domingo, 12 de março de 2017

MOEDAS

Frio de rachar. Fernando zanzando pelas ruas. Moeda de um real dando sopa na calçada. Abaixou-se para apanhá-la; resultado: rendeu as costas. Consulta: cem moedas de um real.

TED THOMPSON- SALVANDO O TORTURADO

No seu chalé a beira-mar Ted curtia o sossego do lugar quase deserto. Gaivotas passeavam pegando petiscos, o mar calmo e a brisa suave fazia algo bom como o tempo parar. Caminhar na areia pela manhã e ao final de tarde era o que Ted apreciava muito, além dos saborosos peixes que preparava, sempre comprando frescos dos pescadores. Naquela noite de sábado sentado na pequena varanda completamente no escuro, deliciava-se com as ondas batendo nas pedras à direta do seu recanto, contando estrelas na noite sem luar. Antes da meia-noite pareceu ouvir vozes à sua esquerda e foi verificar. A cem metros de onde estava ouviu gemidos e encontrou um grupo de homens torturando um cidadão mulato, que ajoelhado na areia e de mãos amarradas apanhava no roso e nas costas. Queriam os bandidos saber do pobre homem notícias do irmão, devedor de drogas do grupo. Iriam matá-lo, pois já que o irmão criminoso havia fugido então a família pagaria. Hoje será o irmão, amanhã suas filhas, até que ele apareça para pagar o que deve. O chefe do bando o machucava com cigarro em brasa, mostrando fotos das suas crianças, dizendo que seriam as próximas vítimas se ele não falasse. O coitado chorava pedindo que não fizessem maldade com seus pequenos, todos inocentes. O torturado parecia mesmo não saber de nada. Ted se cansou de ver e ouvir aquilo e como um raio fulminou os cinco bandidos, cada um com um tiro na testa. Não houve tempo para nenhum reagir, nem mesmo dizer ai mamãe. O sangue deles tingiu de vermelho o branco da areia. Atirou os corpos dos criminosos no mar e o levou a vítima até sua cabana para fazer alguns curativos. Deu-lhe uma boa soma em dinheiro e aconselhou-o que na mesma noite pegasse sua família e sumisse do mapa. Depois o levou até a cidade, deu-lhe seu telefone e desejou boa sorte. Feito isso voltou para o sossego da beira-mar.

DEUS E ULISSES

Deus caminhava pelo paraíso quando encontra Doutor Ulisses Guimarães.
-Ulisses, o que é o Brasil? Uma roubalheira sem fim, um caos. Milhões de direitos, deveres nada!  E aquela tua Constituição de 1988? Que rombo!

Ulisses saiu de fininho.

IMPOSSIBILIDADE

“O inferno eterno é uma impossibilidade. A madeira e o gás são finitos.” .” (Pócrates)

DESCOBERTA

“Descobri o sexo quando já estava nu. Aí não deu mais para ignorar.” (Pócrates)

UMA BRONHA E UM PADRE NOSSO

“A masturbação andou junto com a religião em minha vida. Um ato, uma promessa. Um quebra de promessa, um novo ato, uma nova promessa. Resumindo: uma bronha , um padre nosso.”  (Pócrates)

NÃO SE ENVERGONHA

“A ignorância não se envergonha quando faz algo estúpido. ” (Mim)

NÃO ASSINEI

“Jesus sofreu por nós? Não assinei nenhuma procuração.” (Toninho Extrema-Unção)

CLIMÉRIO

“Conheci mulheres interessantes na minha vida. Mas elas por certo não tiveram a mesma opinião sobre mim.” (Climério)

“Acho que Deus e bons miolos são incompatíveis. Ou não? ” (Pócrates)

“Para sustentar o grande rebanho atrelado ao estado quem come capim é o povo.” (Eriatlov)

ANATOMIA DE UM FASCÍNIO por Fábio Pereira. Artigo publicado em 11.03.2017



Em nós, entre nós. Acima e abaixo também. Tão próximo de nosso mais íntimo coração e perdido entre as nuvens, longe. Despertando nossa repulsa e nosso encantamento a todo o momento. Eis a natureza do Poder: a realidade de um fascínio.

Em seu livro Uma breve teoria do poder, o jurista, cientista político e homem público Ives Gandra Martins se propõe a contribuir para a apreensão do fenômeno do Poder, e o faz dentro um dos veios teóricos mais marcantes da tradição política ocidental: a tradição cética. Há na obra luzes claras de autores como Santo Agostinho, Montaigne e Locke.

O jurista paulista não tem a pretensão constitutiva de um outro cético, Montesquieu, com quem dialoga constantemente ao longo da obra. Gandra não pretende, como o barão francês, criar mecanismos que expressem e, ao mesmo tempo, contenham o poder, refreando o ímpeto natural do homem para o exercício do domínio. Seu trabalho é o de um minucioso anatomista: guiado (mesmo que para contrariá-los) por autores clássicos como Platão, Hobbes, Maquiavel e Kant e modernos como Hart, de Jouvenel e Rawls, esmiúça o corpo frio da história política em busca do proceder, das “astúcias” e da moralidade de democratas (e Gandra é um legítimo democrata), ditadores e toda sorte de aventureiros do poder na procura dessa joia de que se servem. Ives Gandra Martins emula com precisão o brilho fascinado nos olhos dos desejosos do poder ao longo da história: de Psístrato a Hitler, de Luís XIV a Fidel Castro.

Como jusnaturalista assumido, Gandra Martins postula a existência de uma ordem transcendente e justa, mas reconhece, e aí entra seu veio cético e conservador, que essa ordem se manifesta de forma sempre precária na história e que nela influem a natureza do homem, nem anjo nem demônio, e a força muitas vezes arrebatadora dos fatos políticos.

Em seu bom livro, apresentado em competente trabalho da Livraria Resistência Cultural Editora, Ives Gandra Martins informa ao leitor que o trabalho do estadista é buscar,dentro do possível,saber “a natureza íntima da justiça e da verdade” na política, mas que, no calor da política ordinária, bom mesmo é saber “com que roupas elas saíram para dançar esta noite”.


Fábio Pereira é advogado e acadêmico de Medicina.

CHE GUEVARA, O HERÓI DOS IDIOTAS ÚTEIS por Jenifer Castilho. Artigo publicado em 12.03.2017

Primeiramente, o que significa "idiota útil"? Como a própria expressão diz, é alguém que é idiota (ou até mesmo inocente), porém é útil para alguma causa.
Quem usava essa expressão era um líder da esquerda chamado Lênin e se dirigia à manipulação ideológica causada pela doutrina socialista. Lênin contava com um grupo de propagandistas, pessoas normais, que davam apoio ao movimento socialista achando que estavam lutando por um mundo melhor. Acontece que quando não fossem mais úteis seriam mortos, exilados ou presos.
Um exemplo de idiota útil nos dias de hoje é um famoso deputado gay que se vestiu e homenageou Che Guevara. Será que ele sabe que Che apoiou os campos de concentração de Castro para os homossexuais? Campos que abrigavam todos aqueles que não se encaixavam na ideia do "homem novo". Gays, portadores de HIV, católicos, alcoólatras, todos eram mandados para o campo de concentração.

Houve uma ocasião também em que Che Guevara viajou para Argélia e visitou a embaixada cubana local, ao olhar os livros da estante se deparou com o Teatro Completo de Virgilio Piñera e disparou: "Como é que você pode ter o livro dessa bicha na embaixada?" E atirou o livro pela parede. (INFANTE, 1996, p.341)
Outro exemplo de idiota útil atual são os negros que defendem com unhas e dentes o famoso revolucionário Che Guevara, o mesmo autor da frase: "O negro indolente e sonhador gasta seu dinheirinho em qualquer frivolidade ou diversão, ao passo que o europeu tem uma tradição de trabalho e de economia que o persegue até estas paragens da América e o leva a progredir". Parece que Che não era politicamente correto, não é mesmo?
Quem nunca viu uma pessoa com uma camisa com o rosto de Che Guevara estampado nela? Se você perguntar ao indivíduo da camisa sobre esse homem histórico, ele provavelmente te responderá o que leu nos livros do MEC, que Che foi um famoso revolucionário socialista, argentino, defensor dos pobres e oprimidos.
O idiota útil não mencionará que, quando a revolução triunfou, Che ficou encarregado de uma prisão em Cuba chamada La Cabaña, na qual mandou fuzilar mais de quatrocentos cubanos. Noventa por cento deles eram presos de consciência, ou seja, simplesmente discordavam do sistema defendido por Che. Isso está historicamente documentado, inclusive na Argentina.
Che Guevara foi um assassino a sangue frio que colocava no paredão para ser fuzilados todos os que discordavam de seus ideais. Ironicamente, ele é o herói da esquerda brasileira, aquela que prega tanto contra a pena de morte e ao mesmo tempo defende o aborto. Vai entender!
Mas por que o idiota útil ao ser confrontado não te contará essas informações tão importantes? Simples, ele não as conhece! Ele só sabe o que a mídia diz e o que o livro do MEC afirma. Mas para não ficar apenas nas minhas palavras, coloco abaixo frases célebres do herói dos idiotas úteis:

1. "Fuzilamentos? Sim, fuzilamos e continuaremos fuzilando sempre que necessário. Nossa luta é uma luta [dedicada] à morte."
2. "O negro indolente e sonhador gasta seu dinheirinho em qualquer frivolidade ou diversão, ao passo que o europeu tem uma tradição de trabalho e de economia que o persegue até estas paragens da América e o leva a progredir."
3. "Meus amigos só são amigos quando eles pensam ideologicamente como eu."
4. "O ódio como fator de luta. O ódio intransigente ao inimigo, que impulsiona além das limitações naturais do ser humano e o converte em uma efetiva, seletiva e fria máquina de matar. Nossos soldados têm que ser assim."
5. "Há que levar a guerra até onde o inimigo a leve: à sua casa, aos seus lugares de diversão; fazê-la total. Há que impedir-lhe de ter um minuto de tranquilidade, um minuto de sossego... atacá-lo onde quer que se encontre; fazê-lo se sentir uma fera acossada por cada lugar que transite."

6. "Asseguro a vocês que se [Jesus] Cristo cruzasse meu caminho eu faria o mesmo que Nietzsche: não hesitaria em esmagá-lo como um verme."
7. "Os jovens devem aprender a pensar e agir em massa. É criminoso pensar como indivíduos."
8. "Como é que você pode ter o livro dessa bicha na embaixada?"
Pois é, essas frases não foram ditas por Jair Bolsonaro, por Hitler, por Osama Bin Landen, por Brilhante Ustra ou por Donald Trump. Foram ditas por Che Guevara.
Antes de você criticar Jair Bolsonaro por ter saudado o Coronel Brilhante Ustra (aquele que você nem sabe quem foi), deixe sua hipocrisia de lado e jogue fora sua camisa do assassino Che Guevara. E antes de querer lutar por um mundo melhor, arrume sua própria cama.
É preciso ler os livros que Che escreveu e não o que se escreve sobre ele.
FONTES:
1) Discurso de Che Guevara na ONU em 1964; 2) "Diario de Motocicleta – Notas de Viaje Por América Latina", Che Guevara; 3) "Mi hijo el Che", Ernesto Guevara Lynch; 4) Mensagem de Che à "Organización de Solidaridad con los Pueblos de Asia, Africa y América latina", Abril de 1967; 5) Mensagem de Che "aos Povos do Mundo Através da Tricontinental", 19676) "Che – El argentino que quiso cambiar el mundo", Pacho O'Donnell;7) Diario de la Sierra Maestra (citação em "Hijos del retrogresismo", Fundación para el Progreso)8) "Mea culpa", Guillermo Cabrera Infante.
Comentário do blog: recomendo também esse meu vídeo sobre essa figura asquerosa, esse porco assassino que é idolatrado pelos idiotas úteis de esquerda:

Ver link : https://www.youtube.com/87 3106a4-c6cf-487f-b085-f8ebf367 0775

PAIXÃO

“Estou beirando os oitenta. Minhas paixões agora são os analgésicos.” (Nono Ambrósio)

SEM CORRER PERIGO

“Hoje em dia qualquer mulher me mostra a bunda sem correr perigo.” (Nono Ambrósio)

NUNCA SÓ

"Nunca estou só. Sempre ando acompanhado por uma leva de comprimidos." (Nono Ambrósio)

SEM VITALIDADE, MAS...

“Não tenho mais vitalidade, mas continuo o mesmo sem-vergonha de sempre.” (Nono Ambrósio)

TANSOS

“Uma multidão de tansos faz a alegria dos safados.” (Mim)

A SOLIDÃO PIORA

“Andando sozinho um sujeito mal-educado só tende a piorar.” (Mim)

BATER E APANHAR

“A bater nos acostumamos fácil, já o aprendizado na arte de apanhar e bem mais demorado.” (Mim)

JAMAIS CONTE TUDO A TODOS

“Não conte tudo sobre você nem mesmo para os melhores amigos. Nem todas as amizades são para sempre. Não seja ingênuo, os malvados são reais.” (Mim)

O CAPETA TATUADO

“Infância terrível, o peso do pecado caindo sobre o desejo sexual. Pegava no pinto e via o capeta tatuado nele.” (Mim)

VIOLÊNCIA GRATUITA

Sinésio era um homem revoltado com a violência, principalmente gratuita. Um desentendeu-se com um vizinho por causa de duas folhas caídas no seu quintal. Essa revolta foi aumentando e um dia no ápice da indignação matou todos os seus vizinhos. Foi para o xilindró, mas deu um exemplo sem igual de combate à violência gratuita. Pois.

MITOS CONFORTANTES

Há algo débil e um pouco desprezível no homem que não consegue encarar as adversidades da vida sem a ajuda de mitos confortantes.
— Bertrand Russell

NA PAUTA

Na pauta da reunião do partido de um "kolkhoz" (fazenda coletiva) havia duas questões na ordem do dia: 
 a) construção de um barracão;
 b) construção do comunismo. 
 Devido à falta de tábuas, decidiu-se passar direto para a segunda questão.

An-polit

POR QUANTO TEMPO?

Diz o orador: 

 - Estamos com um pé no socialismo e com o outro pé já passamos para o comunismo! Então, uma "babushka" (senhora idosa) pergunta:

- E por quanto tempo vamos ficar arreganhados desse jeito?

F: An-Polit

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- sexta-feira, agosto 31, 2007 EUROPA CRIA CUERVOS

Os suecos tiveram uma sexta-feira agitada hoje. Os muçulmanos fazem a primeira página de seus jornais. No Dagens Nyheter lemos:

SVENSKA FLAGGAN BRÄNDES

DEMONSTRATION MOT MUHAMMEDHUNDAR

Traduzindo: Bandeira sueca é queimada. Demonstração contra os cães de Maomé.

No Aftonbladet:

HÄR BRINNER DOCKAN AV FREDRIK REINFELDT

KONSTNÄREN LARS VILKS MORDHOTAD

Queimado o boneco de Fredrik Reinfeldt. Artista Lars Vilks ameaçado de morte. Reinfeldt é o primeiro-ministro sueco. Lars Vilks é o personagem através do qual o escândalo surge. A história toda começou com os rondellhund, esculturas amadoras de cães, geralmente bem-humoradas, colocadas em rotatórias de tráfego de todo o país como uma forma de expressão da contracultura. Aconteceu que Vilks teve a péssima idéia de desenhar uma imagem de rondellhund em que o cachorro tinha a cabeça de Maomé. A imprensa do país passarou a discutir se as galerias de arte deveriam expor a imagem. E um jornal de Örebro, o Nerikes Allehanda, considerou o debate digno de novas análises e publicou a imagem, juntamente com um artigo discutindo a liberdade de expressão.

Lars Vilks brincou com fogo. O cão, assim como o porco, é um animal maldito para os muçulmanos, a ponto de alguns choferes de táxi muçulmanos nos Estados Unidos se recusarem a transportar passageiros que estejam acompanhados de cães, mesmo que sejam guias de cego. Se publicar imagens de Maomé já é considerado uma ofensa ao Islã, pode-se imaginar o potencial explosivo de retratar o profeta com uma cabeça de cachorro.

O primeiro protesto veio do Irã, que convocou o encarregado de negócios da Suécia em Teerã, na segunda-feira passada, para receber uma queixa oficial sobre a publicação da imagem. Mahmoud Ahmadinejad acusou os "sionistas" de estar por trás do desenho sueco, porque "sua sobrevivência está na guerra". Ainda pediu que os muçulmanos não reagissem, pois "os sionistas ficarão desorientados se houver paz no mundo". 

O mesmo não pensaram os muçulmanos na Suécia. Cerca de duzentos deles cercaram hoje a redação do jornal, exigindo desculpas do jornal. "Nós, muçulmanos, também somos örebroenses, nós temos um grande respeito pelo Nerikes Allehanda e queremos que o respeito seja recíproco. Eles precisam ter respeito por nós, que somos uma minoria na sociedade", disse Gamal Lamhawdi, porta-voz do centro de cultura islâmica de Örebro.

Outros grandes jornais suecos já haviam publicado os desenhos de Vilks. A reação centrou-se no jornal de Örebro dado o grande número de muçulmanos que lá vivem. Ulf Johansson, o diretor do jornal, recebeu e-mails ameaçadores e foi obrigado a adotar um guarda-costas. "Alguns diziam que eu queimaria no inferno", ele disse. A polícia reforçou a segurança em torno dos escritórios do jornal.

No distante Paquistão, em Lahore, onde ninguém jamais ouviu falar do Nerikes Allehanda, e certamente muito menos de Örebro, foi queimada a bandeira da Suécia em praça pública. Em Karachi, foi queimado um boneco do primeiro-ministro sueco.

Há dois aspectos na questão. Primeiro, a escultura de Vilks foi uma provocação óbvia, feita por alguém que tinha plena consciência das conseqüências de seu gesto, afinal a vizinha Dinamarca viveu ano passado a crise das caricaturas do profeta. Vilks certamente queria promoção e hoje seu nome circula em todos os jornais do Ocidente. O curioso é que não houve reação dos muçulmanos a esta provocação.

Outro aspecto é noticiar o fato e publicar fotos do pivô da polêmica. Se um jornal quer discutir um fato, é perfeitamente normal que o apresente com fotos. Reagiriam os muçulmanos se o Nerikes Allehanda noticiasse o fato sem fotos? Seja como for, não serão imigrantes fanatizados, recebidos com generosidade pela Suécia, que irão decidir como os suecos devem fazer jornalismo. O que os muçulmanos até hoje não entendem - e isto ficou evidente no caso da Dinamarca - é esta particularidade do Ocidente, a liberdade de imprensa. Nem podem entender, já que a desconhecem em seus países de origem.

É claro que ninguém lê jornais suecos no Irã ou no Paquistão. Esse escândalo todo é obra dos mulás que dirigem as madrassas no Ocidente. No fundo, querem calar a imprensa livre na Europa, de modo que ninguém mais ouse tecer críticas ao obscurantismo islâmico. Já conseguiram grandes avanços. Em vários países europeus, quando árabes cometem estupros, jornal algum notícia a origem do estuprador. 

Enquanto isto, os Estados europeus e até mesmo a Igreja Católica estão financiando a construção de mesquitas na Europa. Cria cuervos - dizem os espanhóis - y te picarán los ojos.

REINALDO AZEVEDO FALA SOBRE ARMAS E SÓ HÁ DUAS OPÇÕES: OU É IGNORANTE OU É MENTIROSO! por Benê Barbosa. Artigo publicado em 11.03.2017

Tempos atrás Reinaldo Azevedo se posicionou, em seu programa Os Pingos nos Is da Rádio Jovem Pan, contra a revisão e modificações no chamado Estatuto do Desarmamento. Seu posicionamento ocorreu depois que o MBL, Movimento Brasil Livre, de quem Reinaldo foi fã até pouco tempo atrás, colocou a revogação do malfadado estatuto como uma das pautas das manifestações do próximo dia 26. Na época cheguei até a rascunhar um texto, mas o argumento do articulista da Veja era tão pífio e surrado que resolvi deixar para lá.
Acontece que para a infelicidade – dele, não a nossa! – ele resolveu voltar ao assunto e se aprofundar, ou melhor, se afundar de vez. Iniciou sua fala reafirmando que é contra modificações na lei atual e, na sequência, com a sua notória megalomania, afirmou que foi o primeiro e mais importante jornalista a se posicionar pela não proibição da venda de armas no referendo de 2005. Acontece que ele não foi nem o primeiro, muito menos o mais importante! Aliás, tive que vasculhar a Internet atrás de um tal “debate” que ele disse ter participado no jornal Estadão, “debate” que Bruno Paes Manso chama de bate-papo com o Coronel José Vicente. Reinaldo deu sorte devido ao seu oponente, pois o coronel é fraquíssimo no assunto. Se tivesse pego pela frente o Denis Mizne, por exemplo, seria destroçado. O fato é que o posicionamento de Reinando de Azevedo foi tão insignificante que não me lembro de nada durante toda a campanha da qual participei e até mesmo antes do referendo estar oficializado. O posicionamento de Diogo Mainardi teve repercussão. O posicionamento de Diego Casagrande foi importante. A capa da Veja foi importante embora, posteriormente, ela tenha mudado de lado(1). O posicionamento de Jô Soares foi importante. Desculpe, mas o de Reinaldo Azevedo foi praticamente irrelevante e ele pode ter o chilique que for que não mudará esse fato.
Foquemos agora em dados e fatos! Maldito fatos! Azevedo afirma, ao criticar uma fala de Onyx Lorenzoni, que desarmamento não está vinculado a governos totalitários e cita a Venezuela como exemplo! Não, eu não estou brincando. É um ignorante em história ou mente descaradamente. O jornalista, ao que parece, não lê nem mesmo a revista que o abriga e paga seu salário, a qual, no dia 19 de dezembro de 2011, publicou a seguinte matéria: Desarmamento une chavistas e oposição na Venezuela(2). Em 30 de janeiro de 2012, a ONG Viva Rio publicou em seu site: “Viva Rio participa de desarmamento na Venezuela”(3). Essa ONG é uma das responsáveis pela criação do Estatuto do Desarmamento no Brasil e foi para Venezuela criar uma legislação semelhante pelas mãos “democráticas” de Hugo Chávez. Recentemente, em 2014, já sob o jugo do ditador Maduro, o país lançou-se em uma campanha de desarmamento “voluntário” da população venezuelana(4).
Não parou por ai! Reinaldo afundou mais ainda no assunto e usou o Japão, a Alemanha e a Suécia como exemplos de países desarmamentistas que não possuem estados totalitários. Japão é o lugar comum dos desarmamentistas sem argumentos e eu já desnudei essa mentira no artigo “Japão: desarmamento, opressão, dominação e a incapacidade de defesa de uma nação”(5), no qual mostro que hoje o Japão não tem um governo totalitário, mas que o desarmamento e a manutenção dessa política ocorreram por mãos de governantes totalitários! Que tal um pouquinho de história, senhor “quatro empregos”? Ah! E nem venha com a história para boi dormir que essa política desarmamentista é responsável pela baixa criminalidade naquele país, será apenas mais uma mentira que já citei no artigo “Atenção BBC, Globo e Folha: Desarmamento não é responsável pela baixa criminalidade no Japão, mas vocês sabem muito bem disso!”(6).
E aí? Vamos afundar mais? Vamos! Suécia e Alemanha embora tenham leis mais restritivas que os EUA, por exemplo, são uns dos países mais armados do mundo! Na Suécia há quase 2 milhões de armas, em especial fuzis e espingardas, nas mãos de civis para uma população de menos de 10 milhões de habitantes. De acordo com a Small Arms Survey (uma organização francamente favorável ao desarmamento) o tranquilo país é o 10º mais armado do mundo(7). A Alemanha tem aproximadamente 26 milhões de armas em circulação e figura entre os 20 mais armados do planeta. Reinaldo desconhece ou esconde que a política desarmamentista alemã floresceu pelas mãos do “democrata” Adolf Hitler, que utilizou e ampliou a legislação criada na República de Weimar para massacrar seus oponentes. Fica a dica do livro “Gun Control in the Third Reich: Disarming the Jews and 'Enemies of the State”, autoria de Stephen P. Halbrook(8).
Por último, mas não menos importante, a grande mentira ou ignorância: Mais armas significam mais morte e ponto final, decretou o Rei! Neste ponto a preguiça me toma. Quem em sã consciência pode ainda afirmar isso? Até mesmo a ONU em seu relatório “2011 Global Study on Homicide” (9 e 10), realizado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), entendeu que não há relação causal entre armas e mortes. Se isso fosse verdade, como se explicaria o fato do Uruguai, o 9º país mais armado do mundo (7) ter a segunda menor taxa de homicídios da América do Sul? Nos EUA onde milhões de armas são vendidas anualmente, os homicídios estão em queda há duas décadas(11)!
O jornalista ainda fala em aumento de mortes acidentais e mostra mais uma vez o apelo ao simplismo e ao simplório, pois nem sempre isso se reflete em uma verdade inexorável. Mais uma vez os EUA é a prova disso, uma vez que desde 1981 o número envolvendo acidentes com armas desabou, saindo de quase 2 mil casos para pouco mais de 500(12). Ao que se deve isso? À restrição é que não é! Nunca se vendeu tantas armas lá quanto se vendeu desde a década de 90. De 1990 até os dias atuais foram comercializadas mais de 170 milhões de novas armas em solo americano.
Legítima defesa com armas é exceção, afirma aquele que tem “40 milhões de ouvintes”. É mais uma afirmação falsa ou confirmativa da ignorância do articulista. Uma das únicas pesquisas comprovadamente sérias a esse respeito foi realizada pela equipe do Dr. Gary Kleck, criminologista da Universidade Estadual da Flórida, que descobriu que armas são usadas em legítima defesa aproximadamente 2,5 milhões de vezes por ano nos EUA. Essa e outras conclusões estão no livro “Armed Resistance to Crime: The Prevalence and Nature of Self-Defense with a Gun”(13).
O que Reinaldo faz é afirmar que os estudos de John Lott, Gary A. Mauser, Joyce Lee Malcolm, Gary Kleck (estudos inclusive aceitos pela ONU), Thomas Sowell e outros tantos não passam de falácias… Tenho certeza de que ele pode comprovar onde estão as tais falácias em todos os livros e estudos desse pessoalzinho aí. Faça o trabalho que todos os desarmamentistas do mundo não conseguiram fazer.
E já encerrando, a pior MENTIRA de todas, a lei não impede ninguém de adquirir legalmente armas no país, bastando atender à legislação vigente. Não vou nem me prolongar nesse ponto para falar sobre uma lei que recebeu o nome de Estatuto do DESARMAMENTO! Aquele que um dia foi chamado de Tio Rei agora parece se contentar com a posição de Bobo da Corte da esquerda Fabiana. Restam, então, duas opções: assumir sua ignorância sobre o assunto ou sua desonestidade intelectual, mas sei que teremos apenas, e no máximo, mais um chilique, o apontamento de uma vírgula fora do lugar ou o infame “vá ler Machado de Assis”!

OPERAÇÃO LAVA-RATO por Guilherme Fiuza, O Globo. Artigo publicado em 11.03.2017

A Lava-Jato perdeu a chance de se tornar a principal instituição feminista do país prendendo Dilma Rousseff no Dia Internacional da Mulher. A delação da Odebrecht está confirmando o óbvio — que ela sabia de tudo ("tudo", no caso, significando o maior assalto aos cofres públicos da história). Mas Dilma continua à solta, e isso nem é o mais grave. A mesma delação está servindo ao papo de que a corrupção iguala todo mundo. O Brasil está louco para ser depenado de novo — e ele é bom nisso.
"A delação da Odebrecht mostra que os que derrubaram a Dilma praticaram a mesma corrupção que ela", decretou no rádio um desses companheiros fantasiados de comentaristas. Claro que não gastaremos uma linha explicando a esses militantes que quem derrubou a Dilma foi a Dilma, o PT e esse amor atávico deles pelo dinheiro dos outros. Eles sabem — com profundo conhecimento de causa.
Aí vem outro dizer que, à luz das revelações redentoras da Odebrecht, o caixa dois do Lula é igual ao do Fernando Henrique. É a preparação perfeita do "fora todo mundo", relativizando as obras completas do PT. Se já apareceu até gente tentando relativizar o holocausto, por que não relativizar o petrolão?
Também não vale gastar meia linha para explicar que Lula e Dilma, os presidentes da Lava-Jato, botaram o Estado brasileiro em cima do balcão, amordaçado. Há uma dinastia de tesoureiros petistas presos por esse detalhe. A maior empresa do país foi à lona por esse detalhe. Um pedaço do PIB foi gentilmente conduzido pelo bando governante ao seu sistema particular de arrecadação. Ninguém jamais havia sequer tentado algo parecido, porque o Brasil jamais havia sido governado pelo filho do Brasil — o herdeiro natural de tudo. Com lenda não se mexe.
O "fora todo mundo" quer que você ache que todos são iguais perante a planilha da Odebrecht. Estão loucos para ressuscitar a sentença mensaleira do herdeiro solitário: caixa dois todo mundo faz.
A história do assalto sem precedentes do PT precisa ser retocada porque a narrativa coitada não pode morrer. É que nem tráfico de drogas: virou indústria, meio de vida para muita gente. O sistema simplesmente não deixa acabar. Imagine se a plateia descobre, de repente, que a Gleisi Hoffmann propôs greve de sexo no Dia da Mulher apenas porque ela ganha a vida assim (não com o sexo, com a greve).
Seria duro demais para o país admitir, enfim, que todos esses revolucionários progressistas são só gigolôs da bondade — conforme a Lava-Jato, que indiciou Gleisi Hoffmann, já esfregou na cara dos brasileiros. Assim como a maconha e a cocaína, a hegemonia politicamente correta dá dinheiro — e dá onda. No auge da alucinação, produziu Dilma Rousseff. O Brasil fumou (e tragou) esse protetorado melancólico de Lula como símbolo de afirmação feminista e maternal. Essa era da boa.
E segue o baile. No Dia Internacional da Mulher, quem fala é Gleisi Hoffmann e a patrulha nostálgica dos anos Dilma — que levou ao poder Erenice, Idely, Iriny, Rosemary, Rosário, Jandira e grande elenco empoderado. Após o golpe do homem branco, velho, fascista e do lar, sabem qual é o perfil do poder feminino no país? Maria Silvia Bastos Marques. Sabem o que ela faz? Preside o BNDES, um dos maiores bancos públicos do mundo. Sabem o que ela está fazendo lá? Salvando o banco (e o seu dinheiro) do desastre perpetrado pelo governo bandido das companheiras empoderadas.
Cada nação tem o símbolo feminino que merece. Maria Silvia não surgiu à sombra de máquina partidária nenhuma, não ganhou notoriedade com proselitismo vagabundo nem batendo boca com político machista para se vitimizar. É independente, poderosa por suas virtudes, bela, elegante e ética. Claro que não fez o menor sucesso no Dia da Mulher.
Ao contrário: o que se viu foram notinhas plantadas na imprensa sobre empresários reclamando do BNDES — ou seja, tentando fritar Maria Silvia. São aqueles que mamaram nos 13 anos da DisneyLula, período em que o banco foi para as páginas policiais suspeito de operações obscuras no Brasil e no exterior. Lula é réu por tráfico de influência internacional envolvendo a Odebrecht e o BNDES. Imaginou a pressão sobre Maria Silvia? Pois é. Agora volte ao noticiário sobre a greve de sexo da Gleisi Hoffmann e disparates do gênero, porque é isso o que o Brasil tem para te oferecer na semana da mulher.
Um simpático deputado do PSOL foi ao jantar dos 50 anos de carreira de Ricardo Noblat. A patrulha flagrou-o conversando sobre vida real com Temer e Aécio. O pobre homem teve de se ajoelhar perante seus fiéis, jurando que continuava puro — e já arrependido. Quase ao mesmo tempo, o Ministério Público denunciava o PSOL pela criação de um núcleo partidário dentro do Colégio Pedro II. É a pureza de resultados.
Dizem que a MPB está entre Lula e Ciro Gomes para 2018. Viu como a lenda coitada tem sete vidas? Então preste atenção, porque caixa dois de reputação a Lava-Jato não pega.
* Guilherme Fiuza é jornalista

MACIO

“Ontem devorei um canibal. Sujeitinho macio.” (Leão Bob)

RELIGIÃO DOS BICHOS

“A maioria dos leões são católicos. Já as hienas são evangélicas. Dá para perceber pelo barulho que fazem.” (Leão Bob)

LANCHE SAGRADO

“Aqui na savana sempre há o lanche sagrado do mês: fotógrafo amador que sai do jipe.” (Leão Bob)

ELEFANTES

“Por que comemos tão poucos elefantes? É por causa do colesterol; é só por esse motivo que nós os poupamos.” (Leão Bob)

INVASORES

Surgiram desenhos nos trigais e milharais em Tongoland. Apressados determinaram que fossem extraterrestres que vieram a brincar. Especialistas chegaram da capital do estado para dar seu parecer. Jornais estampavam manchetes, havia até gente que dizia ter vistos homenzinhos verdes nos campos. Rádios fizeram alarde; talvez uma possível invasão alienígena se aproximasse? Beatas acenderam velas e realizaram novenas; crianças desenharam monstrinhos de mil tipos dando cara aos visitantes. Um tarado afirmou ter feito sexo com uma alienígena no próprio milharal enquanto ela devorava meio dúzia de espigas, coisa de louco. O comércio faturava em cima dos motivos desenhistas invasores. Enquanto isso tudo acontecia, Anselmo e Jonas esquentavam o corpo com uísque no Armand. Esses dois velhos bem humorados e espertos caíam na gargalhada planejando aonde iriam agora aprontar com seus desenhos.

LAÇANDO O VENTO

Raimundo e Anselmo, por sinal mui valentões e corajosos, decidiram agora na sexta de carnaval que iriam laçar o vento. Foram ao campo nos pampas munidos do melhor em corda e laço, também reforços nos punhos. Pois quando o dito arreganhou-se foram para cima dele. Não deu outra: Raimundo foi encontrado congelado no Everest e Anselmo caminhando sem rumo na Nova Zelândia.

TED THOMPSON- BADERNA NA NOITE

Já passava da meia-noite e o barulho infernal continuava na casa grande da rua. Além do som alto, muita gritaria e fogos. O bebê doente da senhora Renard chorava muito; o senhor Dalmo, octogenário, sofria dos nervos e toda aquela bagunça fora de hora causava nele um mal terrível; dona Ivete tentava ver um filme, mãos não conseguia ouvir o que diziam. A polícia foi chamada e apareceu uma vez quando os abusados pararam com o barulho para recomeçar depois. Deboche puro. As autoridades policiais não retornaram mais, mesmo após outros chamados. Então Ted Thompson recebeu um telefonema anônimo pedindo ajuda. Como? Sempre que passava por algum lugar e encontrava pessoas honradas deixava seu número caso precisassem. Foi o que aconteceu. Em quinze minutos estava ele em frente ao portão da arruaça. Como sabem Ted não iria conversar; conversar os vizinhos e policiais já haviam tentado. A baderna rolava frouxa embalada por drogas pesadas. Ted olhou para o ambiente, tirou suas conclusões, sacou sua pistola e fez um auê daqueles, arrebentando as caixas de som. Fez estragos também nos automóveis que estavam no pátio. Os malandros corriam como ratos para se esconder. Ted recarregou e passou fogo nas grandes luminárias e fez pedaços das caixas de bebida que estavam sobre o gramado. Dois boys revidaram atirando, azar deles, dançaram no ato. Antes de sair Ted avisou: “Acabem com isso! Darei um jeito em todos se tiver que voltar aqui!” Então foi caminhando à parte escura da rua e sumiu antes da chegada dos policiais. Os ratos então saíram dos cantos, mijados.

NO BAILE DOS DOMINANTES

No grande baile dos dominantes
Todos dançam nus.
E quando na porta surge um cidadão vestido,
É ele que leva a pecha de devasso.