segunda-feira, 9 de maio de 2016

Os grandes mistérios da telefonia: porque será que quando a gente liga um número enganado ele nunca está ocupado? (Millôr)

O medo inventou Deus. Deus inventou o diabo. O diabo inventou a religião. A religião inventou os doutrinadores. Os doutrinadores inventaram o dízimo. E o dízimo não inventou nada, apenas parou no bolso da Santa Madre e outros.

Não basta ser um idiota esquerdista. É preciso reafirmar-se como idiota todos os dias.

Dividimo-nos orgulhosamente em 60% de analfabetos, 40% de ignorantes e o resto de governantes. (Millôr)

“Mais longe do sexo, mais perto da morte.” (Nono Ambrósio)

“O melhor paladar é a fome.” (Filosofeno)

A Igreja faz muito bem em acabar com o celibato dos padres. Os Santos desapareceram por não se reproduzirem. (Millôr)

Celebridade é um idiota qualquer que apareceu na televisão. (Millôr)

Se educação de qualidade fosse prioridade de algum governo nos últimos 100 anos não teríamos essas porcarias dominando a política nacional.

A soma de todos os erros resulta nessa coisa que aí está: Miss Aipim demente.

Para ministro da justiça do meu justo país apoio Maxwell Smart.

Depois do arco-íris existe um país cheirando a merda. O Maranhão fez cocô no pote.

Uma coisa é uma coisa; outra coisa é o Lula lendo e entendendo O PROCESSO de F. Kafka.

12 lições do Manual para Político Honesto Por Roberto Rachewsky

Aproveitando que teremos eleições este ano, resolvi colaborar com os candidatos de todos os partidos criando um pequeno manual de conduta do político honesto.
Recomendo a aplicação integral do que está aqui prescrito sob pena de não surtir efeito.
  1. Não crie leis que criam crimes que sem essas leis não seriam crimes jamais por não violarem direitos de ninguém. Se tiver que criar leis, que essas sejam objetivas, prospectivas, iguais para todos, claras, simples, de maneira a serem compreendidas por qualquer um e que estejam limitadas a defender os direitos individuais à vida, à liberdade, à propriedade e à busca da felicidade, como cada indivíduo preferir para si;
  2. Não crie privilégios para alguém quando esses privilégios, necessariamente, somente poderão ser oferecidos se os privilegiados, ou o próprio governo, tiver que violar direitos de alguém;
  3. Não crie impostos porque impostos são uma violação de direitos e o governo não tem isenção moral para violar os direitos de ninguém. Pelo contrário, o governo tem a obrigação moral de proteger os direitos individuais de todos;
  4. Não crie gastos que não possam ser pagos pelo que for angariado dos usuários do governo através do pagamento espontâneo de taxas e doações;
  5. Elimine todo e qualquer tipo de lei que viole os direitos das pessoas, seja com relação à vida, à liberdade e à propriedade que elas possuem;
  6. Não viva da política, viva de um trabalho produtivo. A política não cria valor. Ela pode no máximo transferir tais valores de uma mão para outra. Sempre que os valores produzidos por alguém forem transferidos para terceiros através de um ato violento promovido por uma lei instituída por um político, pelo menos um valor estará sendo destruído, o da justiça.
  7. Impeça que o governo se imiscua na economia, na educação, na geração de ideias (cultura) e na ciência. Economia, educação, cultura e ciência são atividades baseadas no uso da razão e são diretamente dependentes do grau de liberdade experimentado pela sociedade. O governo, pelo contrário, tem a sua natureza diretamente relacionada com a coerção, com o uso da força. Coerção e uso da força são ações destrutivas, exatamente o oposto do que economia, educação, cultura e ciência têm como propósito, a criação de valor.
  8. Não leve em consideração quantas pessoas terão vantagens com suas propostas legislativas. Considere apenas que, se alguém, mesmo um único indivíduo, tiver seus direitos individuais violados, então sua proposta é imoral e ilegítima, não devendo ser levada adiante;
  9. Considere que nenhum grupo pode ter direitos superiores aos direitos que cada indivíduo do grupo possui isoladamente. E que ninguém num grupo tem direitos inferiores ou superiores aos direitos de qualquer outro membro do grupo.
  10. Direitos e privilégios são coisas diferentes. Quando alguém adquire direito sobre algo que não é seu, através de uma ação violenta, está adquirindo um privilégio ilegítimo, um ganho imerecido e injustificado. Direitos só existem quando somos proprietários daquilo que efetivamente nos pertence, seja a nossa vida, seja a nossa liberdade ou seja a propriedade que adquirimos legitimamente, através da sua criação, produção, troca por algo que já se tinha ou por doação voluntária feita por alguém.
  11. Se você quer participar da política, entenda claramente que fazer política não é comprometer suas convicções éticas, cedendo aos apelos daqueles que querem violar direitos, em vez de preservá-los. Se você cede ao mal, você é um mau político. Político bom é aquele que defende o bem, a verdade e o que é moralmente correto, de forma intransigente e inegociável. Um político do bem não está na política para transigir com quem defende o mal. Pelo contrário! Um político do bem está na política para impedir que o mal prospere.
  12. Finalmente, já que você insiste em atuar na política, faça da sua atuação uma defesa intransigente da livre iniciativa e da propriedade privada. Não apenas na retórica. Proponha a privatização de tudo que for estatal: empresas, instituições, imóveis, serviços. Enfim, tudo! Quando sobrar apenas a justiça e a polícia, e você ainda quiser ser um político servindo à sociedade, demita-se do cargo para o qual foi eleito e torne-se um juiz ou um policial a serviço da defesa dos direitos individuais.
  13. Se você não seguir algum desses itens, tenha certeza que você acabará sendo mais do que um político, você acabará sendo um bandido como qualquer bandido que viola os direitos individuais.

Patrão para empregado

"Jovem, você subiu muito rápido nesta empresa. Há  dois anos era  office boy, em um par de meses  você era um caixeiro. Em seguida, tornou-se um vendedor, depois gerente assistente, então gerente-geral.  Agora você é o vice-presidente da empresa; que tem a dizer sobre tudo isso ?”
 Funcionário :" Obrigado, pai. "
Fonte: https://www.nyu.edu/projects/ollman/docs/jokes.php

Dilma está fora da casinha. Ela está acabada, com quem pensa governar? Não tem mais base de apoio, seu governo acabou. Todas essas artimanhas só servem para o país andar ainda mais devagar. O dólar está subindo e Bolsa de Valores caindo.

Sim, nós temos a nossa Rainha Louca. O amor ao partido, ao poder é tudo. Interessa o povo quando pode ser comprado para votar. O Brasil sofre e a Coisa Ruim não está nem aí.

Artigo, Igor Gielow, Folha: Desespero de Dilma ultrapassou todos os limites.

Se vende a imagem de que sairia "lutando" e "com dignidade", conforme seus assessores espalharam à medida em que seu afastamento se tornou inexorável, Dilma Rousseff apelou a uma farsa perigosa em sua última tentativa de manter-se na cadeira.
Usar o inacreditável Waldir Maranhão como marionete de uma artimanha jurídica que parece ter curtíssima validade e alto poder de disrupção demonstra que o desespero da petista ultrapassou o limite do direito ao esperneio.
O dólar disparou e a Bolsa de Valores despencou, para ficar nos sinais mais evidentes e superficiais da confusão armada. Mas o que fica é algo pior para a imagem do país: o flerte com a baderna institucional.
Pelas informações iniciais da Mesa da Câmara, parece não haver como um recurso desses prosperar, por soberano o plenário.
Fora o óbvio: dizer que 367 deputados votaram contra Dilma com um cabresto imposto pela orientação partidária é despropositado. Há muito a criticar no comportamento dos parlamentares naquele dia 17 de abril, mas certamente ninguém votou com uma arma na cabeça.
Como agravante, Dilma se fez de desentendida em discurso no começo da tarde. Se há alguma tentativa de golpe no país, como choramingam os petistas, ele passa por esse tipo de ação contra a normalidade institucional.
Por estarmos numa República que insiste em sua vocação bananeira, tudo parece possível, e novamente o Supremo Tribunal Federal deverá ser instado a imiscuir-se em questões de outro Poder - desta vez por culpa de um terceiro, o Executivo.

Nessas horas ganha atualidade a famosa frase de um embaixador brasileiro em Paris que é atribuída incorretamente ao presidente francês Charles de Gaulle: o Brasil não é um país sério.
PB

Deus errou, limitou a inteligencia e não limitou a burrice. (Roberto Campos)

MARX

Para Karl Marx a ditadura do proletariado seria apenas um estágio na evolução dialética. Abolidas as classes e a propriedade privada, assistiríamos ao "fenecimento do Estado" e a floração da liberdade. Infelizmente Marx era bom filósofo, medíocre profeta e mau político.( Roberto Campos)

O que os governos latino-americanos desejam é um capitalismo sem lucros, um socialismo sem disciplina e investimento sem investidores estrangeiros. (Roberto Campos)

MINHA BOQUINHA, MINHA VIDA- Governadores do PT estão em pânico, com a pressão de cerca de 20 mil petistas que ocupam boquinhas no governo Dilma em Brasília. Prestes a serem demitidos, exigem cargos. Ou melhor, boquinhas.

TENEBROSA- O tratamento de Dilma a funcionários, desde os tempos de ministra da Casa Civil, rendeu a ela apelidos como “Papel de embrulhar prego”.

DILMA AMEAÇA ASSESSOR QUE NÃO ACOMPANHÁ-LA


Após a longa convivência com assessores, que humilha rotineiramente, a presidente Dilma agora ameaça os que hesitam acompanhá-la ao “governo paralelo”. Ela listou 20 nomes para assessorá-la no período do seu afastamento do cargo, a ser definido nesta quarta (11), até ser julgada, em até 180 dias. Mas alguns preferem tentar ficar no governo de Michel Temer, com quem sempre mantiveram relações cordiais.

 ULTIMATO

Aos gritos, na porta do seu gabinete, Dilma avisou que vai exonerar, na quarta (11), quem se recusar a segui-la no “governo paralelo”.

 REI MORTO, REI POSTO

"Quem for para o Alvorada, sabe que não voltará mais", afirmou à coluna uma assessora de Dilma, que já conta com o impeachment.

 IMPEACHMENT NELA

A relação de Dilma com subordinados é rotineiramente desagradável. Em alguns casos, os assessores até comemoram o impeachment.

D a coluna do Cláudio Humberto

O povo passa fome na Venezuela, porém Maduro e os seus estão bem gordinhos. Socialismo é isso, fome e miséria, menos para os dirigentes.

O “iminente colapso” da Venezuela JORGE ALMEIDA FERNANDES



A Venezuela reúne todas as condições para uma catástrofe que, para lá dos efeitos internos, ameaça produzir uma onda de choque em grande parte da América do Sul. Um laço fatídico liga o “iminente colapso económico” ao monopólio do poder pelo governo “chavista” de Nicolás Maduro, que bloqueia todas as tentativas de transição e acelera a corrida para a catástrofe.

Comecemos pela economia, que aqui comanda a marcha das coisas. A Venezuela tem as maiores reservas de petróleo do mundo. Há 35 anos era o país mais rico da América Latina. Hoje, candidata-se a tornar-se no mais pobre. “A economia da Venezuela apaga-se”, escreve o economista Leonardo Vera, professor na Universidade Central de Caracas. Resume: o FMI assinala uma queda de 8%, no PIB [em 2015], o maior retrocesso a nível mundial, dentro de uma tendência acumulada de três anos consecutivos de contracção económica. Terá perdido no final do ano, em relação a 2013, um terço do seu PIB por habitante. As empresas param por falta de energia e peças. Faltam alimentos básicos. Morrem nos hospitais doentes por falta de medicamentos e materiais. É o limiar do insuportável.

Um estudo de três universidades venezuelanas indica que 74% das localidades caíram abaixo da linha da pobreza, contra 31% em 2013. É o único país do mundo com uma inflação de três dígitos — cerca de 600% em 2015. O país está a cair na “armadilha da pobreza”, a partir da qual dificilmente conseguirá recuperar.

Nada disto é novidade para quem leia os jornais.
Chávez e o petróleo

Temos de fazer uma alusão a Hugo Chávez. Ele introduziu uma mudança irreversível: a incorporação das massas pobres na cena política. Por outro lado, “foi o primeiro governante de esquerda com veleidades revolucionárias a dispor de uma enorme massa de recursos”, observou o antigo guerrilheiro salvadorenho Joaquin Villalobos. A renda petrolífera não jorrou apenas sobre os bairros pobres, atingiu Cuba, a Bolívia, a Nicarágua, as Caraíbas — foi a base da política internacional “bolivariana”.

Menos conhecido é o modo como o “chavismo” destruiu a “galinha dos ovos de ouro”, a Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA). Após a derrota da greve nacional dirigida contra Chávez pelos sindicatos do petróleo em 2002-3, a elite dos trabalhadores (75%) foi substituída por chavistas fiéis. Na era das “vacas gordas”, o petróleo financiou as políticas sociais de Chávez mas o futuro não foi preservado. Quando Chávez morreu, em 2013, a degradação da PDVSA já era notória e a produção descia por falta de reinvestimento e de manutenção. A produção caiu para metade, triplicou o número de trabalhadores. Hoje, a PDVSA está altamente endividada.

O esbanjamento de recursos, o desinvestimento, o desinteresse pela indústria e a “corruptocracia” fazem hoje sentir devastadores efeitos. O intervencionismo estatal foi um “suicídio económico”. Caracas chegou à era do petróleo barato praticamente falida, sem as imensas reservas financeiras de que outrora dispôs. A seca e o preço do petróleo são o golpe de misericórdia, não a causa.

Maduro não é Chávez. O “bolivarismo” não resistiu à morte do caudilho, o único com legitimidade para tentar mudar o curso das coisas. Pelo contrário, o pânico de “trair o legado de Chávez” paralisa os sucessores. E a nova oligarquia, a chamada “boliburguesia”, profundamente corrupta, defende os seus privilégios.
MUD e Maduro

As eleições de Dezembro para a Assembleia Nacional ilustraram as regras do jogo. Falou-se numa “nova era”, após o triunfo maciço da Mesa de Unidade Democrática (MUD, coligação oposicionista), que obteve a maioria qualificada de dois terços, o necessário para depor governantes, reformar o Supremo Tribunal, aprovar leis constitucionais ou convocar referendos: em suma, poderia mudar o regime.

Foi uma ilusão. O Supremo Tribunal, que obedece a Maduro, contestou o mandato de três deputados (anulando a maioria qualificada) e desde então declara inconstitucionais todas as deliberações da Assembleia, que está praticamente paralisada. Decorre uma campanha de recolha de assinaturas para convocar este ano um referendo que reduziria o mandado de Maduro de seis para quatro anos — ou seja, presidenciais em 2017. O regime prepara-se para sabotar a iniciativa.

Ivete Sangalo defende Dilma. Oportunista ou medíocre? Defende o pensamento dos seus fãs? Ainda bem que esse tipo de artista pula-pula não faz o meu tipo.

O Luan Santana está com eles. Quantos neurônios têm Luan Santana? Parceiro da Dilma na medida certa.

Cinquenta tons de marrom Autor: Nelson Motta

Com a sua experiência e inteligência política, o deputado Ulysses Guimarães cunhou o “Axioma de Ulysses”: “Um novo Congresso será sempre pior do que o anterior”, que vem sendo comprovado empiricamente, a cada nova legislatura. Mas por que nosso Congresso sempre piora?
Se um país está evoluindo, se educando e se desenvolvendo, seria lógico supor a progressiva melhora do nível dos candidatos — e dos eleitores. Não no Brasil, onde a política virou meio de vida e se tornou a forma mais fácil de ascensão social. Bastam dinheiro, legal ou não, um bom marqueteiro e boas conexões com os caciques partidários. E comprar alianças e lotes de votos. Ou ter um programa de rádio. Uma igreja. Um time de futebol.
São todos ladrões, corruptos e venais? Claro que não, há sempre uma minoria mínima de homens e mulheres honestos, preparados e qualificados, que acabam impondo alguma presença moral, e algum constrangimento, à banda podre, provocando pressões da opinião pública e impedindo maiores desastres.
Imaginemos um jovem deputado, de origem humilde, honesto e bem intencionado, eleito por um estado pequeno, chegando à Câmara dos Deputados. Depois do deslumbramento inicial, ele acaba se adaptando ao jogo, e gostando. Com verbas para tudo, carro com motorista, 20 funcionários no gabinete, viagens, mulheres, colegas sugerindo vantagens e privilégios nas brechas da lei, ele passa a se sentir superior ao cidadão comum.
E surgem as primeiras oportunidades de negócio. Pedidos de ajuda, naturalmente remunerados. Favores a colegas, que logo serão retribuídos. É duro resistir às tentações, mas é preciso pensar na reeleição. O salário de R$ 33 mil já parece pouco, diante dos números que passa a ouvir no dia a dia. Até morder a primeira isca, dar o primeiro gole, que vai levá-lo aos alcoólicos públicos, de onde só sairá com a Polícia Federal.
O “Axioma de Ulysses” é provado pelo “Teorema de Cunha”:
Sendo certo que entre os novos deputados alguns vão se corromper, e que nenhum dos corruptos já estabelecidos vai se regenerar, matematicamente, a cada legislatura o Congresso vai piorar.
Como queríamos demonstrar.
Fonte: O Globo, 06/05/2016.

Neurocientista Suzana Herculano-Houzel deixará o Brasil Autor: Comunicação Millenium

A neurocientista Suzana Herculano-Houzel, conhecida internacionalmente por descobrir quantos neurônios o cérebro humano realmente tem e por um artigo 100% brasileiro na revista “Science” sobre a quantidade de dobras cerebrais nos mamíferos, embarca nos próximos dias para Nashville, no Tennessee, onde vai assumir o posto de professora dos departamentos de Psicologia e Ciências Biológicas da Universidade Vanderbilt.
Em um artigo na revista “Piauí”, disponível apenas para assinantes, a neurocientista explica os motivos de sua partida para os EUA: frustrada com as condições precárias para a prática da ciência no Brasil, a pesquisadora carioca preferiu trabalhar num ambiente com mais recursos, no qual poderá se dedicar a suas atividades de pesquisa.
A cientista explica que vários de seus projetos tiveram financiamento aprovado pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), só que o dinheiro jamais foi liberado de fato. “Se já era difícil fazer ciência de excelência com recursos escassos, com recursos inexistentes tornou-se impossível”, escreve Suzana.
Por isso, ela resolveu tirar dinheiro do próprio bolso, cerca de 25 mil reais, para garantir a continuidade das atividades de pesquisa em seu laboratório.
Quando isso não foi o bastante, ela recorreu ao crowdfunding e arrecadou R$ 113.201,00 para “garantir ao menos que meus alunos terminassem suas teses”. Para entender a penúria do financiamento científico, vale notar que esse valor é o dobro do que o CNPq se comprometeu a pagar ao laboratório de Suzana por três anos. O dinheiro acabou em cinco meses.
No artigo em que justifica sua partida, Herculano-Houzel critica a derrocada do sistema de financiamento da ciência pelos governos federal e do estado do Rio de Janeiro e a carreira engessada e sem estímulos dos pesquisadores contratados como funcionários públicos em universidades federais. “Não importa o quanto um cientista produza, o quanto se esforce, quanto financiamento ou reconhecimento público traga para a universidade – o salário será sempre o mesmo dos colegas que fazem o mínimo necessário para não chamar a atenção”, escreve.
Essa situação não está restrita a apenas um laboratório. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) teve seu orçamento reduzido em quase 25% – o menor dos últimos 12 anos, em valores corrigidos pela inflação. Por isso, o CNPq suspendeu a concessão de bolsas no exterior por tempo indeterminado; e a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) suspendeu o cadastramento de novos bolsistas e congelou 7.408 bolsas. A Faperj, por sua vez, sofreu corte de 50% nos recursos.
Segundo a neurocientista,
“No Brasil, o financiamento é apenas o suficiente para dar ao governo números para encher a boca: já são mais de 10 mil novos doutores ao ano, dizem (sem completar a frase como deveriam – “com chances mínimas de conseguirem emprego como pesquisadores de fato”). Infelizmente, muitos apenas brincam de cientista fazendo “trabalhinhos” (palavra desses colegas, não minha) que replicam o que foi feito lá fora – o que permite aos alunos a experiência da iniciação científica, mas não a geração de conhecimento”.
O artigo de Herculano-Houzel desenha um quadro muito pessimista do ambiente para a prática da pesquisa no Brasil. É possível que desperte reações acaloradas de alguns colegas – e é desejável que suscite a discussão crítica de alguns pilares sobre os quais se assenta o sistema brasileiro de ciência, tecnologia e inovação.
Fonte: “Piauí”, maio de 2016.

Histórias que o tempo não apaga. Coluna Carlos Brickmann

Quando nós o conhecemos, já era um cavalheiro de fina figura: bem vestido, de boa conversa, um verdadeiro sábio. Lia muito, em português, inglês, espanhol. Bilionário já nos primeiros anos de vida, discutia, contava os casos, emprestava os seus livros. E principalmente nos ensinava como é que os negócios funcionavam de verdade.

Dizia: "pois só essa tal de propina nos come boa parte dos rendimentos da empresa. Não há no mundo quem aguente tamanha despesa".

Bem mais recentemente, e agora já bem mais idoso, contou-nos que a coisa mudara. Claro, para pior, para mais. "Antigamente, se pagava uma propina geral, no valor de parte dos lucros da empresa. Agora temos sido obrigados a pagar quatro". Uma para levar a obra. Duas, para remunerar quem libera o início do trabalho. Três, o justo pagamento de quem autoriza os primeiros pagamentos. E a quarta, do sujeito que se aproveita das leis em vigor para segurar o cheque de pagamento. 

Sem propina, rendimento zero.

E por que ele continuou todo o tempo nos negócios? Talvez por acreditar que das fartíssimas tetas da propina sempre haveria algum a mais para engordar-lhe os lucros.

Destino e futuro

E há também o príncipe da gorjetaria, que montou uma estrutura destinada a, digamos, negócios. Propinas, subornos, presentes de bom preço, passeios maravilhosos a ofertar aos aliados de hábito. Construiu seus castelos e teve o mesmo destino dos outros: despesas diversas, imensas, com contadores, advogados, com gente que também traía empresas concorrentes. Agora, amarga ainda outras.

Por que correu tanto risco? Por achar que dinheiro para resolver seus problemas jamais lhes faltaria.

Prática Brasil

Empresários menores entraram na luta e também acabaram moídos. Mas eles sabiam que o jogo era esse. 

Por que ficaram? Por que entraram? Por achar que as tetas eram tão fartas que o bom leite gordo jamais lhes faltaria.

Futuro e destino

Os exemplos acima demonstram porque temos a impressão que estávamos e estamos totalmente cercados pela corrupção em todos os níveis.

Sempre foi o combustível para fazer andar as máquinas. Mas o combustível foi ficando cada dia mais caro. E inflamável.

Nomes aos bois

Como a coisa começou a ficar tão feia que precisou mudar, e o cinto aperta, começaram a ser abertas novas perspectivas de negócios. Por exemplo, grandes e médios fazendeiros do Norte eram obrigados a vender seus bois apenas a uma empresa. Vendia para uma, perdia a outra, entre as duas maiores do mercado.

Não é que agora podem vender aos dois?

Jogo dos 7 erros

Formação do Governo Temer: Romero Jucá, Elizeu Padilha, Gilberto Kassab, Moreira Franco, Geddel Vieira Lima, Renan Calheiros, integrantes do PP e base evangélica.

Para ser igual, o que - ou quem - mais falta?

Aos poucos, Brasil

Este colunista promete ir voltando aos poucos e agradece sensibilizado as inúmeras manifestações de solidariedade e estímulo que tem recebido. Permanece no hospital depois do acidente doméstico que sofreu, e de onde escreve, mas animado com o novo Brasil que mal ou bem pode até ser que sim pode ser que não, apareça agora.

Agora vai fazer igual ao Brasil, esperando também que melhore mais a partir desta próxima semana. O importante é não ficar parado. É andar para frente. 


Chumbo Gordo - www.chumbogordo.com.br
carlos@brickmann.com.br
Twitter: @CarlosBrickmann

A imagem do Lula tende a melhorar quando ele ficar dentro de uma cela. Cessam os discursos fantasiosos e cheios de ira.

Para os petistas os corruptos deles são melhores que os corruptos dos outros.

E saber que até meus 15 anos eu era considerado o santinho da vila. Não perdia missa e engordava de tanta hóstia que engolia.

Antes de ser ateu eu rezava muito. Tinha até calos na língua.

Eu não sou ateu sempre. Só quando estou acordado.

A Petezada corrupta meteu a mão pela causa do partido e também por causa própria.

Com João Santana preso Dilma ficou sem cérebro.

Dilma quanto tenta pensar fica pior.

Humor ateu

Deus para São Pedro:

“Pedro, com o passar dos séculos eu pensei que iria descansar todos os dias, que essa racinha iria evoluir e parar de encher o meu saco com rezas, novenas, pedidos e sacrifícios. Qual nada! Estão cada vez piores!” 

DESÂNIMO

Política o principal
Observando tantas caras-de-pau
A locupletar-se sem pejo
E vendo os sonhos
Distantes ficaram
De um dia morar
Num país limpo e culto
Que na verdade  nem mesmo sei se por aí existe algum
Mas sonhar é preciso
E hoje não está sendo possível.

Mães são assim mesmo. Até a mãe do capeta acha ele um anjo.