terça-feira, 9 de junho de 2015

O descontentamento das massas com o PT


O descontentamento das massas com o PT

Por Luan Sperandio Teixeira, para o Instituto Liberal
Dilma foi eleita ao final de outubro de 2014 com 51,64% dos votos válidos. No início de dezembro, 40% dos brasileiros consideravam o governo Dilma como ótimo/bom, segundo a pesquisa concluída em 8 de dezembro (IBOPE). Todavia, na última pesquisa de popularidade “Dilmal”, segundo essa metodologia, esse índice caiu para apenas 13%, com 60% considerando seu governo como ruim/péssimo. Mas por que houve essa queda abrupta de popularidade? Eis a reflexão.
Imagine uma pessoa que durante a campanha eleitoral de 2014 entrou em coma e apenas agora retorna à plena posse de suas faculdades mentais. Ela certamente se perguntaria o porquê desse colapso no governo. Os motivos são vários, porém não é muito difícil compreendê-los.
Aliás, vale ressaltar que o escândalo de corrupção na Petrobrás não é o principal motivo para essa deterioração da popularidade do atual governo. Maurício Coelho e Cristiano Penido já demonstraram que, na atual percepção do eleitor brasileiro médio, “todos são igualmente corruptos”. Logo, os valores serem estratosféricos é indiferente para a opinião popular.
A finalidade da corrupção também não é muito relevante para os eleitores médios; o dinheiro público desviado, via de regra, é um fim em si mesmo. Nesse caso, a corrupção, por outro lado, foi um meio para continuar no poder (através de compra de apoio político com o dinheiro desviado). Isso foge à compreensão do brasileiro médio porque é difícil para ele entender a gravidade do fato de estarmos vivendo uma peça de teatro com cenário democrático no lugar de verdadeiras instituições republicanas.
Portanto, a deflagração dos escândalos na Petrobrás não é o principal motivo de a massa se virar contra o governo que ajudou a eleger.
O descontentamento popular com o governo do PT tem muito mais a ver com uma inflação enorme, com recessão econômica e com o desemprego crescendo do que com a corrupção. É cristalino o sentimento de que, após a estabilização política do governo Itamar, da estabilização econômica de FHC e de relativa ascensão social vivida no governo Lula (méritos dele ou não), o país regrediu com Dilma, não deu o próximo passo, qual seja, a melhoria de serviços, de produtividade e da qualidade de vida.
Ademais, essa queda de popularidade tem relação direta com as eleições de 2014.  A campanha à reeleição de Dilma Vana Rousseff foi como o belíssimo quadro de Dorian Gray, mas pintado por João Santana. Como mostrou Oscar Wilde ao final do livro vitoriano, a obra prima se tratava, na verdade, de uma alma podre.
O governo defender a necessidade de um ajuste fiscal quando antes dizia estar no rumo certo tornou-se um discurso incoerente para a população. Afinal, “se estava tudo certo, por que ajustar agora para combater a inflação e o desemprego que aumentaram? E mesmo assim, por que aumentando a carga tributária para nós pagarmos? ”
Os sucessivos erros na política econômica intervencionista-desenvolvimentista, o fracasso da Nova Matriz Econômica, o estado agigantado e seu aparelhamento, as denúncias de corrupção crescentes e, principalmente, o estelionato eleitoral são fatores que causaram essa quebra de legitimidade moral, impactando na popularidade da presidência.
O segundo mandato mal começou, entrementes, por tudo isso, o sentimento é de que se trata de um “final de feira”, de uma desesperança.  Por fim, os brasileiros compartilharam da húbris do PT e hoje terão de compartilhar também de sua nêmesis.

Política com Ciência Sérgio Praça- Concessões em infraestrutura mostram baixa capacidade estatal na área

O pacote de concessões em logística anunciado pela presidenta Dilma Rousseff é uma tentativa de estabelecer uma “agenda positiva” para seu governo, É também a admissão de que o Estado brasileiro é ineficaz para realizar obras de infraestrutura. A expectativa é movimentar cerca de R$ 69 bilhões até 2018 para reaquecer a economia.
Três estudos recentes mostram a relativa inabilidade do governo brasileiro para lidar com projetos de infraestrutura – o que explica, ao menos em parte, a opção de Dilma por fazer concessões em logística via financiamento do BNDES e do setor privado. (Outra explicação é o dinheiro que pode ser obtido pelo governo caso haja interessados nos projetos.)
Em texto apresentado no congresso da Brazilian Studies Association no ano passado, o cientista político John Polga-Hecimovich mostra como o Exército brasileiro substituiu, em várias obras do Programa de Aceleração do Crescimento, os ministérios e agências burocráticas inicialmente destacados para certos projetos.
Outro estudo, assinado por mim, Kate Bersch e Matthew Taylor, mostra que as agências burocráticas de infraestrutura no Brasil têm menos capacidade administrativa e menos autonomia política do que a média das agências estatais.
Com viés mais otimista, Alexandre Gomide e Roberto Pires, pesquisadores do Ipea,argumentam que mecanismos de coordenação podem ajudar a tornar o governo mais eficaz. Projetos como o Minha Casa Minha Vida, Revitalização da Indústria Naval, Pronatec, Bolsa Família e Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel seriam caracterizados pela centralização de atribuições em órgãos como a Casa Civil e o Ministério do Planejamento.
Com esta centralização, as diversas – e complexas – demandas sociais e políticas seriam arbitradas, com sucesso, por um “superministério”. Este argumento contradiz a expectativa teórica de que a centralização, em condições “normais”, tende a ser menos eficaz do que dividir tarefas entre ministérios  – como afirma Michael Ting.
(Parênteses: colocar o Minha Casa Minha Vida como um exemplo positivo de como o governo federal funciona é um exagero. O MCMV depende mais da Caixa Econômica Federal e do setor privado para se manter, de acordo com o economista Mansueto Almeida, e deixa um passivo fiscal significativo para o futuro.)
O estudo de Gomide e Pires também mostra que a coordenação eficaz nem sempre é possível. No caso da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, há tantos ministérios e agências burocráticas envolvidas que a implementação do projeto se torna atrapalhada, confusa e lenta.
Apesar de ter sido eleita em 2010 como “gerentona” e “mãe do PAC”, o insucesso do planejamento estatal sob Dilma Rousseff fica cada vez mais claro. Considerando isso, o pacote de concessões para obras de infraestrutura deve ser visto com bons olhos.

Lula e os 3 milhões para "erradicar a pobreza e a fome no mundo"



Leia como o Instituto Lula justificou ao Estadão o dinheiro recebido da Camargo Corrêa:

“Os valores citados no seu contato foram doados para o Instituto Lula para a manutenção e desenvolvimentos de atividades institucionais, conforme objeto social do seu estatuto, que estabelece, entre outras finalidades, o estudo e compartilhamento de políticas públicas dedicadas à erradicação da pobreza e da fome no mundo.”

Você leu certo: Lula afirma ter recebido 3 milhões de uma das empreiteiras do petrolão para erradicar a pobreza e a fome no mundo.

O Antagonista

Pat Condell - Celebrando com o menino Jesus (Portuguese)

Pegaram Lula!



Leiam o que o Estadão acaba de publicar:

"A Camargo Corrêa pagou R$ 3 milhões para o Instituto Lula e mais R$ 1,5 milhão para a LILS Palestras Eventos e Publicidade, de Luiz Inácio Lula da Silva, entre os anos de 2011 e 2013. É a primeira vez que os negócios do ex-presidente aparecem nas investigações da Operação Lava Jato, que apura um esquema de cartel e corrupção na Petrobrás com prejuízo de R$ 6 bilhões já reconhecidos pela estatal.

"São três pagamentos de R$ 1 milhão cada registrados como “Contribuições e Doações” e “Bônus Eleitoral” para o Instituto, aberto por Lula após ele deixar a Presidência da República, em 2011. A revelação sobre o elo da empreiteira – uma das líderes do cartel alvo da Lava Jato – com Lula consta do laudo 1047/2015, da Polícia Federal, anexado nesta terça-feira, 9, nos autos da investigação."

Finalmente.

O Antagonista

“Poderia acontecer um troca-troca Brasil-Itália. Vai-se um assassino, aporta aqui um corrupto. Mas acho que o Battisti não quer ir. Só no pau!” (Limão)

“Muita gente não sabe que Lula é casado com Marisa. O litrão aparece mais junto dele que ela.” (Eriatlov)

“Será que Lula está navegando nessa marolinha que nos perturba?” (Limão)

“Você já observou que quanto mais o Lula garganteia mais nos afundamos? Além de boquirroto é um pé-frio!” (Mim)

A capacidade gerencial de Dilma é título de um filme: Lendas da Paixão.

“Durante a campanha eleitoral todos os candidatos se tornam Super-Homem. Eleitos, o Homem Invisível.” (Eriatlov)

“Hoje acordei meio Dilma. Não falo coisa com coisa. “ (Josefina Prestes)

“Eternidade seria uma chatice. Não suportaria me aturar por 100 anos, imaginem então para sempre.” (Limão)

MINISTÉRIO DA SAÚDE ALERTA: Ser petista faz mal à saúde. Cria manchas indeléveis na moral e torna penoso o ato de pensar.

“Minha namorada me deixou e como lembrança largou uma calcinha usada sobre o sofá. Foi-se a carne, ficou um pouco do cheirinho.” (Chico Melancia)

A “educação” como instrumento do estado. Ou: Mais Dom Lourenço, menos Paulo Freire!


A “educação” como instrumento do estado. Ou: Mais Dom Lourenço, menos Paulo Freire!

Dom Lourenço de Almeida Prado, defensor da verdadeira educação que liberta o homem.
Muitos insistem que a educação é a solução para quase tudo, mas pregam, no fundo, um modelo totalitário que nega a verdadeira educação. Basta ver alguns exemplos concretos presentes nas constituições de países socialistas. Na República Democrática Alemã (comunista adora usar o termo democracia para se referir aos seus regimes ditatoriais), temos:
Artigo 17 – O Sistema unificado (meu grifo) do ensino socialista… permite aos cidadãos participar da construção da sociedade socialista e prestar uma ativa contribuição para o progresso da democracia Socialista.
Artigo 25 – … o Sistema unificado do ensino socialista garante (ou seja, impõe) a cada cidadão uma formação, um aperfeiçoamento e uma qualificação socialista permanentes.
Na Constituição da União Soviética a mensagem era ainda mais clara:
Artigo 25 – Na URSS existe um sistema único de ensino que está a serviço da educação comunista…
Artigo 26 – De acordo com as necessidades da Sociedade, o Estado assegura o desenvolvimento planificado da ciência…
E por aí vai. Ou seja, os socialistas sempre transformaram a educação em algo bem diferente de sua função tradicional, usando-a para pura doutrinação ideológica. Claro que em países onde chegaram ao poder totalitário isso foi mais fácil: bastava impor oficialmente pelo estado. Nos demais países, a coisa precisou ser pelas beiradas, na linha de Gramsci. Ainda assim, o intuito era o mesmo: tornar as salas de aulas mecanismos de imposição de um “pensamento” único, da Verdade revelada pelo Santo Marx. No Brasil, seu principal defensor foi ninguém menos do que Paulo Freire, um comunista fanático, aquele que virou o “patrono” de nossa educação.
Ao comparamos esses modelos socialistas com o americano, por exemplo, a diferença salta aos olhos. Aqui nos Estados Unidos há um modelo altamente descentralizado, em que os distritos detêm o controle maior sobre as diretrizes do ensino público, e várias escolas particulares competem no mercado livre. Nem os Estados Unidos ficaram livres, porém, da infiltração marxista, e basta ler o livro The Professors, de David Horowitz, para verificar isso. O autor disseca o perfil de mais de cem professores, alguns bastante renomados, que claramente transformaram a sala de aula em palco para seus discursos de ódio ideológico contra sua própria nação ou Israel, em vez de ensinar algo de verdade. São militantes disfarçados de professores.
Quando se critica o ensino público brasileiro, portanto, não se está atacando a educação em geral, mas certo tipo de “educação”, que na verdade não guarda similaridade alguma com uma educação legítima. Liberais e conservadores dão muita importância à educação, e não poderia ser diferente. O homem só se torna homem pela educação. Sem educação, ele é um ser deficiente, intelectualmente mutilado. A visão romântica de Rousseau, do bom selvagem, a ideia idílica de um Tarzan que é mais puro por ter crescido longe da sociedade, são inteiramente irreais e falsas. Sem ser educado, civilizado, o homem mais parece uma besta selvagem, um ser embrutecido e animalizado.
Educar é crucial. Mas é preciso sempre questionar: qual educação? O homem nasce desprovido de dons e instrumentos de sobrevivência independente. É um dos seres mais frágeis no nascimento, o mais pobre dos animais. Mas carrega dentro de si um potencial incrível para se tornar o mais rico deles, o mais inteligente. Esse processo é obtido pela boa educação, por uma educação que transmita não apenas um vasto estoque de conhecimento objetivo acumulado pela sociedade, como a faculdade crítica e imaginativa que o faz pensar por conta própria, questionar, buscar as verdades de maneira independente. Usurpar esse direito do jovem é retirar-lhe a própria humanidade!
E é o que fazem os marxistas, os totalitários, os que querem enfiar na cabeça dos alunos apenas as “suas verdades”. Como disse John Kennedy, que não era nenhum reacionário, “a diferença entre o Estado democrático e o Estado socialista está em que, no primeiro, o Estado é servidor do homem e, no outro, o homem é servo do Estado”. Quem quer transformar o ensino público não em um instrumento de verdadeira libertação individual, mas num mecanismo de doutrinação que faz os alunos servos do Estado, está cometendo um grave crime.
Paulo Freire, defensor do comunismo, que escraviza o homem.
Se o Estado cuida da coisa pública e da garantia dos direitos naturais, então seu papel no que se refere à educação seria dar à família condições para colocar os filhos em boas escolas, privadas ou não. À família pertence o direito de escolha do perfil da escola, do tipo de ensino que seus filhos terão. A tentativa de concentrar no Estado o conteúdo unificado das escolas, para tornar mais fácil impor uma linha de “pensamento” único, é típica dos totalitários que rejeitam a verdadeira educação. Como diz Dom Lourenço de Almeida Prado, que foi reitor do prestigiado Colégio São Bento: “O Estado que pretende impor à família ou ao cidadão uma escola única, a chamada escola pública exclusivamente, torna-se um Estado exorbitante, que violenta direito básico da família”.
Dom Lourenço continua: “Ao Estado compete abrir condições para que a família cumpra o seu dever de educar. Cabe-lhe dar a educação, mas não lhe cabe escolher o tipo ou o gênero de educação. Essa escolha é um direito da Família. Atribuir ao Estado o direito de escolher o tipo de educação é conferir-lhe uma tutela diretiva sobre as novas gerações e permitir-lhe a formação de um povo segundo o seu modelo”. Isso vai contra o que diz a Declaração Universal dos Direitos do Homem: “Os pais têm por prioridade o direito de escolher o gênero de educação a dar a seus filhos”.
Nos regimes totalitários como o nazismo e o comunismo, o Estado não exerce apenas esse dever de proporcionar educação, mas usurpa da comunidade e da Família o direito de escolher a educação, impondo a sua com exclusividade. Se o marxismo é uma seita religiosa – e tudo indica que seja exatamente isso -, então seu ensino deveria ser facultativo, como ocorre com as religiões. Evitar a doutrinação ideológica deveria ser uma preocupação de todos aqueles que valorizam de verdade a boa educação. Como diz Dom Lourenço:
Evidentemente a democracia tem que ter a coragem de correr os riscos da liberdade e não poderá imitar as nações socialistas, onde o marxismo é inculcado opressivamente e sem alternativa em todas as escolas e a criança é obrigada a jurar pelo partido desde tenra idade. O Estado democrático que o fizesse já não seria mais um Estado democrático. A democracia, contudo, não precisa ser suicida: ela tem que defender a formação de uma mentalidade democrática em cem novas gerações. Se ela, ao assegurar o ensino religioso, garante que este se faça facultativamente, segundo a escolha prévia do educando ou de seus pais, por que há de permitir que o marxismo, que não é apenas uma posição política, mas, como dizia Berdiaeff, uma envolvente posição religiosa (religião atéia, nem por isso menos exclusivista e definidora de uma concepção de vida), seja ensinado e inculcado, sem o menor cuidado de defender o direito do aluno de não ser manipulado pelos mais velhos? 
A questão é importante de desperta boas reflexões, especialmente quando vemos o estrago causado pela doutrinação marxista em nossas escolas e universidades. O marxismo, o socialismo, o comunismo e suas variações de tons nunca deram certo em canto algum do planeta. Ao contrário: onde foram implementados, parcial ou totalmente, o resultado sempre foi o mesmo: um rastro de sangue, escravidão e miséria. Que o marxismo e o socialismo tenham, então, destaque tão grande em nossas salas de aula é prova da falência desse modelo de ensino, transformado em máquina de produção de militância ideológica.
Quem diz defender mais educação e prega mais recursos públicos para esse modelo está profundamente equivocado. “A educação não é meio para reduzir o homem a servidor do Estado”, como diz Dom Lourenço. Quem deseja uma verdadeira educação para as crianças e os jovens poderia começar pela luta de retirar o fator ideológico da sala de aula, e também pela defesa dos vouchers, os vales-educação que transferem para as próprias famílias o direito de escolha do gênero de educação que pretendem oferecer aos próprios filhos. Quem lhes nega tal direito e demanda um modelo de “educação” centralizadora no Estado quer apenas impor uma mentalidade totalitária aos demais, ocultando isso atrás do manto nobre da preocupação com a educação.
Rodrigo Constantino

Biografias não-autorizadas: quer preservar sua privacidade? Então mantenha-se no anonimato!


Biografias não-autorizadas: quer preservar sua privacidade? Então mantenha-se no anonimato!

O debate sobre as biografias não-autorizadas está de volta, agora que o assunto será julgado pelo STF. É incrível como estamos atrasados no Brasil, e como ainda há gente que prega abertamente a censura, ainda que disfarçada sob o manto da “preservação da privacidade”. Aqui nos Estados Unidos você encontra inúmeras biografias não-autorizadas nas livrarias, a coisa mais normal do mundo. Mas vai ver o Brasil tem muito a ensinar aos americanos sobre liberdade, não é mesmo?
A única biografia que serve é a não-autorizada, pois a consentida não é biografia, e sim extensão do departamento de marketing pessoal. Mas a resistência ainda é grande, pois não somos um país com a cultura da liberdade. Já apresentei vários argumentos em defesa da liberdade de expressão, incluindo as biografias dos famosos e das figuras públicas. Podem ser vistos aqui,aqui ou aqui.
A turma da censura, porém, continua irredutível, achando que existe uma legitimidade em se vetar biografias, pois invadem o direito de privacidade do famoso. Hoje foi o ator Herson Capri, aquele que escreveu um patético texto em defesa da reeleição de Dilma (devidamente rebatidoaqui), quem defendeu a censura, rebatendo um texto de Cacá Diegues (ele mesmo um esquerdista, mas defensor da liberdade das biografias):
Se a liberdade de ir e vir tem restrições, se a liberdade religiosa tem restrições, se as liberdades políticas têm as suas restrições e, enfim, se toda liberdade de alguém vai até onde ela atinge a liberdade do outro, por que então a liberdade de expressão não há de ter nenhuma regulação, nenhum limite? O que exatamente a torna absoluta e acima das outras? Tudo na vida e no mundo precisa de limites e a liberdade de expressão também necessita dos seus para ser realmente exercida na sua plenitude. Regular um direito não é censura. Censura à liberdade de expressão é outra coisa, é proibir artigos, é impedir a circulação de notícias, é vetar opiniões contrárias, é manipular os fatos, fechar jornais, atitudes perniciosas que nós já conhecemos muito bem da nossa história recente. Ninguém pode ser a favor da censura.
Chama a minha atenção o desprezo pelo outro direito em questão, um direito que se levou milênios para a sua conquista: o direito à privacidade. A vida privada é privada! Está restrita apenas ao cidadão e ao seu círculo íntimo, ou a quem ele autorizar. Estou falando de vida íntima, não dos crimes escondidos ou jogados para baixo do tapete. Esses têm que ser investigados, julgados e punidos. Mas se o direito à propriedade privada é sagrado, por que o direito ao uso intelectual ou comercial da própria vida privada não é? Se a propriedade privada pode ser protegida a ponto de se poder expulsar um invasor não autorizado até com violência, por que a privacidade é tratada com tanto desprezo como se fosse um direito secundário? Será uma questão financeira? Se for, quem tem o direito de ganhar com a sua vida privada é o próprio biografado, não um terceiro, seja ele um biógrafo ou uma empresa editora.
Ninguém costuma defender a censura de forma escancarada. Sempre tenta vendê-la sob o manto da hipocrisia, da defesa de outro direito qualquer. Não muda sua essência: é censura sim. Impedir artigos, vetar opiniões contrárias ou manipular fatos, como diz o ator, é exatamente o que essa lei faz, ao não permitir que biografias de pessoas públicas sejam escritas livremente. A analogia do ator com a propriedade privada é equivocada: ninguém está invadindo sua casa ou sua vida no caso da biografia, e sim relatando fatos públicos ou opiniões de outras pessoas sobre alguém famoso. O que Fulano sabe ou pensa sobre Cicrano não é propriedade de Cicrano, mas de Fulano, e é seu direito expor isso.
Ao afirmar que quem tem direito de ganhar com a sua vida privada é o próprio biografado, o ator deixa transparecer não só o lado materialista dos censores, como uma falha de interpretação: o famoso tem direito de ganhar com seu trabalho, mas não tem o direito de impedir o ganho dos outros com seu próprio trabalho sobre ele. Seria absurdo levar esse raciocínio ao extremo: jornalistas ganham a vida relatando fatos sobre pessoas conhecidas. Então só os políticos podem agora ganhar dinheiro com o que fazem? Só os artistas podem lucrar com seus shows, não mais aqueles que comentam sobre eles? Seria o fim das críticas, dos jornais, revistas, tudo!
“A vida privada é privada! Está restrita apenas ao cidadão e ao seu círculo íntimo, ou a quem ele autorizar”, diz o ator. Discordo. A vida privada deixa de ser privada, nesse sentido, quando a pessoa decide se tornar figura pública. Ela quer colher o bônus da fama, mas não quer seu ônus? Assim é fácil. A receita mais segura para quem quer preservar ao máximo sua privacidade é bem simples: manter-se no anonimato! Uma vez que escolha seguir a vida pública e viver da fama, perde-se o direito à privacidade, no sentido de ser do interesse do público aquilo que faz em sua vida privada. 
Claro que ninguém tem o direito de invadir sua privacidade para relatar segredos, obtidos de forma ilegal, muito menos de inventar coisas, o que será punido pelo rigor da lei: difamação e danos morais já existem para isso. Mas relatar o que for descoberto de forma legal, conversando com pessoas, pesquisando nos jornais os fatos públicos, isso é um direito básico do escritor, do jornalista. Tentar impedir esse trabalho é, não importa o eufemismo usado, censura.
PS: Dito isso, creio que o ator Herson Capri pode ficar tranquilo quanto à sua privacidade, pois não imagino que exista um interesse tão grande assim por parte de biógrafos para escrever as histórias secretas de sua vida. De minha parte, teria apenas alguma curiosidade em saber o que o motivou de verdade a defender com tanto afinco um governo corrupto e incompetente…
Rodrigo Constantino

Como realmente aumentar os investimentos em infraestrutura no Brasil?


Como realmente aumentar os investimentos em infraestrutura no Brasil?


Dilma, a desenvolvimentista empedernida
O governo Dilma, seguindo o conselho do ex-presidente Lula, tenta criar sua “agenda positiva” para fugir das más notícias na economia e sobre corrupção, elança um enorme pacote de concessões públicas, de quase R$ 200 bilhões. Claro que sempre que o governo decide repassar para a iniciativa privada a gestão de alguma coisa, isso é positivo. No fundo, é uma confissão de que o estado é incompetente, portanto, uma ode à privatização, defendida pelos liberais.
Mas leilão de concessão não basta, não é suficiente. Inúmeras questões precisam ser respondidas antes. Por exemplo: qual será o papel do BNDES no processo? Quais serão as regras do jogo? Dá para confiar num governo que demonstra claramente hostilidade ao setor privado, ao lucro? Qual foi o resultado das concessões anteriores? Como colocou Miriam Leitão em sua coluna hoje, esse é um governo de tantas contradições que gera ruídos demais para os investidores. Diz a jornalista:
O governo Dilma é um poço de contradição, e o PT é outro. Ela está defendendo Joaquim Levy, que tem sido atacado como “Judas” pelo seu partido, por estar conduzindo uma política econômica que se tornou necessária para salvar o governo dos seus próprios erros. O que a presidente deveria fazer é explicar por que negou tanto que o ajuste fosse necessário e agora o faz.
[...]
Hoje o governo lançará um novo plano de concessões para a logística. Por coerência, deveria antes prestar contas do último Plano de Logística, lançado em 2012, tendo como principal estrela o defenestrado Bernardo Figueiredo, com a promessa de R$ 133 bilhões de investimentos, sendo R$ 99 bi em ferrovias, e a ideia da compra pela Valec de toda a oferta de transporte ferroviário. Desta vez, o governo usará ideias e modelos que criticou. Todas as contradições serão ignoradas, e o governo apresentará o plano como ideia nova, esquecendo o que disse e fez no passado.
[...]
Também não será rápido retomar o crescimento. Não é com um par de medidas provisórias fracas — e mais enfraquecidas no Congresso — que se resolveu todo o estrago feito no passado. A presidente apresenta como se bastasse este pequeno ajuste, “mais algumas medidas que serão anunciadas até agosto” para se retomar o crescimento. O ex-presidente Lula, sombra de Dilma, tenta acalmar as correntes petistas que se preparam para fazer a coisa típica durante o 5º Congresso: culpar alguém. Ele mesmo as insuflou contra o ministro da Fazenda, que ele mesmo havia indicado, mas agora Lula quer trocar os ataques por defesa de uma tal “agenda de desenvolvimento”.
Como não será por campanhas de Lula nem por simplificações de Dilma que o crescimento voltará, o ministro Joaquim Levy acabará sendo escolhido para ser o “Judas”. Ele foi nomeado para isso. O PT precisa ter alguém para terceirizar a culpa. Como autocrítica não é o seu forte, nem de seu comandante em chefe, nem da ocupante do cargo da presidente, Levy é o alvo mais provável dos ataques quando o crescimento demorar a voltar. Esse governo será assim até o final: um poço de contradições.
O PT não muda, eis o lamentável fato. Acha que tudo se resume à propaganda, ao “espírito animal” dos empresários, e sempre arruma um bode expiatório para seus problemas. O “espírito animal” dos investidores não é o ponto-chave aqui, e mesmo ele só virá se os fundamentos mudarem. Isso não será com programas grandiosos e discursos grandiloquentes, e sim com efetivas mudanças de rumo, com reformas estruturais, com uma humilde e dolorosa mea culpa do governo Dilma. Algo fora de cogitação.
Como se faz para realmente atrair investimentos em infraestrutura? Em primeiro lugar, o básico: o país precisa ter poupança. Sem poupança, o investimento depende apenas de crédito ou de poupança externa, ambos insustentáveis. Para aumentar a poupança, é preciso reduzir o consumo, especialmente o público, que chega a quase 40% do PIB. O governo arrecada muito imposto e gasta tudo, sobrando quase nada para investir. Eis aqui o primeiro grande problema, cuja solução é óbvia: reduzir drasticamente os gastos públicos.
Em segundo lugar, o investidor necessita de confiança nas regras do jogo. Ora, como confiar num governo que resolveu intervir em todos os setores, congelando preços, mexendo artificialmente em tarifas, usando o BNDES para selecionar os “campeões nacionais”? Não dá para confiar nesse governo, e o empresário que resolve fazê-lo está sendo não só ousado demais, como até irresponsável. Dilma já deu mostras o suficiente de não ser confiável, por não acreditar realmente na solução de mercado.
Em terceiro lugar, há o papel do BNDES. Sempre ele. Quando um banco público fornece uma taxa de juros subsidiada abaixo até da inflação, todos vão desejar esse privilégio. Mas poucos conseguem. Como vimos com os dados divulgados recentemente, poucos grupos concentram o grosso dos desembolsos do banco. O governo fala agora em dividir com os bancos privados o financiamento, mas ignora o efeito crowding-out do BNDES: ao ofertar taxas subsidiadas, o banco afasta o setor privado, incapaz de competir. É o próprio BNDES que impede o surgimento de um mercado de capitais mais desenvolvido no Brasil. E ainda leva a um mecanismo perverso de incentivos, pois os grandes grupos preferem “investir” em lobby em vez de produtividade.
Em suma, o Brasil precisa urgentemente de mais investimentos em infraestrutura. Mas isso não será possível apenas com retórica. O governo Dilma teria que enfrentar suas contradições, seus erros, seus equívocos ideológicos, e realmente mudar. Teria que defender reformas estruturais, não essas cosméticas que englobam aumento de impostos. Teria que conquistar efetivamente a confiança dos investidores, algo que parece impossível agora. Teria, enfim, que deixar de ser o governo Dilma, o PT, o partido das contradições, que sequer consegue apoiar seu próprio ministro da Fazenda.
O projeto grandioso de concessões, portanto, será um retumbante fracasso. Como foram os anteriores, diga-se de passagem. A taxa de investimento em relação ao PIB vem caindo a cada ano, justamente porque o governo Dilma acha que basta fazer discursos, e depois dirigir a economia de cima para baixo. O erro, aqui, é na essência da coisa, na ideologia “desenvolvimentista”, que simplesmente não funciona. E Dilma ainda é, evidentemente, uma “desenvolvimentista” empedernida. Ou alguém acha que não?
Rodrigo Constantino

Conversa com uma esquerdista – artigo de hoje no GLOBO


Conversa com uma esquerdista – artigo de hoje no GLOBO

Gosto muito do socialismo…
— Manu, soube que você defende o aborto em qualquer mês de gravidez. Qual o seu argumento?
— Liberdade de escolha. O corpo é da mulher e ela faz com ele o que bem entender.
— Mas e o feto, não teria direito algum, mesmo em estágio avançado de desenvolvimento?
— Não, pois o corpo é da mulher, sua propriedade.
— Mas você não andou aplaudindo medidas de confisco dos mais ricos pelo governo, em nome da igualdade? Como fica a questão da propriedade nesse caso?
— Precisamos combater a ganância materialista e pregar a igualdade de todos.
— E você pretende combater o materialismo focando somente na conta bancária da pessoa? Não acha que há mais do que dinheiro no mundo?
— Luto pela justiça social, e quero socializar as riquezas.
— Você fala como se riqueza fosse algo fixo, um bolo que precisa ser apenas melhor dividido, e não criado. Se é assim, por que não começa distribuindo a sua própria riqueza, já que você é parte da elite?
— Aceita uma dose de Blue Label?
— Não, obrigado. Quer dizer que você acha mesmo Cuba um bom exemplo a ser seguido? Mas por que prefere sempre ir para Paris ou Nova York nas férias?
— Cuba seria um paraíso se não fosse o embargo americano…
— Então você acha que se os cubanos fossem “explorados” pelos consumistas ianques, segundo sua própria lógica, eles teriam uma vida melhor?
— Mais lagosta?
— Manu, você é contra a redução da maioridade penal mesmo? Não está cansada da impunidade, dessa criminalidade toda?
— O pobre mata por desespero, ele é uma vítima da sociedade. Somos todos culpados.
— Mas eu não matei ninguém. E conheço muito pobre honesto e trabalhador. E há criminosos nas classes média e até alta também. Vide Brasília.
— Esse crepe de caviar está uma delícia! É daquela chef renomada, você precisa experimentar.
— Obrigado. Voltemos ao assunto da maioridade. Então qual solução você propõe?
— Mais educação!
— Esse modelo falido que serve apenas de doutrinação ideológica marxista? Acho que não está funcionando muito bem…
— Falta verba pro Estado.
— Mas o Brasil gasta em ensino público o mesmo que os países ricos em termos proporcionais. No entanto, veja nosso ranking nos testes internacionais, uma vergonha! Nossos alunos acham que o capitalismo não presta e amam o socialismo, mas não sabem ler direito e nem fazer contas.
— Paulo Freire sempre nos disse que precisamos educar para a vida de forma crítica, e não aceitar esse regime opressor da elite que produz apenas trabalhadores para o mercado.
— Creio que o tiro saiu pela culatra. Mas diga, o galalau que enfia a faca num inocente por uma bicicleta, ele é mesmo uma criança indefesa que precisa apenas de mais “educação paulofreireana”?
— Ele é uma pobre criatura que precisa de uma nova chance para recomeçar. Estamos falando de crianças de apenas 16 ou 17 anos!
— Mas você não defende o direito ao voto dessa faixa etária? Quer dizer que são pobres crianças na hora que matam, mas jovens responsáveis para escolher o governante?
— Mais champanhe? É de boa safra.
— Vem cá, o que está achando do estelionato eleitoral da Dilma? Disse que não ia fazer nada do que está fazendo. Subiu juros, aumentou preços, impostos…
— Culpa do neoliberalismo. Aumento de juros, por exemplo, é pura pressão do capital financeiro.
— Mas a inflação está acima de 8%! O que fazer?
— Quer um cigarro de maconha?
— Não. Você defende a legalização das drogas, né?
— Claro. Liberdade de escolha.
— Mas não defendeu outro dia medidas cada vez mais restritas ao cigarro e até ao sal?
— O Estado tem que cuidar da saúde das pessoas como um pai cuida do filho.
— Não sou filho de Dilma, e acho que há uma clara incoerência aí…
— Você é sempre muito racional. O importante é “sentir”, sacou?
— Saquei. Mas eu “sinto” que você defende coisas muito contraditórias. Diz pra mim um só país socialista que deu certo!
— Vale a Suécia?
— Não. A Suécia faria uma esquerdista como você pular da cadeira e sair gritando revoltada contra o capitalismo. Não há nem salário-mínimo, e existe uma ampla abertura comercial e império das leis. O Estado de bem-estar social, que aqui é pregado pelo PSDB que você chama de “neoliberal”, jogou o país em crise, e reformas liberais foram necessárias para evitar o pior. Tenta outro.
— O importante é não abandonar as utopias, os sonhos…
— Mesmo um “sonho” que virou o pesadelo de milhões de pessoas, como o socialismo, trazendo apenas miséria, escravidão e morte?
— Você é muito radical.
— Eu? Não Fidel Castro ou Maduro, ou então o PT, mas eu que sou o radical?
— Só não te ofereço uma coxinha porque não gosto de comida de pobre…

Faltam só dois

O Antagonista apurou que ao menos três ministros do TCU já decidiram votar pela rejeição das contas do governo Dilma Rousseff, por causas das pedaladas. Mais dois votos e a fatura está liquidada, facilitando o caminho para o devido processo criminal e, quem sabe, o impeachment.

Pífio, e será ainda mais pífio

Miriam Leitão, colunista do Globo, calculou o impacto do programa de logística do governo no PIB: "Segundo o próprio ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, dos 198,4 bilhões reais de investimentos previstos, apenas 69 bilhões devem acontecer até 2018. O resto fica para depois. Uma conta simples dá uma melhor dimensão do que esse investimento corresponde em relação ao nosso PIB, que chegou a 5,5 trilhões de reais no ano passado, segundo o IBGE. Os 69 bilhões previstos até 2018 correspondem a cerca de 1,2% do PIB. Se esse valor for diluído pelos próximos três anos, serão 23 bilhões por ano. Ou seja o impulso do programa seria de 0,4 ponto do PIB por ano." O impacto será ainda mais pífio porque obviamente não haverá investimento de 69 bilhões de reais até 2018. É a lógica de um governo descapitalizado financeira e politicamente.

O Antagonista

Menos 11,3% em São Paulo



Em abril, a produção industrial recuou em 13 dos 14 estados habitualmente pesquisados pelo IBGE. Só em São Paulo, o recuo foi de 11,3%, em relação ao mesmo mês do ano passado. Repetindo: 11,3%.

Que bom que tudo vai mudar por causa do Plano de Investimento em Logística, lançado hoje.



Mas a coisa não se chamava PAC?

O Antagonista

Meu vizinho diz: 'Tutti buona gente, ma tutti ladri!'- Em Brasília, Del Nero chama Marin de 'irmão' e diz que fica no cargo

O JABUTI TEVE QUE ENGOLIR O CUSPE- Contra crise, governo lança novo pacote de concessões

Fosse qualquer governo que não de esquerda, os militantes cabeça oca estariam repetindo os clichês dos seus quadrúpedes dirigentes: "Estão vendendo o Brasil!"

LAMBISGÓIA EM APUROS- Argentina amanhece com nova greve geral e protestos

FACADA FACADA FACADA! - Governo pretende arrecadar até 18 bilhões de reais com nova tributação

SE PARA ELES ESTÁ RUIM,IMAGINE!- HSBC anuncia saída do Brasil e 50 mil demissões no mundo

Decisão é parte do plano de reestruturação da empresa, que quer reduzir os ativos em 25%. Banco tem 21 mil funcionários no país.

ASSIM É FÁCIL

Cinco anos após de ter saído da Presidência, Lula custa ao contribuinte (só em gasolina) mais de R$ 11,5 mil. É que seu “assessor”, nomeado na Casa Civil, tem cartão corporativo e passa tudo na conta do Palácio.

CH

COMÉRCIO PODE DEMITIR 1 MILHÃO DE EMPREGADOS

A área econômica do governo trabalha com a expectativa sinistra de que a crise levará o comércio varejista a demitir quase de 1 milhão de pessoas durante este ano. O governo se prepara para o pior: convulsão social. E não é para menos: dos atuais 7.945.613 dos trabalhadores com carteira assinada no comércio, 12% devem perder seus empregos. Só o setor público emprega mais que o comércio: 9,3 milhões, no total.Em 2014, o comércio varejista teve o pior desempenho em dez anos, mas a crise nos anos de 2015 e 2016 será ainda mais grave.Nos primeiros três meses de 2015 já houve 129 mil demissões no comércio. É a maior queda do nível de empregos formais desde 2007.O governo só se preocupa a indústria automobilística, mas só o Grupo Pão de Açúcar emprega 160 mil, mais que todas as A crise é devastadora no comércio, em grandes e pequenos centros. No Distrito Federal, já foram fechadas só este ano mais de 2 mil lojas.montadoras juntas.

Cláudio Humberto

RS- Comunista bom de gasto- TARSO PASSOU PARA SARTORI DÍVIDA FUNDADA DE R$ 54,8 BILHÕES.

PETROBRÁS PODE DAR GOLPE DE MORTE NO PÓLO NAVAL DE RIO GRANDE A QUALQUER MOMENTO. CONTRATO COM QGI ESTÁ POR UM FIO.

A Petrobras está muito perto de cancelar o contrato com o consórcio QGI, formado pelas empresas Queiroz Galvão e Iesa Óleo e Gás, para a construção de módulos e integração das plataformas P-75 e P-77, no estaleiro do consórcio no Polo Naval de Rio Grande (RS), afirmou nesta segunda-feira o prefeito da cidade, Alexandre Lindenmeyer. O cancelamento, segundo o prefeito, deverá ocorrer devido a uma disputa entre as companhias sobre valores de aditivos e pode ampliar o atraso no crescimento da produção da petroleira estatal.


As informações são de material do site www.veja.com.br com Reuters e foram publicadas nesta segunda a noite. Leia tudo:



As duas plataformas estão destinadas ao campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, sendo que a P-75 estava prevista para ser entregue em 2016, enquanto a P-77, em 2017, segundo o plano de negócios da Petrobras 2014-2018.


Acompanhado de uma comitiva, formada por representantes da cidade, o prefeito esteve na tarde desta segunda-feira no Rio de Janeiro em reuniões separadas com a Petrobras e com o consórcio.
O QGI cobra da Petrobras aditivos de cerca de 10% do valor original do contrato, de cerca de 1,6 bilhão de dólares. A empresa alega que houve dezenas de alterações no contrato, a pedido da Petrobras, incluindo melhorias de segurança e de desempenho. As mudanças implicam em cobranças que a estatal se nega a pagar.


"Houve todo um processo de negociação entre QGI e Petrobras. Ainda não é uma situação dada, mas está muito difícil essa negociação", afirmou. Ainda segundo Lindenmeyer, a Petrobras deve tomar uma decisão final sobre o contrato na quarta-feira, para quando está marcado um encontro entre a estatal e o consórcio.



Em fevereiro, a Petrobras declarou que recebeu carta do QGI sobre a descontinuidade da execução do escopo do contrato. Na ocasião, a empresa disse que as obras de ambas as plataformas estavam em fase de conclusão dos projetos de engenharia de detalhamento e início da construção e montagem dos módulos. Lindenmeyer afirmou que as negociações foram retomadas em março, mas não houve avanços até agora.


A Queiroz Galvão e a Iesa estão entre as empresas investigadas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que apura esquema de desvio de dinheiro de contratos com a Petrobras por empreiteiras, partidos políticos e executivos de diversas companhias.





A Petrobras não respondeu imediatamente a um pedido de comentários. Procurada, a Queiroz Galvão, que é líder do consórcio, também não comentou imediatamente o assunto.

Políbio Braga

BLATTER ABRE CAMINHO PARA DILMA por Guilherme Fiuza. Artigo publicado em 07.06.2015



(Publicado originalmente em O Globo)





FBI jamais entenderia como uma mandatária pode permanecer imune a investigações num cenário desses.

Joseph Blatter deu no pé porque sentiu o FBI nos seus calcanhares. Como os investigadores americanos já sabem que a Fifa é uma central de negociatas, o presidente reeleito da entidade achou melhor botar a viola no saco. No Brasil é diferente. Dilma Rousseff sentiu a Polícia Federal nos seus calcanhares, e os investigadores brasileiros já sabem que o governo do PT é uma central de negociatas. Mas a presidente reeleita não deu no pé, porque aqui não tem FBI. E com o silêncio das panelas, está dando até para ouvir o ronco do gigante.


Uma década após o estouro do mensalão, o Brasil ameaça engolir também o petrolão — o que seria o salvo-conduto definitivo para a ladroagem progressista e humanitária. Nestor Cerveró, o primeiro brasileiro a proibir uma máscara de carnaval, foi condenado por comprar um apartamento em Ipanema com propina do petrolão. O ex-tesoureiro Vaccari está preso, acusado de ajudar Dilma Rousseff a alugar um palácio em Brasília (temporada de quatro anos) com propina do petrolão. Mas, nesse caso, a inquilina não está sendo sequer investigada. Como se vê, há propinas e propinas.


As delações premiadas da Lava-Jato já se cansaram de apontar que seria impossível operar um esquema com a dimensão do petrolão, por mais de dez anos, sem a cobertura do Planalto. O FBI jamais entenderia como uma mandatária pode permanecer imune a investigações num cenário desses. Ainda mais havendo indícios claros de dinheiro do esquema em suas duas campanhas presidenciais. E fartas evidências de formação de caixa pelo seu partido com dinheiro roubado da maior empresa nacional — graças a diretores protegidos pelo grupo governante.

Nota de esclarecimento ao FBI: a presunção de inocência da presidente é absolutamente normal na conjuntura institucional brasileira. A Corte Suprema é bem fornida de militantes premiados por anos de lealdade aos seus padrinhos. E o processo da operação Lava-Jato é presidido segundo esse padrão de isenção. Entenderam, prezados ianques? De que vocês estão rindo?


Em perfeita sintonia com os puxa-sacos petistas que foram ser felizes para sempre no Supremo, o procurador-geral da República arremata a ópera da inocência — diante da qual a opinião pública se curva, reverente, babando na gravata. Resta a Dilma subir em sua bicicleta e pedalar solene diante de uma imensa placa “Lava-Jato” — proporcionando a foto emblemática do Brasil-2015. Segue a legenda oficial: “Obrigada, otários, pela sua compreensão”.


Deve ser uma delícia sentir o vento do Planalto no rosto ao ritmo das pedaladas ciclísticas e fiscais ladeira abaixo (rumo à recessão), sem o menor risco de topar com a gangue da faca. Além de mais quatro anos para reger a orgia petista, o mandato presidencial dá direito a pedalar com um aparato de seguranças — e a escolta de um carro oficial, caso sua excelência se canse e prefira as facilidades do petróleo (sem precisar chamar o Vaccari). Quem sabe até dando uma carona ao companheiro Blatter, que ficou a pé.


Seria o mínimo, considerando a carona valiosa que a Fifa deu ao governo petista. Além da oportunidade de construir os estádios mais caros da história das Copas, com a bolsa BNDES irrigando empreiteiras amigas, o balcão do companheiro Blatter fez o favor de tirar o Morumbi da Copa do Mundo. Assim abriu-se o caminho para o milagre do Itaquerão, mais um sonho bilionário de Lula realizado pela Odebrecht — ou o contrário, dá no mesmo. A CPI do Futebol pode ser mais uma oportunidade para o gigante abrir um dos olhos, ver que os companheiros estão metendo a mão no seu bolso, bocejar uma palavra de ordem e voltar aos seus sonhos de anão.


Blatter pediu o boné porque seus cúmplices deram com a língua nos dentes, expondo seu esquema de eternização no poder. Já o esquema de eternização do PT no poder vai bem, obrigado — e os cúmplices podem dar com a língua nos dentes à vontade. O homem-bomba das empreiteiras, Ricardo Pessoa, disse aos investigadores da Lava-Jato que deu R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma no ano passado para não perder negócios com a Petrobras. Aí o barulho foi grande: era o gigante roncando.


Indignados com a indiferença da plateia, Dilma e seus amigos da pesada subiram o tom: depois de Erenice estrelar o escândalo tributário da Operação Zelotes e Rosemary ser denunciada por improbidade administrativa, Fernando Pimentel roubou a cena. O governador de Minas — também conhecido como consultor sobrenatural — teve seu braço-direito, o empresário Bené, preso por suspeita de associação criminosa. Entre as acusações contra o amigo do amigo de Dilma está a origem suspeita de dezenas de milhões de reais em receita de sua gráfica, que atende ao PT. Diante do presépio petista, talvez o FBI achasse que está sendo injusto com a Fifa.


A renúncia de Joseph Blatter após sua reeleição foi um gesto pedagógico. Ou o Brasil se inspira nele, ou assume que quer tomar mais quatro anos de pedaladas. E facadas.


* Jornalista

O MUNDO E A VIDA, SEGUNDO MARCO AURÉLIO MELLO- Percival Puggina

Há poucos dias, no programa Espaço Público da TV Brasil, o ministro Marco Aurélio Mello criticou a condução do processo relativo à operação Lava Jato. Afirmou ele: “Não posso desconhecer que se logrou um número substancial de delações premiadas e se logrou pela inversão de valores, prendendo para, fragilizado o preso, alcançasse a delação. [Isso] não implica avanço, mas retrocesso cultural. Imagina-se que de início [a delação premiada] seja espontânea e surja no campo do direito como exceção e não regra. Alguma coisa está errada neste contexto”. “Meno male!” (menos mal), diria meu avô, que o ministro reconheceu a importância das referidas delações premiadas. Mas é preocupante saber que na opinião de Sua Excelência, algo que tanto favoreceu o desbaratamento da maior teia de corrupção da história foi obtido por meio errado. Réus teriam sido presos para serem fragilizados e, com isso, obtida a delação.

 Ouvindo o que o ministro não disse, mas deixou para lá de implícito, ele gosta de confissão de réu arrependido, contrito e altivo, entregue às mãos da Justiça e robusto na vontade. Intacto em sua liberdade. O ministro apreciaria muito que as delações acontecessem por adesão ao bem. Ele também não disse, mas deixou implícito, que o Dr. Sérgio Moro, o juiz federal paranaense que o Brasil conheceu e aprendeu a admirar, era “a coisa errada neste contexto”. Afinal, é dele a condução e foram dele as decisões sobre prisões até as contraordens de Teori Zavascki. Impressionante a opinião do ministro. A vida, segundo ele, é muito melhor do que a vida é. Réus abrem o coração mesmo que advogados não queiram. Devem ser imunes a pressões e a ninguém pressionar. Bandidos não destroem provas nem se evadem. Suponho que no garantismo tão apreciado pelo ministro tampouco haja inundações, secas, epidemias ou movimentos das placas tectônicas. Não, eu não estou errado quando digo que os membros das instituições estão muito bem para se preocuparem com o Brasil real.

“Lula guru: Será que os parvos ainda se refletem neste espelho?” (Eriatlov)

“A inveja aos vitoriosos é o que motiva um comunista. Todos devem ser iguais para que a sua pequenez não seja reconhecida.” (Eriatlov)

“Quando os cadafalsos estiverem prontos será que os omissos perguntarão qual é a finalidade deles?” (Eriatlov)

“O símbolo do governo do PT deveria ser uma teta.” (Eriatlov)

“A vida não é feita só de merengue. Às vezes é preciso limpar um cascudo.” (Eriatlov)

“Meu azar foi sempre ser o homem errado para mulheres certas.” (Limão)

“Uma vida meramente contemplativa, sem desafios, não seria um tédio? Eis aí o paraíso.” (Limão)

“Numa mesa de bar só há gênios. Não existe problema que o álcool não resolva.” (Limão)

“Amigo de boteco é o último que chega ao velório, mas é o primeiro que visita a viúva.” (Limão)

“Não devemos esperar uma visão clara da vida de seres que vivem no pasto.” (Limão)

RABOS CHAMUSCADOS TAMBÉM EM MINAS- Gilmar Mendes determina que Justiça reabra investigação contra Fernando Pimentel

O TRE mineiro terá de apurar se o petista foi ou não beneficiado nas eleições por sua proximidade com a presidente Dilma.