo em que ele pertencia à base do governo. Tentam transformar o impeachment em um negócio do Cunha e buscam fazer desse lamentável cavalheiro uma espécie de dono do impeachment. Ora, se já é pouco digno agir assim, em inescrupulosa defesa do indefensável, sendo governista, muito menos digno é reproduzir tal conduta na condição de formador da opinião pública, orientando-a mediante sofismas e artifícios retóricos. São marujos do mar de lama!
 Não mudarão o curso da história com artes e manhas tão corrompidas quanto os corruptos que tentam proteger. Queiram ou não, sucessivas pesquisas mostram que o legítimo senhor do impeachment, a contragosto de quem ele jamais aconteceria, é o bom povo brasileiro. Se quiserem atacar o impeachment, ataquem o povo.
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* Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.

PERDIGOTOS DA MOCRÉIA- Recessão tira Brasil da rota do maior avião do mundo

Com dólar perto de R$ 4 e menos brasileiros viajando ao exterior, companhias aéreas preferem usar o Airbus 380 em rotas mais atrativas.



A Emirates é uma das empresas que mais aderiu ao A380, operando hoje 59 Superjumbos e já tendo ordenado a produção de outros 81

Instituto Liberal- Utopia vs. Realidade. Ou: cuidado com a propaganda enganosa

Na tarde deste domingo (25) – último dia do II Congresso do PSOL Carioca -, Marcelo Freixo foi aprovado como pré-candidato à Prefeitura do Rio, nas eleições municipais de 2016.
Em seu discurso de encerramento, depois de desancar os ogros neoliberais, agradecer aos movimentos sociais, amigos e amigas, companheiros e companheiras de luta, à militância e à confiança do partido, Freixo enalteceu a utopia e o enorme coração dos esquerdistas, contrapondo-se à maldade inerente aos corações de todos os direitistas: “Nós somos – ao contrário deles (nós) – movidos pelo amor. O amor é absolutamente revolucionário. Não há dinheiro que o compre. Enquanto eles ficam com a máquina, nós ficamos com as pessoas”, afirmou o deputado, para delírio da galera.
Normalmente, eu não me ocuparia desses seres jurássicos e em vias de extinção que, infelizmente, ainda abundam em Pindorama.  Entretanto, conheço algumas pessoas boas e decentes que ainda se deixam engabelar por esse discurso patético, meloso e vazio, que dão ao senhor Freixo um enorme eleitorado na cidade do Rio de Janeiro, onde moro, tanto que, em 2014, foi o deputado estadual mais votado.  Embora não seja o favorito para a prefeitura, suas chances de sucesso não são desprezíveis.
Freixo e o PSOL defendem o que existe de mais retrógrado em termos de ideologia, organização econômica e políticas públicas, que não por acaso jamais deram certo em parte alguma do planeta, mas que, infelizmente, ainda encontram adeptos e defensores mundo afora.
Marxistas honestos, quando confrontados os resultados práticos de algumas aventuras socialistas, como em Cuba, Coréia do Norte, União Soviética e China, entre outras, até admitem que essas experiências falharam. No entanto, segundo seu raciocínio tortuoso, o motivo do fracasso não está numa deficiência intrínseca do socialismo, mas na ausência de um modelo puro, jamais implantado em parte alguma. Não raro, esses idealistas empedernidos comparam uma versão teoricamente perfeita do socialismo com o capitalismo real, evidentemente imperfeito.
Ao contrário do que eles imaginam, contudo, se o socialismo nunca funcionou como desejado pelos seus arautos, não foi por algum defeito na sua implantação ou por má índole daqueles que o implantaram e dirigiram, mas simplesmente porque aquele modelo não é consistente com os princípios fundamentais da natureza humana.
O fracasso do socialismo real ao redor do mundo está relacionado a um defeito crítico e inerente ao próprio modelo: sua estrutura de incentivos não favorece a geração de riquezas, levando ao empobrecimento contínuo e inexorável das nações. Por isso, onde quer que já tenha sido testado, o socialismo, embora prometesse igualdade e prosperidade, entregou apenas miséria e tirania. A decantada igualdade de resultados – baseada na fórmula mágica “de cada um de acordo com a sua capacidade, para cada um conforme a sua necessidade” – foi alcançada apenas no sentido de que todo mundo se tornou igual na miséria.
Por outro lado, a estrutura de incentivos do capitalismo liberal favorece a geração de riquezas e a prosperidade. Mecanismos de preços livres e de ganhos e perdas, além de direitos de propriedade bem definidos, fornecem um sistema eficiente de incentivos que orientam e dirigem o comportamento dos agentes no sentido da multiplicação da riqueza.
Como nos lembra o economista Mark Perry, se a perfeição fosse uma opção disponível, a escolha de sistemas econômicos e políticos seria irrelevante. Em um mundo com seres perfeitos e abundância infinita, qualquer sistema – socialismo, capitalismo, fascismo, comunismo – funcionaria perfeitamente.
No entanto, nossas escolhas se dão em meio a um universo imperfeito, habitado por seres humanos imperfeitos e recursos limitados. Num mundo assim, dominado pela escassez, é essencial que exista uma estrutura clara de incentivos que promova a eficiência econômica, caso contrário o resultado será apenas miséria, que é a condição natural do ser humano, nunca é demais lembrar.
A única escolha possível, portanto, é entre o capitalismo imperfeito e o socialismo também imperfeito. Dadas essas duas alternativas mutuamente excludentes, a história da humanidade, principalmente durante o Século XX, favorece esmagadoramente o capitalismo, que, apesar das desigualdades que lhe são intrínsecas, já retirou bilhões de seres humanos da miséria.  Insistir no socialismo, mesmo depois de todas as experiências históricas absolutamente degradantes que ele já proporcionou, é loucura.  Afinal, como advertia Einstein: esperar resultados diferentes, a partir de experimentos iguais, é um sintoma típico de insanidade.
Pensem nisso, antes de cair na propaganda enganosa de Marcelo Freixo et caterva.

João Luiz Mauad

João Luiz Mauad é administrador de empresas formado pela FGV-RJ, profissional liberal (consultor de empresas) e diretor do Instituto Liberal. Escreve para vários periódicos como os jornais O Globo, Zero Hora e Gazeta do Povo.

“Quando uma ideologia fica bem velhinha, vem morar no Brasil.” Millor Fernandes

“É difícil imaginar uma maneira mais estúpida e mais perigosa de tomar decisões do que colocar essas decisões nas mãos de pessoas que não pagam qualquer preço por estarem erradas”. Thomas Sowell

Luiz Felipe Pondé

“As ciências humanas se tornaram incapazes de dialogar com a realidade. Criaram um ‘mundinho bobo de teses emancipatórias’ a serviço da masturbação intelectual. Afirmam que tudo é ‘construção social’, mesmo que uma pedra lhes caia sobre a cabeça todo dia. O nome disso é surto psicótico. Há um surto correndo solto em muitos departamentos de ciências humanas. Para começar, como tratamento, proporia dar um tempo no gozo com Marx, Foucault e Piketty”.

 Luiz Felipe Pondé

“Tudo o que parece sólido desmancha no ar. Aí estão Dilma e o PT para confirmar.” (Mim)

FIM DO MUNDO

É tão grave o esquema de corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), com prejuízos de mais de R$ 20 bilhões ao País, que a Operação Zelotes, da Polícia Federal, já está sendo chamada no Congresso de “Operação do Fim do Mundo”.

Cláudio Humberto

“Se Lula da Silva fosse colocado numa panela para ser reduzido, após horas de cozimento sobraria no utensílio uma enorme língua sem serventia.” (Eriatlov)

42 Movimentos Democráticos entregarão carta ao PMDB nesta quarta em Brasília

São Paulo, via Whats App

Amanhã, quarta-feira, 10h, os líderes de 42 movimentos democráticos que defende o imediato impeachment de Dilma Roussef enrtregarão carta pública ao PMDB, tudo com o objetivo de atrair a adesão do Partido.A carta traz a assinatura da Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos.

Em seguida sairá coletiva de imprensa.

Tudo no Salão Verde da Câmara

A leitura da carta será feita por Nilton Caccaos, membro do Conselho Executivo da Aliança e porta-voz do Avança Brasil-Maçons.

Políbio Braga

RS- Yeda obteve uma, duas, três vitórias seguidas na Justiça Federal do RS

Os procuradores do MPF que há seis anos insistem em criminalizar as ações da governadora Yeda Curius foram novamente derrotados hoje no TRF4.

Yeda conseguiu cautelar que truncou ação de improbidade movida contra ela em Santa Maria, mas os procuradores ajuizaram embargos declaratórios, perderam, e agora entrou com pedido de reconsideração, perdendo mais uma vez.

A perseguição contra a ex-governadora não cessa.

Políbio Braga