segunda-feira, 1 de agosto de 2016

FADADOS AO ESQUECIMENTO

FADADOS AO ESQUECIMENTO

Deita o corpo inerte
E vivo permanecerá enquanto estiver nas mentes e bocas
Porém verdade crua seja dita
Que dia menos dia seremos todos esquecidos
E mesmo do mais importante dos homens do nosso tempo
Pouco se falará daqui milênios
Salvo na boca de algum mestre persistente
Que escarafunchará  pelo passado histórico longínquo
Como um ratinho numa despensa bagunçada.

Quais os cúmplices ocidentais do Terror global? Por Instituto Liberal

Marcia Rozenthal*
Desde o espantoso evento do 11 de setembro, existe uma pergunta que não me sai da cabeça: Teria esse episódio existido sem a mídia?
Lembro-me daquele dia, em que televisões puxavam como imãs. Hipnotizada, eu via e revia as imagens dos aviões penetrando, como flechas, nas paredes daqueles monumentos à audácia humana, que se desfaziam como pó. Havia o olhar perplexo dos dois lados de todas as telas das televisões, ligadas permanentemente, incluída a minha. O mundo, ávido por uma pequena nova informação, uma nova imagem, um novo ângulo; buscas pela internet sobre mais detalhes. Esses foram os dias 11, o 12, o 13 e os dias que se seguiram, no fatídico mês de setembro de 2001.
Ouvi, com atenção, um festival de sandices ditas nos meios de comunicação por “comentaristas” e “especialistas” ainda confusos, que sistematicamente repetiam seus velhos automatismos políticos e mantras intelectuais, sem humildade para perceber que estavam diante de uma realidade qualitativamente diferente.
E foi então que entendi que o mundo mudou.
Foi aquele o momento da “epifania ocidental”.
Não foi só a “ditadura do terror” que passou a tolher nossa sociedade e a ameaçar a democracia; foi também a entrada triunfal e definitiva do “politicamente correto” na cena do apocalipse. O evento acabou se tornando o primeiro grande ato da encenação da Batalha do Armageddon pós-moderna. Então, teve início a adição social a este seriado macabro, um reality show, cujos capítulos são até hoje assistidos a cada mês, semana ou dia.
Abriu-se um novo e superlativo “mercado” para a “elite pensante” descarregar suas certezas preconceituosas e arrogantes. Foi neste contexto que se consumou o casamento do terror com a chamada “grande mídia intelectual”; esse “fenômeno” deveria inclusive ser incluído no bojo do “conceito” de globalização.
Cúmplices inseparáveis, a “intelectualidade politicamente correta” e os islamistas radicais, num pacto macabro, distorceram o gosto e a estética do ocidente.
O terror islâmico, quando é perpetrado no ocidente, tem requintes cinematográficos hiperrealistas, onde preza a estética do absurdo, ou seja, a anti-estética; cria cenas que suplicam para serem filmadas e fotografadas, e instantaneamente há a transformação do inominável em imagens toscas e tremidas, colhidas na clandestinidade, as quais serão dispersadas com farta ajuda da mídia por toda a rede mundial.
A mídia não só as espalha: ela as disseca. Analisa as entranhas dos fatos dentro de uma lógica perversa, ou reversa, onde os conceitos de causa e efeito são simplesmente invertidos.
O padrão é sempre o mesmo. Há sempre uma câmera para filmar, nenhuma arma para defender e especialistas disponíveis para desinformar.
Vale observar que o roteiro não é o mesmo quando “algo” ocorre em Cabul, Medina ou Bagdad, onde o número de mortes e feridos é realmente espantoso; quando muito, correm tripas de letras em alta velocidade na parte de baixo da tela das televisões, durante os noticiários, e assim é cumprido o dever de “informar” o fato àqueles que tem disposição de forçar os músculos dos olhos.
Provavelmente tamanha indiferença deriva da falha no funcionamento da lógica do politicamente correto nesses casos, já que não comportam a ideia da culpa do homem ocidental, branco, capitalista, homofóbico, racista, machista, reacionário, conservador e, se possível, judeu.
Sim, o Islã sabe muito bem como o ocidente “bacana” funciona.
A “intelectualidade” ocidental, por sua vez, soube moldar com esmero o outro lado de sua moeda. Assim ela legitimou esses atos, dando-os um ganho de notoriedade e espaço na mídia. A “elite formadora de opinião” já pode interferir na sociedade a partir de suas entranhas.
E o que dizer sobre o que ocorre nas penumbras das nossas ruas, onde milhares morrem esfaqueados, baleados, fuzilados, torturados, esquartejados?
Talvez ainda sejamos fractais subdesenvolvidos, e por isso desinteressantes para a “elite pensante” internacional. Quem sabe ainda nos falta “experiência internacional”? Mas o eco do politicamente correto já é ubíquo e aqui, o discurso naturalmente já segue este mesmo padrão.
Temos a nossa “legião dos humilhados” muito bem representada nas comissões, ministérios, governos e na nossa grande mídia, os quais só falam em “direitos humanos”. “Temos nossa própria produção, em escala industrial, de assassinos arrogantes e cínicos, que se julgam merecedores do que não fizeram por”.
Tenho receio de que estejamos trazendo, junto com as olimpíadas, um novo vírus para nosso terreno em um clima que já sabemos lhe serem propícios, onde os “vetores midiáticos” já estão bem adaptados.
Que Deus nos proteja para não voarmos pelos ares todos os dias daqui para a frente!
E, para o final, deixei o tópico mais importante para reflexão: saúde. O ocidente trocou o direito de rir, pelo dever de falar mal de si mesmo. Melhor dizendo, tínhamos ao nosso dispor a melhor receita da longevidade e optamos, estupidamente, pelo caminho da morte certa!
* Marcia Rozenthal é neuropsiquiatra e Doutora em Psiquiatria

Letícia Sabatella, segundo Elias Canetti



Por Mario Sabino



Letícia Sabatella causou confusão ao meter-se numa manifestação pró-impeachment de Dilma Rousseff, em Curitiba. A atriz disse que estava apenas passando pela praça onde se concentravam os manifestantes e parou para conversar com uma senhora. Letícia Sabatella afirmou que se encaminhava a outra manifestação, contra Michel Temer, marcada para o mesmo horário. A atriz foi hostilizada e acabou na polícia, para se queixar dos xingamentos que recebeu. Por ser famosa, ganhou a atenção da TV e da imprensa em geral.



É claro que se tratou de uma provocação de Letícia Sabatella. Assim como colegas seus igualmente esquerdistas, ela quer mostrar como a direita é "fascista" e o "país está dividido". Na verdade, qualquer massa, não importam as motivações que levaram à sua formação, é refratária àqueles que vê como adversários ao seu crescimento, como explica Elias Canetti, no admirável Massa e Poder: Escreveu ele: "Dentre os traços mais notáveis na vida de massa encontra-se algo que se poderia denominar um sentimento de perseguição, uma particular e irada suscetibilidade e irritabilidade em relação àqueles que ela caracteriza definitivamente como inimigos. Façam estes o que quer que façam – comportem-se eles com rispidez ou simpatia, sejam solidários ou frios, duros ou brandos –, tudo é interpretado como proveniente de uma inabalável malevolência, de uma disposição hostil à massa: um propósito já firmado de, aberta ou dissimuladamente, destruí-la".



Desse modo, a aparição de Letícia Sabatella na manifestação em Curitiba não poderia resultar em outra coisa que em insultos à atriz. O mesmo ocorreria se Regina Duarte resolvesse dar uma paradinha numa manifestação petista. Ela também seria vista como uma figura ameaçadora e, portanto, passível de ser xingada ou vaiada. Não é necessariamente fascista hostilizar quem discorda da massa no ambiente em que ela se concentra e quer se ampliar. A massa obedece a mecanismos internos próprios (desnudá-los é o escopo do estudo de Elias Canetti) e o uso que se faz dela é que pode ser classificado de fascista, totalitário de esquerda – o que dá na mesma – ou democrático.



Ninguém precisa ler Massa e Poder para saber que Letícia Sabatella quis provocar. Mas quem leu Massa e Poder sabe que os desaforos que ela recebeu não foram uma demonstração fascista, por piores que tenham sido. A massa é um organismo que rejeita corpos que lhe são estranhos.

Visão

...Os Rockfeller ganharam seus milhões com carvão, petróleo, aço, ferrovias e bancos- em outras palavras, com grande impulso de industrialização que transformou cidadezinhas como Bluefield e Pittsburgh no final do século XIX e início do século XX. Quando família e seus representantes começaram a distribuir parte do dinheiro, eles se viram estimulados pela insatisfação com o ensino superior nos Estados Unidos e por uma crença firme que “nações que não cultivam as ciências não podem se manter.” Cientes da revolução científica que varria a Europa, a Fundação Rockefeller e suas ramificações começaram a enviar estudantes de pós-graduação americanos para o exterior. Em meados da década de 1920 decidiu importar grandes professores da Europa para lecionar nas universidades americanas. Para financiar o esforço a instituição comprometeu não só sua renda, mas 19 milhões de dólares de capital (quase 150 milhões de dólares em valores atuais). 

 Uma Mente Brilhante, biografia de John Nash Jr, página 68, de Sylvia Nasar

Dignos

“Alguns homens públicos são dotados de muita dignidade. Por exemplo: Só se vendem à vista, jamais em prestações.” (Mim)

Cruz

“Todos os homens têm uma cruz para carregar. A minha bem poderia ser de isopor.” (Climério)

DO BAÚ DO JANER- quarta-feira, dezembro 15, 2004 NO PAPAGENO

Minha impressäo é que há mais de séculos näo ouco rock nem samba, nem vejo mendigos nas ruas, nem ouco discursos políticos idiotas ou o alarido dos vendedores ambulantes, o que dá mais ou menos no mesmo. Do Supremo Apedeuta, nenhuma vírgula. Claro que näo estou no Brasil. Mas em Viena, em um simpático hotel chamado Papageno, onde tomo café aos acordes de Die Zauberflöte. Minhas cervejas e vinhos säo acompanhadas por Mozart, pelos Strauss, Beethoven e por aí vai. Meu bar dileto é o Café Central, onde conspirava Trotski. Cheio de colunatas de mármore, encimado por arcos góticos, sempre foi embalado por valsas, polcas e galopes vienenses. Claro que revolucionário europeu näo vai conspirar em botecos proletários. 

Vim para estes nortes recolher alguns pedacos de minha alma, que deixei por aqui quando jovem. Estive em Amsterdä, onde, se alguém ainda näo sabe, as prostitutas se exibem semi-desnudas nas vitrines e maconha e outras ervas teem menu nas coffeshops. Nada de pobres coitadas tremendo de frio ao relento, à espera do cliente. Mas mulheres soberbas, em lingerie, numa cabine quentinha. 

Nas ruas, nem sombra de traficantes. A pragmaticidade dos holandeses, isenta de pruridos catölicos, há muito liberou a prostituicäo e as drogas. E todo mundo vive muito bem, com altíssimo padräo de vida, embora prefiram circular pelas ruas de bicicleta. Por certo, teem em suas garagens uma BMW ou Mercedes. Mas preferem, sabiamente, as bicicletas. Comove ver aquelas velhotas saudáveis, em seus setenta ou mais anos, pedalando pelas ruas como se fossem meninas novinhas. 

Em Viena, o que mais se respira é müsica. Além do bom cheiro dos cafés (falo da bebida), que säo dezenas, e muitas vezes mais caros que um copo de vinho. Esta bebida deu origem aos famosos cafés de Viena (falo dos bares), onde entramos e näo temos mais vontade de sair. 

Ergue teu traseiro dessa cadeira, meu caríssimo leitor. Se ainda näo conheces estas cidades esplendorosas que tornam o mundo mais lindo, sai logo desse país infeliz e vem dar uma olhada no que de melhor a humanidade criou. Vende teu carro - se for o caso - ou tua casa na praia, ou teu sítio, e vem ver como o mundo näo precisa ser um aglomerado de cidades de centros deteriorados, ruas cheias de mendigo e arquitetura que faz mal olhar. 

Viajar sempre faz bem, mesmo ao mais insensível dos viajantes. Mesmo este bruto, em sua ignorancia, consegue perceber que no mundo näo existem apenas os costumes de sua aldeia. Quem me acompanha, sabe que jamais tive carro. Sem falar que esta tralha nunca me fez falta, cada vez que pensava em comprar um, lembrava que por aquele preco teria um mes ou mais de Europa. Carro näo leva longe. Viajar é muito melhor. 

Em minha volta, voltarei ao assunto. 

Inspiração


Em frente da folha branca
Quando o forçar não resolve
Abro todas as portas da mente
E convido a inspiração para me dar um abraço.

Climério cego

Hoje ao acordar abri os olhos e o que vi foi escuridão. Apavorado gritei para minha mulher -”Ana, estou cego, não enxergo nada!”- Ela na maior calma respondeu- “Cego nada, corno! Chegou mamado e dormiu sem tirar o Ray-Ban!” (Climério)

Felicidade

“Felicidade é momento. Não é algo que cola no indivíduo e nunca mais o abandona.” (Filosofeno)

Palavras cruzadas

”Pedro, besta católica com nove letras? Como? Ratzinger? Deu certo. (Deus)

Artigo, Paulo Roberto Gotaç, Alerta Total - Autoestima

Artigo, Paulo Roberto Gotaç, Alerta Total - Autoestima

O verdadeiro caráter de Sr. Lula foi, afinal, desnudado e o que se viu foi algo desagradável, digno da mais vulgar ópera bufa, atingindo de maneira impactante toda a sociedade brasileira. 

Seu recurso desesperado à ONU, não se sabe com que propósito, tentando vender a imagem vitimizada de um ser perseguido e tratado com parcialidade pela sua justiça, mostra inequivocamente a sua enorme covardia e o seu desprezo pela imagem do Brasil no exterior, além de ressaltar seu egoismo e aleivosia. 

A par dessa iniciativa lamentável no âmbito internacional, partida de um cidadão comum mas, infelizmente, talvez por falta de temas mais substanciais, ainda contemplado pelos holofotes da mídia nacional, o Juiz Ricardo Leite, da 10a. Vara de Justiça Federal de Brasília, o transformou em réu, juntamente com o ex-senador Delcídio do Amaral e outros, por obstrução ao desenvolvimento da Lava Jato, numa clara agressão ao Poder Judiciário. 

Esperemos que os representantes da ONU estejam pelo menos razoavelmente bem informados sobre o que está realmente acontecendo por aqui e, ao se manifestarem, o façam com critério e cuidado, pois está em jogo a autoestima de todo um povo.


* Paulo Roberto Gotaç é Capitão de mar e guerra reformado.

Do blog do Políbio Braga

O LAMENTO DE ADÃO

“Não sei como caí nessa. E olha que eu nunca gostei de maçã.” (Adão falando com Deus)

Tundas

“Quando criança não apanhei de ninguém na escola. Para me surrar meus desafetos esperaram eu crescer.” (Chico Melancia)

Reclame do Satanás Ferreira

“Ai, ai. A vida de diabo não está nada fácil. Melhor ser pastor evangélico na terra. Aqui um calor dos infernos, comendo mal e ainda por cima baixa remuneração, pois Deus não paga nada. Lá na terra é só conversa mole, alguns milagrinhos malandros, dinheiro, sexo, ar-condicionado e casa na praia.” (Satanás Ferreira)

Humor ateu

“Sabe Pedro, às vezes me pergunto como Adão pode ser tão besta de trocar a perereca da Eva por uma maçã. Vá gostar de maçã assim no inferno!” (Deus)

De fora

“Não me deixam mais entrar em igrejas, mas não tem importância. Sou um cão ateu.” (Bilu Cão)

Governo Alckmin (PSDB-SP) tenta intimidar Danilo Gentili



Por DANILO GENTILI

Hoje fui intimado para ir à Secretária da Justiça de São Paulo para explicar porque eu uso minhas redes sociais para brincar com os meus seguidores.

Entre as perguntas que tive que responder mandaram essa: “Você acha que pode fazer qualquer piada ou entendeu que não é com qualquer coisa que se brinca?”.

A minha resposta foi: “Essa pergunta é ridícula e me faz lembrar tempos de ditadura”. Claro que eu pisei na bola aqui. Uma pergunta tão nojenta como essa merecia é um “Vai Tomar no Cu”. Digamos que fui um gentleman.

Mas você não acha assustador que exista uma bancada usando os meios do Estado para analisar se você pode ou não pensar ou dizer algo?

Qual o próximo passo? Tortura? Prisão? Fuzilamento?

Eu estava lá contemplando a posturinha deles e posso garantir: eles adorariam que chegasse nesse ponto. Mesmo! Diria até que estão trabalhando para isso.

Mas enquanto esse paraíso autoritário não chega pra esse tipo de gente, fica o recadinho abaixo:
danilo gentili

Do blog do Paulinho

Tapeação

Em outubro iremos votar pela renovação da podridão. Esses partidecos que aí estão não desejam mudar nada. Tapeação é o nome.

Esperança

“Ter  esperança de mudar algo que nos impede ou fere é motivação à rotina do dia.” (Filosofeno)