sexta-feira, 31 de março de 2017

CLIMÉRIO

“A boa educação de um povo próspero e gentil é sem dúvida o que nos faz solidários no transporte de bosta de cachorro na sola dos pisantes.” (Climério)

EULÁLIA

“Ao encarar o espelho pela manhã sem maquiagem ouço minhas rugas e pés de galinha gritando por socorro.” (Eulália)

AUTORIDADE

Já madrugada, estava eu parado numa esquina central esperando por um táxi. O céu todo forrado de estrelas, noite fria e bela. Nisso dois sujeitos se aproximaram e anunciaram: É um assalto! Não reagi, entreguei a carteira com documentos e dinheiro. Eles conferiram por cima o montante e pernas em ação. Logo depois eles regressaram, devolveram tudo e ainda por cima pediram desculpas. Um deles disse: “Desculpe o malfeito seu Evandro, pois para nós o senhor é uma autoridade. “Uma boa noite!” Sem demora surgiu um táxi e fui para casa aliviado. Em tempo, meu nome é Evandro Capeta.

CONTRABALANÇANDO

A cachorrinha da dona Cleusa saía todo dia de sua casa e ia elegantemente fazer seu cocô matinal na grama limpa e verde do vizinho. Reclamar ele reclamou, mas seus apelos foram em vão. Era um homem gentil, detestava discussões e intrigas. Digamos que era um cavalheiro. Com o tempo achou que o negócio tinha passado dos limites. Resolveu ele também comprar um animalzinho de estimação para contrabalançar. Não foi fácil, mas conseguiu. E assim toda manhã ele saía de casa com seu elefante de estimação para fazer cocô no belo gramado do vizinho.

A CORRUÍRA DESBOCADA

Os meninos Zico e Neto estavam caçando passarinhos num bosque perto da cidade. Zico preparou o bodoque para atirar numa curruíra. Neto intercedeu:
-Não atira! Curruíra é o passarinho de Nossa Senhora!
A curruíra não se conteve e abriu o bico:
-Passarinho de Nossa Senhora é o caralho!
Dito  isso sumiu na mata. Os guris largaram os bodoques e foram rezar na capelinha da igreja, não sem antes lavar os ouvidos com água benta.

A ONÇA E A CAPIVARA

A onça faminta caçava. Farejava daqui, farejava dali. Sentiu o cheiro de uma capivara.  E seguiu em frente, procurando, enquanto a capivara procurava despistá-la o mais rápido possível. Chegou um momento que não teve como fugir, a capivara ficou encurralada. Enquanto a bichana afiada os dentes  ela perguntou:
-Conhece o Rio de Janeiro?
-Conheço.
-Já ouviu falar no Castor de Andrade?
-Sim, muito.
-Pois então, ele é o meu primo mais chegado.
-É?
-É!
-Segue o teu caminho que estou sem fome.


ACONTECEU NA MISSA

Domingo, igreja lotada. No meio do sermão do padre a estátua de Santo Antônio que estava sobre o pedestal ganha vida e grita: ”Tirem-me daqui! Tirem-me daqui!” Um fiel diz: “O senhor tem poder, o senhor é santo, saia daí!” Retruca o santo: “Não posso, não posso, tenho os pés de barro!”

OS CÃES

Ouve um tempo na Grécia que os cães evoluíram, passaram a raciocinar, a ler, escrever e tomar consciência de si. O líder marcou um evento os seriam lançadas as bases na nova civilização baseada nos princípios caninos e não mais nos princípios humanos. A palavra de ordem era “Ossos sim, ração não!” O salão estava lotado, centenas e centenas de cães presentes ouvindo os grandes oradores dogsgrecos demonstrando como seria o novo mundo fruto das ideias guaipecanas. A danação do evento símbolo foi que dois gatos distraídos entraram no salão e aconteceu uma louca debandada de cães correndo atrás dos bichanos. Muitos morreram pisoteados, outros sufocados na ânsia de pegar os gatos. O líder olhou para um dos oradores e disse: “É, não estamos prontos à civilização.” Isso dito voltou a latir enquanto procurava um arbusto para urinar.

AMARO, O CERTINHO

Amaro era um homem correto; nunca havia saído da linha, nunquinha. Num sábado ficou só, a esposa Amália fora visitar a mãe. Ele então foi dominado nos encantos de uma vizinha separada, linda que só. Corpão daqueles de derreter sorvete no copinho. Caiu em tentação e foi ao motel com ela, todo feliz com o material que levava. Primeira vez fora da estrada, mas com carrão top de linha. Pega aqui, pega lá, os dois peladinhos quando um terrorista filho da puta explodiu o motel. Pois azar do Amaro que morreu; foi que ele rodou nos comentários como hipócrita e safado, como se tranqueira fosse. E saber que nem deu tempo para molhar o biscoito.

VIVER

Viver é ter sonhos.
Quando os sonhos estiverem enterrados,
vida já não existirá.
Andará pela terra apenas um espectro,
esperando tristemente o tempo da vida passar.

BELEZA

Bagunçada inspiração que em meu cérebro vagueia.
Divagações sobre a beleza,
Não minha, é claro,
Alheia.
De tal concluo que é fundamental amar as belas,
porém sem esquecer-se das feias.


“A existência do inferno é sem dúvida uma grande bobagem. Já serviu para amedrontar, hoje é fonte de piadas e anedotas, digamos, quentes.” (Mim)
“O aprendizado vem pela dor. Pois conto que de tanto querer escolher o que comer, acabei por um bom tempo sem ter o que comer.” (Mim)
“Já convivemos com falsos médicos. Não parou por aí. Hoje já temos falsos pacientes.” (Mim)
“Se eu fosse perfeito não escreveria aqui. Teria fundado uma igreja como Edir Macedo para salvar milhões do fogo do inferno.” (Mim)
“Jamais me encontro. Penso que sou um perdido crônico.” (Mim) 
“Como não acredito em Deus também não acredito no diabo, então posso falar mal deles com naturalidade.“ (Mim)

HUMOR ATEU- Por que existe o fanatismo religioso?

A falta desta peça na cabeça.

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- quinta-feira, junho 28, 2007 O ÓDIO NÃO PODE MORRER

Nem sempre os jornais trazem notícias ruins. Hoje, temos duas boas. No Egito, conforme despacho da BBC, foi anunciada a proibição completa da ablação do clitóris. E nos Estados Unidos, a Suprema Corte considerou nesta quinta-feira que as escolas públicas não podem utilizar os chamados programas de ação afirmativa para garantir a mistura racial nos estabelecimentos. Jornalismo vive de desgraças. Não é todos os dias que os jornalistas podem nos oferecer notícias como estas.

No Egito, uma menina morreu durante a ablação do clitóris, o que provocou uma série de protestos populares. Um porta-voz do Ministério da Saúde disse que nenhum médico está permitido a executar a operação em estabelecimentos públicos ou privados. Ainda segundo a agência britânica, os que infringirem a lei serão punidos. Estudos recentes estimam que cerca de 90% das mulheres egípcias já tiveram o clitóris extirpado.

A notícia é boa, mas nela não podemos depositar muita fé. Quando os machos egípcios castram 90% de suas mulheres, não será uma determinação de ministério que acabará, do dia para a noite, com a prática abominável. A cirurgiã que conduziu o processo em que a garota faleceu foi presa. Já é um avanço.

Neste dias em que os defensores de cotas para negros nas universidades brasileiras estão tomando posturas agressivas, a notícia vinda dos States nos toca mais de perto. "A procura de um objetivo pelas escolas (a integração racial) não quer dizer que elas sejam livres para empreender uma discriminação com base na raça para atingi-lo", disse o presidente da Corte, John Roberts, na decisão tomada por cinco votos a quatro.

O racismo negro estava tomando proporções caricaturais nos Estados Unidos. Em Seattle a raça foi o critério que impediu 300 adolescentes (200 brancos e cem negros, latinos ou asiáticos) de ingressarem nas escolas de sua preferência, que tinham mais candidatos do que vagas. Em Louisville, um menino não pôde entrar no maternal mais próximo de sua casa, onde restavam vagas, porque no estabelecimento já havia brancos demais.

A decisão da Suprema Corte americana terá alguma influência na política de cotas no Brasil? Duvido. Do Primeiro Mundo, só importamos o pior. Do melhor, nem queremos ouvir falar. É a velha vocação comunista da América Latina. O Brasil continuará estimulando o racismo pelas próximas décadas, até transformar este país numa espécie de Estados Unidos de início do século passado. Se a luta de classes morreu, alguma outra luta precisa ser estimulada. Há brancos e negros no Brasil? Maravilha - dirão os eternos apparatchiks. Vamos fazê-los lutar entre si. O ódio não pode morrer.

MESTRE YOKI, O BREVE

“Mestre, como devemos nos comportar no velório de um homem mau?”
“Não indo ao velório.”

MESTRE YOKI, O BREVE

“Mestre, por que os homens dormem?”
“Acredito que seja porque fecham os olhos.”

“Sou muito emotivo. Quando uma mulher bonita me joga um beijo eu desmaio.” (Assombração)


Você era belo quando criança? Sorte sua, pois eu já era feio. “ (Assombração)

“As beldades só fogem de feio pobre.” (Assombração)
“Estou uma mulher mais feia do que eu. Ao acordarmos não sei quem se assusta mais.” (Assombração)

“Feio, mas cheiroso.” (Assombração)


quinta-feira, 30 de março de 2017

Juiz Sergio Moro condena Eduardo Cunha a 15 anos de cadeia

O juiz Sergio Moro condenou o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha a 15 anos e quatro meses de prisão na ação penal que investiga o pagamento de propina na compra de um campo de petróleo na República de Benin, na África, pela Petrobras em 2011. Segundo a ação, Cunha cobrou “pedágio” na operação conduzida pela diretoria internacional da petroleira em troca de apoio ao Governo da ex-presidenta Dilma Rousseff. “Há elementos probatórios de que o caso transcende a corrupção e lavagem decorrente de agentes da Petrobras, servido o esquema criminoso para também corromper agentes políticos e financiar, com recursos provenientes do crime, partidos políticos”, descreve a sentença de 109 páginas.

O ex-deputado, que está preso preventivamente desde outubro em Curitiba, é acusado de lavagem de dinheiro, evasão fraudulenta de divisas e “concurso material, motivo pelo qual as penas somadas chegam a quinze anos e quatro meses de reclusão”, diz a sentença de Moro.

CLIQUE AQUI para saber mais.

ESTADOS UNIDOS

Justiça econômica:
  • A América é capitalista e gananciosa - mas metade da população é subsidiada.
  • Metade da população é subsidiada - mas eles pensam que são vítimas.
  • Eles pensam que são vítimas - ainda que seus representantes administram o governo.
  • Seus representantes dirigem o governo - mas os pobres continuam ficando cada vez mais pobres.
  • Os pobres continuam ficando cada vez mais pobres - mas eles têm coisas que as pessoas em outros países só sonham.
  • Eles têm coisas que as pessoas em outros países só sonham - ainda assim eles querem que os Estados Unidos sejam mais parecidos com os outros países.
http://thebizoflife.blogspot.com.br/2010/03/classic-socialism-jokes.html

Qual é a diferença entre o inferno capitalista e o inferno socialista?

No inferno capitalista, o maldito deve deitar-se sobre uma cama de pregos enquanto um rolo de vapor passa por cima deles. No inferno socialista, é exatamente o mesmo, exceto às vezes não há pregos, às vezes o rolo de vapor está quebrado e, às vezes, o motorista está muito bêbado para trabalhar. 

http://thebizoflife.blogspot.com.br/2010/03/classic-socialism-jokes.html

Necessidade da Morte- Arthur Schopenhauer

A individualidade do homem tem tão pouco valor que nada perde com a morte; há alguma importância nos característicos gerais da humanidade, que são indestrutíveis. Se concedessem ao homem uma vida eterna, sentiria tanta repugnância por ela que acabaria desejando a morte, farto da imutabilidade de seu caráter e de seu ilimitado entendimento. Se exigíssemos a imortalidade perpetuaríamos um erro porque a individualidade não deveria existir, e o verdadeiro fim da vida é livrar-nos dela. Se não houvesse penas e trabalhos, acabaria o homem por enfastiar-se, e voltaria a sofrer as dores do mundo em tudo o que se encontrasse ao seu alcance. Num mundo melhor o homem não se sentiria feliz, o essencial seria fazer com que ele seja o que não é, isto é, transformá-lo completamente. A morte realiza a principal condição; deixar de ser o que é; tendo isto em conta, concebe-se-lhe a necessidade moral. Ser colocado noutro mundo, e mudar inteiramente de ser, é no fundo uma só e mesma coisa. Seria conveniente que a morte, que destruiu uma consciência individual, a reanimasse de novo dando-lhe uma vida eterna? Qual o conteúdo, quase invariável desta consciência? Uma torrente de ideias e preocupações mesquinhas, acanhadas, terrenas. Melhor seria deixá-la repousar eternamente.
A religião pode ser comparada a alguém que pega um cego pela mão e o guia, pois este é incapaz de enxergar por si próprio, tendo como preocupação chegar ao seu destino, não observar tudo pelo caminho. — Arthur Schopenhauer
A forma mais comum de loucura é a crença apaixonada no palpavelmente falso. Essa é a principal ocupação da humanidade. — H. L. Mencken

HUMOR ATEU

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UM HOMEM, UMA CADEIRA

Um homem, uma cadeira. Vinte anos se passaram.  Um homem, uma cadeira, um cargo. Um homem, uma cadeira, muitos conchavos, muitas mordomias e desvios. Uma cadeira, uma bunda colada, um sindicalista. Pois foi necessária uma junta médica para destronar o sacripanta. E houve choro e ranger de dentes, também presentes algemas e um delegado. Restou uma cadeira vazia aguardada por nádegas ansiosas.

ZULEIKA

Atrás da porta
Lá estava ela
Marrom Zuleika
A lagartixa de parede
Degustando uma baratinha
Olhou para mim com atenção
Como querendo dizer
Veja só amigo
Como sou boa e limpo sua casa.

OS SALVOS

Ele gasta os olhos lendo o livro dos séculos dos séculos,
Endurece a saliva impondo condenações aos diferentes.
Anda de terno e gravata
Para demonstrar seriedade.
Tira dos seus amados para lambuzar o rabo de pastores,
Pois está fanatizado pela salvação.
E eu
Do alto das minhas sandálias havaianas
Rio em silêncio,
Observando como navegam bem os espertos
Nesse mar de ignorância sem fim.

NO ANDAR DA CARROÇA

Observando o andar da carroça
Causa-me desassossego pensar no futuro da pátria.
Enquanto poucos pensam em progredir por conta própria,
O grosso da massa navega no não pensar,
Sendo levada pela esquerda mocoronga,
A navegar no mar do coitadismo tupiniquim,
Buscando culpados por suas mazelas
Permanecendo na coleira até o fim.

DAS CERTEZAS

O nosso mundo particular certo,
De certo nada tem.
Às vezes quando tudo maravilhoso
Ele dá uma guinada de 360 graus,
E todos os nossos sonhos se evaporam,
Pois a vida resolveu mostrar sua face mais horrenda.

PREJUÍZO

PREJUÍZO DUPLO- “Apareci em casa com um comprimido de Viagra. A Nona atirou  ele para o cachorro.” (Nono Ambrósio)


IRMÃ DO CHICO

“A minha irmã não tem nada de transparente. Nada! Poderia ter a calcinha, mas isso é algo que ela não usa.” (Chico Melancia)


FUNCIONÁRIO PADRÃO?

“Na empresa em que trabalho sou considerado o funcionário perdão. Perdão chefe por dormir no trabalho; perdão chefe por chegar atrasado, etc.”

ALUNO 10

“Quando o professor perguntou quem é o presidente da Romênia eu não vacilei: Conde Drácula. Zero!” (Chico Melancia)

BEBIDA

“A bebida estava interferindo no meu trabalho. Larguei do trabalho.” (Chico Melancia)

E RIO

“Rio porque gosto da vida. E só não rio mais por causa de unha encravada, das doze facadas no peito e de um furúnculo que tenho na bunda.” (Chico Melancia)
“Eu tinha muitas virtudes. Perdi todas no jogo.” (Mim)
“A última pessoa que pretendo ver neste planeta é um coveiro.” (Mim)
“Papa argentino? Não tenho nada contra os argentinos. O que não me desce são os papas.” (Mim)
“Não é um filme. Nossos grandes ladrões são extremamente reais.” (Mim)
“A preguiça é a mãe do crime e a vadiagem é a tia.” (Mim)
“Não existe patudo maior que um ser que não responde a um cumprimento. Sirva o milho.” (Mim)
“Quem nunca bebeu não sabe das maravilhosas ressacas que perdeu.” (Mim)
“Quando um homem é picado pelo poder, a vergonha que outrora ele tinha, é morta pelo desejo de ser bajulado.” (Mim
“Se Deus realmente existisse já teria acabado comigo. O diabo idem.” (Mim) 
“Meu médico disse que conforme a minha altura estou 30 kg acima do peso ideal. Então meu problema não é peso, é altura.” (Mim)
“Vida após a morte meu amigo, só com autorização da UNIMED.” (Mim)


“O brasileiro é mesmo um sem memória. É roubado todos os dias e nem se lembra disso quando vota.” (Mim)
“Diante da imensidão do universo somos ácaros.” (Mim)
“A estupidez e a imbecilidade já não são mais exceções. Basta andar alguns passos.” (Mim)


“Quando nasci a minha mãe se encheu de esperança. Ainda bem que a esperança é a última que morre.” (Climério)
Quer saber quem “sou eu? Pois consulte o Serasa e saberá”. (Climério)
“Casei-me três vezes. E só não me casei mais por que a última ainda não me mandou embora.” (Climério)
“Todo papa-tudo se acha muito esperto e por isso não repara na sutileza das aspas que carrega na testa.” (Climério)
“Quando o sexo era pecado a tentação era maior. Rezei e penitenciei mais que qualquer freira enclausurada.” (Climério)
“Nunca demonstrei vergonha para almoçar ou jantar em casa de estranhos. Já trabalhar me deixa traumatizado mesmo em casa de amigos.” (Climério)
“Você também era daqueles que procurava frestas para ver suas vizinhas peladas?” (Climério)

“Estou sem cartaz até na terceira idade. Vou começar a pescar e a jogar dominó.” (Climério)

quarta-feira, 29 de março de 2017

IMIGRAÇÃO NA URSS

Brezhnev estava ficando muito chateado por não deixar os judeus emigrar para Israel. Ele finalmente chamou um assessor em seu escritório, e trouxe a questão.
 - Quantos judeus temos na URSS? 
- Quatorze milhões - respondeu o ajudante. 
E quantos deles aproveitarão a oportunidade para emigrar para Israel se eu permitir isso, perguntou Brezhnev.

 - Trinta e sete milhões.

SUICÍDIO MADE IN KGB



O oficial da KGB diz aos parentes mais próximos que seu pai cometeu suicídio.

Kin: Como ele morreu?

KGB: Fratura de crânio.

Kin: Fratura de crânio?

KGB: Bem, com certeza ele não aceitaria  tomar veneno.

OS POLONESES RESPONDEM

O que é comunismo? 
R: Os poloneses dizem que é o mais longo e doloroso dos caminhos para o capitalismo.

COMUNAS

O que os comunistas usavam para iluminar suas casas antes de usar velas? 
 R: Eletricidade.

http://www.jokes4us.com/politicaljokes/communismjokes.html

HUMOR ATEU

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NOS DEDOS

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ATEULIGENTE

EU, MULHER PRETA, CANSEI DA ESQUERDA por Patrícia Silva. Artigo publicado em 29.03.2017

(Publicado originalmente em institutolioberal.org.br)

Cansei. Cansei de ouvir pessoas dizerem o que eu tenho que fazer, o que e como eu tenho que pensar, com quem devo me associar e quais ideias devo seguir.
Cansei de ouvir militantes do movimento negro dizerem como meu cabelo deve ser. “Não alise seus cabelos!”, eles disseram. Cansei!
Cansei de ouvir feministas dizerem que mulher pode ser o que ela quiser, menos se declarar não feminista. Aparentemente, você, mulher, é obrigada a ser feminista. Sua cabeça, minhas regras.
Deus, como estou cansada!
Cansei de ouvir socialistas/comunistas classificarem como alienados ou ignorantes todos os pobres, negros e gays que não são alinhados à esquerda do espectro político. Na visão vitimista desses seres iluminados, somente o combo “homem-branco-heterossexual-classe média-morador do Leblon” pode querer ser o que quiser. Será que não percebem a incoerência nisso? Será que não percebem que essa massacrante rotulação é só mais uma forma de opressão do livre pensar? Aliás, quem eles pensam que são para determinar o que outros indivíduos devem pensar?
Cansei. Estou farta da patrulha ideológica.
Desejo que você possa pensar de forma livre.
Desejo que você possa ser o que quiser. Use e abuse da sua individualidade. Seja livre!
Desejo que, em nome da liberdade individual, respeitemos todos os pensamentos e todos os indivíduos.
E eu desejo isso porque me inspiro em Ayn Rand, que disse: “A menor minoria na Terra é o indivíduo. Aqueles que negam os direitos individuais não podem se dizer defensores das minorias.”
E digo ainda: grito que cansei inspirada no jornalista e escritor brasileiro Luiz Gama: “O escravo que mata o senhor, seja em que circunstância for, mata sempre em legítima defesa.”
Entenda: ser liberal não é gostar de todas as escolhas das pessoas, mas entender que não é porque eu não as aprovo que eu tenho o direito de proibi-las.
É como já disse a fantástica escritora Clarice Lispector em sua obra “Água Viva” (1973): “escuta: eu não te deixo ser, deixa-me ser então”.
Sobre a autora: Patrícia Silva é Doutora em Educação pela UFF com realização de estágio doutoral na Ohio University. Trabalha como Pedagoga na Escola de Serviço Social da UFRJ. É uma das administradoras da Libertas, página do Facebook que tem como objetivo a apresentação de estudos sobre o liberalismo na educação e os ideais de liberdade.
 

À LA CARTE TUPINIQUIM por Eduardo Affonso. Artigo publicado em 29.03.2017

(Publicado originalmente em http://www.eduardoaffonso.com.br)

– Garçom, me veja o cardápio, por favor.
– Nós não trabalhamos mais com cardápio, senhor.
– Vocês usam uma tabuleta, você me fala os pratos?
– Não, senhor, trabalhamos agora com lista fechada.
– Como assim, “lista fechada”?
– O senhor escolhe o restaurante (no caso, escolheu o nosso), e o nosso gerente escolhe o que o senhor vai comer.
– E o que é que eu ganho com isso?
– O senhor não precisa perder tempo escolhendo.
– Mas como vou saber o que vou comer?
– O senhor come o que o gerente achar que o senhor deve comer.
– Mas baseado em quê, se ele não sabe do que eu gosto?
– Baseado nos critérios dele.
– Que são…
– Ele pode querer que sejam os pratos mais caros. Ou os que usam ingredientes que estão com prazo de validade perto de vencer. Ou os que já estão prontos. Ou os que dão menos trabalho. Isso não cabe ao senhor decidir.
– Então eu me sento e…
– Senta, come o que o gerente quiser, e paga a conta.
– E se eu não gostar do prato?
– Nós não trabalhamos com essa possibilidade, senhor. Gostando ou não, vai pagar a conta do mesmo jeito.
– Bem, acho que vou então para outro restaurante…
– Todos agora trabalham assim, senhor.
– Mas quem decidiu isso?
– O Sindicato dos Donos dos Restaurantes.
– Pois então eu não vou mais comer fora. Vou comer em casa.
– Não tem problema, senhor. Posso trazer a conta?
– Que conta? Não vou comer nada…
– A do Fundo Suprapartidário dos Restaurantes. Comendo aqui ou em casa, o senhor tem que financiar os restaurantes.
– Por que é que eu tenho que financiar vocês?
– Porque se não financiar por bem, nós vamos conseguir o financiamento de outra forma, que é assaltando o senhor – um método também conhecido como Caixa Registradora Dois. O senhor pagar diretamente é muito mais civilizado, não acha?
– E quem me garante que eu pagando vocês não vão me assaltar do mesmo jeito?
– Ninguém, senhor. Ah, não aceitamos cartão. E os 10% são obrigatórios.

UM TIRO CONTRA O IMPERADOR por Prof. Nelson Valente. Artigo publicado em 29.03.2017



No dia 14 de julho de 1889, centenário da Revolução Francesa, foi devidamente comemorada no Rio de Janeiro. Mas as festas tiveram inesperado desfecho: um tiro no Imperador D. Pedro II. O Imperador, sua consorte e a Princesa Isabel deixavam o Teatro Santana, no Rio de Janeiro, após assistirem a um concerto, quando ecoaram brados de Viva a República. Este primeiro incidente não teve maiores consequências. Quando a carruagem passava, pouco à frente, diante da Maison Moderne – o restaurante da predileção dos literatos da Corte – é disparado, em sua direção, um tiro de revólver, que se perde, sem atingir o veículo, seus ocupantes ou os batedores. Perpetrara-se um atentado contra o Monarca.

O centenário daquele acontecimento, que se comemoraria a 14 de julho de 1889, tornou-se o marco de grandes eventos. Até essa data, por exemplo, todos os adeptos da República deveriam ter libertado seus escravos. A Lei Áurea, porém, frustou-lhes os objetivos. Contudo, celebraram a efeméride e, como em outras solenidades, fizeram executar a Marselhesa, para desespero dos Monarquistas. A ojeriza destes pelo hino francês, que lhes sabia como deboche, está expressa no propósito manifestado por candidato conservador de, se a sorte sorrisse aos republicanos, no derradeiro pleito eleitoral travado no Império, refugiar-se em sua fazenda, para não ouvir os acordes provocativos daquela música.

Inesperada também foi a decisão do júri que julgou o autor do atentado.

O autor (Adriano do Vale, português de 21 anos de idade) do atentado foi preso - a grande maioria do júri decidiu pela negativa do fato, absolvendo-o.

O julgamento marcou-se para 23 novembro: Os jurados eram 12 e o réu foi absolvido por 10 votos. Estava repleta a sala do júri, por ocasião do julgamento de Adriano do Vale. Falaram o promotor público Lima Drummond, o curador Otoni e o defensor Ferreira Lima. Não houve réplica. E, não obstante o réu ter confessado amplamente o crime. Coisas do júri, dir-se-á. Um fato provado e confessado resulta inexistente, pela decisão dos jurados.

O 14 de julho foi, portanto, comemorado com efusão ruidosa, em que se misturavam a Marselha e os vivas à República. E, tudo isso, sem a mínima interferência policial, diante da mais absoluta complacência das autoridades. As manifestações hostis ao governo e ao regime tinham cunho rotineiro, durante o Segundo Reinado. Foi assim que, a 15 de julho de 1889, no dia seguinte ao que festejara o centésimo aniversário da Queda da Bastilha, emprestando-lhe um cunho de grande acontecimento republicano, Pedro II e membros da Família Imperial envolvidos em atos afrontosos. Herdando um Império no limiar da desintegração, Pedro II transformou o Brasil numa potência emergente na arena internacional.

O reinado de Pedro II veio a um final incomum — ele foi deposto apesar de altamente apreciado pelo povo e no auge de sua popularidade.

Ele não permitiu qualquer medida contra sua remoção e não apoiou qualquer tentativa de restauração da monarquia. Passou os seus últimos dois anos de vida no exílio na Europa, vivendo só e com poucos recursos.

Algumas décadas após sua morte, sua reputação foi restaurada e seus restos mortais foram trazidos de volta ao Brasil como os de um herói nacional. Sua reputação perdurou até o presente. Os historiadores o enxergam numa visão extremamente positiva, sendo considerado por vários o maior brasileiro.

Segundo, o Professor Doutor Arnaldo Niskier: “Quando se debate o que deve ser lecionado aos nossos alunos, a partir de uma nova concepção de currículo, a variedade é imensa. Na discussão em torno do assunto, a imaginação é o limite. Chegamos ao absurdo de ler propostas de cortar episódios como a Inconfidência Mineira e a revolução Farroupilha, sob o pretexto de que não contém elementos indígenas ou afrodescendentes em número expressivo. Querem reescrever a nossa história, como se isso fosse possível. Alguns professores defenderam a tese de que devemos abandonar os estudos das nossas matrizes eurocêntricas, o que atingiria a língua portuguesa, a sua literatura, e também a história do Brasil. Como abrir mão de tanta riqueza cultural?”

(Publicado originalmente em Diário do Poder)

Nelson Valente é professor universitário, jornalista e escritor.

OS RATOS

Os ratos foram aos poucos chegando, conhecendo o terreno e invadindo a casa vazia. Magrelos, vinham da casa de um aposentado da iniciativa privada. Encontraram as prateleiras da despensa abarrotadas de queijos e outras guloseimas. Quando viram àquela abundância chamaram também os tios e primos que estavam nos arredores. O proprietário fora generoso: havia saído de férias, mas deixou um bom rancho para eles. Naquele mês os ratinhos encheram seus buchinhos e ficaram gordos como patos. Festança todos os dias, alegria geral. Quando o dono da casa retornou seu gato ficou encantado com tantos ratos fofinhos. Em todos os cantos da casa estavam eles arrotando sem cerimônia. Os roedores de tão obesos não conseguiam mais correr e o bichano foi então papando todos com paciência. Eram tantos que até reservou alguns para comer no natal. Moral da história: Quem precisa correr para sobreviver não deve engordar.

O HOMEM DE SETE DEDOS

Hugo é um paraibano de trinta e seis anos, natural de João Pessoa e que nasceu com sete dedos na mão direita. Tem dois filhos pequenos e trabalha na construção civil como pedreiro. No momento está construindo sua própria casa nas horas de folga. Hugo é um exemplo de boa gente e trabalhador. Não vive de favores de compadres e escumalha, é honesto com seus sete dedos e, ao contrário de certos tipos que mesmo tendo apenas quatro dedos se locupletam com dinheiro público sem ficar rubros.

SETEMBRINO

Setembrino morreu no manicômio aos sessenta anos. Após sua morte os médicos especialistas o desmontaram para estudá-lo, mas não conseguiram juntá-lo novamente. Então ficou claro para todos que era verdade o que diziam dele: Setembrino tinha realmente um parafuso a menos.

ADEUS MUNDO CRUEL

Mauro não era propriamente um homem a quem podemos emblemar de bem com a vida. Casamentos desfeitos, bons empregos perdidos, duas sociedades em que fora passado para trás. Naquele dia saíra para procurar emprego e voltando para casa sem nenhuma novidade encontrou ela vazia. A mulher partira levando a mobília também. Ele foi então até o banheiro, levantou a tampa do vaso e se atirou dentro. Espremeu-se bem e com muito esforço conseguiu puxar a cordinha da descarga. Adeus mundo cruel!
“A felicidade é um bicho que ninguém consegue prender para sempre.” (Filosofeno)
“Desprezo bajuladores. São seres menores.” (Filosofeno)
“O mundo está muito barulhento. Não se pensa bem quando há muito barulho.” (Filosofeno)
“Há lugares que não nos agradam, é verdade. Mas quando nenhum lugar nos agrada será que não há algo de errado conosco?”(Filosofeno)
“Já houve o tempo das diligências. Agora vivemos o tempo das indigências.” (Filosofeno)
“Quando a bajulação for exagerada, cuide dos bolsos.” (Filosofeno)
“Existem os loucos, mas alguns homens se fazem de loucos para fugir de suas responsabilidades.” (Filosofeno)
“Quando acordo todas as manhãs aguardo pelo sol, não pela tempestade.” (Filosofeno)
“A paixão tem seu lado perigoso. A paixão provoca cegueira.” (Filosofeno)

NO CREO

“O povo vota, escolhe e tem os políticos que merece ou somos azarados?” (Eriatlov)

INFORMAÇÃO

“Sem dúvida o melhor noticiário para você ficar bem mal informado é o Jornal Nacional.” (Eriatlov)

O MELHOR

“Às vezes os candidatos apresentados são tão ruins que o melhor que pode fazer pelo país é roubar as urnas.” (Eriatlov)

E NÃO É?

“Tudo o que já foi testado em matéria de política e deu errado em outras partes do mundo na América Latina recebe novas oportunidades.” (Eriatlov)

terça-feira, 28 de março de 2017

Os homens mentiriam menos se as mulheres fizessem menos perguntas.
Nelson Rodrigues
Não se apresse em perdoar. A misericórdia também corrompe.
Nelson Rodrigues
Invejo a burrice, porque é eterna.
Nelson Rodrigues
“O doce exercício de xingar os americanos em nome do nacionalismo nos exime de pesquisar as causas do subdesenvolvimento e permite a qualquer imbecil arrancar aplausos em comícios.” 
ROBERTO CAMPOS
“Mais importante que as riquezas naturais são as riquezas artificiais da educação e tecnologia.” 
ROBERTO CAMPOS
Os comunistas brasileiros têm razão ao dizer que não é verdade que comam criancinhas. No "socialismo real", a preferência é por matar adultos. 
ROBERTO CAMPOS

SOCIALISMO

O melhor momento de todo regime socialista é quando ele acaba.

A CARA DE LULA?

A cara de Luda é a cara de um sujeito que na verdade não tem cara nenhuma.

DEUS E PEDRO

Por mera curiosidade Deus pergunta para São Pedro:
-Pedro, temos algum político brasileiro aqui no paraíso?
-Nenhum chefe. Se não me engano temos dois no purgatório e o restante no foguinho.

SÃO PEDRO

São Pedro conta para Gabriel: “Acho que o chefe está maluco. Peguei-o rezando e pedindo graças. Mas pedindo graças a quem?”

SATANÁS FERREIRA

Satanás Ferreira comenta com o seu secretário: “Nos lascamos aqui nesse calorão dos infernos enquanto a turma da boa vida e do dízimo salga a bunda e bebe cerveja gelada no Caribe. É justo?”

O BAILE DO RESPEITO

O Brasil está mais ou menos como o Baile do Respeito. Lá pela madrugada o dono do salão pegou o microfone e falou aos presentes: “Diante da total falta de respeito demonstrado pela maioria o baile está terminado. Vistam suas roupas e vão para casa.”
Pós- morte existe o outro lado. O lado de dentro do caixão. (Pócrates)
“O tal Deus esteve grudado em mim por muitos anos como um carrapato. Sugou tempo e racionalidade.” (Pócrates)
“O inferno eterno é uma impossibilidade. A madeira e o gás são finitos.” (Pócrates)


“Descobri o sexo quando já estava nu. Aí não deu mais para ignorar.” (Pócrates)

PARAR DE BATER PERNAS



O orador começa a enumerar as conquistas do "Plano Quinquenal":

-- Na cidade X foi construída uma usina elétrica...

Uma voz da sala:

-- Acabei de vir de lá. Não existe por lá nenhuma usina elétrica!

O orador continua:

-- Na cidade Y foi construída uma indústria química...

A mesma voz: -- Estive lá a semana passada. Não havia nenhuma fábrica!

O orador não se contêm:

-- E o Sr., camarada, deveria ler mais jornais e parar de bater pernas por aí!

FOICE E MARTELO NA SUÉCIA

- Pode-se construir o comunismo na Suécia?
 -Pode. Mas seria uma pena.

Como será a aparência do ser humano do futuro sob regime comunista?



- Como será a aparência do ser humano do futuro sob regime comunista?

- Ele vai ter mãos pequenas, pois não vai fazer nada com elas - as máquinas trabalharão por ele. Vai ter pés pequenos, pois não precisará andar - vai ser transportado por terra, mar e ar. Vai ter um estômago pequeno pois se alimentará de pílulas com muitas calorias. Também terá uma enorme cabeça, pois deverá pensar muito. Pensar como obter estas pílulas.

AN-POLIT

FILA



Um socialista, um capitalista e um comunista marcaram um encontro. O socialista chegou atrasado.

-- Desculpem pelo atraso, tive de enfrentar uma fila para comprar salame.

-- O que é fila? -- perguntou o capitalista.

-- O que é salame? -- perguntou o comunista.


AN-POLIT-1

BERLIM AINDA ESTÁ LONGE por Gedson Meira. Artigo publicado em 27.03.2017

Dia 27 de Março de 2017. Momento de tentar avaliar o que se passou no dia anterior e entender onde estamos e para onde estamos indo. As manifestações convocadas pelos movimentos de rua tiveram uma resposta relativamente fraca da sociedade brasileira. O site Antagonista adverte: Manifestação boa é manifestação cheia, e que rua vazia é prejudicial à democracia. Verdade. Mas será que isto será suficiente para estimular a ORCRIM a prosseguir com seus planos para matar a Lava Jato e anistiar todos malfeitores? Não teria sido pior não ter feito nada e passar a certeza de que toda a sociedade brasileira está adormecida? Não tenho certeza alguma sobre isto, e creio que saberemos melhor ao longo da semana, acompanhando o desenrolar dos fatos no Congresso.
O jornal O Estado de São Paulo trouxe neste domingo uma reportagem sobre o avanço da direita na internet. A matéria, um tanto preconceituosa, tem vários pecados. O principal deles é omitir a existência do site O Antagonista, um concorrente que se transformou num fenômeno que está roubando leitores da mídia impressa, afetando quase todos os jornais do país. Porém ela registra que a direita conquistou importantes trincheiras na internet. É um fato. Há cerca de 5 anos atrás o cenário era totalmente outro, e a internet brasileira era povoada de sites e blogs alimentados com polpudas verbas estatais distribuídas pelo governo do PT.
Numa nação submetida a um enorme processo de lavagem cerebral gramsciana por mais de 30 anos, o ressurgimento da direita pela via da internet é uma excelente notícia. Conquistamos a nossa cabeça de praia, a nossa Normandia. Mas não podemos de forma alguma subestimar o adversário. A esquerda se infiltrou ao longo de 40 anos por todo o aparato cultural e educacional deste país. É ela que ainda forma (ou melhor dizendo, deforma) a cabeça dos jovens desta nação, sobretudo os que tem menos acesso a outras fontes de informação. E ela também ainda dita o que é certo ou errado no mundo da cultura e das artes. Artistas como Danilo Gentili, Lobão, Roger, Regina Duarte, José Padilha e Zélia Duncan ainda são exceções em um cenário predominantemente esquerdista. A esquerda também domina e dominará por muito tempo ainda setores associados à enorme presença do estado na economia brasileira.
Nesta área encontramos grupos que se aliam à esquerda não por afinidade ideológica, mas por interesses corporativistas. É o caso de funcionários públicos, funcionários de empresas estatais, sindicatos, e empresários beneficiários do atual sistema de monopólios e de relações pouco republicanas entre o estado e as empresas privadas. Tivemos um festival de rock em São Paulo, com cerca de 100.000 pessoas, creio eu. Lá pelas tantas, uma banda gringa começou a tocar o velho jingle de campanhas presidenciais do PT, o Lula lá. Preocupante ver que parte da juventude brasileira ainda enxerga algum futuro em propostas socialistas que nasceram no século XIX, e que fracassaram em todo o mundo, quase sempre associadas ao surgimento de regimes ditatoriais bárbaros. Mais preocupante é observarmos esta parcela da sociedade ainda crer que um indivíduo pouco letrado, que é réu em 5 ações penais, e que foi responsável pela maior recessão e o maior desemprego da história deste país, possua as condições mínimas necessárias para ocupar novamente a presidência da nossa nação.
Uma breve espiada no noticiário da vizinha Venezuela seria bastante esclarecedora sobre as potenciais consequências de uma volta da esquerda ao poder no Brasil. Enfim, continuaremos a nossa luta para ampliar a cabeça de praia e ocupar os espaços ainda sob controle do inimigo comunista. A luta será dura e longa. Não se corrige em 1 ou 2 anos um processo pernicioso que foi implantado pelo adversário com muita estratégia e competência política por mais de 40 anos. Berlim ainda está muito longe, mas chegaremos lá.
 

UM PAÍS EM TRANSE por Luiz Marcelo Berger - PhD. Artigo publicado em 27.03.2017

A perversão moral do país torna-se endêmica e sistêmica quando aqueles que deveriam proteger a singela noção de equidade no seu mister abdicam do seu magistério quando membros do estamento burocrático experimentam os efeitos da lei, ainda que minimamente.
Sérgio Cabral e sua esposa Adriana tem recebido das cortes de justiça brasileira tratamento que não é dispensado a outros mortais brasileiros que entregam o suor do seu trabalho ao estado que, por sua vez, deixa rolar seus frutos pelo ralo da corrupção desbragada e descontrolada, alimentando contas na Suíça das organizações criminosas solidamente instaladas no núcleo do poder nacional.
O juiz fluminense que concedeu a liberdade a esta senhora sob pretexto de que seus filhos pequenos estariam desassistidos nunca cogitou de conceder o mesmo benefício às centenas de milhares de mães que se encontram em situações semelhantes nas masmorras brasileiras, também conhecidas como penitenciárias.
O ex-governador carioca, criminoso cuja folha corrida seria suficiente para deixá-lo guardado pelo resto da vida aprisionado em face da comprovada catástrofe que patrocinou para os seus conterrâneos, continua também sendo beneficiário de privilégios que mostram que o velho adágio de Getulio Vargas continua mais vivo do que nunca:
"para os amigos, as benesses da lei.
Para os inimigos os rigores da lei.”
Tendo vivido pessoalmente a experiência de conversar individualmente com dezenas de apenados e apenadas incursas nas mesmas condições que o casal de bandidos cariocas posso apenas confirmar minha percepção de que o Brasil apodreceu em seus valores em uma escala inimaginável.
Dizer que o sistema penal brasileiro oferece a mais remota possibilidade de tratar de forma igual os cidadãos tornou-se uma peça de ficção.
Um filme B de quinta categoria.
Não somos uma nação, mas definitivamente um acampamento de refugiados provisório, governado por gangues de criminosos que tomaram pelo voto o direito de rapinar o sangue e o suor dos brasileiros de bem e que se protegem uns aos outros, perpetuando o ciclo vicioso de miséria e destruição que tem caracterizado as instituições brasileiras desde as caravelas.
Feliz foi Roberto Campos que se foi antes de presenciar todas suas profecias se tornarem a mais repugnante e abjeta realidade.

QUEM ROUBOU

Leonardo Andrade guardou seu milhão de dólares num cofre seguro. Quando após um mês abriu o cofre para verificar não havia mais dinheiro. Roubo? Quem roubou e como? Ninguém mais entrou na casa, somente ele sabia a combinação. Vieram os peritos e não conseguiram uma explicação. Chamaram então o professor Luxemburgo que tinha explicação para tudo. Então examinando o interior com sua lupa ele descobriu num cantinho escuro do cofre o bichinho comedor de dinheiro de barriguinha estufada arrotando verdinhas.

SANTO REMÉDIO

Madrugada e o cão Tupi não sossegava, não parava de latir. Vizinhos reclamavam em bando. Após esbravejamentos e xingamentos inúteis seu dono levou para ele o último exemplar da Playdog. Foi um santo remédio.

LANCHINHO

Uma multidão se reuniu em volta do homem que sentado na calçada se alimentava. Usava maionese, ketchup e mostarda como incremento. Protegia sua camisa com um guardanapo de pano xadrez. O que teria de especial um homem fazendo seu lanche na calçada? Nada teria, se ele não estivesse se alimentando de paralelepípedos.

FORTE E VALENTE

Turíbio era muito forte e valente como nenhum outro. Na verdade não tinha mais adversários na sua região. Derrubou todos que estiveram em seu caminho. Seus amigos o convenceram de sair no braço com um leão, na porrada. Pois os tais conseguiram um leão e colocaram os dois frente a frente numa jaula enorme . O valente foi todo pintado pra batalha, uma mistura de ninja, apache e soldado em guerra na floresta. E o dito leão por ser um bicho burro e desinformado não sabia quem era Turíbio, o forte e valente. E assim sendo um animal totalmente por fora, comeu o valente ainda no primeiro round.

POIS

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HIPÓTESES DA EXTINÇÃO

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MAIS UMA TEORIA

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Crehnor, cooperativa de crédito ligada ao MST e ao PT quebra em Sarandi.BC decreta intervenção imediata.

O Banco Central anunciou a decretação extrajudicial da Cooperativa de Crédito Rural Horizontes Novos de Novo Sarandi, também conhecida como Crehnor Sarandi, sediada na cidade de Sarandi, no norte do Rio Grande do Sul. Com a decisão, foi anunciado também que bens de sete ex-administradores da cooperativa ficarão indisponíveis: Helvio de Fragas, residente da cidade gaúcha de Pontão; Ivalino Segnor, do município de Ronda Alta; Janete Confortin Giacomelli, da cidade de Três Palmeiras; Marcos Rubenich, morador de Nova Boa Vista; Valdemar Alves De Oliveira, de Sarandi; Valdir Antonio Zottis, residente em Liberato Salzano; e Wanderlei Bagolin, da localidade de Palmeira das Missões. Acooperativa tem 25.000 associados em 22 pontos de atendimento. O volume total de recursos administrados pela cooperativa era de cerca de R$ 30 milhõe

A medida atingirá todos que ocuparam cargos na instituição financeira nos últimos 12 meses.

A Crehnor era ligadíssima ao MST e ao PT.

O FGCoop (Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito), através de comunicado (link), informou que tão logo tenha a identificação dos depositantes e dos respectivos valores, a ser fornecida pelo liquidante, os pagamentos serão imediatamente disponibilizados aos titulares de depósitos garantidos.

CORREIO DO BAGUAL DE URUGUAIANA- Goergen quer saber tamanho das dívidas da Cooperativa de Crédito de Sarandi

O deputado Jerônimo Goergen, PP do RS, disse esta manhã ao editor que vai pedir oficialmente ao Banco Central os números sobre o passivo e as dívidas deixadas pekla Cooperativa de Crédito Rural Horizontes Novos de Novo Sarandi, a Crehnor, que quebrou ontem em Sarandi, RS. A Crehnor foi organizada pelo deputado petista Dionilson Marcon e sempre manteve ligaçoes carnais com as campanhas do PT e as movimentações do MST.

GAZETA DA COXA GROSSA DE ARIPUANÃ- Polícia Federal bota na cadeia outro graúdo ladrão petista que roubou a Petrobrás

A Polícia Federal prendeu hoje outro petista da quadrilha que roubou a Petrobrás. Trata-se de Roberto Gonçalves, o homem que substituiu Pedro Barusco nas lambanças do diretor Nestor Cerveró. Ele foi preso em Roraima. A PF diz que não estava em fuga, mas visitando parentes. Herdeiro da roubalheira feita por Barusco, Roberto fará companhia ao ex-presidente do PT, Zé Dirceu.

GAZETA DO BEIÇO ROXO DE POMERODE- Conta de luz cairá até 20% em abril

A conta de luz do consumidor em todo o País vai cair até 20% em abril, por conta da devolução de uma cobrança indevida de energia atrelada à usina nuclear de Angra 3.

O risco da crendice - Michael Shermer

Diretor de ONG americana que combate as superstições diz que vivemos uma era de irracionalismo e que acreditar em tudo pode ser perigoso: “Pode parecer inofensivo acreditar em espíritos ou telepatia. Não é. Quem acredita nisso pode acreditar em qualquer coisa”.
O psicólogo americano Michael Shermer dedica-se há nove anos ao que considera uma cruzada: em defesa do pensamento científico, ele combate superstições, crendices e mitos. Suas armas são palestras que faz pelos Estados Unidos, cursos no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), participações em programas de televisão e de rádio e sete livros sobre o assunto. O último deles, Fronteiras da Ciência: onde o que Faz e o que Não Faz Sentido Se Encontram, foi lançado no ano passado nos Estados Unidos. Shermer é diretor da Sociedade dos Céticos, uma espécie de ONG que tem entre os simpatizantes cientistas do calibre do paleontólogo Stephen Jay Gould, um dos principais escritores de divulgação científica do mundo. Colunista da revista Scientific American, ele mantém um site na internet dedicado a desmascarar charlatães. Quando não está debatendo com crédulos de todos os matizes ou escrevendo livros, Shermer se dedica a outras tarefas não menos desgastantes. É apaixonado por corridas e enduros de bicicleta e participante assíduo de competições como a Race Across America, que cruza os Estados Unidos de ponta a ponta.
Veja — Por que o senhor afirma que estamos vivendo um momento de irracionalismo?
Shermer — 
Nós somos menos crédulos e supersticiosos do que eram as pessoas há 500 anos. A história é outra se compararmos com 25 anos atrás. O irracionalismo só tem aumentado. Pesquisas mostram que cada vez mais se acredita em astrologia, experiências extra-sensoriais, bruxas, alienígenas e discos voadores, na existência da Atlântida. Há uma lista enorme de coisas absurdas. O espantoso é que não são apenas os lunáticos que creem nessas coisas. Muita gente com bom nível de educação também cai nessa. São crenças pegajosas, que se fixam de forma muito mais forte do que podemos imaginar.
Veja — Por que isso acontece?
Shermer —
 O irracionalismo tem aumentado principalmente por culpa da comunicação de massa e da internet. As pessoas que vivem da exploração dessas crenças são hábeis na exploração desses recursos. Usam técnicas de vendas como telemarketing, anúncios e promoções. As religiões tradicionais vêm perdendo muito espaço nos últimos anos, o que tem deixado um campo aberto para crenças alternativas como paranormalidade e cultos da nova era.
Veja — Não é paradoxal que isso aconteça no momento em que o conhecimento e a ciência sejam tão difundidos?
Shermer —
 A explicação é simples. As pessoas procuram crenças que as consolem, coisa que a ciência não faz. É mais fácil acreditar em crendices e superstições que na ciência. As pessoas querem respostas para questões de cunho moral, que a ciência não tem como responder. Nós não devemos esquecer que todos os seres humanos, entre eles os cientistas e os céticos, querem ter uma vida melhor. Sob esse ponto de vista, é difícil resistir ao canto de sereia do misticismo.
Veja — O que o senhor acha do enorme sucesso no Ocidente de orientalismos como o feng shui, a doutrina chinesa que propõe o uso da decoração e da arquitetura para reequilibrar a energia das pessoas?
Shermer —
 As pessoas estão tentando dar sentido às coisas a sua volta. Querem botar ordem num caos que não conseguem compreender. Coisa parecida acontece entre as tribos animistas da Amazônia. Os índios creem que o mundo está repleto de espíritos e forças que ajudam a arrumar esse caos e tratam de invocá-los como podem. É claro que os brasileiros que vivem nas grandes cidades não levam a sério o animismo dos ianomâmis e provavelmente ririam dos pajés se os vissem tentando arrancar os encantamentos e os espíritos que eles acreditam ser a causa das doenças. Na verdade, essas crenças dos povos primitivos têm tanto fundamento científico quanto as bobagens oferecidas pelos pajés do feng shui.
Veja — O senhor poderia enumerar algumas dessas crenças que foram moda nos últimos anos e logo depois abandonadas como charlatanices?
Shermer —
 Todos se lembram dos famosos biorritmos, aquela história de que era possível usar os ciclos do corpo que se repetem em ritmos regulares para traçar previsões sobre a carreira, a vida amorosa e o futuro financeiro de uma pessoa. Muita gente ganhou fortunas com isso e hoje ninguém mais toca no assunto. Outra bobagem foi o Triângulo das Bermudas. Dizia-se que era um lugar onde navios e aviões desapareciam misteriosamente. Há ainda o poder das pirâmides, que se acreditava capaz de conservar comida, afiar facas e até aumentar a potência sexual. É bobagem pura, que ninguém mais leva em consideração. Há também as cirurgias psíquicas nas Filipinas e na América do Sul, mas já são menos frequentes. Foram desmoralizadas depois que mágicos demonstraram a facilidade com que se produzem os truques ditos paranormais.
Veja — O que o senhor pensa de quem acredita em duendes e bruxas?
Shermer — 
Adultos creem nisso pela mesma razão por que acreditam no feng shui. O ser humano é um bicho que se senta em torno da fogueira e conta histórias. E com isso adquire experiência para enfrentar o mundo. É assim desde os tempos das cavernas. Ocorre que, com a diversidade de culturas, os povos fazem isso numa miríade de formas, chamando as forças animistas de diferentes nomes. Duendes e bruxas são dois entre milhares deles. O que importa é que por baixo de todos esses nomes está a crença nas superstições e a necessidade de explicar o mundo de forma mágica.
Veja — Como o senhor justifica a vantagem do pensamento científico sobre o obscurantismo?
Shermer — 
A ciência é o único campo do conhecimento humano com característica progressista. Não digo isso tomando o termo progresso como uma coisa boa, mas sim como um fato. O mesmo não ocorre na arte, por exemplo. Os artistas não melhoram o estilo de seus antecessores, eles simplesmente o mudam. Na religião, padres, rabinos e pastores não pretendem melhorar as pregações de seus mestres. Eles as imitam, interpretam e repetem aos discípulos. Astrólogos, médiuns e místicos não corrigem os erros de seus predecessores, eles os perpetuam. A ciência, não. Tem características de autocorreção que operam como a seleção natural. Para avançar, a ciência se livra dos erros e teorias obsoletas com enorme facilidade. Como a natureza, é capaz de preservar os ganhos e erradicar os erros para continuar a existir.
Veja — Acreditar em superstições é um comportamento de risco?
Shermer —
 A maior parte das pessoas pensa que acreditar em espíritos ou telepatia é inofensivo. Não é. Por uma razão simples: quem acredita em coisas para as quais não existe nenhuma evidência pode acreditar em tudo. Da mesma forma que o consumo de maconha pode levar à heroína, crenças simplórias em fantasmas e discos voadores podem levar a outras mais perigosas.
Veja — Como é possível separar o que é ciência do que é pseudociência?
Shermer —
 É uma tarefa complexa. Eu adoto um modelo para definir, de um lado, a ciência consagrada e, de outro, a pseudociência. Entre ambas há uma zona cinza, fronteiriça. Nessa região ficam linhas de pesquisas feitas por profissionais sérios, perscrutadas por publicações científicas de prestígio, mas que têm objetos de estudo um tanto quanto exóticos. Podem, de um momento para outro, cair tanto para o lado da ciência quanto para o da crendice. Na área cinzenta estão a busca de vida fora da Terra, a acupuntura e teorias econômicas, como o socialismo. Na área da não-ciência estão a astrologia, a negação do holocausto e a ufologia.
Veja — A exploração de crendices é um grande negócio. O senhor tem como avaliar o dinheiro que isso movimenta?
Shermer —
 Ninguém sabe exatamente quanto se movimenta nesse mercado que envolve milhares de formas de ganhar dinheiro. Só os medicamentos alternativos rendem dezenas de bilhões de dólares por ano. Assim, se considerarmos todas as categorias juntas, eu calcularia o lucro da pseudociência em 1 trilhão de dólares por ano. Temos de lembrar ainda que essa fonte de ganho se torna ainda mais tentadora quando se trata de religiões e seitas isentas de impostos.
Veja — Por que esse é um negócio para o qual parece não existir fronteiras?
Shermer —
 As pessoas gostam de acreditar que as coisas não acontecem por si mesmas, mas por alguma razão ou motivo. Uma pesquisa mostra que um dos motivos de as pessoas acreditarem em Deus é o fato de que o mundo é tão bonito e o universo segue mecanismos tão delicados que seria impossível não existir um criador para tudo isso. Esse é, de certa forma, um pensamento baseado em conhecimento científico, nas relações de causa e efeito. Precisamos levar em conta que nem sempre há motivos ou explicações para tudo o que queremos.
Veja — Alguns cientistas tentam entender o poder da fé e das orações na cura de doenças. O que o senhor acha desses estudos?
Shermer —
 Eles são falhos por três razões primárias. A primeira: não há como comprovar cientificamente se as pessoas estudadas têm fé ou se estão rezando. Elas dizem que têm, e ponto final. Segunda: muitos desses estudos não avaliam variáveis importantes como idade, sexo, situação socioeconômica, condições físicas, fatores que poderiam contribuir para outros resultados. E, por último, a maioria dos resultados de um estudo desses não pode ser repetida. As variáveis de análise são tão subjetivas que um estudo jamais terá o resultado semelhante ao de outro. Ou seja, essas pesquisas não são nem um pouco confiáveis.
Veja — Por que uma das mais populares práticas místicas gira em torno de pessoas que se propõem a conversar com os mortos ou realizar curas com a ajuda deles?
Shermer —
 Porque a morte é um problema crucial para o homem. Todos nós queremos acreditar que depois dela continuaremos a existir, seja na forma que for. Os médiuns que convencem as pessoas de sua capacidade de falar com os mortos validam as crenças de que de fato há vida após a morte. Também oferecem um alento em meio à tristeza da perda de uma pessoa amada. É confortante crer que o falecido está em um lugar acessível com a ajuda da mediunidade.
Veja — O fato de ajudar as pessoas a superar a dor da perda não valida essas práticas?
Shermer —
 Aqueles que exploram a dita mediunidade não estão ajudando ninguém. São oportunistas que se aproveitam da emoção de pessoas fragilizadas. A melhor forma de superar a morte é encará-la de cabeça erguida. A morte é uma parte da vida, e fingir que o morto pode falar em estúdios de TV ou salas escuras por intermédio de pessoas que cobram por seus serviços é um insulto à inteligência dos que estão vivos.
Veja — O senhor acha possível acreditar no sobrenatural e ao mesmo tempo estar a salvo de charlatães?
Shermer —
 O problema de acreditar em superstições é que a maioria das pessoas que crê em uma delas acredita também em todas as outras. As crendices estão fortemente relacionadas. Se você abandona a capacidade crítica de pensar cientificamente, pode acreditar em absolutamente tudo.
Veja — Mas há pessoas que acreditam em astrologia e também na teoria da evolução proposta por Charles Darwin.
Shermer —
 A maioria das pessoas tem um modo de raciocínio em que mantém as crenças de forma isolada. Seria como se o cérebro fosse composto de uma série de compartimentos a vácuo, com cada uma dessas coisas guardada de maneira a não se misturar.
Veja — O senhor acha que as pessoas que acreditam em coisas estranhas são propensas ao fanatismo religioso?
Shermer —
 Não acho que seja assim. As pessoas crédulas acreditam em muitas coisas, isso para não dizer que creem em qualquer coisa. Para ser fanático é preciso uma crença fortíssima em uma única coisa.
Veja — O que o senhor diz a uma pessoa que acredita em vida após a morte quando ela lhe pergunta se isso é verdade?
Shermer —
 Nós temos a obrigação de falar a verdade em todas as ocasiões, a todas as pessoas, sejam elas adultos ou crianças. Não há nenhuma evidência de que exista de fato vida após a morte. A questão é falar isso de uma forma amigável e ponderada e mostrar que é possível levar a vida em plenitude. Elas irão entender que não há grandes problemas em ser cético.
Veja — O que levou o senhor a se envolver numa cruzada contra as crendices?
Shermer —
 É simples. Eu sou um homem que acredita na ciência. Meu sonho é ver nossa espécie sobreviver a nossas limitações e sair deste planeta, procurar outras estrelas parecidas com o Sol e partir para outras galáxias. O obscurantismo limita nossa capacidade de ousar e de superar nossas limitações. Sem a ciência não existe crescimento cultural ou material de uma sociedade.
Veja — O senhor tem algum tipo de crença religiosa?
Shermer —
 Eu me defino como um agnóstico, uma pessoa que acredita naquilo que pode ser comprovado. Citando o biólogo Thomas Huxley, parceiro de Darwin e pai do agnosticismo, sou daqueles que acreditam em Deus como um problema insolúvel.
  • Entrevistador: Daniel Hessel Teich
  • fonte: Veja